segunda-feira, 25 de abril de 2016

Pensamento/Lema da semana #290


"Expressa gratidão com palavras e atitudes. 
A tua vida mudará muito, de modo positivo." 
Masaharu Taniguchi

Foto: Mugenai
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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Objectivos - contar com os imprevistos


A semana passada foi uma semana de imprevistos. Tive de realizar tarefas com as quais não contava e ainda resolver uma série de problemas. Apesar dos contratempos, considero que tudo vai bem com a concretização dos meus objectivos. Contudo, é neste ponto que muitas pessoas falham.

Porque falhamos, quando queremos alcançar nossos sonhos?
Quando queremos alcançar objectivos (por exemplo emagrecer, destralhar a casa toda, poupar para amortizar um empréstimo...), por norma, começamos super-entusiasmados. Isto leva-nos a fazer tarefas além do que seria normal e... bem, a fazer previsões erradas quando ao tempo que necessitamos para concretizar os nossos sonhos. 

Com o tempo, deparamo-nos com imprevistos ou mesmo com a rotina do dia-a-dia, o entusiasmo esfuma-se e os nossos objectivos continuarão numa espécie de mundo paralelo: o mundo dos sonhos.

Como podemos saber se vão surgir imprevistos?
Creio que seria um milagre, quando tentamos implementar um plano na prática, se não surgissem imprevistos.  Tudo é muito bonito no papel, mas no dia-a-dia podem surgir muitas interferências: uma doença, problemas familiares, demasiadas interrupções, urgências de última hora, etc. 

Assim, chega-se a uma conclusão: só não sabemos que tipo de imprevistos acontecem, mas estes irão certamente acontecer.

Como alcançar objectivos, mesmo com imprevistos?
Planeando justamente os imprevistos! Eu faço-o de 2 formas:

1) Crio previamente um plano B, que na prática é uma lista de possíveis imprevistos, com soluções para cada um deles. Assim, quando algo inesperado acontece, já estou minimamente preparada.

Ex.a: Um imprevisto poderia ser o de ficar desmotivada e, consequentemente, ter vontade de abandonar os meus objectivos. Nesse caso, a solução, passaria por implementar estratégias de motivação, para voltar a sentir-me entusiasmada;
Ex.b: Outro imprevisto poderia ser o de ficar engripada e não conseguir realizar as tarefas previstas para aquela semana. Neste caso, a solução passaria por ter o trabalho quase sempre adiantado, assim quando não pudesse realizá-lo não fugiria muito à meta temporal prevista (tento pôr sempre isto em prática, nomeadamente no meu "plano para o destralhamento total da casa")
Ex.c: Um último exemplo poderiam ser as constantes interrupções, por exemplo no emprego. Dependendo do tipo de interrupções, pode-se tentar: agendar um horário específico para atendimento, solicitar a passagem somente de chamadas importantes - delegando as restantes, solicitar para que o espaço de trabalho seja mais reservado, etc. Claro que isto depende muito da natureza do nosso emprego.

Em último caso, podemos sempre reajustar o plano que fizemos, à nossa realidade.

2) Super-estimo o tempo que vou necessitar para alcançar os meus objectivos (tanto diários, como de médio e longo prazo).
As pessoas querem resultados muito rápidos e por vezes isso não é viável. Mais vale ir mais devagar e alcançar objectivos, do que fazer previsões irrealistas e falhá-los um a um.

Ex.a: Ainda citando o exemplo de destralhar a totalidade da casa, provavelmente a maioria das pessoas iria prever que o conseguiria fazer num par de semanas ou até em alguns dias. No meu caso, com a minha escassez de tempo, isso não é possível. Na realidade, o meu plano para o fazer dura 1 ano e 2 meses, porque só posso destralhar no máximo umas 4 áreas pequenas por semana. Há semanas em que consigo fazer mais. Contudo, noutras não consigo mesmo ir além disto. Se me visse a falhar este objectivo semanal com demasiada frequência, provavelmente desanimaria e desistira do meu plano.
Ex.b: No que respeita a objectivos diários, também estabeleço um número pequeno de objectivos. Deixo por exemplo 2 a 3h sem qualquer programação. Deste modo, conto com o tempo despendido para os ditos imprevistos diários. Quando não há imprevistos? É justamente nestas alturas que aproveito para ir adiantando tarefas que tenho em mão, mas que não são urgentes.

Penso que contar com os imprevistos é realmente fundamental para sermos bem-sucedidos. Eles irão acontecer, por isso mais vale estarmos preparados.

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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Pensamento/Lema da semana #289


"Quando estamos motivados por metas que têm significados profundos, 
por sonhos que precisam ser realizados, por puro amor que precisa se expressar, 
então nós vivemos verdadeiramente a vida." 
Greg Anderson

Foto: Martin
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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pensamento/Lema da semana #288


"Se as pessoas querem aumentar o seu nível de felicidade 
devem procurar uma nova actividade 
e devem fazer dessa boa prática um hábito. 
Mas para não deixar de funcionar
Sonja Lyubomirsky

Foto: weheartit
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terça-feira, 5 de abril de 2016

Devemos ou não elogiar as crianças?


Nós pais, por vezes sentimo-nos baralhados. Ora nos aconselham a agir de dada maneira, ora vem algum especialista dizer que isso é errado, bom é fazer de forma oposta. Também se passa isso com o elogio: ora nos incentivam a elogiar, ora nos dizem que não devemos fazê-lo. Então, o que estará certo, no meio de tanta informação? Elogiar ou não elogiar?

Nestas situações, mesmo lendo argumentos dos dois lados, opto por me orientar através da informação baseada em diversos estudos (e não num único estudo, ou até no senso comum). 

Em primeiro lugar é preciso analisar o porquê de fazermos elogios. Na generalidade fazê-mo-lo porque queremos aumentar a auto-estima da criança, porque achamos que a criança merece ou simplesmente porque queremos que dado comportamento se repita.

Então lembrei-me de pesquisar. Se é por causa da auto-estima, que tipo de auto-estima nos traz mais felicidade? Não é uma baixa auto-estima, mas o excesso de auto-estima também não é benéfica. Como muita coisa, no meio está a virtude: para sermos felizes o que importa é uma auto-estima saudável e equilibrada, nem de mais, nem de menos. E a forma como são feitos os elogios, tem sim influência na auto-estima.

Deixo aqui um quadro resumo da minha pesquisa, com as várias atitudes dos pais face ao elogio e com o que poderá ajudar a criar uma criança mais feliz:

O “elogio” na educação das crianças
Atitude dos pais face ao elogio
Possíveis consequências
Criticar constantemente a criança
Isto leva ao desânimo (quantos de nós não desanimaríamos se estivéssemos sempre a ser criticados?).

A criança fica desmotivada para fazer o que quer que seja, pois independentemente do seu esforço, tem a sensação de que nada do que faz está bem ou irá agradar.

Poderá igualmente gerar baixa auto-estima e auto-confiança, fazendo com que a criança deixe de acreditar nas suas capacidades e naquilo que tem de bom.
Nunca dar elogios
Mesmo que não se critique, de vez em quando necessitamos de receber um elogio.

Recordo-me no trabalho, quando elogio alguém merecidamente, essa pessoa até se torna mais eficiente nos dias seguintes. Quando merecido, as crianças também necessitam deste estímulo!
Elogiar tudo e mais alguma coisa
Isto pode ter consequências sérias, nomeadamente:
a)    gerar insegurança na criança, pensando que para ser valorizada tem sempre de obter os resultados pelos quais foi elogiada;
b)    torná-la dependente de elogios e feedback externos. A sua capacidade para analisar situações por si própria e de pensar pela sua própria cabeça fica bastante reduzida, dependendo constantemente da opinião dos outros e tem igualmente bastante dificuldade em lidar com desilusões (que obviamente irão ocorrer ao longo da sua vida - como acontece com toda a gente);
c)    criar uma auto-estima demasiado elevada, o que é não só mau para si mesma (porque tem de criar toda uma imagem, mesmo que enganadora, para estar ao nível dos elogios), mas também porque pode levá-la a prejudicar os outros sem grande peso de consciência. Estas crianças, segundo Paul Martin “(…) têm mais probabilidade de se tornarem rufiões, criminosos ou racistas (…) têm tendência para reagir agressivamente quando alguém desafia a visão emproada que têm de si próprias.”
Elogiar com peso e medida (mais pelo esforço, do que pelos resultados)
O ideal é elogiar quando a criança realmente merece. Por exemplo quando uma criança estuda e depois recebe uma boa nota na escola, podes dizer “Mereceste esse resultado! Vi bem o que te esforçaste para o conseguir.”.

Os elogios devem de ser verdadeiros. Por exemplo quando a criança apresentar um desenho que não está nada bonito. Não é necessário dizer que está horrível, mas também não devemos elogiá-lo, para que a criança aprenda a confiar no que dizemos. Como refere a Magda Dias “Pode perguntar-lhe o que é que ela estava a desenhar. (…) E se ela lhe disser que é a Branca de Neve (para um monte de riscos), brinque! Pegue na folha, vire-a, torne a virar e pergunte onde é que ela está, com a cara mais curiosa do mundo. Ria-se. E depois diga-lhe: «anda lá, vai lá desenhar a tua amiga, porque ela não está aqui.” Ao sermos honestos,  quando um dia fizermos um elogio, a criança saberá que estamos a falar a verdade.

Os elogios também não devem de ser ocos, devem de ter conteúdo. Voltando ao exemplo do desenho, se este estiver realmente bonito, ao invés de dizermos “Boa! Está giro!”, podemos demorar um pouco mais a observá-lo (demonstrando interesse e atenção) e dizer algo com mais conteúdo como “Uau! Este vestido está bem desenhado, está mesmo parecido com o da Branca de Neve.

Se queremos que um bom comportamento seja repetido, podemos reforçar essa ideia, sem que a criança necessite do nosso elogio para se portar assim. Imaginemos que ela se porta bem ao jantar. Podes reforçar a ideia de que é um comportamento apreciado e que gostarias de ver repetido descrevendo (e não avaliando) apenas a situação. “Adorei o nosso jantar! Hoje até nos rimos e foi bom porque conseguimos aproveitar este momento em família.”

Por último, esta atitude mais contida dos pais, em que só elogiam quando a criança realmente merece e em que são mais honestos com a criança, é que contribui para uma auto-estima saudável, ou seja, o tipo de auto-estima que leva à felicidade. Isto porque para uma pessoa ser verdadeiramente feliz, precisa de criar recursos internos para enfrentar as inevitáveis desilusões, fracassos e frustrações na vida. Não é a falta ou excesso de elogios que a leva a isso, mas os elogios com peso e medida, que privilegiam o esforço, honestos e com conteúdo.

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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Pensamento/Lema da semana #287


"(…) se queremos algo bem feito, 
devemos nos dedicar, estudar, conhecer com profundidade o assunto. 
E quando amamos algo, 
as horas voam quando estamos entretidos e focados." 

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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Destralhamento total da casa - Ponto de situação #7

Hoje venho fazer mais um ponto de situação do meu «plano para destralhar totalmente a casa». Posso dizer que começo a ver o ambiente a modificar-se radicalmente. E sabes o que sinto? Um alívio enorme, uma sensação de paz que nunca imaginei. Confesso até, que após destralhar algumas áreas, não resisto e vou espreitá-las uma data de vezes - só pelas boas energias que aquelas visões me dão.

Bom, mas vamos ao ponto de situação.

Número de áreas a destralhar e organizar
Se já conheces o meu plano, sabes que distribui o destralhamento e organização por áreas muito pequenas. Assim, neste momento, de um total de 210 áreas, faltam-me 55!

Mas como referi neste post, surgiu um imprevisto. Na altura da elaboração do plano, esqueci-me de considerar a despensa. Deste modo faltam-me efectivamente 55 áreas + 17 = 72 no total. A piada é que por acaso a despensa, é uma das divisões que já se encontra totalmente destralhada.

Cronograma
Cada área a destralhar corresponde a 1 dia, e o objectivo a que me propus é de destralhar 4 áreas por semana. 

Anteriormente, tive o destralhamento bastante adiantado, mas neste momento só tenho uma semana de adianto (ou seja, é como se tivesse destralhado até à semana de 4 a 10 de Abril). O Luquinhas ficou doente, entretanto a Letícia entrou de férias e o tempo escasseou para os destralhes. De qualquer modo, fico satisfeita por estar a cumprir com os objectivos.

Motivação
Estou novamente com a motivação em alta! Creio que por ver resultados e por voltar a ler o livro da Marie Kondo para aí pela terceira vez (falei deste livro neste post). A sério, se quiseres ficar motivado/a para fazeres o teu próprio destralhamento, lê este livro, é super-inspirador!

Uma questão - Até que ponto devemos destralhar?
Apesar de discordar de algumas das indicações da Marie Kondo, neste ponto concordo em absoluto: devemos destralhar até «fazer um clique», até sentirmos "agora sim, sinto que está destralhado como sempre sonhei". Mas como se descobre esse «clique»? Afinal trata-se de um sentimento muito pessoal...

A primeira coisa a ter em mente é o que devemos guardar: somente coisas realmente úteis e/ou que nos dão alegria. Por exemplo no meu caso, é impensável desfazer-me dos meus livros (que leio, releio - neles busco inspiração, ou apenas divertimento). Estes são dos poucos objectos que realmente me proporcionam momentos felizes, pelo que não me sentiria bem longe deles. Mas para alguém que não seja apaixonado/a por livros, faz todo o sentido livrar-se de parte dos mesmos. Ainda no meu caso, que não ligo tanto a maquilhagem, posso dizer que me desfiz de grande parte delas e só guardei o mínimo num cestinho da casa de banho. Para outra pessoa, isto poderia ser impensável.

Assim, este «clique« é realmente muito pessoal.

→ Como faço o destralhamento, até sentir o dito «clique»?

1. Dou uma primeira volta pela área a destralhar, analisando cada objecto. Em grande parte dos casos (especialmente ultimamente), consigo deixar tudo destralhado à primeira, mas nem sempre isso acontece: ou porque tenho algumas dúvidas, ou porque continua a haver falta de espaço.

2. Então faço uma segunda ronda (até faria mais se necessário), analisando os objectos sobre os quais tenho dúvidas e volto a perguntar-me: se aquilo é realmente útil ou se me dá tanta alegria ao ponto de me dar trabalho extra a limpar e ao ponto de ocupar mais um espaço naquela área.

3. No final, e ao contrário do primeiro destralhe que fiz há uns anos, não permito que sobre um «monte das dúvidas». Assim, por norma acabo por destralhar aquilo que me traz dúvidas, porque na segunda ronda quase sempre percebo que aquilo não me faz falta ou que o espaço fica melhor organizado sem aquele objecto.

4. É também importante ter em mente, que devemos ter os espaços arrumados de forma a que com um olhar rápido, percebamos imediatamente o que temos. Ter isto em mente, ajuda-me a perceber como quero deixar determinado espaço, e por consequência, o que não quero que fique ali.

5. Se há algum objecto do qual não me quero desfazer, mas que não faz sentido estar na área que estou a organizar, basta mudá-lo de área. Presentemente, o que também me facilitou a tarefa de organização, é o facto de já não ter objectos da mesma categoria espalhados pela casa - por ex. medicamentos - tendo optado por reuni-los todos na mesma área. Assim, fica mais fácil definir o que realmente preciso em cada área. A única excepção que faço são aos produtos da despensa, pois guardo aqui as reservas de produtos. Tenho por exemplo um champô da casa-de-banho e outro de reserva na despensa. Mas é a única excepção. 

Por último deixo-te uma foto do meu destralhe, para perceberes como estou a ir longe no mesmo. À esquerda está a gaveta já organizada, neste caso com documentos. À direita está um saco com a tralha que saiu daquela gaveta (oh my God! até tive vergonha de mostrar esta foto). Aliás continuo intrigada: como foi possível caber tanta coisa numa única gaveta?...


Aproveitei as pastas que recebi em seminários e reuni os documentos de dada categoria em cada pasta. Cada pasta tem uma etiqueta a identificar o seu conteúdo - apesar de não dar para ver na foto. Assim, por exemplo no monte da esquerda encontram-se as pastas, minha e do meu marido, com os certificados de habilitações. Tenho ainda outra pasta para a frequência de seminários. No monte do meio já tenho os documentos de identificação (cada um cá de casa tem a sua pasta). No monte da direita cada um de nós tem uma pasta respeitante a assuntos de saúde. Anyway, o que importa é que agora não há papelada que nada tenha a ver com estes assuntos nesta gaveta. O que era importante foi transferido para outra área, o que não era (a maioria das coisas) foi direitinha ao saco do lixo. Imagina que para além dos documentos, ainda tinha uma série de cópias dos mesmos. Sem comentários...

O efeito mais positivo, após sentir que tinha a quantidade certa de objectos em cada área, é que não voltei a colocar objectos extra nos espaços destralhados. Recordas-te do meu roupeiro, destralhado em Janeiro? Continua igualzinho, super-organizado e sem um mínimo sinal de tralha. Por isso é realmente importante destralhar até atingirmos a dita sensação: "agora sim, sinto que tenho a quantidade certa de objectos!".

Foto: Mafalda S.
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