segunda-feira, 26 de março de 2018

Pensamento/Lema da semana #390


"Foco é muitas vezes uma questão
de decidires o que tu não vais fazer."
John Carmack

Foto: strikers
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terça-feira, 20 de março de 2018

Desafio "Actividades para a Felicidade" #6 - Conclusão


Sei que estou em falta. No ano passado, em Novembro, desafiei-me a mim própria para todos os dias realizar uma actividade para a felicidade (daquelas que a ciência comprovou que nos podem fazer mais felizes). Publiquei o desafio diariamente no meu Instagram. Contudo, por falta de tempo mesmo, aqui no blog não consegui publicar a totalidade das actividades e as conclusões a que cheguei. Será que faz a diferença realizar diariamente uma actividade para a felicidade?

Só para situar...


⬛ As actividades que realizei na 4.ª semana foram as seguintes:

Dia 20 - Faz uma lista 
de tudo o que te faz sentir feliz
Peguei no meu bloco de notas Tulip e comecei a escrever sobre as coisas que me fazem feliz.

Sabes o que constatei? Que para além da presença daqueles que amo, são as coisas aparentemente simples que me trazem mais felicidade (ler um bom livro, apreciar o nascer do sol, caminhar na Natureza...). A única excepção mais dispendiosa, é viajar. 





Dia 21 - Bebe a tua bebida quente favorita, 
enquanto fazes algo que gostas
Bebi um capuccino e, sem surpresas, li um livro. Escolhi "A Teoria de Tudo" do Stephen Hawking, que andava a ler na altura (sim, não leio só sobre psicologia positiva).












Dia 22 - Prepara um «serão do riso»
Para ter piada para todos, incluindo o filhote pequenino, assistimos a vídeos cómicos no youtube. 

Fomos às lágrimas com tanta gargalhada...







Dia 23 - Lê um livro que te agrade
Primeiro preparei o ambiente: uma vela, uma mantinha e um sofá confortável. Depois foi a vez de escolher o livro...

Desta vez apeteceu-me de ler, nada mais, nada menos, que o 3.º livro que possuo a falar do lagom (tal como com o hygge, identifico-me imenso com este estilo de vida, pelo que as leituras são sempre um prazer). Este livro "Lagom" é da Niki Brantmark.





Dia 24 - Tem uma noite 
livre de tecnologias
Ainda pensámos em jogos de tabuleiro, mas... quando a vontade de ler é muita e se isso nos faz tão felizes, porque não fazê-lo?

Na foto, as nossas escolhas (a Letícia anda na fase BD da Disney). 










Dia 25 - Dá um toque especial na casa
Antes:
Tinha este vaso na cozinha, com umas flores velhas e tristonhas. Decidi então mudar...








Depois:
Substituí por tulipas brancas.

Impressionante como criaram um ambiente mais relaxante!














Dia 26 - Delicia-te com comida conforto
Fiz um chá de lúcia lima. Lembra-me a árvore com essas folhas mágicas, que a minha avó tinha no quintal. Mesmo em frente ao baloiço que o avô me fazia. Aquele chá com folhas acabadas de apanhar, tinha um sabor único.

A acompanhar, os biscoitos de manteiga da minha mãe. Durante a minha infância, o Sábado à noite era para conviver com os tios e primas mais chegados. No tempo frio, o chá e estes biscoitos estavam sempre presentes.

Saudades...

⬛ As actividades que realizei nos últimos dias do desafio foram as seguintes:

Dia 27 - Pratica visualização criativa

Coloquei uma música super-relaxante. Fechei os olhos e concentrei-me em como gostaria que fosse a minha vida futura. Imaginei a minha alegria, como se os meus sonhos já fossem uma realidade. Visualizei os passos que dei para lá chegar, as sensações que fui sentindo, como se tudo fosse real (o que via, os cheiros, os sons...).

Adorei esta actividade! Relaxei imenso e fiquei com uma visão mais clara dos meus objectivos.


Dia 28 - Realiza uma actividade que te apaixone 

Ok... começou a desenhar-se um padrão. As actividades que me fazem feliz, envolvem quase sempre um livro.

Desta vez escolhi o livro "Alegria Hygge" de Pia Edberg. Mais um que ensina a trazer felicidade para o nosso dia-a-dia.




Dia 29 - Surpreende alguém de quem gostes
Escrevi uma carta de gratidão à minha filha. Ela merece e cada palavra foi sincera. A minha princesa ficou tão feliz que até chorou de alegria... tão querida!

Não imaginei que a carta tivesse tanto impacto. Talvez escreva outras, no futuro.









Dia 30 - Faz uma «lista de gratidão»
Este foi o último dia do desafio. A actividade consistia em escrever uma lista de gratidão e, bem vistas as coisas, ter participado neste desafio, por si só, já me fez sentir grata.

Na lista propriamente dita, falei dos meus momentos mais felizes, do que me agrada no meu presente, do meu desenvolvimento pessoal e das pessoas que mais amo.





Conclusões a que cheguei
Quase nem acredito que consegui manter este desafio diariamente e durante um mês. Principalmente porque não foi um mês nada fácil. Aconteceram coisas muito negativas com pessoas próximas e muito queridas. Também nós estivemos doentes, com uma virose bem chatinha. Apesar de tudo, consegui manter-me firme e levei o desafio até ao fim. 😊

Isto permitiu-me tirar uma série de conclusões:
- Consegui identificar as actividades que têm um impacto mais positivo, na minha felicidade diária. Elas são:
1) ler;
2) aprender coisas novas (que tenham a ver com a minha evolução ou que contribuam para uma vida/mundo melhor) e tentar implementá-las na prática (definindo objectivos e traçando planos para os alcançar);
3) caminhar e observar a Natureza, apreciando a beleza das pequenas coisas;
4) meditar ou praticar visualização criativa (deixa-me mais serena, com mais optimismo e paz interior);
5) ouvir as minhas músicas favoritas, logo pela manhã (deixou-me com o humor em alta e influenciou positivamente o resto do dia).

- Percebi que bastam uns minutos por dia, envolvida neste género de actividades, para melhorar o meu estado de espírito. Será uma boa ideia, agendar uns minutos diários para estas actividades;

- Uma coisa é agendar um tempo diário, outra é definir previamente a actividade. A longo prazo, creio que não resultaria. Prefiro ter aqueles minutos disponíveis e decidir na hora o que me apetece fazer;

- A falta de saúde afectou a minha felicidade e até a vontade de fazer o que quer que seja para me sentir melhor. Por isso, o melhor remédio é sempre que possível, prevenir.

E agora, uma questão importante: no fim do mês, senti-me mais feliz?
A resposta é um grande SIM. Este tipo de actividades, mesmo que realizadas durante breves minutos fizeram a diferença no meu dia. Mesmo nos dias mais negativos, senti que eram uma lufada de ar fresco. Que me faziam realmente bem.

Entretanto, sem o desafio, confesso que nem sempre ponho isto em prática. Mas a lição que tiro daqui, é que deveria... numa base diária. É um aspecto que quero melhorar!

Fotos: 1.ª Pexels; restantes - Mafalda S.
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segunda-feira, 19 de março de 2018

Pensamento/Lema da semana #389


"Por muito difícil que a vida possa parecer,
há sempre algo que podem fazer e serem bem-sucedidos.
O importante é que não desistam.
"
Stephen Hawking

Foto: Genty
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quarta-feira, 14 de março de 2018

Vidas inspiradoras: N., o meu colega cego


Eu era nova na turma. Tinha uns 15 anos na altura. Apresentei-me aos novos colegas e todos foram super-simpáticos. Um deles, um rapaz alto e com ar bem disposto, era o N. Em quase tudo era semelhante aos outros, excepto numa coisa: era cego.

Tornámo-nos amigos. Ele era super-sociável... aliás, falava pelos cotovelos (e sempre com sentido de humor). Claro que os professores nem sempre achavam piada, pois também o fazia na sala de aula.

Um dia contou-me a sua história. Não tinha nascido assim. Em pequeno via alguma coisa. Ainda se lembrava do azul do céu. Mas entretanto, devido a um problema de saúde, deixou de ver totalmente. Isto, ainda em criança.

Não imaginava que tivesse sido assim. Uma coisa é nascer já sem ver, outra é ver e entretanto perder a visão. Na altura, pensava que quem passasse por tal situação, fosse alguém revoltado, alguém de mal com a vida. Mas o N. não era assim. Aceitara a situação, porque infelizmente não havia volta a dar-lhe.

Os pais compraram-lhe uma máquina de escrever em braille (ele ainda me ensinou algumas letras). O N. disse que perdeu a visão, mas que parecia ter melhorado os outros sentidos. O N. tinha sonhos, não se concentrava em amargurar-se com o passado. Levava a vida com sentido de humor e cativava toda a gente à sua volta. Era muito, mas muito sociável. Duvido que se sentisse só. Duvido mesmo.

Entretanto os anos passaram. Deixei de saber do N. E pergunto a mim mesma: "Será que ele leva a vida com a mesma leveza? Será que ele continua a ter aquela força, apesar de toda a adversidade."

Não sei responder. O que sei é que o N. daquela altura nos pode ensinar importantes lições sobre como lidar com a adversidade. Ei-las:

- Aceita a tua dor, não a minimizes. Chora quando tens de chorar. Com o tempo poderás reorganizar os teus pensamentos e dar um sentido à dor. O importante é saberes que, apesar de tudo, poderás seguir em frente;
- Toma a decisão de avançar com a tua vida, não fiques preso/a ao drama do passado. Tens um sonho? Traça um plano para o alcançares e faz por isso;
- Investe no amor, no trabalho, nas relações, numa paixão que te realiza. É importante manteres a mente ocupada, para não te concentrares em pensamentos negativos;
- Tenta sempre aprender. Há sempre preciosas dicas que podem melhorar a tua vida;
- Não te isoles. Valoriza mais as tuas relações, sê compassivo/a e solidário/a com os outros. Acredita que o apoio dos outros também é importante para seguires em frente. Por vezes basta estarem lá, para desabafares quando estás mal. Por vezes, basta partilharem uma piada, para levares a vida com mais leveza;
- Tenta levar a vida com algum humor;
- Não te concentres somente nas tuas fragilidades. Valoriza as tuas forças;
- Lembra-te que mesmo que não possas mudar o passado, podes fazer algo para melhorar o teu futuro. Mantém a esperança no amanhã;
- Treina a tua atenção para o «bom» e o «belo». Tenta encontrá-los nas pequenas coisas do teu dia-a-dia: no sabor do café, no som da chuva a cair lá fora, na bênção de teres uma família que te ama... Se gostares, podes até manter um diário de gratidão;
- Tenta conhecer ou ler sobre pessoas que passaram pela mesma situação e que conseguiram superá-la. Inspira-te nelas para prosseguires com a tua vida;
- Podes ajudar pessoas que passaram pela mesma situação. Por vezes ajudar os outros, fortalece-nos a nós mesmos;
- Aprofunda a tua espiritualidade;
- Sempre que necessário, procura ajuda profissional.

Foto: David Karich
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terça-feira, 13 de março de 2018

Os meus cadernos de registo de conhecimento ou commonplace books

Os meus commonplaces books.
Estou completamente rendida à ideia de criar commonplace books! Tomei conhecimento deste conceito num post do Vida Organizada. De imediato quis criar os meus próprios cadernos, para registo de conhecimento.

Mas o que são os commonplace books? São cadernos pessoais onde é compilado conhecimento, ou seja, onde a pessoa regista citações inspiradoras, ideias interessantes, excertos relevantes de livros... Podemos registar tudo o que considerarmos inspirador vindo de outros autores, mas incluir as nossas observações pessoais. 

Para tornar o caderno mais interessante e facilitar a organização, podem ser incluídos desenhos, colagens, mind maps, quadros, etc. Podemos também destacar assuntos com canetas coloridas, sublinhar com marcadores fluorescentes, etc.

Um antigo commonplace book, com uma bonita ilustração
(criado por Henry Tiffin, em 1760).
Estes cadernos foram usados por grandes mentes como Francis Bacon (fundador da ciência moderna), Henry Thoreau (autor do famoso Walden ou a Vida nos Bosques), Carl Linnaeus (pai da taxonomia moderna), Ralph Waldo Emerson (filósofo), etc. Também foram referidos em obras de Virginia Woolf e de Artur Conon Doyles (o seu Sherlock Holes tinha vários commonplace books). Diferentes de diários (onde relatamos o que nos acontece) ou de bullet journals (usados para nos organizarmos), estes cadernos são apenas para registo de conhecimentos adquiridos e de observações em torno desses conhecimentos.

Rendida à ideia, visitei livrarias e pesquisei na Net, mas nenhum caderno me cativou. Até que me deparei com aqueles caderninhos da primeira foto, numa loja de chineses. Adorei o ar vintage. Decidi que esses seriam os meus commonplaces books (na verdade, de início só comprei um, mas depois de começar o primeiro, resolvi adquirir mais uns - só para dar o ar de colecção).

Exemplo de uma publicação (a primeira que fiz),
com a data no início e o título destacado.
Se quiseres começar o teu próprio commonplace book é só disso que necessitas. Um caderno, uma caneta e canetas coloridas para destacar algumas informações (ou até desenhar).

A informação que lá colocamos deve de ser organizada, de forma a facilitar futuras consultas.

No meu caso, organizo do seguinte modo:
- no topo das publicações, coloco a data;
- dou um título ao tema sobre o qual vou escrever e coloco-o entre parênteses rectos para o destacar (posso falar de mais do que um tema num único dia, separando-os pelos respectivos títulos);
- destaco informação importante criando listas, sublinhando com outras cores, fazendo desenhos, criando diagramas ou tabelas, etc. (a imaginação é o limite);
Uso de desenhos e numeração da páginas,
para facilitar a consulta de informações.
- numero as páginas;
- coloco um índice no final do caderno;
- na contracapa coloco a data de início e de fim daquele caderno, que coincide com a primeira e última publicações.

De realçar que, no meu caso, não coloco lá toda e qualquer informação. Acho que dessa forma estaria a criar um livro massudo e desinteressante. Só registo ideias que considero relevantes e que fazem sentido para a minha vida.

Quanto aos benefícios deste tipo de cadernos, considero que os mesmos são:
- um auxílio para nos lembrarmos de conceitos ou factos úteis que vamos aprendendo;
- uma forma de não perdermos preciosa informação, que sem registos, poderia ser esquecida;
- uma maneira de aproveitar ideias inspiradoras, que podem ajudar-nos nos nossos objectivos e a melhorar a nossa vida em geral;
- uma forma de mais tarde podermos rever o que fomos aprendendo ao longo da vida, de observarmos a nossa evolução e os nossos interesses em determinada época;
- um bom legado para deixarmos às gerações mais novas (lembra-te que não é um diário, mas uma fonte de conhecimentos que pode ser partilhada - se quiseres, claro).

Como vês, estou rendida. E tu, já conhecias os commonplace books?

Fotos: 1.ª, 3.ª e 4.ª Mafalda S.; 2.ª Peabody Essex Museum (Commonplace book de Henry Tiffin) 
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segunda-feira, 12 de março de 2018

Pensamento/Lema da semana #388


"Em média, os empregados felizes 
desempenham melhor as suas tarefas, 
têm níveis inferiores de absentismo 
e menos probabilidades de se despedirem do que os empregados infelizes. 
Alguns estudos descobriram que (...) são 
mais produtivos e mais persistentes." 
Paul Martin

Foto: rawpixel
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segunda-feira, 5 de março de 2018

Pensamento/Lema da semana #387


"Toda a conquista começa com a decisão de tentar."
Gail Devers

Foto: rawpixel
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sexta-feira, 2 de março de 2018

10 questões que me fizeram reflectir sobre o meu percurso de vida


Recebo com alguma frequência questões no e-mail do blog. Normalmente são perguntas isoladas, sobre um assunto de interesse do leitor. Mas desta vez fui surpreendida com uma lista de 10 perguntas enviadas pela Xana, uma leitora do blog. Achei-as muito interessantes, porque também me permitem reflectir sobre o meu percurso de vida. 

Desde já agradeço à Xana. Mas vamos às questões...

1 - Refere 3 valores em que acreditas.
Eu diria que o principal é o amor. Isso implica que esse amor deve de ser demonstrado (aqui não há a história de "ah... mas ela sabe que eu gosto dela" é importante dizê-lo e demonstrá-lo com pequenos gestos) e que devemos ajudar as pessoas que amamos a serem a melhor versão de si mesmas. Penso também que o amor não se deve cingir a quem nos é próximo, mas também aos outros seres, à Natureza, etc.

O segundo valor é a esperança. Mesmo que o mundo não melhore significativamente com os nossos gestos, algum efeito terá. Por mais negras que estejam as coisas, tenho sempre esperança de que há algo por que lutar e melhorar (em nós e no mundo). Por exemplo há dias, assisti a este documentário sobre como era Portugal antes da democracia. Parece que hoje estamos mal, atrás de outros países. Mas a verdade é que melhorámos imenso, e eu, continuo a ter esperança no futuro!

O terceiro valor é o respeito. Respeito pelos outros e pelo planeta em que vivo. Não preciso de pisar ninguém para evoluir, basta ser a melhor versão de mim mesma. Respeito também tem que ver com educação. Demonstrar gestos de simpatia tanto com os mais velhos, como com os mais novos. Ceder o meu lugar a quem precisa. Não ofender gratuitamente. Quanto ao planeta, significa que me sinto grata pelo aquilo que ele me dá e a minha forma de demonstrar respeito é tendo gestos amigos da Natureza.

2 - Já descobriste o teu propósito de vida?
Sinto que o meu propósito de vida está relacionado com esta paixão pela temática da «felicidade». Poderia aprender e aplicar esse conhecimento somente na minha vida. Mas porque não disponibilizar essas informações para as outras pessoas? Daí nasceu este blog. Pode não fazer diferença nenhuma, mas se alguém melhorar algum aspecto da sua vida, por se ter inspirado em algo que leu aqui... sinto que valeu a pena! Penso que o meu propósito é, de alguma forma, contribuir para a felicidade das pessoas.

3 - Que actividades te fazem feliz? Refere 3 coisas.
Adoro viajar com a família. Primeiro porque estou com as pessoas que mais amo, longe da correria diária. Depois porque sou muito mais feliz com experiências do que com objectos novos (faço uma excepçãozita aos livros). As viagens fazem-me feliz antes (nos preparativos), na hora (porque aprendo e saboreio novas experiências) e quando regresso (e revemos todas as fotos que tirámos).

A segunda coisa que me faz feliz é lutar por objectivos, que tenham a ver com os meus sonhos pessoais. Acredito que sonhar não é suficiente, é preciso agir. E eu sou aquela pessoa que redige mesmo um plano e o divide em pequenas tarefas. A verdade é que me sinto bem com cada pequeno sucesso. Por isso o percurso é tão bom, como o alcançar do objectivo em si.

Por último, algo que me faz feliz, é saborear os pequenos prazeres do dia-a-dia (aquilo a que os dinamarqueses chamam de hygge). No topo está ler - adoro ler. Mas gosto de prazeres como assistir ao nascer-do-sol, o cheiro a terra molhada (esta semana tive esse prazer), os passeios no meio da Natureza... há tanta coisa aparentemente simples, que nos pode fazer felizes.

4 - Se alguém viesse ter contigo e dissesse que queria ser mais feliz, por onde a aconselharias a começar?
Tem piada, porque em tempos escrevi um post quase com esse título. Por isso... aconselharia essa pessoa a ler esse texto (podes encontrá-lo aqui). Aí encontrará dicas baseadas na ciência, que poderão ajudá-la a ser mais feliz.

5 - O que te irrita bastante? Refere 3 coisas.
Algo que me chateia são aquelas pessoas que estão constantemente a criticar os outros, sem conhecimento de causa e sem darem o seu contributo para melhorar alguma coisa. Criticar os outros é fácil, já fazer... Claro que há coisas que estão fora do nosso alcance e não me refiro definitivamente a essas.

A segunda coisa é alguns adultos pensarem que só conquistam uma criança se lhe derem doces... numa base diária. Sempre que saio com os meus filhos, tentam dar-lhes doces, sem sequer me perguntarem. Isto irrita-me, porque uma coisa são ocasiões especiais, outra é TODOS os dias. E depois tentar explicar-lhes porque quero evitar e não perceberem. Acredito que tenham boas intenções... mas os bons hábitos (sem ser radical, claro) começam na infância. 

Não sei se me irrita propriamente, mas não tenho a mínima paciência para conversas fúteis. Críticas constantes à vida alheia, inutilidades que estão na moda, as zangas dos famosos ou quando tentam cuscuvilhar sobre a minha própria vida... acho que esse género de conversas é um desperdício de tempo que não volto a recuperar... por isso evito-as a todo custo.

6 - Em que aspectos achas que o nosso país [Portugal] deve melhorar. Refere 3 coisas.
O objectivo número um do governo deveria ser o de reduzir as desigualdades sociais, porque é um dos factores que mais contribui para a infelicidade dos portugueses. A verdade é que quando há muita desigualdade, tendemos a fazer comparações. E quando quem está na pior situação somos nós, é óbvio que isso não nos vai fazer felizes.

Acho que deveria ser implementada Educação Ambiental nas escolas, desde cedo. Poderíamos reciclar muito mais, poluir muito menos e prevenir as calamidades que se verificam ano após ano, com os incêndios. Não basta dizer para que serve o ecoponto amarelo, é preciso ensinar às novas gerações porque é que é tão importante reciclar e, com esse conhecimento, motivá-las a agir. Quantas mais pessoas o fizerem, mais fácil fica de copiar esse hábito.

Também acho que Portugal deveria melhorar eficiência energética das suas casas. Vivemos num dos países mais amenos da Europa, no entanto somos dos que passamos mais frio em casa, no Inverno. Num estudo já com alguns anos (2003), realizado pela Universidade de Dublin, Portugal era um dos países com maior taxa de mortalidade por falta de aquecimento ou isolamento das habitações. Sem comentários... é algo em que temos de investir.

7 - Refere agora 3 coisas que te agradam no nosso país.
Adoro o clima português, com muuuuuitos dias de sol...

Temos comida de qualidade e absolutamente deliciosa. E o mais interessante, é que não temos apenas meia dúzia de pratos. Temos tanta coisa interessante e diferente, consoante as várias zonas do país. Adoro!

A variedade de paisagens e de lugares históricos. Acho impressionante que num país tão pequeno, se quisermos praia, temos uma costa imensa. Se desejarmos ver neve no Inverno, basta ir às zonas altas como à Serra da Estrela. Monumentos... são tantos e com histórias tão interessantes (qual Romeu e Julieta... temos a história de Pedro e Inês, que ainda por cima é verdadeira). Enfim, é um país cheio de recantos para descobrir.

8 - Qual a terra que mais te encanta em Portugal?
Sinceramente, Sintra. Parece saída de um conto de fadas. Floresta, serra e o mar ali ao lado. Toda a história por detrás daqueles palácios e de outros monumentos. Até o que se conta de casas assombradas. Todo o misticismo que a envolve. Aquela terra, não sei, parece meio mágica!...

9 - Acreditas em Deus? Qual a tua religião?
Acredito em Deus, num Ser Superior que criou o Universo. Mas confesso que as religiões me desiludem (os escândalos no Vaticano, o terrorismo, as guerras religiosas...). Prefiro concentrar-me em Deus, no aprofundamento da minha espiritualidade, sem seguir nenhuma religião organizada. 

10 - Qual o teu lema de vida?
Quem lê este blog, já deve ter lido que o meu lema é, por acaso, uma frase proferida por uma religiosa: a Madre Teresa de Calcutá. A frase é a seguinte:
"O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor." Isto diz muito de mim. Fazer. Mesmo que faça pouca diferença. Se fizer alguma, pela positiva, então sinto que esta caminhada tem valido a pena.

Foto: Kantasimo
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