Imagina que chegas a casa e vais espreitar as novidades no facebook. Subitamente vês caras sorridentes com roupas giras, em jantares, viagens, rodeados de amigos ou com uma família linda... E pensas: “Bolas, não sou tão bonito(a)!”. “Mas onde é que vão ao dinheiro para tanta viagem?”. “Todos(as) eles(as) têm miúdas(tipos) giros(as) e eu aqui, sozinho(a)!”.
Existem alguns estudos que revelam que algumas pessoas ficam deprimidas após consultar este género de redes sociais. Mas o que as deprime não é a rede social em si, mas a comparação que fazem entre as suas próprias vidas e as dos outros. E quem fala em redes sociais fala no olhar para o vizinho que tem aquele carro de sonho, ou para a colega de trabalho que parece ter uma família extraordinária… o ser humano passa a vida nisto. O pior é que as comparações tendem a ser pela negativa. É por isso que te quero apresentar 6 razões para não te comparares com os outros:
1. As comparações tornam-nos mais infelizes – este é um hábito que diminui efectivamente a felicidade, principalmente se o repetires frequentemente. Isto porque afecta a tua auto-estima e rouba-te a alegria.
2. As comparações normalmente são injustas – a verdade é que costumamos comparar o nosso pior com o melhor dos outros. Mas para fazermos uma comparação justa deveríamos de conhecer todas as vertentes da situação. Aquela colega pode parecer ter uma vida bem mais espectacular que a tua, mas a verdade é que só conheces os aspectos positivos, provavelmente desconheces os seus problemas. E não há vidas ou pessoas perfeitas…
3. A única comparação justa é contigo mesmo(a) – a verdade é que, se olhares para trás, certamente vais aperceber-te que alcançaste uma série de objectivos ou que desenvolveste qualidades das quais te podes orgulhar (um curso que conseguiste tirar, a família que conseguiste construir, a sensibilidade que tens para ajudar os outros…). Esta sim, é uma comparação justa, porque na tua vida conheces todos os aspectos que envolvem dada situação e consegues deter o controle sobre muita coisa.
4. Não tens nada a ganhar em comparar-te – a verdade é que ao fazê-lo não acrescentas valor nenhum à tua vida. Pelo contrário, poderás sentir-te mais deprimido(a), infeliz, desmotivado(a), ressentido(a)… Poderás inclusive tornar-te numa pessoa amarga, que passa a vida a criticar os outros, o mundo ou a ti mesmo(a).
5. As comparações roubam-te tempo e energia preciosos – ao invés de ocupares o tempo de forma útil (com o teu próprio desenvolvimento pessoal, por ex.), perdes tempo em algo que ainda por cima te fará infeliz! Reverte este quadro e investe a tua energia a melhorar vários aspectos da tua vida [por ex. a tua formação, o aspecto da tua casa, a gestão do teu dinheiro, o teu aspecto físico, a tua saúde… há sempre coisas que podes melhorar em ti mesmo(a)].
6. Corres o risco de transformar as comparações num hábito – se começares a comparar-te com os outros, lembra-te que há sempre mais e mais aspectos com os quais te podes comparar. Quando deres por ti, o teu cérebro já começa a comparar em «modo automático», porque o ensinaste a pensar assim. O que é um acto esporádico, se repetido frequentemente, pode transformar-se num hábito… neste caso, num péssimo hábito.
Em suma a «comparação com os outros» pode ser um entrave na tua vida. Mas nada está perdido! Liberta-te deste hábito, seguindo os passos descritos neste post. Pode ser difícil, mas vale a pena o esforço!
Foto: Personal Kaleidoscope