quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estudar a felicidade

"As coisas não mudam;
nós sim"
Henry David Thoreau

Tenho andado meio desaparecida deste mundo virtual, por motivos de força maior. Cá em casa estamos todos doentes com gripe. Fiquei francamente preocupada com a bebé, pois tinha frebres altíssimas. Mas felizmente o pior já passou. Já a vejo a correr pela casa, atrás de um balão cor-de-rosa. Já me desarruma a sala espalhando os seus imensos brinquedos e livros (tem 2 anos, mas diz que adora "ler"). Já voltou a fazer os seus puzzles. Já voltou a sorrir... E se a filha está contente, a mãe fica feliz e mais descansada.

Vim cá fazer um balanço acerca desta minha aventura da pesquisa da felicidade.

Deparei-me com um estudo de um dos pioneiros na pesquisa da psicologia da felicidade, o Dr. Michael Fordyce. Em 1977, este psicólogo publicou os resultados da sua experiência com estudantes a quem tinha pedido para que estudassem os hábitos das pessoas felizes. Na verdade, houve um aumento surpreendente dos níveis de felicidade destes estudantes, só pelo facto de estudarem a felicidade e aprenderem dicas das pessoas felizes. Em conclusão, o facto de estudar-mos este tema, tem um efeito poderoso sobre a nossa própria felicidade.

Efectivamente, pude constatar a veracidade deste estudo. Confesso que sou uma pessoa longe de ser perfeita. Por vezes sou rabujenta, pessimista, ajo antes de pensar, etc., etc. No entanto, sinto que estou a mudar para melhor desde que comecei a envolver-me neste estudo.
- Sinto-me mais animada, mais energética, mais leve;
- Comecei a ver os acontecimentos de uma perpectiva mais positiva e a tentar tirar lições dos acontecimentos menos bons;
- Passei a ser mais paciente com as pessoas, a tentar perceber os seus sentimentos por detrás das suas acções e, sobretudo, evitar a ideia pré-concebida de que estão com más intensões;
- Comecei a sentir-me grata pelas coisas boas que tenho na minha vida e que, por vezes, tomo por garantidas;
- Passei a assumir a responsabilidade por grande parte das coisas que me acontecem, deixando de culpar os outros, o mundo, os políticos, o vizinho do lado (eram tantos os culpados);
- Sinto que me estou a tornar uma melhor mãe, essencialmente porque estou a pôr em prática técnicas de educação que visam criar uma filha, sobretudo, feliz;
- Melhorei (ainda mais) o relacionamento com o meu marido, porque passei a perceber que as diferenças genéticas e culturais, influenciam a forma como homens e mulheres reagem perante o mesmo acontecimento;
- Passei a ter objectivos concretos que me fazem desejar viver cada dia com intensidade e mais alegria;
- Em suma, sinto que não vivo só por viver, passei sim a ter paixão pela vida.

Parece incrivel, mas é verdade. É certo que tenho os meus dias «não» e, por vezes, não ponho nada disto em prática. No entanto, no geral, comecei a mudar aos poucos a forma como encaro a minha vida e o que quero fazer dela. Reparei que a nível exterior não mudou grande coisa. Foi sim a ao nível do meu interior que comecei a mudar. Foi isso que me fez mais feliz.

2 comentários:

  1. Olá!

    Agradeço o comentário... é sempre bom chegar ao meu cantinho e ver que alguem me deixou uma palavrinha de conforto.. Obrigada :)

    Vi que estiveram todos doentes, incluisive uma bebé. Ainda bem que estão melhores.
    Sei bem que é muito complicado quando temos um ser tão pequenino com temperaturas altas, sem sabermos bem o que fazer e como fazer... Deixa-nos assim meio atarantadas, ne? Mas ainda bem que já está tudo bem..

    Relativamente à segunda parte do teu post, é incrivel como mudando certos hábitos, tentando ver as coisas por outras prespectivas, conseguimos avanços muito positivos na nossa vida e na nossa maneira de ser.

    Beijinhos

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  2. Comentário no Facebook:

    ANA P.G. - Muito bom, como sempre.

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