quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Como as pessoas à sua volta, influenciam a sua felicidade


Com alguma frequência, eu e o meu marido passeamos de carro à noite, única e exclusivamente para apreciar a beleza da cidade. Colocamos boa música e aí vamos, um pouco sem destino. Ficamos mais relaxados e encantados com o que nos rodeia.

Uma certa noite, levámos uma pessoa connosco para lhe mostrar um sítio fantástico. Meu Deus, não podia ter corrido pior! As mensagens constantes dessa pessoa eram do género: "É bonito, mas não tem nada que as outras cidades não tenham.", "Olhem só aquelas casas velhas, os donos já não querem saber de nada", "Que ruas tão estreitas, deviam era de alargar a estrada", "Estes políticos, não querem saber de nada". Após a enumeração de mil defeitos à cidade, aos políticos e à crise... a cidade parecia ter perdido o encanto. Saímos dali pessimistas e fartos da conversa. Não é que tudo deva ser cor-de-rosa, mas não podemos ver só o lado negativo.

E porque ficámos com um estado de espírito negativo? Porque as emoções são contagiosas. Tendemos a adquirir o estado de espírito das pessoas com quem convivemos. Tal como também influenciamos os outros.

Agora pondere no seguinte: as pessoas que o rodeiam estão a torná-lo mais ou menos feliz?

Existem 2 tipos de pessoas:
a) as castradoras - estas pessoas estão muito centradas no seu ego; tendem a diminuir a sua auto-estima; por vezes incutem-lhe medo para que perca a coragem de seguir em frente; querem, mesmo que subtilmente, escolher por si; costumam desanimá-lo; podem ser demasiado pessimistas (atenção, que isto não significa que sejam más pessoas, podem simplesmente ter aprendido a pensar assim).
b) as potenciadoras - estas pessoas costumam pensar realmente em si; gostam genuinamente de si, independentemente das suas escolhas; incentivam-no a alcançar os seus sonhos, dando-lhe coragem para avançar; são por natureza optimistas realistas.

Que fazer então?
- Analise criticamente o comportamento de quem o rodeia: dos seus amigos, dos seus familiares, dos seus patrões, dos seus líderes religiosos, etc. Estas pessoas fazem-no mais ou menos feliz? São influências castradoras ou potenciadoras?

- Assuma o controlo da sua vida e faça as suas próprias escolhas. Não se iniba de ser feliz, por causa de opiniões alheias.

- Tente influenciar positivamente quem o rodeia. Você também tem o poder de influenciar as emoções das outras pessoas.

- Conviva, rodeie-se de pessoas mais positivas. Quanto mais conviver com pessoas optimistas e felizes, maior é a probabilidade de aumentar a sua própria felicidade.

- Afaste-se de pessoas que assumem constantemente a posição de «castradoras» (não estou a falar de situações ocasionais, mas de quem o está a desanimar frequentemente). No caso de ter de conviver com elas (familiares, por exemplo), pondere encontros mais ocasionais com essas pessoas. Como li algures, existem pessoas que é preferível serem amadas à distância.

Foto: Kalani Odum

14 comentários:

  1. É tão verdade! Por vezes vamos tão contentes ter com alguém e quando chegamos só de olhar para a cara da pessoa passamos para um estado em que é melhor nem dizer nada! Gosto muito do seu blog, compartilho dos mesmos ideais,ser Feliz!!! Obrigada por escrever.

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  2. Já à uns tempos atrás que decidi afastar esse tipo de pessoas da minha vida. Cansei-me de tanto negativismo e como dizes é contagioso, por mais que não se queira, mas o contrário também é verdade.
    Por isso à minha volta quero pessoas positivas com boa energia!

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  3. Estou a pensar seriamente nas tuas dicas :)

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  4. Gostei muito de ver a vida e quem nos rodeia desta forma, é esclarecedor, mas também é preciso coragem para agir perante este tipo de pessoas que nos castram diariamente, principalmente quando se encontram na família mais próxima. Mas já agora atrevo-me a perguntar, será possível ensinar estas pessoas a terem outra atitude perante a vida e aqueles que amam e provavelmente sem intenção estão constantemente a magoar??? Beijo

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    Respostas
    1. Certa vez entrou um idoso na minha Instituição (acabado de sair de outra IPSS) que mantinha um ar bem zangado. Esperava sempre o pior e não era nada simpático com as pessoas. Nós contrariávamos sempre o seu mau humor. Jamais fingíamos que ele não tinha coisas más na sua vida, mas todos os dias lhe lembrávamos o que tinha de bom e como deveria ter alguma esperança no futuro. A rabugice foi acalmando e, apesar de não ser a pessoa mais optimista do mundo, mudou completamente a sua atitude. O melhor é que a sua saúde também beneficiou.

      Com isto quero dizer que não é impossível influenciar as pessoas a mudarem (as emoções são contagiosas, como referi).

      A educação é muito importante, e desde cedo devemos ensinar as crianças a serem «potenciadoras». Mas existem pessoas que nunca foram assim. A sua genética pode predispô-las a serem mais negativas e o ambiente em que cresceram pode não ter ajudado.

      Mas pelo menos 40% da capacidade de sermos felizes, depende unicamente de nós. Portanto, essas pessoas têm efectivamente capacidade para mudar, mas para isso têm de QUERER mudar.

      Uma forma de as ajudares é contagiá-las com o teu próprio humor, com a tua própria visão do mundo, mais optimista.

      Poderás igualmente tentar contrariar o seu discurso negativo, orientando-o numa direcção mais positiva.

      Poderás dizer-lhes calmamente (nada de gritos ou falar de modo agressivo!!!)o quanto determinadas atitudes te magoam (critica as atitudes, não as pessoas).

      Poderás ainda incentivá-las à participação em actividades que sabes que essas pessoas apreciam genuinamente (um hobbie, uma actividade religiosa, uma sessão de relaxamento, uma saída a um lugar que apreciam... tudo depende da pessoa em questão).

      Poderás demonstrar com o teu próprio exemplo, que ter uma atitude mais optimista e uma luta pro-activa pelo tua própria felicidade, traz os seus frutos.

      Tudo leva o seu tempo, mas a persistência muitas vezes tem resultados positivos.

      O único senão, é que é difícil conseguires que alguém mude, se essa pessoa não quiser. Tu influencias, mas no fim, depende essencialmente dela.

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  5. Olá Mafalda:)

    Também adoro apreciar o meio que me rodeia, tanto seja no campo como na cidade e tanto seja dia ou noite:)

    Acho que realmente as pessoas que nos rodeiam influenciam a nossa felicidade, também já tive essa experiência:)
    Afasto-me das negativas e tento ficar só com as positivas - nem sempre é possível.

    Beijinhos

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  6. Isto é tão verdade Mafalda... e, de facto, ninguém precisa de "amigos tóxicos" na vida!

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  7. Olá Mafalda! Gostei mto deste post!
    De facto existem pessoas que conseguem estragar qualquer momento, pois não conseguem apreciar as coisas mais simples.
    Também concordo quando diz que parte da nossa felicidade depende exclusivamente de nós, costumo pensar nisso como sendo o nosso potencial de felicidade!
    Vou tentar ser uma pessoa mais potenciadora!
    Um beijinho! :)

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  8. Tenho um familiar bem próximo que é assim negativo como o que descreveste no passeio de carro: só vê o lado mau em TUDO e durante TODO o dia. É muito difícil não ficar contagiado por este tipo de frequência. Ficamos saturados num instante. Obrigada por este post! Beijinho*

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  9. Que assim como a Estrela de Belém
    guiou Gaspar, Melquior e Balthazar até o
    Menino Jesus na Manjedoura,
    que possamos ser Iluminados e Projetados
    por uma Luz Maior nesse Natal, que Norteie nosso caminhar em
    cada dia de 2013 !!!!! Feliz Natal!
    bj Sandra
    http://projetandopessoas.blogspot.com.br//

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  10. Olá Mafalda!Concordo totalmente com este ponto de vista!Conheço tantas pessoas "castradoras" e que por muito bem-dispostos que cheguemos a um sìtio,vamos com certeza mudar por causa da sua negatividade.
    Muitas nao é possível evitar,o que faço é tentar contagiá-las com a energia positiva.

    Feliz Natal e tudo de bom!
    Beijinhos

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  11. "Como li algures, existem pessoas que é preferível serem amadas à distância". Eu achei que ter esse pensamento seria o mesmo que me intitular como uma pessoa horrível e sem coração. Mas depois de uma criação tão castradora, vejo a NECESSIDADE de manter essa distância, para que eu preserve a mim mesma e isso não pode ser considerado ruim. Desumano deve ser considerado não saber fazer escolhas ou não saber quem és, por ter sido podado a viva inteira por pessoas que só queriam criar alguém que as servisse no futuro. Robôs são assim, mas nós humanos necessitamos de asas para voar. Maravilhoso post!

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  12. Vou tomar a liberdade de partilhar este artigo no facebook:)
    Bj

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