quinta-feira, 25 de junho de 2015

Como elaborar um "plano para o destralhamento total da casa"


Já há algum tempo que andava a sentir que a minha casa estava com um ambiente estranho... longe do ambiente "zen" que tanto prezo. O facto é que voltou a acumular tralha e sinto que quando a destralhei totalmente há uns anos, não fui tão longe quanto devia. Resolvi voltar a pôr as mãos à obra, mas desta vez, usando uma série de técnicas que entretanto aprendi.

Resolvi fazer um plano para o destralhamento total da casa (tive uma cadeira inteirinha na faculdade, sobre a elaboração de planos... por isso vou adaptar a ideia ao destralhamento cá de casa). Queres ver como funciona?

PLANO PARA O DESTRALHAMENTO TOTAL DA CASA

Porque é que preciso de um plano?
Efectuaram-se vários estudos comparando empresas com planos de negócios, com outras que não os tinham. Imagina quais as empresas que eram nitidamente mais bem sucedidas (com mais produtividade e rentabilidade)? As que planeavam as suas actividades.

1.º Passo: Arranja um caderno bonito/cria um documento no computador ou usa um programa informático, não só para criares o teu plano, mas para registares e avaliares o que vais fazendo. Eu criei um separador específico na minha agenda.

2.º Passo: Define o teu objectivo principal. Regista o porquê de ser importante para ti destralhar (quando desanimares, porque pode acontecer, é bom lembrares-te da principal motivação que te levou a quereres destralhar). O meu objectivo é claramente querer que a minha casa seja um refúgio acolhedor para a família, um espaço onde possamos conviver e relaxar da correria do dia-a-dia. Tal, não se coaduna com a existência de tralha.

3.º Passo: Define os teus objectivos específicos e as acções que tens de concretizar para os alcançar. No meu caso, tenho um objectivo específico semelhante para cada divisão: destralhar a sala, destralhar a cozinha, etc. No que respeita às acções, em vez de escrevê-las, introduzi-as através de desenhos de cada divisão (não liguem à qualidade que isto não é profissional, é só a minha agenda)


Como funciona? 
a) Atribuição de números por áreas:
Divide cada área/compartimento de uma divisão e atribui-lhe um número (se por exemplo existem dez gavetas, dá o número 1 à primeira, o 2 à segunda e por aí adiante). Todas as áreas onde existem objectos devem de estar numeradas (cada prateleira é um número, cada gaveta, etc.). Se tiveres objectos por cima dos móveis, numera também essa área. Se tiveres objectos nos cantos da divisão, mesmo que não existam móveis, atribui igualmente um número. Soma o total de áreas de cada divisão, para teres noção de quantas áreas há a destralhar e, eventualmente, quantos dias irás demorar. 

b) Cada área corresponde a uma tarefa
Por exemplo a área número 1, corresponde à tarefa "destralhar área número 1".

c) Assinala a conclusão das tarefas:
Sempre que uma área foi destralhada, sublinha a florescente a área em questão.

4.º Passo: Calcula o tempo que vais demorar. Atenção que este é um dos pontos onde as pessoas mais erram. Talvez pelo entusiasmo inicial, por norma pressupõe que vão demorar menos tempo do que aquele que realmente necessitam. Depois como começam a não cumprir o planeado, acabam por desanimar e desistem dos objectivos. Por isso, é preferível atribuíres um pouco mais de tempo, do que aquele que supões que irás gastar.

No meu caso, considerei destralhar 1 área por dia, 4 dias por semana. Há alturas do ano, em que não irei destralhar nada (uma semana antes e durante as férias por ex., ou noutras ocasiões especiais). Organizei o cronograma do tempo do seguinte modo:

a) Somei o total de áreas que terei de destralhar em toda a casa - deu-me um total de 210 áreas, pelo que irei necessitar de 210 dias para a destralhar (isto, se considerarmos fazer um mínimo em cada dia, há quem possa fazer mais, mas com 2 filhos pequenos, prefiro ser realista);

b) Dividi o cronograma por meses, estes em semanas e a cada semana atribuí quatro dias de destralhamento.


Esta foto foi tirada há alguns dias e, se reparares, talvez pelo entusiasmo inicial, já tinha o destralhamento feito até à semana de 27 de Julho a 2 de Agosto. Se reparares, neste mês uma semana foi excluída, justamente porque se trata de uma ocasião especial para a minha família, logo não terei tempo para destralhar.

c) Escrevi o número de áreas do número maior para a menor - deste modo, à medida que destralhamos cada área, temos noção do que já fizemos e do que ainda falta fazer.

d) Sempre que se destralha uma área, sublinha-se a fluorescente.

5.º Passo: Motiva-te a ti mesmo(a). Por vezes podem surgir momentos de desânimo ou falta de motivação. É importante anteveres esses momentos, preparando-te para os mesmos, ou até prevenindo-os. Há técnicas comprovadas pela ciência, que ajudam:

a) A visualização - Explicada muito resumidamente, consiste em parar e imaginares-te a alcançar o teu objectivo com todos os detalhes possíveis (imaginando as sensações, cores, cheiros, etc., que sentirias ao atingir o teu objectivo). Mas atenção, as investigações concluíram que para se ter sucesso, é importante visualizar não só o atingir do objectivo, mas também as etapas do percurso, ou seja, o que vais fazer até lá chegares. De realçar que por exemplo na alta competição, têm-se verificado resultados bem melhores em atletas que praticam visualização.

b) Incluindo incentivos - De tempos a tempos, convém avaliares o que vais fazendo. Se tudo estiver a correr bem, podes atribuir uma espécie de prémio a ti mesmo(a). Pode ser dedicares 30 minutos a ti mesmo(a), ires jantar fora ou comeres o teu menu preferido, etc., o que te agradar. No meu caso, vou optar essencialmente por comprar um livro de organização, que me estimule a continuar (podes pensar que isto é acumular tralha, mas para mim, um livro bem escolhido nunca é tralha, é antes um instrumento para a minha evolução pessoal).

c) Escolhendo um(a) apoiante - Pode ser um familiar, um amigo, um colega de trabalho... Tem de ser alguém de plena confiança, com quem podes partilhar o teu plano e que te incentive a levá-lo a bom porto. No meu caso escolhi a minha filha de 7 anos, para a influenciar também a perceber a importância do destralhar. Está a resultar imenso! Ela vê isto como uma espécie de jogo e começou a querer participar. Chega a dizer que adora fazer anti-tralha comigo (como ela lhe chama). Apesar de ser um pouco acumuladora (adora trabalhos manuais e depois quer guardar imensos materiais, pois acha que poderiam dar jeito para algum dos seus trabalhos) conseguiu deitar fora 2 sacos de lixo, com a sua própria tralha. O melhor, é que ela própria toma a iniciativa para fazermos "anti-tralha".

d) Preparando-te previamente para os momentos de desânimo/imprevistos - Lista os principais problemas que podes vir a ter. Seguidamente, pensa na solução para cada um deles. Quando esses problemas surgirem (se surgirem) usa essas soluções para avançares.

No meu caso, um dos problemas que tenho é obter a colaboração da família para manterem a tralha longe de casa e colocarem cada objecto no seu devido lugar. Mas pensando bem, também tenho culpas no cartório. Quando defino o lugar para colocar cada objecto, tenho ao menos de lhes explicar o que fiz e porquê (por incrível que pareça eu organizava, mas depois não lhes dizia onde deviam colocar as coisas). Por outro lado, é importante dar o exemplo, mostrar resultados, falar-lhes nos benefícios de todos colaborarem (sobra por exemplo mais tempo para nos divertirmos em família).

Pensei em vários possíveis problemas, mas vou falar-te somente de mais um. O desânimo, a falta de entusiasmo para continuar. Comigo o que resulta é ler blogues ou livros sobre o assunto. É instantâneo, fico logo motivada.

Atenção, que diferentes pessoas encontram diferentes soluções. Procura o que funciona especificamente contigo.

6.º Passo: Faz uma avaliação contínua do teu plano. Parte importante de um plano bem sucedido reside na avaliação. Deves por isso, avaliar periodicamente os resultados alcançados (no meu caso, vou fazê-lo mensalmente). Caso tenhas alcançado os resultados pretendidos isso será um estímulo para continuares, caso contrário, é sinal de que tens de reajustar o plano (podes por exemplo ter de rever a calendarização, escolher outro apoiante se este não te estiver a ajudar, etc.).

Depois disto, só há algo a fazer: saborear os resultados! Ficarás com mais tempo para desfrutar, para viveres os teus sonhos... em suma, para seres feliz.

Como costumo dizer, os sonhos alcançam-se, mas precisamos de agir para os alcançar.

Fotos: 1.ª Alexander White; Restantes - Mafalda S.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Pensamento/Lema da semana #246


"Os dois dias mais importantes da vida são 
o dia em que se nasce 
e o dia em que se descobre porque motivo se nasceu." 
Mark Twain

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Pensamento/Lema da semana #245


"A felicidade é um estado de espírito que ocorre com mais frequência 
quando estamos imersos no que fazemos." 
The mind Gym (vários autores)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Vidas inspiradoras: Tao Porchon-Lynch, paixão e prática de yoga aos 97 anos

Só há uns poucos dias conheci a história de Tao Porchon-Lynch e passei a admirá-la enquanto pessoa. O lema no seu site diz muito de si mesma: "There is nothing you cannot do" (não há nada que não possas fazer).

A verdade é que esta senhora de idade avançada (97 anos), não deixa que isso afecte os seus objectivos de vida. Todos os dias, faz algo pelos seus sonhos. A idade? Segundo ela, é um mero pormenor.

O yoga é a sua paixão, o seu propósito de vida, pelo que todos os dias se exercita. Dá ainda aulas de yoga, filma e partilha vídeos com exercícios, participa em workshops e conferências e ainda se dedica à dança (paixão que decidiu seguir aos 87 anos), entrando inclusive em competições. Entrou também para o livro de Recordes do Guiness como a mais velha professora de yoga do mundo.

Tudo começou há mais de 90 anos, quando numa praia viu um grupo de miúdos a praticar yoga. Ficou fascinada! Mas na altura era muito pequena e os pais disseram-lhe que aquele, era um desporto só para rapazes. Mas Tao ficou com imensa vontade de aprender mais sobre yoga e aos 8 anos (ajudada por um tio, amigo de Ghandi), começou a aprender e a praticar. Desde então, o yoga tem sido o propósito da sua vida.


Quais as lições de vida que Tao Porchon-Lynch, tem para nós? Coisas simples, mas que fazem muito sentido!
- Aprecia as pequenas alegrias do dia-a-dia;
- Tem em mente que a palavra "adiar" é um erro. Começa a fazer algo pelos teus sonhos, hoje!;
- Come sempre bem e devagar e, se possível, come fruta logo de manhã;
- Respira fundo várias vezes ao dia;
- Escolhe um tipo de exercício físico que te apaixone e pratica-o todos os dias, ou com a maior frequência possível.

Espreita este vídeo da Tao:


Uma pessoa inspiradora, sem dúvida!

Fotos: Robert Sturman

terça-feira, 9 de junho de 2015

Aniversário Cytothera e oferta aos leitores do blog!


Enquanto pais, todos queremos o melhor para os nossos filhos. Pensamos no nome ideal, escolhemos a decoração do quarto, as roupinhas, decidimos o tipo e local do parto... E desde 2003, podemos escolher algo para os nossos filhos, que pode evitar muitas dores de cabeça futuras - a criopreservação das células estaminais do cordão umbilical.

O transplante de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical é hoje utilizado para o tratamento de mais de 80 doenças e por isso é importante analisar, investigar e estar atento às vantagens da criopreservação.

É justamente neste âmbito que a Cytothera tem um papel relevante. Esta foi a primeira empresa em Portugal a lançar o serviço de criopreservação de células estaminais do tecido, celebrando este ano o seu 10º Aniversário. Escolher a Cytothera é escolher um serviço feito a pensar na família, ora vejam:

 - Cobertura de aplicação terapêutica – comparticipação das despesas até 20.000€, em caso de utilização das células pelo próprio ou núcleo familiar restrito;
- Convite a todos os pais para visitar as instalações, conhecer a equipa Cytothera e assistir a todo o processo;
- Simplicidade e comodidade (adesão ao serviço pode ser feita por telefonema);
- Gestor responsável pelo acompanhamento e gestão personalizada de todo o processo;
- Kit Cytothera devidamente equipado com bolsas de frio, não necessitando de refrigeração antes ou depois do parto, permitindo manter a qualidade das células até ao seu processamento.



Para além de todas estas vantagens, a Cytothera detém a patente do método de isolamento de células, que permite que em caso de necessidade de aplicação das células estaminais numa operação, estas estejam “prontas a utilizar” no momento de necessidade.

E agora as boas notícias...

A Cytothera quer celebrar o seu 10º Aniversário com os futuros papás babados que acompanham o blog "A Felicidade é o Caminho", através da oferta de 1 Halibut Derma Creme Anti-estrias + 1 Oleoban Creme Bebé + kit criopreservação (75€) + 30% de desconto nos serviços Cytothera

Para usufruires destas ofertas basta apresentares o seguinte voucher no acto da compra do serviço:


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Pensamento/Lema da semana #244


"Se o mal é contagioso, o bem também é.
Deixemo-nos contagiar pelo bem!"
Papa Francisco


Foto: John&Fish

terça-feira, 2 de junho de 2015

Reduzir as influências negativas no dia-a-dia


Ultimamente, quando estou a amamentar, costumo dar uma espreitadela na Internet do telemóvel. Abria o meu facebook e lá tinha uma lista gigantesca de más notícias veiculadas pelos jornais nacionais e não só. Tanto crime passional, tanta violência e agressividade à flor da pele, tanta falta de valores (como o respeito pela vida humana). Depois disto, para além de sentir uma crescente revolta, sentia-me pessimista praticamente todo o dia, com falta de esperança na humanidade. Se para além disto juntarmos as influências pessimistas de pessoas à nossa volta, estamos feitos.

A falta de equilíbrio entre boas e más notícias

Foi então que ponderei mais a sério sobre o assunto. Todas estas influências afectam o nosso estado de espírito. Percorri o facebook de um desses jornais e nem uma única boa notícia (era uma manhã particularmente cheia de crimes horrendos e acidentes de viação). E é esta a influência que muitas vezes recebemos dos meios de comunicação social. Divulgam em grande destaque o que acontece de mal (nota: se se passou, é óbvio que deve ser divulgado), contudo, parecem esquecer ou minimizar o que se passa de bom e nos dá esperança.

Entrei entretanto no site das Boas Notícias. Entre outras relata a história de uma criança de 8 anos que angariou 35.000 dólares para ajudar as vítimas do terramoto no Nepal, ou de um idoso que acabou de concluir a licenciatura aos 94 anos, ou de uma empresa que irá abrir 40 vagas de trabalho, ou que 75% dos jovens portugueses não fumam... 

A questão é que deveria existir mais equilíbrio entre os diversos tipos de notícias e não omissão/minimização das boas notícias. Notícias más podem incitar-nos a agir e a reclamar por uma sociedade melhor, é certo. Mas em excesso, só contribuem para a falta de esperança e até para a inacção (do género: "Para quê fazer alguma coisa? Isto vai ser sempre assim..."). Já conhecer só as boas notícias, pode mascarar a realidade. Mas, ouvir preferencialmente boas notícias, nomeadamente histórias inspiradoras, coisas boas sobre o nosso país, informação útil que nos ajude no dia-a-dia, pode contribuir não só para a nossa evolução pessoal, mas também para nos dar esperança no futuro, para nos fazer perceber que a nossa acção importa para um mundo melhor.

Outras influências pessimistas

Mas se fosse só na Internet... recebemos influências de muitos lados: de programas televisivos, do discurso de colegas ou familiares, de livros e revistas... sendo as emoções contagiosas, às tantas nós próprios imergimos em pessimismo e desânimo. 

Atitudes concretas para reduzir as influências negativas no dia-a-dia

Entretanto tomei atitudes concretas, para reduzir essas influências no meu dia-a-dia e que agora partilho:

- ao nível do facebook, apesar de manter o "gosto" nos jornais diários que seguia, seleccionei a opção "Não quero ver isto", de modo a que estas publicações não surjam constantemente no meu mural. Se eu as quiser ver, passo a consultar a página do próprio jornal;

- mantive-me amiga de pessoas demasiado pessimistas, mas também não vou receber mais mensagens suas no meu mural (não estou a ser má, só não quero ler constantemente coisas como: "Porque é que certas pessoas só contam com a sua esperteza? Os outros não são parvos."; "Já fui meiga e doce. Mas cheguei à conclusão que doçura demais só atrai formigas!"; "Falas mal de mim nas costas? Nem me apercebi. É sinal de que estou à tua frente". Levar com mensagens amarguradas a toda a hora, parece que só nos transmite energia negativa;

- passei a receber notificações de canais com notícias mais positivas (que raramente surgiam no meu mural), nomeadamente no Boas Notícias e do Good News Network entre outros;

- afastei-me cada vez mais de pessoas tóxicas e/ou castradoras (descobre um pouco mais sobre a sua influência neste post);

- estou mais atenta ao meu próprio discurso. Tento ser realista, mas sempre numa perspectiva de dar ânimo, de continuar a lutar por uma vida melhor;

- dou preferência à leitura de blogues que contribuem para o meu desenvolvimento pessoal, que me motivam a melhorar vários aspectos da minha vida e a contribuir para uma sociedade melhor;

- opto por livros que igualmente me ajudam a melhorar (não que não faça outras leituras, só que estas são essenciais).

Isto não significa que me estou a alhear da realidade (sigo por exemplo um blogue sobre casos de corrupção em Portugal e assisto a alguns noticiários). Tento sim que haja mais equilíbrio entre o que acontece de bom e de mau. Até porque a felicidade nos ajuda a encarar o futuro com esperança, mas o medo e o pessimismo são paralisantes. E o que quero é melhorar a mim mesma e dar um contributo à sociedade da qual faço parte.

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