terça-feira, 28 de abril de 2020

Exercício: como sentir gratidão em tempo de pandemia


Os tempos não têm sido fáceis. Os receios invadem-nos a mente, perante a pandemia que assolou o mundo. Há quem esteja confinado em casa e quem vá trabalhar fora, mas com medo. Há quem esteja assoberbado de tarefas como profissionais de saúde, pais em casa com tarefas domésticas/profissionais a multiplicarem-se, enquanto tentam ajudar no estudo dos filhos. Há quem esteja a ficar ansioso e deprimido com o isolamento... e tantos idosos longe das famílias...

Ainda assim, os pequenos milagres do dia-a-dia continuam a acontecer. Podemos intencionalmente reparar... há tanta beleza à nossa volta. Mesmo naquilo que nos parece corriqueiro. 

Valorizar estas pequenas bênçãos, sentir GRATIDÃO, pode aumentar o nosso bem-estar, reduzir a ansiedade e aumentar a felicidade em cerca de 25%. 

Em tempos falei do exercício "10 coisas pelas quais sentes gratidão". Que tal arranjares uns minutinhos para realizar este exercício e quem sabe melhorares o teu estado de alma?

Exercício: 10 coisas pelas quais sentes gratidão 

Como referi anteriormente, o exercício é feito da seguinte forma:

Material necessário - 1 caneta e um papel (podes inclusive escrever no teu diário ou agenda);

Instruções:
a) Reflecte sobre o que tens ou o que aconteceu de bom da tua vida: podem ser as pessoas que tens à tua volta, aquela viagem que te traz memórias felizes ou o simples cheiro do café pela manhã. Não importa, o que interessa é que seja algo que te ponha um sorriso no rosto.
b) Depois disto, regista as 10 coisas pelas quais sentes gratidão, que te fazem sentir feliz e fazem a tua vida valer a pena.
c) Guarda esta lista.
d) Sempre que te sentires mais em baixo ou simplesmente queiras trazer energia positiva ao teu dia, recorre a esta lista, relendo as 10 coisas que tens de bom.

A minha lista de 10 coisas pelas quais me sinto grata (mesmo em tempo de pandemia)

Eis as 10 coisas, que apesar da pandemia, me fazem sentir gratidão.

1 - Ver a casa não como uma prisão, mas como um refúgio.
Vejo a minha casa, como um lugar onde podemos estar mais protegidos. Protegidos contra um inimigo invisível que, apesar de tudo, me incita a limpezas extras e a ter álcool-gel logo à entrada. Ainda assim, a casa é um porto seguro em tempo de incertezas.

2 - Perceber que o nosso isolamento, está cheio de conforto.
Conheci um senhor estrangeiro que, durante a II Guerra Mundial, teve de se esconder com os pais e com o irmão numa gruta. Ele entrou lá com 2 anos e só saiu com 4. Era o pai quem saía dali para ir procurar mantimentos e, nessa altura, tentava sempre ocultar a entrada da gruta. Como eles, estavam muitas famílias.

O meu próprio bisavó, partiu com o Corpo Expedicionário Português para França, durante a I Guerra Mundial. Deixou para traz a minha bisavó, com crianças pequenas, ou seja, a enfrentar grandes dificuldades.

Por isso, sinto que é um privilégio termos casa com electrodomésticos que nos ajudam nas tarefas domésticas. Televisão e canais de youtube, para relaxarmos. Meios para comunicarmos com os outros...

3 - Poder manter o contacto com a minha família (inclusive com quem não falava há anos).
Em primeiro lugar é uma bênção poder estar com o marido e filhos, porque há quem não o possa fazer nesta altura.

Não tenho é estado com o meu pai e a minha madrasta (é o meu marido quem lhes tem feito as compras, por isso não os vejo). Ainda assim, todos os dias falamos e isso permite-nos manter a proximidade.

Tenho falado também com outros familiares e com amigas. Mas um primo surpreendeu-me. Não falávamos há anos e entretanto, reencontrámo-nos no facebook. Num destes dias ele ligou-me e foi um «reencontro» tão bom, tão feliz!...

4 - Os «pequenos milagres» com que a Natureza nos presenteia.


Mesmo a partir de casa podemos assistir ao nascer e pôr-de-sol. Verdadeiros espectáculos com que a Natureza nos presenteia.

Ultimamente tem chovido em várias ocasiões e  eu adoro! Sou fã do som da chuva, do cheiro a terra molhada e adoro como a paisagem fica verdejante.

Mas o interessante, é que toda a chuva tem sido intercalada pelo sol. Conclusão: nunca vi tantos arco-íris em dias seguidos (por vezes vários num só dia).


Na minha varanda, tenho esta planta há anos. Não sabia que ela dava flores. Mas durante a quarentena floresceu, enchendo-se com várias flores pequeninas. Este pequeno milagre, encheu-nos de alegria.



Perto de casa há uma cascata de água. Mas com o passar constante dos carros, mal a ouvíamos. No entanto, nos dias em que praticamente não houve trânsito, começámos a ouvir os sons da cascata, acompanhados por um coro de passarinhos.

Isto tem-nos feito apreciar mais as varandas (e há quem tenha a sorte de ter um quintal...). Especialmente ao Domingo, ficamos a ler (ou na brincadeira - no caso dos miúdos) até ao pôr-do-sol, ouvindo estes sons relaxantes.


5 - Os meus livros.
Quem me conhece, sabe que a minha paixão são os livros. É um privilégio ter uma pequena biblioteca e poder continuar não só a relaxar, mas também a aprender com eles e evoluir enquanto pessoa.



Confesso que no início da quarentena estava a sentir-me bastante frustrada com a falta de tempo para ler. As tarefas eram tantas, que simplesmente não conseguia fazê-lo. Isso estava a deixar-me super-ansiosa.

Entretanto, decidi permitir-me a fazer algumas pausas entre tarefas (mesmo que sejam só uns minutinhos). E aproveito esses momentos para fazer as minhas leituras. Vá... de manhã ao pequeno-almoço também o faço (o que me enche de energia positiva) e antes de dormir (o que me permite relaxar).


6 - Os meus momentos hygge.
O hygge significa literalmente «aconchego» e tem que ver com a arte de relaxar num ambiente caloroso, acolhedor e livre de stress. Trata-se de alcançar a felicidade através dos prazeres simples da vida. Envolve coisas como: ler aconchegado numa mantinha ao som da chuva que cai lá fora; deliciarmo-nos com uma refeição, que nos lembra a infância; acender umas velas e ouvir uma música agradável; jogar jogos de tabuleiro com os filhos…

Nesta época de isolamento, podemos incluir o hygge nas nossas vidas e dessa forma, sermos mais felizes.

Eu aproveito para acender uma vela ou inundar-me pela luz dourada do nascer ou pôr-do-sol. Preparo uma bebida quente e a minha mantinha. Depois vou ler um pouco. Sinto-me sempre mais relaxada e feliz, depois destes momentos.

7 - A existência de novas tecnologias.
Têm sido uma ajuda preciosa!!! Têm permitido o tele-trabalho, as aulas das crianças, comunicar com os nossos entes queridos... E, sejamos realistas, também é muito agradável ouvir música ou vídeos do youtube, enquanto realizamos tarefas domésticas.

8 - Ter descoberto novas capacidades em mim e nos meus filhos.
Jamais imaginaria que faria pão em casa, e tenho-o feito diariamente (no forno, mas principalmente na máquina do pão). E não é que fica bom? E assim evitamos saídas extra.

Também nas refeições tenho usado da criatividade e reaproveitado mais as sobras. O desperdício alimentar reduziu consideravelmente.




A minha filha tem realçado a sua veia artística.  Tem pintado, desenhado e também decorado os seus cadernos (os meus eram bem feiosos comparando com os dela).




O pequenino farta-se de brincar. Mas também tem feito trabalhos manuais e anda viciado em realizar experiências, incluindo as culinárias. O bolo de laranja da foto, foi feito por ele e pela irmã.

Apesar de por vezes discutirem, noto que fazem muito mais coisas em conjunto. São mais cúmplices. E os abraços e beijinhos multiplicam-se.

Felizmente, como estão sempre entretidos (quando não sabem o que fazer, inventam!), e apesar de terem saudades da escola, têm aproveitado bem os momentos em casa.






9 - Manter a fé
Confesso que não sou das que acredita que "todos vamos ficar bem", mas sei que melhores dias virão. Algo que me têm ajudado é a minha fé em Deus (não acredito propriamente em religiões, mas tenho fé num Ser Superior). E isto não se explica, sente-se.

Costumo agradecer a Deus quando me acontece algo de bom, mas também lhe peço ajuda quando preciso. Tento ser uma pessoa melhor, mas também sinto que podem acontecer milagres nas nossas vidas.

10 - Dar mais valor às pequenas coisas.


Esta imagem é antiga. Do parque da cidade. Hoje vejo esta foto e de outros locais por onde passei e fico com um sorriso de nostalgia. Primeiro porque evoco as minhas lembranças felizes e depois, porque sinto que no futuro vou dar valor a coisas que dava por garantidas. A poder abraçar familiares e amigos, viajar, estar sentada numa esplanada solarenga, visitar museus, esquecer do tempo numa livraria, assistir a um pôr-do-sol à beira-mar...  Que saudades! E que privilégio será, se podermos apreciar tudo outra vez.

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Como escrevi em tempos...
"O importante é que saibas, que valorizar estas coisas te pode deixar mais feliz. 
Muitas vezes, a felicidade 
reside nos pequenos milagres que acontecem todos os dias."

Fotos: Mafalda S.
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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Pensamento/Lema da semana #498


"Certos dias passam por nós sem deixar rasto - 
e certos momentos felizes ficam connosco para sempre." 
Meik Wiking

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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Pensamento/Lema da semana #497


"Para ser feliz 
tem de perceber o que é que na vida faz sentido para si. 
E só consegue perceber o que faz sentido 
se se der ao trabalho, se investir o seu tempo nisso…
Ryder Carroll

Foto: Jan Baby
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terça-feira, 14 de abril de 2020

A importância do «descanso» em tempo de pandemia... e não só


"O simples ato de fechar os olhos durante cinco a dez minutos
pode ajudar-nos a desligar e a recarregar a meio do dia.
Muitas vezes, é tudo o que precisamos para continuarmos
e para termos energia sustentada."
Pedram Shojai in "O Monge Urbano"

Vou confessar. Ultimamente sinto-me uma espécie de malabarista, a tentar equilibrar-me entre uma sucessão infindável de tarefas. Desde que tivemos de ficar confinados ao domicílio (e acho importantíssima esta medida!), parece que as tarefas quadruplicaram. Quando algumas pessoas reclamam que estão entediadas, sem saber o que fazer em casa, sinto-me noutra dimensão. Porque o que eu mais queria era um momento de pausa e francamente não está fácil de conseguir.

Eu e os pequenos estamos em casa, logo a sujidade e desarrumação aumentaram consideravelmente. O marido continua a trabalhar fora, mas logo que chega a roupa segue para a máquina. Tem sido roupa para tratar, que parece não acabar mais. Têm sido limpezas e desinfeções extra (também para prevenção, por causa do coronavírus). Tenho feito as tarefas para a empresa. Acompanho os miúdos nas actividades escolares (ela anda no 6.º ano, mas mesmo ao meu filho, que anda no infantário, organizo actividades e tenho de enviar um relatório das mesmas para a escola). Depois há as refeições (que agora são mais, pois o marido leva sempre de casa). Até pão tenho tentado fazer, para evitar idas à padaria. Conclusão: sinto-me exausta. Parece que as tarefas se sucedem sem pausas desde que acordo até cair na cama.

Na semana passada cheguei a uma exaustão tal, que sentia dores físicas por todo o corpo. Foi então que decidi parar. Deixei as tarefas de lado e descansei uma tarde. O marido estava em casa e eu simplesmente caí na cama. Passado algum tempo, após estar apenas no escuro, fui ver um filme qualquer que passava na TV. E não imaginas como isto me fez bem... no dia seguinte, as dores no corpo tinham passado e estava (muito) mais produtiva. Acho que só naquele momento, tive verdadeira consciência da importância do descanço.

Entretanto, tomei algumas decisões, para tentar levar uma vida mais equilibrada enquanto estou em casa:

1 - deixar de fazer tarefas que, de momento, não são prioritárias (por exemplo passar a ferro);

2 - simplificar as refeições (receitas simples, sem uma exorbitância de ingredientes);

3 - solicitar mais colaboração nas tarefas domésticas, junto de quem cá vive;

4 - só até me reorganizar, reduzir o número de tarefas associadas ao meu objetivo para este ano (reduzo de 4 tarefas semanais para 2); 

5 - manter a ajuda preciosa do meu Bujo, para gestão do meu tempo. Lá registo o que tenho para fazer, priorizo aquilo que é urgente e reflito sobre o andamento das coisas (o que vai bem, onde devo de melhorar);

6 - fazer algumas pausas entre tarefas ao longo do dia (nem que sejam 10 minutos, já faz toda a diferença);

7 - voltar às minhas leituras para manter a motivação, evoluir enquanto pessoa ou simplesmente relaxar (é que as minhas leituras diminuíram consideravelmente nos últimos tempos e isso tem-me feito mal);

8 - tentar deitar-me mais cedo, para me levantar com mais energia (e com menos dores de cabeça);

9 - pelo menos no Domingo à tarde não fazer qualquer tarefa, que não seja descansar e estar com a família.

E é este o meu plano. Para já para os tempos de pandemia. Mas não descarto a importância dos momentos de descanso nas nossas vidas, em geral. 

Sinto que assim, tudo correrá melhor.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Pensamento/Lema da semana #496


"O comprometimento com os teus sonhos e a tua consistência 
são as sementes que plantas hoje 
para colheres os frutos amanhã." 
Autor desconhecido

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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Como manter a casa limpa e desinfetada em tempo de pandemia


Confesso que não sou daquelas pessoas que estão entediadas em casa e a queixar-se por causa disso. Em primeiro lugar porque é meu dever de cidadã não contribuir para a propagação do Covid-19. Em segundo, porque tenho sempre coisas para fazer (e para ser sincera até gostava de ter mais tempo livre... para ler os meus queridos livros, ver um bom filme...). No entanto tenho andado extremamente ocupada e, as limpezas, incluem-se nas tarefas que passaram a ocupar mais tempo. 

Quero partilhar contigo, como limpo e desinfeto a casa em tempo de pandemia:

1 - O meu hall de entrada parece mais desarrumado. Mas é por uma boa causa. Logo à entrada tenho o único frasco de álcool-gel que consegui comprar (a preço de ouro). Tenho também um saco com bolinhas de algodão. Coloco um tapete improvisado e tenho um saco grande de pano. Quanto temos mesmo de sair, à chegada, retiramos roupa e sapatos (actualmente só saímos de ténis) e colocamos dentro do saco de pano (que é colocado a lavar na máquina, a 60 graus - estou para ver a conta da luz...). Desinfectamos as mãos com o álcool-gel e também o telemóvel ou outros objectos que tenham ido ao exterior (com a ajuda dos algodões). De seguida, vamos tomar duche.

2 - Quando as compras chegam, preparo num alguidar uma mistura de de água e lixívia. Li que esta misturinha dissolve a proteína do vírus. Coloco luvas e passo tudo por esta misturinha. Algumas coisas seco e guardo, outras (como frutas e legumes), deixo algum tempo a secar na varanda. É importante fazer esta higienização, porque este vírus é o meu oposto: gosta imenso de frio. Se colocarmos produtos no frio sem higienizar, o vírus até fica mais estável. 

3 - Depois de tudo higienizado, coloco os sacos das compras dentro da máquina de lavar e lavo a 60 graus (li que o que protege o vírus é uma fina camada externa de gordura, pelo que a espuma de sabão ajuda a dissolver essa gordura e a água mais quente ajuda a derretê-la). Claro que isto dá uma trabalheira, mas é por uma boa causa.

4 - As moléculas virais apreciam o frio, a humidade e a escuridão. Por isso, tento arejar a casa abrindo um pouco as janelas (não pode ser todo o dia, senão ficamos com alergias... vida de quem tem rinite alérgica, não é fácil). E tento deixar entrar luz natural. Por vezes ligo o aquecimento, para prevenir a humidade e para a casa ter uma temperatura agradável.

5 - Segundo o que li, o vírus gosta é de seres humanos e animais, ainda assim, consegue sobreviver algum tempo em algumas superfícies (dados tendo em conta uma temperatura do ar de aproximadamente 21ºC - ou seja, em diferentes condições, pode variar - por ex. a 30.º C, estas durações são mais curtas):
  • 3 horas - nas roupas;
  • 4 horas - no cobre (ex.: moedas);
  • 8 horas - em alumínio (ex.: latas de comida e refrigerantes);
  • 1 dia - no papelão (ex.: caixas de encomendas);
  • 2 a 3 dias - em plástico (ex.: pacotes de alimentos) e aço inoxidável (ex.: panelas);
  • 4 dias  - na madeira (ex: pavimentos e mobília);
  • 5 dias - no metal (ex.: maçanetas, chaves, jóias), no vidro (ex.: janelas, copos, garrafas), cerâmica (ex.: azulejos, pratos, canecas) e no papel (ex.: livro);
  • 9 dias (!!!) - no chão ou asfalto.

6 - Tendo em conta estes dados e sabendo que em caso de espirros as gotículas que transportam o vírus podem alcançar até 8 metros (caramba!), o melhor é desinfectar as superfícies e materiais, com alguma frequência. O ideal seria fazê-lo com álcool, com produtos à base de lixívia ou com a tal mistura de água com lixívia. Atenção que o álcool tem de ser superior a 65.º. Há quem fale em recorrer a bebidas alcoólicas, mas por exemplo a vodka mais forte tem álcool a 40º, logo, é ineficaz. O vinagre também não é útil, pois não dissolve a camada de gordura do vírus. Em último caso, quando não é possível recorrer à lixívia e ao álcool, mais vale a água e o sabão (a espuma de sabão ajuda a dissolver a gordura). Existem uns toalhetes (Clinell) que conseguem inactivar o vírus após passagem, num minuto. Quisera eu tê-los... Ah! Não te esqueças de escolher um produto que não danifique a superfície que vais limpar. 

7 - Há áreas (aquelas onde colocamos as mãos), onde há maior probabilidade do vírus se alojar. Logo, temos investir na limpeza destes locais: maçanetas, puxadores de móveis e electrodomésticos, torneiras, dispensadores de sabão, chuveiro, autoclismo e tampas de sanita, piaçaba, botões de elevador, corrimões (eu prefiro nem colocar lá as mãos), interruptores de luz, teclados de computador e tablets, comandos de TV, telemóveis, mesas, mobília onde nos sentamos, toalhas e guardanapos de cozinha (de momento, estou a lavá-los diariamente); 

8 - Tenho imensos panos de limpeza (feitos de toalhas e lençóis velhos), velhas esponjas de cozinha (que uso para lavar superfícies da cozinha e casa-de-banho) e 3 bases de esfregona. Por isso, logo que um pano (ou afins) começa a ficar sujo, continuo a limpeza com outro. No fim, lavo tudo na máquina. 

9 - Também é aconselhável manter a máquina de lavar limpa, para que a mesma funcione eficazmente. Primeiro tento limpar o máximo possível a sujidade das borrachas, recorrendo a um pano molhado. Depois, deito um copo com vinagre diretamente no tambor, que deve de estar vazio de roupas. Entretanto inicio um ciclo de lavagem de água quente, no mínimo a 60ºC. Isto deve de ser feito mensalmente. Li que existem produtos próprios para o efeito, mas nesta máquina nunca usei (na de lavar loiça, sim, costumo usar um produto de limpeza). 

10 - Esta é uma boa altura para destralhar. Um número menor de objectos, limita as contaminações e dá muito menos trabalho a limpar. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, mas mantenho-me firme no meu objetivo do minimalismo

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De qualquer forma, se quiseres saber mais detalhes sobre a limpeza em tempo de pandemia, deixo-te um excerto da orientação n.º 008/2000 da Direção-Geral de Saúde. A mesma é destinada a hotéis e alojamentos, mas dá-nos orientações preciosas a nível de limpeza:

" (...) 3. Mudança de roupa dos quartos e limpeza e desinfeção das instalações: 
i. Dado que a intervenção de mudança de roupa da cama, gera aerossóis, é aconselhável separar as duas intervenções: limpeza e roupa (exemplo: 2 equipas diferentes) e dar um tempo de espera entre estas duas tarefas - respeitar um tempo de pelo menos 2-3 horas entre retirar lençóis e roupas de cama e atoalhados e realizar a limpeza de pisos e superfícies. 
ii. Equipar os profissionais encarregados de remover roupa e realizar a limpeza, com bata, luvas não esterilizadas, óculos de proteção e uma máscara de proteção respiratória do tipo FFP2.
iii. Ao remover a roupa de cama e atoalhados:
• Não agitar a roupa de cama; 
• Retirá-la sem a sacudir, enrolando-a no sentido de dentro para fora, fazendo um “embrulho”; 
• Não encostar a roupa ao corpo; 
• Transportar as roupas e colocar diretamente na máquina de lavar; 
iv. A roupa deve ser lavada à temperatura mais alta que puder suportar (dependendo da termoresistência) – ciclo de desinfeção pelo calor (pelo menos a 60ºC durante 30 minutos, ou entre 80-90ºC, com 10 minutos de contacto do calor com a roupa); 
v. Se a roupa não puder ser lavada a quente, deve ser lavada na máquina a temperatura entre 30-40ºC e a um ciclo de desinfeção final na máquina, com um desinfetante apropriado a este tipo de roupa e compatibilidade com a máquina. 
vi. Na ausência de uma máquina de lavar, embale as roupas e acondicione num saco impermeável, fechando-o bem e levar para a lavandaria e depositar a roupa diretamente para dentro da máquina; 
vii. Os resíduos recolhidos no quarto, devem ser acondicionados num primeiro saco bem fechado, que depois é depositado no 2.º saco. O 2.º saco deve ser identificado como resíduos biológicos e tratados por incineração ou autoclavagem. 
4. Manutenção das superfícies ambientais: 
i. O coronavírus (SARS-CoV-2) provavelmente pode sobreviver durante horas em superfícies secas e até 6 dias, em superfícies com humidade. 
ii. A limpeza húmida é sempre preferível, à limpeza a seco. 
iii. Não usar aspirador para limpeza de pisos. 
iv. Não é adequado o uso de aspirador de pó, porque põem em movimento no ar, as gotículas, nas quais o vírus pode estar contido e transforma-as em aerossóis. 
v. Para equipar o pessoal encarregado da limpeza de pisos e superfícies com uma bata impermeável, ou avental de plástico sobre o fardamento, luvas de uso único resistente a líquidos, máscara de tipo cirúrgica. 
vi. Cumprir o seguinte para a limpeza dupla de pisos e superfícies: 
a) Limpar as superfícies de cima para baixo e no sentido das áreas mais limpas para as mais sujas;
b) Usar panos de limpeza de uso único, diferentes e exclusivos para a área do quarto e para as casas de banho; 
c) O balde e esfregona de limpeza da casa de banho deve ser diferente do balde de limpeza e esfregona a usar no quarto; 
d) Para lavar as superfícies: pode usar-se detergentes de uso comum; 
e) Para desinfeção de superfícies: a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha o uso de lixívia (solução de hipoclorito de sódio) numa concentração de pelo menos 5% de cloro livre, e álcool a 70º, para as superfícies metálicas ou outras, que não sejam compatíveis com a lixívia, de modo a evitar corrosão ou danificação. No entanto, existem no mercado vários produtos de limpeza e desinfeção de superfícies com ação virucida e que podem ser utilizados, nomeadamente, pastilhas de cloro para diluir na água no momento da utilização; soluções detergentes com desinfetante na composição (efeito 2 em 1), quer em apresentação de spray, líquida ou outra ou toalhetes humedecidos em desinfetante para a limpeza rápida de algumas superfícies de toque frequente. 
5. Limpeza e Desinfeção de Superfícies: 
i. Se há presença de sangue, secreções respiratórias ou outros líquidos orgânicos, absorver os líquidos com papel absorvente; aplicar a lixívia diluída em água na proporção de uma medida de lixívia, para 9 medidas iguais de água; deixar atuar durante 10 minutos; passar o local com água e detergente; enxaguar só com água quente e deixar secar ao ar; usar máscara na diluição e aplicação da lixívia; abrir as janelas para ventilação do espaço; 
ii. Para a desinfeção comum de superfícies: lavar primeiro com água e detergente; aplicar a lixívia diluída em água na seguinte proporção: uma medida de lixívia em 49 medidas iguais de água; deixar atuar a lixívia durante 10 minutos; enxaguar apenas com água quente e deixar secar ao ar; 
iii. As instalações sanitárias devem ser lavadas e desinfetadas com um produto de limpeza misto que contenha em simultâneo detergente e desinfetante na composição, por ser de mais fácil e rápida aplicação e ação; 
iv. Também o mobiliário e alguns equipamentos poderão ser desinfetados após a limpeza, com toalhetes humedecidos em desinfetante ou em álcool a 70º; 
v. Limpar primeiro o mobiliário do quarto; 
vi. Se houver kitchenette, lavar as louças na máquina a temperatura elevada; limpar e desinfetar armários, bancadas, mesa e cadeiras, não esquecendo de desinfetar os puxadores dos armários e das portas; de seguida, limpar e desinfetar a torneira, o lavatório e o ralo. 
vii. Limpar paredes até à altura do braço. 
viii. Retirar os cortinados e enviar para lavar, incluindo o cortinado da casa de banho; 
ix. Limpar o mobiliário; x. Lavar a casa de banho, começando pelas torneiras, lavatórios e ralos destes, passar depois ao mobiliário, de seguida a banheira ou chuveiro, sanita e bidé; 
xi. O mesmo procedimento repete-se para o chuveiro, não esquecendo de limpar bem o chuveiro, desenroscar a cabeça do mesmo e lavar e desinfetar; 
xii. Sanita: aplicar o produto que tem a função de detergente e desinfetante em simultâneo, no interior e exterior da sanita; deixar atuar o produto durante 10 minutos para que faça o efeito desejado, esfregar bem por dentro com o piaçaba, descarregar a água com o piaçaba ainda dentro da sanita para que este também fique limpo; pôr o piaçaba a escorrer; lavar e desinfetar o suporte do piaçaba; 
xiii. Com outro pano limpo de uso único, lavar a parte externa da sanita, começando pelo tampo (o menos sujo), seguindo-se a parte de cima da sanita e todas as partes exteriores com o mesmo detergente/desinfetante; passar depois só com água quente e deixar secar. 
xiv. Por fim, lavar o chão das instalações. 
xv. Abrir as janelas da área e deixar secar ao ar. (...)"

Foto: Pascal Helmer

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Pensamento/Lema da semana #495


"A tristeza é uma das piores doenças do Ser Humano.
Ela corrói o coração, opaca a alma
e consome as nossas energias.
Nunca percas a Fé e as Esperanças.
Quanto mais longe achas que Deus está de ti,
mais perto Ele estará carregando-to em Seus braços."
Papa Francisco

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