segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Crianças agressivas

No passado Sábado eu, a Letícia e o meu marido fomos passear a um shopping. Como já é hábito, a minha pequena foi numa correria até um espaço onde as crianças podem brincar.

Estava a Letícia toda entretida com uns miúdos, quando entra uma menina pouco mais velha que ela. Felizmente tenho uma filhota muito sociável, pelo que assim que viu a outra criança, dirigiu-se a ela, chamando-a para brincar. Então não é que a outra a empurrou de modo brusco?!

A Letícia nem ligou e disse-lhe: "Então menina? Anda brincar!", fazendo-lhe uma festinha. Mas a outra ia ficando mais agressiva. A Letícia parecia não perceber o motivo de tal agressividade, pelo que foi dar uma voltinha com os outros miúdos. No entanto, a outra menina começou a correr atrás da minha e a Letícia toda contente, tentou brincar com ela. Até que a outra criança tentou agredir a Letícia. Bem... passei-me! Talvez não devesse intervir, mas o meu instinto protector está acima de tudo, e num tom ríspido disse à criança: "Menina, não é assim que se brinca. Bater não é brincar". Só aí a miúda acalmou, até que passado um bocado... recomeçou. Então a Letícia voltou-se para ela e disse-lhe "Sabes que mais, menina? És má! Vou brincar com os outros meninos" e seguiu divertida a brincar com os outros miúdos. Quanto à outra criança, colocou-se sozinha a bater nos brinquedos, sem interagir com qualquer outra criança. Dos pais, nem sinal... era a única que não estava acompanhada.

Confesso que sinto um certo mal-estar ao lembrar-me desta situação. Primeiro porque não suporto imaginar que alguém seja agressivo com a minha menina, e depois porque me fez confusão o comportamento da outra criança e o facto de estar tão sozinha... dá que pensar. [De notar que passado um bom bocado apareceu um familiar (um pouco rude, diga-se) para ir buscar a criança, mas o que é certo é que me fez impressão estar tanto tempo sozinha... soa-me a família algo disfuncional]. De qualquer modo, consola-me a forma como a Letícia lidou com a situação (na realidade, sinto que fiquei mais stressada do que ela).

sábado, 28 de agosto de 2010

Razões para optar por vestuário biológico

Quando estava grávida da minha filha recordo-me de estar a passear pelo Centro Comercial Colombo, quando vi uma loja de vestuário biológico para bebé. Entrei, achei tudo muito bonito, mas assustei-me um pouco com os preços. Pensando que a bebé iria usar aquelas roupinhas por tão pouco tempo, segui em frente e acabei por comprar roupinhas mais convencionais. Hoje talvez me arrependa de o ter feito.

Na verdade, nem sempre a roupa que vestimos é a mais segura para a saúde. Actualmente são utilizados inúmeros pesticidas no cultivo das matérias-primas que depois são utilizadas na produção de tecidos. Por exemplo, só no cultivo do algodão são utilizados 25% do total de pesticidas usados a nível mundial. O grande problema é que, de acordo com inúmeros estudos, o recurso a este tipo de químicos está relacionado com certas patologias como: cancro, alergias e asma.

Já a matéria-prima cultivada em modo de produção biológico (MBP), em que não são utilizados produtos perigosos e sendo submetidos a rigorosos controlos, são mais saudáveis e mais amigos do ambiente (não contaminando águas).

Assim, não podia deixar de vos falar das vantagens do recurso ao vestuário biológico:
- As fibras naturais absorvem o suor, sendo mais respiráveis do que as fibras não-orgânicas;
- Os tecidos naturais são mais facilmente tingidos, pelo que não necessitam de tantos químicos como os tecidos sintéticos;
- O vestuário biológico previne irritações ou alergias na pele;
- As fibras naturais têm origem em fontes renováveis, podendo ser replantadas. Já as sintéticas são feitas a partir de petróleo, que não pode ser reutilizado;
- Os tecidos são naturalmente mais macios e confortáveis para a pele, e não por sofrerem um processo de amolecimento artificial, com recurso a produtos químicos;
- Os tecidos são mais resistentes do que os não-biológicos, pois as fibras não são destruídas por produtos químicos durante o seu crescimento e transformação;
- Na produção de tecidos naturais está proibido o recurso a mão-de-obra infantil e a trabalhadores em regime de escravidão.

No entanto, tenho de vos chamar à atenção para os factos pouco saudáveis relativos ao fabrico e uso da roupa convencional:
- as lavagens não fazem desaparecer os produtos químicos utilizados no fabrico da roupa convencional, porque estes estão completamente impregnados na roupa;
- quando transpira, alguns químicos que fazem parte dos tecidos são absorvidos pela pele;
- uma única gota de aldicarb (pesticida mais utilizado na produção de algodão convencional), é suficiente para matar uma pessoa;
- por cada hectar de algodão plantado é gasto cerca de um quilo de pesticidas;
- as plantações são regadas por águas que desaguam nos rios e mares, contaminando-os;
- as impressões plastificadas nos tecidos podem conter níveis elevados de ftalatos, reconhecidos por serem extremamente cancerígenos, o que implica que bebés que chupam e trincam as roupas, possam inadvertidamente ingerir estas substâncias;
- dos países maiores produtores de algodão tradicional, somente os EUA não recorrem ao trabalho infantil.

É claro que irão existir sempre pessoas a dizer que não existem provas concretas de que a roupa convencional apresente riscos relevantes para a saúde. No entanto, a título de exemplo, já foi reconhecido através de diversos estudos que a exposição ambiental a determinados químicos é responsável pela maior parte dos cancros. A questão é que esta doença pode levar entre 5 a 40 anos a desenvolver-se, pelo que nem sempre é fácil apontar o principal culpado em cada caso. Mas por algum motivo, os casos de cancro aumentaram subitamente nos últimos 50 anos, a par das alterações ambientais. Eu prefiro jogar pelo seguro, e apostar na prevenção.

Bom, mas para vos deixar boas notícias, chamo-vos à atenção para o facto de já existirem no mercado, peças de vestuário biológico, a preços mais acessíveis. Por exemplo a C&A já disponibiliza este tipo de artigos, optando por ganhar um pouco menos (pois este é um processo mais dispendioso), mas favorecendo a saúde do consumidor e a protecção do meio ambiente.

Creio que com pequenos passos podemos construir um mundo melhor e mais feliz para nós e para os nossos filhos. E se a saúde e o ambiente influenciam a nossa felicidade, tenho de subscrever as palavras do médico e investigador Michael Lerner, que abaixo transcrevo:

Não podemos viver saudáveis num planeta doente”.
Michael Lerner

Foto: BabyBe

GOLDSMITH, S., Seja Ecológico Escolha Biológico, Civilização, Porto, Março de 2008; SERVAN-SCHREIBER, D., Anticancro - Um Novo Estilo de Vida, Caderno Editora, Alfragide, Agosto de 2008; "O Algodão (bio) Não Engana!" in revista Vida Saudável, Edimoto, Lisboa, Setembro de 2009.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

50 sugestões para momentos mágicos com os filhos

Já disse aqui algumas vezes, que procuro organizar semanalmente «o momento especial da semana», o que consiste basicamente na realização de actividades em família. Adoro estes momentos, pois para além de serem uma boa desculpa para estarmos todos juntos, acabo por proporcionar um pouco de «magia» à vida da minha filha.

Como estava sem ideias para esta semana, recorri à Internet e encontrei um artigo muito interessante que abaixo transcrevo. Espero que também vos ajude a proporcionar momentos mágicos aos vossos filhos.

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1 - Molengar - Passar a manhã na cama dos pais sem tomar banho, a comer bananas (nota minha: esta parte da fruta não me ocorreria) e a conversar.

2 - Ouvir histórias dos pais em pequeninos - Especialmente as menos edificantes, em que eles se portavam mal e fugiam à escola.

3 - Caçar gambozinos - Basta uma lanterna e um quarto escuro. A versão fantasmas também funciona bem, mas não com os muito pequeninos, que se assustam.

3 - Uma batalha de almofadas - É outro clássico, e tem a vantagem de só precisar de... pois, de almofadas, e de muita energia (nota minha: é impressão minha ou a autora deu duas sugestões com o número 3? Boa! Assim ficamos com um total de 51 dicas e não 50).
4 - Subir e descer escadas rolantes - Os pais citadinos provavelmente não acharão graça nenhuma a qualquer coisa que fazem todos os dias, mas as crianças continuam a vibrar imenso com umas escadas rolantes (nota minha: vá lá, a minha filha não é a única a apreciar esta actividade).

5 - Andar de eléctrico e de comboio - Eléctricos típicos já há poucos, mas vale a pena tirar uma manhã para fazer de turista e andar lá dentro a abanar uma bandeirinha e a dizer adeus.

6 - Atravessar o rio de barco - Qualquer rio serve: tem sempre um sabor de aventura. Antes de ir, pode contar uma história de piratas para apimentar a coisa.

7 - Fazer colecção de bichos - Leve-os a um sítio onde eles existam e deixe-o encher o bolso de joaninhas e bichinhos-de-conta. Claro que depois é melhor soltá-los.

8 - Subir aos monumentos e elevadores - Quase todos os miúdos amam o facto de estar mais alto do que o costume e ver o mundo de outra perspectiva.

9 - Bodeguices - Leve-os lá para fora ou cubra o chão com uma toalha impermeável e dê-lhes um bocadinho de farinha, arroz cru ou terra e água para fazer jantares de bonecas diferentes e com muitíssimo mais assunto que só tachinhos vazios.

10 - Bolas de sabão - Não há mais nada acrescentar. Funcionam sempre (nota minha: verdadinha... ando eu a gastar dinheiro em brinquedos caros, quando a Letícia parece preferir coisas simples como esta).

11 - Um piquenique - Não é preciso grandes preparos: sanduíches, sumos, toalha, um sítio bonito. Chove? Faça um piquenique dentro de casa.

12 - Acampar - Lá fora ou debaixo da mesa da sala. Não esqueça as lanternas.

13 - Uma sessão de cinema - Faça uma sessão de vídeo diferente, com pipocas e bilhetes como num cinema a sério.

14 - Um cachecol - Que tal ensinar as suas crianças (raparigas e rapazes) a tricotar?

15 - Uma família de papel - Se eles sabem desenhar bem, peça-lhes para desenharem uma família de bonecos de papel e depois recortem-nos.

16 - Uma caça ao tesouro - É sempre um sucesso absoluto, é facílimo de preparar, e dá para fazer com crianças de todas as idades. Espalhe pela casa papelinhos com pistas que eles têm de adivinhar, por exemplo: "Sou o sítio onde deitas a cabeça para dormir", de pista em pista até chegar ao ‘tesouro', que pode ser aquilo que quiser.

17 - Uma piscina de bonecas - Encha um alguidar com água, arregace-lhe as mangas, e deixe-a levar as Barbies à piscina.

18 - Uma toca - Quem tiver quintal pode fazê-la ao ar livre (enfim, quando não chover...) mas mesmo em casa é outro clássico que funciona sempre. Só é preciso algumas cadeiras e cobertores.

19 - Um baptizado - As Ritas e Joanas da sua filha já estão todas baptizadas? Não? Tem uma boneca nova? Então mãos à obra: façam bolinhos e refrescos, convidem a avó ou uma amiga para ‘madrinha', e façam a festa a rigor.

20 - Um guarda-roupa de teatro - Peça à mãe, às tias e aos avós roupa velha, sapatos de salto alto, acessórios e chapéus que já não queiram, e montem um verdadeiro guarda-roupa teatral. Depois é só transformarem-se noutras pessoas ao sabor da imaginação.

21 - Um banquete de reis e rainhas - Pode seguir-se às máscaras. Faça coroas de papel e quando estiverem todos bem coroados e ataviados, ponha a mesa e faça-os entrar no banquete. Pergunte-lhes de que país são reis e peça-lhes para inventar o nome.

22 - Um saco-mistério - Ponha um objecto pouco óbvio dentro de um saco. Primeiro, eles têm de apalpar o objecto pelo lado de fora. Se não adivinharem, têm de meter a mão no saco. Se mesmo assim não adivinharem, vá dando pistas.

23 - Uma praia artificial - Se não pode levá-los à praia de verdade, invente uma dentro de casa: espalhe as toalhas no chão, comam um gelado, tomem banho de alguidar ou então arranje um lençol azul e faça com que duas crianças criem uma ‘onda'.

24 - Uma casa assombrada - As crianças adoram assustar-se: sirva-se da sua imaginação para criar um percurso absolutamente aterrador. Pode pôr massa cozida, ossinhos de frango limpos e ketchup em várias tigelas, pendurar lençóis ou cortinas, acender velas, baixar a luz. Geralmente, a coisa funciona melhor aos pares: uma das crianças guia outra através da ‘casa assombrada', a criança vendada mete a mão nas tigelas e a outra diz-lhe que o que lá está são esqueletos, intestinos, etc. Não se esqueça da música aterradora.

25 - Uma dança tribal - O que é que desejam? Um dia de sol? Boas notas no teste de matemática? Peça a cada um que faça um desejo enquanto dançam à volta da mesa. Acaba sempre toda a gente a rir, mas não se esqueça de lhes dizer que, se não estudarem para o teste, bem podem pedir...

26 - Um passeio diferente - Dê-lhe um cesto para ir apanhando folhas caídas e pauzinhos engraçados e pedras. Em casa podem fazer uma colagem com tudo o que trouxeram.

27 - Um cadáver... esquisito - Lembram-se? Cada pessoa escreve três linhas e dobra as duas primeiras para que a seguinte só possa ler a última e continuar a partir daí (nota minha: que raio de nome deram a esta sugestão).

28 - Um tigre na selva - É o clássico jogo da apanhada, mas mais imaginativo: uma pessoa faz de tigre e a outra de caçador. Também funciona bem com ‘caça-fantasmas'.

29 - Um concurso de nódoas - Pois, é preciso roupa absolutamente para estragar. Mas vista-os de maltrapilhos, leve-os a um sítio onde se possam sujar à vontade e vejam quem consegue a maior e mais nojenta nódoa.

30 - Um álbum de família - Façam uma história da família, com fotografias ou desenhos e curiosidades sobre as pessoas. Como é que o tio Júlio conheceu a tia Ana? A avó Luísa casou vestida de noiva? Qual é o prato preferido do primo Paulo?

31 - Um brasão - Explique-lhes o que é um símbolo, peça a cada um para escolher algumas coisas que o representem - um bolo de chocolate? Um gato? Uma bola? - e peça-lhes que desenhem o seu brasão. Depois recorte e pendure na parede, ou ao peito de cada um.

32 - Uma exposição colectiva - Cada criança faz um ou vários desenhos e depois fazem todos uma exposição, com preços, bilhetes e guia. Convém que os ‘quadros' sejam baratinhos, não é, senão pobres pais...

33 - Uma radionovela - É muitíssimo divertido e não é complicado: só vai precisar de um gravador. Escolham uma história para ler e vejam com antecedência que efeitos sonoros podem fazer: água a cair num copo para uma cascata ou um rio, um par de sapatos para alguém a chegar, uma porta a bater para alguém que se vai embora, etc. Depois é só ler a história com os efeitos incluídos, e depois ouvir, e tornar a ouvir...

34 - Um programa de televisão - Aqui vai precisar de uma caixa de cartão de onde possa recortar o formato de uma televisão. Depois podem fazer uma grelha televisiva completa: ‘talk-shows', anúncios, telenovela, debates...

35 - Um fim diferente - E se a Branca-de-Neve tivesse comido uma laranja em vez de uma maçã? E se a Bela Adormecida tivesse acordado e visto um príncipe muito muito feio? E se a Cinderela não tivesse ido ao baile? As crianças mais pequenas não costumam achar graça a mudar uma vírgula sequer da história, mas as mais crescidas podem divertir-se a criar fins alternativos.

36 - Um instrumento - Descubra pela casa o que é que pode dar para fazer uma banda. Tampas de panelas? Colheres e copos? Baldes? Garrafas com areia? Duas pedras?

37 - Um concerto - Pode seguir-se à criação dos instrumentos. Façam ‘bilhetes', convide o pai, o cão, e as bonecas, e depois de todos sentados façam o concerto.

38 - Um festival da canção - ainda mais divertido porque cada um deles pode ser de um país diferente e vestir-se de forma que represente o seu país. Claro que se eles são pequeninos não vai pedir-lhes que cantem em francês ou inglês, mas cada um pode escolher a sua cantiga. Se houver um júri, mais divertido será. Pode haver vários prémios: o mais afinado, a melhor cantiga, o mais bem vestido, o que dançou melhor...

39 - Uma peça de teatro - Se tiver crianças imaginativas, elas mesmas podem inventar uma história para representarem. "Era uma vez um rei que foi para a guerra". Vistam-se a rigor, façam o cartaz a anunciar a peça, convidem os tios, e está o espectáculo montado.

40 - Um almoço de porcarias - Se as suas crianças comem geralmente bem, leve-as um dia ao supermercado e deixe-as escolher aquilo que lhes apetecer para o almoço. Depois ficam com dores de barriga? Talvez não. Pode ter uma surpresa...

41 - Um banho à luz das velas - Especialmente perfeito depois de um dia ocupado. Vá é com calma, um banho à luz das velas não pode ser à pressa.

42 - Uma máquina do tempo - Já foi testada por vários pais e resulta sempre bem a curto e a longo prazo: ponha dentro de uma caixa ou de uma mala fotografias, textos, recordações deste ano, e combine um prazo para tornar a abrir a caixa: para o ano ou daqui a dez anos? Quanto mais comprido o prazo, maior a surpresa...

43 - Um banco - Um deles fica com o banco onde estão as moedas maiores e as notas, os outros com as moedas pequenas. Vá fazendo perguntas básicas e quando eles responderem certo, dê moedinhas de cêntimos. Quando eles tiverem o suficiente, podem ir trocá-las ao banco por moedas maiores. Este é um excelente jogo para aprender a lidar com o dinheiro. Não se esqueçam é de lavar bem as mãos no fim...

44 - Um circo - Quem vai ser o palhaço? Quem vai ser o domador de cães (ou o cão?)? Quem vai ser a trapezista, o malabarista, o ilusionista, o vendedor de chocolates?

45 - Rimas - Peça-lhes para escolherem duas palavras que rimem e para depois fazerem uma frase. Pode ser ‘nonsense': "Quem tem um cão corre atrás do balão"...

46 - Fugir dos tubarões - Se não se importar de os ter a nadar por cima de mesas e cadeiras, faça um percurso onde ele nunca pode pôr os pés no chão (o ‘mar').

47 - Uma colecção de sonhos - Com o que é que sonhaste hoje? As crianças pequenas geralmente não se lembram. Mas com as mais crescidas, é uma boa terapia habituá-las a pensar nisso. Além de que há sonhos que dão imensa vontade de rir (nota minha: eu sei... tenho um primo que em pequeno, sonhou que estava a navegar pelo Tejo... numa casca de laranja).

48 - Adivinhar o filme - É o clássico jogo das charadas. Só podem falar com as mãos, o corpo, os olhos, e os outros têm de adivinhar que filme é aquele.

49 - Escrever ao espelho - Já repararam como ao espelho algumas letras ficam diferentes? Brinquem a mandar mensagens às pessoas que vivem do outro lado do espelho.

50 - Uma passagem de modelos - Abra-lhes o seu armário e deixe que eles se vistam e dispam com roupa, sapatos e acessórios dos pais. Depois afaste as cadeiras e a mesa e veja-os desfilar.
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Utilizando ou não estas sugestões, não deixem de proporcionar momentos mágicos aos vossos filhos. Um pouco de magia, de acordo com a autora Roni Jay, pode constituir um forte contributo para a felicidade dos vossos filhos.
Texto: Catarina Fonseca, revista Activa.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Socorro!... Doem-me os dentes

O meu fim-de-semana foi completamente arruinado por uma terrível dor de dentes. Para agravar, sou uma daquelas pessoas que só se preocupa com a saúde quando está doente e só vai ao médico em último caso. Ai, ai... tenho muito que mudar...

Por outro lado, tenho o infeliz defeito de não usar fio dentário tantas vezes quantas devia. Se esta dor de dentes há-de trazer algo de positivo, há-de ser a minha nova resolução: passar a usar fio dentário todos os dias antes de deitar. Para tornar um comportamento num ritual são necessários entre 20 a 30 dias a repeti-lo, pelo que espero que daqui a um mês já me tenha redimido dos maus hábitos.

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Como não podia deixar de ser, quero deixar aqui umas dicas para manter uma boa saúde oral:
- Escove os dentes todos os dias após as refeições, durante cerca de 2 minutos;
- Utilize o fio dentário pelo menos uma vez por dia, antes da última escovagem (o fio consegue aceder aos resíduos alimentares que se alojam entre os dentes e que a escova não consegue alcançar);
- Troque de escova mais ou menos de 3 em 3 meses, de modo a que esta mantenha a sua capacidade de limpeza;
- Por vezes o dentista também pode indicar-lhe o uso de elixires orais, como complemento da pasta dentífrica;
- Evite os principais tipos de alimentos que provocam cáries dentárias: bebidas gaseificadas e doces;
- Visite o dentista anualmente e ao primeiro sinal de dor.

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Se chegarem ao ponto a que eu cheguei, eis algumas dicas para acalmar a dor de dentes, até chegarem ao consultório do dentista:
- Lave os dentes e passe com fio dentário, insistindo particularmente nos dentes que estiverem a doer (poderá resolver o problema quando a causa da dor estiver relacionada com restos de comida entre os dentes);
- Tome um medicamento com paracetamol, tendo em atenção que este só actua sobre a dor e não sobre a causa da mesma;
- Adormeça a dor bochechando com um pouco de uísque (comprovei que resulta mesmo, pena que por pouco tempo);
- Adicione uma colher de sopa de sal grosso a um copo de água morna e bocheche com esta solução;
- Massaje a zona dorida e coloque um saco de gelo sobre a zona dos dentes que dói, durante cerca de 5 minutos;
- Aplique uma gota de óleo de cravinho (pode ser comprado em farmácias e ervanárias) sobre o dente que tem dor, procurando não a ingerir;
- Não utilize o dente para mastigar.

Em jeito de conclusão, o melhor remédio para a dor dentes ainda é a prevenção. Tenho de sublinhar isto, porque a saúde pode contribuir para a felicidade... temos é de lhe dar o devido valor.

sábado, 21 de agosto de 2010

Temos artista...

Num dia desta semana, estávamos a festejar o aniversário do meu pai, quando a minha pequena nos fez rir a todos.

Pediu-me um fio que trazia ao pescoço, foi buscar uma espécie de xaile de Verão e enfeitou-se com aquela indumentária. Depois, na presença de tios, avós e papás, voltou-se para todos e disse: "Senhoras e senhores, meninas e meninos, eu vou apresentar... (alguns gaguejos aqui)... vou apresentar um espectáculo!". Depois seguiu-se o «espectáculo»; com um gestos efusivos ela dizia: "Temos todos de ter muito cuidadinho com o leão, o macaco e a girafa!". Enquanto ríamos à gargalhada e batíamos palmas, ela fez uma vénia e disse sorridente "Muito obrigada, meus senhores!".

Então é isto que os avós lhe ensinam...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Síndrome pós-férias

Este ano apesar de ter estado de férias no Verão, só fui para fora em Maio e irei em Outubro... Sinto aquele desejo bom de antecipação e já sonho com aqueles dias de profundo relaxamento. No entanto, tenho consciência que grande parte das pessoas aproveitam o Verão para sair do seu ambiente habitual.

O pior, muitas vezes, é o regresso. Quantos de nós já sentimos uma certa angústia, tristeza, apatia e até cansaço, no regresso de umas férias relaxantes? Se já sentiu isto, provavelmente está a sofrer de síndrome pós-férias que, segundo alguns estudos, afecta cerca de 35% dos trabalhadores (com maior incidência nas mulheres).

Assim, para que o vosso regresso ao trabalho corra da melhor maneira, deixo-vos aqui algumas dicas para superarem o síndrome pós-férias:
1) Tente regressar uns dias antes do retorno ao trabalho, para se adaptar de novo à sua rotina anterior (comece a dormir e a comer às horas habituais).
2) Distribua as suas férias em vários períodos do ano, e não somente no Verão.
3) Estimule a produção de serotonina (a chamada «hormona da felicidade»), através da realização de exercício físico e da ingestão de alimentos como bananas, laranjas, cereais integrais, peixes gordos e frutos do mar, chocolate amargo e legumes coloridos.
4) Prolongue a sensação de férias, realizando algumas das actividades que o ocuparam durante esse período. Se passou férias na Turquia, que tal sair para comer um Doner Kebab? Ou que tal fazer uma visitinha a um SPA local?
5) Concentre-se nos aspectos positivos do trabalho: nos amigos, nas regalias, na garantia de ter um salário ao fim do mês numa época de tanto desemprego;
6) No regresso ao trabalho comece por realizar as tarefas mais urgentes, deixando o que não for imprescindível para mais tarde (vá acelerando aos poucos).
7) Nos primeiros dias de trabalho, tire dois minutos de “férias mentais” de duas em duas horas. Procure ficar sozinho, feche os olhos e imagine-se no lugar mais fascinante por onde passou. Inspire e expire três vezes, enquanto relaxa os ombros e o pescoço.
8) A vida não é só trabalho, pelo que tente encontrar outros desafios para além do emprego: tocar um instrumento, dedicar-se à fotografia… ou escrever um blog (porque não?).
9) Tenha uma agenda onde registe actividades especiais a realizar (aniversários, viagens, jantares, etc.).
10) Tente fazer uma actividade especial em cada semana do ano: sair ao fim-de-semana para um sítio bonito, conhecer um restaurante diferente, realizar uma actividade que nunca tenha experimentado, ir ao cinema, sair com amigos…
11) Comece de imediato a planear as próximas férias (esta agrada-me!).
Resta-me desejar que façam umas boas férias e que tenham um bom regresso!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A influência do ambiente na nossa felicidade

Tenho de confessar... o aspecto que mais pesou na compra da minha casa, foi a sua vista (na foto acima exposta, um amanhecer da minha varanda). Acredito que o ambiente que nos rodeia pode realmente influenciar as nossas emoções, quer pela positiva, quer pela negativa. Por vezes entro em casas de pessoas cujo ambiente é tão pesado e sombrio, que não consigo evitar um certo desconforto. Já noutras casas, o ambiente é tão agradável e acolhedor, que parece convidar-nos a ficar.

Investigadores britânicos da London School of Economics resolveram estudar isso mesmo. Através de um aplicativo para iPhone, o Mappiness, irão tentar descobrir qual a influência do ambiente na felicidade humana. O dispositivo irá verificar, entre outras variáveis, se a poluição, o ruído, as condições meteorológicas e os espaços verdes podem afectar o estado emocional das pessoas.

Não sei qual será o resultado desta investigação, uma vez que só foi lançada na passada Segunda-feira, mas tenho uma suspeita... Penso que o ambiente onde estamos deve fazer toda a diferença. Não deve ser por acaso que um aspecto comum aos países ricos e pobres mais felizes, é o facto de terem paisagens deslumbrantes. Para mim, um bom ambiente faz toda a diferença.

Caso tenham interesse em conhecer melhor este projecto, cliquem aqui.

Foto: Mafalda S. - Vista da minha varanda

domingo, 15 de agosto de 2010

Os países mais felizes do mundo

Por vezes dou por mim a pensar: o que será que têm de tão diferente, aqueles que são considerados os países mais felizes do mundo?

Nas várias listas de «países felizes» que encontrei, existem algumas divergências quanto à posição de cada país. De qualquer modo, isso pouco importa. O que me interessa saber, são as características particulares de cada país, que tornam os seus habitantes mais felizes. Eis o que descobri...

Dinamarca (este país não deixa margem para dúvidas, é o primeiro no ranking da felicidade, em praticamente todas as listas)
- Possui um elevado nível de vida, associado a baixos índices de pobreza;
- Possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo;
- É considerado pela revista Forbes como tendo o melhor ambiente para negócios no mundo;
- É considerado um dos países mais pacíficos do mundo, com baixas taxas de criminalidade;
- É considerado o país menos corrupto do mundo (divide o primeiro lugar da lista com a Nova Zelândia e a Suécia);
- Tem um eficiente sistema de segurança social;
- Tem igualmente um bom sistema de educação (em ambos os sistemas público e privado);
- Existe uma grande união entre o povo (talvez por ser um país com pouca população);
- A qualidade do ar é muito boa, com consequências positivas para a saúde;
- Tem paisagens lindíssimas.

Suíça
- É um dos países mais ricos do mundo, possuindo um elevado nível de vida;
- Possui óptimas infraestruturas;
- Tem um sistema político único, de democracia semi-directa (é dada a possibilidade às pessoas de participarem directamente na tomada de decisões, pelo que a realização de referendos é bastante frequente);
- Existe uma baixa taxa de criminalidade;
- Apesar dos suíços não terem uma identidade comum em termo étnicos e linguísticos, possuem um forte sentimento de pertencer ao país, compartilhando valores e o simbolismo Alpino;
- As pessoas têm hábitos saudáveis, nomeadamente a prática de diversas actividades ao ar livre;
- O país tem um dos melhores sistemas de saúde do mundo;
- Possui paisagens de «cortar a respiração».

Áustria
- É um dos países mais ricos do mundo, tendo um altíssimo padrão de vida;
- Possui boas infraestruturas e um eficiente sistema de transportes;
- Possui serviços sociais que são considerados como dos melhores do mundo;
- Tem um óptimo sistema de saúde;
- Possui uma enorme riqueza cultural, expressa em diversas formas de arte;
- É considerada uma terra de cientistas (20 cientistas premiados com o Nobel, têm as suas raízes na Áustria);
- É um país bastante limpo, até porque as leis de protecção ambiental são bastante rígidas;
- Possui paisagens verdejantes fabulosas.

Islândia
- É um dos países mais ricos, com o quarto maior PIB do mundo (apesar de ter sofrido bastante com a actual crise internacional);
- Possui uma sociedade desenvolvida e tecnologicamente avançada;
- É considerado um dos países mais produtivos do mundo;
- O desemprego é diminuto e possui uma baixa taxa de pobreza;
- A riqueza está bem distribuída, não existindo um fosso entre pobres e ricos;
- Em 2007 foi considerado o país com o maior Índice de Desenvolvimento Humano;
- Possui um óptimo sistema de apoio social.

Finlândia
- É um país bastante desenvolvido em termos económicos e de qualidade de vida, ocupando o primeiro lugar do Índice de Prosperidade de Legatum;
- É considerado o país mais estável do mundo, em termos sociais, económicos, políticos e militares;
- Possui um bom sistema de protecção social;
- Possui um dos mais eficientes sistemas de educação do mundo;
- Tem um sistema de saúde de alta qualidade, que contribui para uma elevada esperança média de vida.

Noruega
- Actualmente é considerado o país mais rico do mundo;
- Em 2009 foi considerado pela ONU como o melhor país para se viver;
- É considerado o país mais pacífico do mundo, com taxas de criminalidades baixíssimas;
- A qualidade do seu sistema de saúde é um forte contributo para a elevada esperança de vida do país (uma das mais elevadas do mundo);
- Tem paisagens verdejantes lindíssimas.

Suécia
- É uma das economias que mais se destaca na Europa, sendo que a sua população tem um elevado padrão de vida;
- A riqueza está muito bem distribuída por toda a população;
- O país está bastante desenvolvido tecnologicamente;
- Há uma forte aposta na educação, pelo que os trabalhadores são muito bem formados nas respectivas áreas profissionais;
- Existe um forte apoio em termos de políticas de apoio às famílias, pelo que as licenças de maternidade/paternidade são longas e muito bem pagas;
- Existe equilíbrio entre a vida profissional e familiar;
- Tem uma longa tradição de apoio aos direitos humanos;
- O país tem assumido um postura neutral em termos de conflitos internacionais;
- O sistema político rege-se pela transparência;
- É um dos 3 países menos corruptos do mundo;
- Os seus habitantes têm uma grande preocupação com as causas ambientais, sendo que existem leis bastante rígidas neste domínio.

Nova Zelândia
- É um país moderno e industrializado, tendo uma economia bastante competitiva;
- Tem um elevado índice de desenvolvimento humano e de qualidade de vida;
- Há uma grande facilidade para fazer negócios, sendo favorecido o empreendedorismo;
- O sistema educativo é de bastante qualidade;
- Há um elevado sentido de defesa e respeito pelos direitos humanos;
- É um dos 3 países menos corruptos do mundo;
- É considerado um dos países mais pacíficos do mundo;
- Possui paisagens magníficas e as suas cidades são consideradas das mais habitáveis do mundo, dado o seu bom estado de conservação.

Butão (ao contrário dos países referidos anteriormente, este tem um baixíssimo rendimento per capita, uma elevada taxa de analfabetismo e uma curta esperança média de vida)
- Os valores familiares são muito fortes, sendo que o membro que detém maior estima é considerado o chefe de família;
- Há um forte sentimento de identidade nacional;
- As pessoas não dão muito valor ao dinheiro;
- A meditação é uma prática corrente e regular;
- Tem paisagens lindíssimas.

Canadá- Possui uma das economias mais desenvolvidas do mundo, sendo que as pessoas mantêm um alto nível de vida;
- É um dos países mais desenvolvidos do mundo, ocupando a terceira posição do índice de desenvolvimento humano;
- É um país multicultural onde todas as culturas são consideradas importantes;
- Tem uma baixa taxa de criminalidade;
- Possui um excelente sistema de saúde;
- A população é uma grande defensora do meio ambiente;
- Possui paisagens naturais verdadeiramente explendorosas.

Bahamas (nestas ilhas do Caribe existe alguma pobreza e a esperança média de vida não é das mais longas).
- Os seus habitantes aproveitam bem a vida, gozando de um clima perfeito, praias quentes, de boa comida e de paisagens tropicais fabulosas;
- Os laços familiares são bastante valorizados;
- No estilo de vida da população local, o stress é praticamente inexistente.
««»»
Existiam muitos outros países a considerar, como o nosso país irmão Brasil (sempre com pessoas tão animadas) ou a Costa Rica (que ultimamente tem ascendido na escala das listas da felicidade). Não os mencionei, porque nem sempre os encontrei nos dez primeiros lugares das listas da felicidade. De qualquer modo, com a descrição que acima deixei, creio já ter encontrado uma boa quantidade de pistas, acerca do que pode contribuir para a felicidade de um país.

E quais são os países mais infelizes?
Nestas tentativas de quantificar a felicidade, também foram encontrados os países mais infelizes do mundo. São normalmente países com um baixo nível de vida, um fosso gigantesco entre os exageradamente ricos e os miseravelmente pobres, violações dos direitos humanos, sistemas ditatoriais e deficientes (para não dizer praticamente nulos) apoios em termos educacionais, sociais e de saúde. Os países mais infelizes que encontrei, na sua maioria africanos, são os seguintes: Togo, Burundi, Comores, Camboja, Serra Leoa, Burkina Faso, Ruanda, Níger, Haiti e Benin.

Qual a posição de Portugal, em termos de felicidade?
Confesso que os resultados portugueses em termos de felicidade, não são propriamente dos melhores. Dá a sensação que sendo um país desenvolvido, não possui as características dos países ricos mais felizes (existe por exemplo uma grande desigualdade na distribuição de riqueza, existem diversas lacunas ao nível da educação, alguma corrupção, sentimento de desconfiança na justiça e a economia não é das mais fortes...). Por outro lado, não possui as características dos países felizes mais pobres (valorização profunda dos laços familiares, prática da meditação, ambiente pouco stressante, etc.).
Dos estudos que encontrei, num encontrava-se na 136.ª posição (em 178 países); noutro em que só estudavam 15 países europeus, encontrávamo-nos no 15.º lugar; e ainda num último, sobre a felicidade das crianças, ficámos em 21.º lugar (de um total de 28.º).
Resultados desanimadores? Talvez... Apesar destes resultados serem um pouco subjectivos, não deixam de ser uma chamada de atenção para o facto de que algo tem de mudar no nosso país. Preocupa-me fundamentalmente o facto das nossas crianças, em média, estarem longe de serem as mais felizes.

««»»
Em conclusão, creio que a mudança deve começar em cada um de nós. Existem estudos que apontam para que 50% da felicidade esteja relacionada com factores genéticos, 10% com factores externos a nós e 40% com a nossa própria atitude. Mas como a felicidade e a infelicidade são contagiosas, viver num país em que o ambiente geral é de felicidade ou de infelicidade, pode certamente influenciar-nos. Quando vivemos num país, não tão feliz como gostaríamos, cabe-nos a nós contribuir para uma mudança para melhor. Ser infeliz é fácil, ser feliz dá bem mais trabalho... mas é um trabalho compensador, quer para nós, quer para os que nos rodeiam (incluindo as nossas crianças)... Por tudo isto, comecem a trabalhar na vossa felicidade ainda hoje!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Desabafo

Hoje sinto-me «esmagada» pela quantidade de tarefas que tenho de realizar ao longo do dia. Estive a pensar e sobra-me tão pouco tempo para estar com a minha família ou até para mim própria... (tirando as refeições, sobra-me aproximadamente 1h30min, para ser mais precisa).

Estou a gostar tanto deste blog, mas ao mesmo tempo, não sei como poderei arranjar tempo para o manter.

Um dia tenho de investigar dicas sobre gestão do tempo. Definitivamente, estou a precisar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Atitude das pessoas felizes vs pessoas infelizes

Tal como toda a gente, costumo receber e-mails com powerpoints com histórias mais ou menos engraçadas. Recebi um recentemente que me deixou supreendida. Tendo sido redigido com base em ideias do senso comum ou não, na verdade acaba por traduzir algumas das últimas descobertas relativamente ao que diferencia pessoas felizes das infelizes. Desconheço o autor que o fez, pelo que lamento não poder nomeá-lo.


Quando uma PESSOA FELIZ comete um erro, diz: “Enganei-me“, e aprende a lição.
Quando uma PESSOA INFELIZ comete um erro, diz: “A culpa não foi minha“, e responsabiliza terceiros.

Uma PESSOA FELIZ sabe que a adversidade é o melhor dos mestres.
Uma PESSOA INFELIZ sente-se vítima perante uma adversidade.

Uma PESSOA FELIZ sabe que o resultado das coisas depende de si.
Uma PESSOA INFELIZ acha-se perseguido pelo azar.

Uma PESSOA FELIZ trabalha muito e arranja sempre tempo para si próprio.
Uma PESSOA INFELIZ está sempre «muito ocupado» e não tem tempo sequer para os seus.

Uma PESSOA FELIZ enfrenta os desafios um a um.
Uma PESSOA INFELIZ contorna os desafios e nem se atreve a enfrentá-los.

Uma PESSOA FELIZ compromete-se, dá a sua palavra e cumpre.
Uma PESSOA INFELIZ faz promessas, não «mete os pés a caminho» e quando falha só se sabe justificar.

Uma PESSOA FELIZ diz:"Sou bom, mas vou ser melhor ainda".
Uma PESSOA INFELIZ diz: "Não sou tão mau assim; há muitos piores que eu".

Uma PESSOA FELIZ ouve , compreende e responde.
Uma PESSOA INFELIZ não espera que chegue a sua vez de falar.

Uma PESSOA FELIZ respeita os que sabem mais e procura aprender algo com eles.
Uma PESSOA INFELIZ resiste a todos os que sabem mais e apenas se fixa nos seus defeitos.

Uma PESSOA FELIZ sente-se responsável por algo mais que o seu trabalho.
Uma PESSOA INFELIZ não se compromete nunca e diz sempre: “Faço o meu trabalho e é quanto basta”.

Uma PESSOA FELIZ diz: “Deve haver uma melhor forma de o fazer...
Uma PESSOA INFELIZ diz: “Sempre fizemos assim. Não há outra maneira.”

Uma PESSOA FELIZ consegue «ver a parede na sua totalidade».
Uma PESSOA INFELIZ fixa-se «no azulejo que lhe cabe colocar».

Uma PESSOA FELIZ é PARTE DA SOLUÇÃO.
Uma PESSOA INFELIZ é PARTE DO PROBLEMA.

Por tudo isto, sejam felizes. Basta escolher a atitude certa.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Factores que influenciam a felicidade




Ao longo dos últimos 70 anos, sensivelmente, os cientistas têm vindo a analisar pessoas felizes e pessoas infelizes, e estão, enfim, a sistematizar os factores que fazem a diferença.

Segue-se uma lista dos dez factores principais. A propósito, os peritos pensam que os genes (o 4.º factor) contam para cerca de 50% da nossa disposição, sendo os restantes 50% da responsabilidade dos outros nove.







1. Dinheiro
O dinheiro pode comprar uma certa dose de felicidade. Mas desde que haja dinheiro para se comer, vestir e para habitação, o dinheiro extra faz cada vez menos diferença.

Sempre que se debruçam sobre o assunto, os cientistas descobrem que, em geral, quanto mais ricas, mais felizes as pessoas são. No entanto, o dinheiro apenas parece fomentar a felicidade quando se tem mais do que os amigos, os vizinhos e os colegas.

2. Desejo
De quanto precisará uma pessoa para se sentir bem? Descobriu-se que as pessoas cujas aspirações estavam mais longe do que aquilo que já possuíam tinham tendência para ser menos felizes, do que aqueles que se diziam mais perto.

3. Inteligência
Poucos inquéritos foram dedicados a descobrir se as pessoas inteligentes são mais felizes, mas os que existem indicam que a inteligência não é relevante. Talvez a «inteligência social» possa ser a verdadeira chave para a felicidade.

4. Genética
Poderá nascer-se já feliz ou infeliz? David Lykken, geneticista do comportamento e professor emérito de Psicologia da Universidade do Minnesota, Minneapolis, descobriu que a carga genética contava 44 a 55% para a diferença de níveis de felicidade. Os rendimentos, o estado civil, a religião ou a educação não contavam mais que 3%.

No entanto, mesmo alguém com um baixo «ponto predeterminado» de felicidade pode melhorar a sua visão das coisas. Está provado que pôr as pessoas de bom humor as torna mais sociáveis. Michael Cunningham, da Universidade de Louisville, no Kentucky, demonstrou que um indivíduo fica mais falador e aberto depois de ver um filme alegre que depois de ver um filme triste.

5. Beleza
Primeiro, as más notícias: as pessoas bonitas são, de facto, mais felizes. A explicação talvez seja a de que a vida é mais risonha para as pessoas bonitas. Ou será mais subtil do que isso: os rostos mais atraentes são muito simétricos, e está provado que a simetria reflecte bons genes e um sistema imunitário saudável. Assim, talvez as pessoas mais bonitas sejam mais felizes porque são mais saudáveis.

Mesmo quem não é de uma grande beleza pode contabilizar carga emocional positiva, desde que se esteja contente com o seu próprio aspecto. Infelizmente, vários estudos demonstram que as mulheres tendem a achar-se muito gordas, e os homens, pouco atléticos.

6. Amizade
É difícil imaginar uma existência mais penosa do que a vida nas ruas de Calcutá ou num dos seus bairros de lata, ou então ganhar a vida lá como prostituta. No entanto, apesar da pobreza e sordidez que enfrentam, pessoas que levam estas vidas são muito mais felizes do poderia pensar-se.

Diener entrevistou 83 indivíduos destes três grupos e mediu a sua satisfação de vida usando uma escala na qual um 2 é considerado neutro. A média global foi de 1,93, um resultado não muito bom mas honroso, se comparado com um grupo de controle de estudantes da classe média da cidade que registou 2,43. E os habitantes das barracas, o mais feliz dos três grupos carenciados, registaram 2,23, o que não difere significativamente do registo alcançado pelos estudantes.

«Pensamos que as relações sociais são em parte responsáveis por isto», diz Diener. E acentua que os três grupos de excluídos sociais obtiveram níveis satisfatórios em áreas específicas como família (2,5) e amigos (2,4). Os habitantes dos bairros de lata deram respostas mais positivas porque têm mais probabilidades de capitalizar o apoio social inerente à importância das famílias numerosas na cultura indiana.

7. Casamento
Numa análise de relatórios de 42 países, investigadores norte-americanos descobriram que os casados são realmente mais felizes que os solteiros. O efeito é reduzido, mas ainda assim pede a pergunta: o casamento torna as pessoas mais felizes, ou terão as pessoas felizes simplesmente mais propensão para se casar?

Ambas as respostas podem ser verdadeiras. Num estudo que acompanhou mais de 30 000 alemães ao longo de 15 anos, Diener e os seus colegas descobriram que homens e mulheres felizes têm mais tendência para se casar e permanecer casados. Mas qualquer um pode melhorar a sua disposição casando-se.

A assinatura do papel parece também ter algo de especial: está provado que a simples coabitação não traz tantos benefícios. "Desconfio de que o que falta à união de facto é a segurança de uma aliança de ouro formal, e é por isso que o casal não consegue ser tão feliz", diz Oswald. "Todos os dados conhecidos dizem-nos que a insegurança nunca é boa para os seres humanos."

8. Fé
A grande maioria das dezenas de estudos que se debruçaram sobre a religião e a felicidade descobriu uma relação positiva entre ambas. Acreditar numa vida para além da morte pode dar aos seres humanos um significado e um propósito e reduzir o sentimento de estar só no Mundo, sobretudo à medida que as pessoas envelhecem, diz Harold G. Koenig, do Centro Médico da Duke University, em Durham, na Carolina do Norte. «O efeito revela-se claramente em alturas de tensão. A crença religiosa pode ser uma forma muito poderosa de enfrentar a adversidade.»

A religião também traz interacção e apoio. Mas Koenig crê que não se trata apenas de receber. «Os estudos têm provado que quem dá apoio aos outros se sente melhor consigo próprio. E até vive mais tempo.» Segundo os investigadores, isto transforma o envolvimento religioso numa fonte de maior satisfação do que outras actividades sociais inclusivas, como, por exemplo, os grupos de leitura.

9. Solidariedade

Diversos estudos descobriram uma relação entre a felicidade e o comportamento altruísta. Mas tal como em relação a muitos traços comportamentais, não é claro se o que nos torna felizes é praticar o bem, ou se as pessoas felizes têm mais propensão para serem altruístas.

10. Idade

A velhice pode não ser assim tão má. Alguns cientistas sugerem que as pessoas mais velhas são mais felizes porque podem esperar que a vida seja mais difícil e lidar bem com essa ideia, ou então que são mais realistas nos seus objectivos, estabelecendo apenas aqueles que sabem poder alcançar. Mas Carstensen pensa que, com o tempo a esgotar-se, os mais idosos aprenderam a concentrar-se em coisas que os fazem felizes, desligando-se das que os não fazem.


"As pessoas apercebem-se do que têm, mas também de que isso não pode durar para sempre", diz ela. "Um beijo de despedida à mulher aos 85 anos, por exemplo, pode despertar respostas emocionais muito mais complexas do que um beijo semelhante aos 20 anos."

domingo, 8 de agosto de 2010

Finalmente... o Buçaco

Sob os primeiros raios de Sol matinais e uma brisa quente de Verão, saímos ontem para o Buçaco. Finalmente... o Buçaco.

Esta floresta frondosa (onde por vezes só se vê o sol através dos raios que atravessam as gigantescas árvores) foi essencialmente criada por monges da Ordem dos Carmelitas Descalços, no século XVII. O que eu teria perdido se tivesse vivido nessa época... É que em 1622 o Papa proibiu a entrada de mulheres na floresta, tudo a bem da castidade dos monges... creio eu.

Iniciámos a visita na majestosa Fonte Fria (foto que tirei, exposta acima), uma escadaria enorme com uma cascata de água proveniente de seis nascentes. A culminar, magnólias e um pequeno lago, por onde andavam dois cisnes a passear, indiferentes. É sem dúvida um dos locais mais encantadores de toda a floresta.

Seguimos pelo Vale dos Fetos, que nos conduz a outro lago deslumbrante. Fiquei impressionada com a diversidade de vegetação que por ali se encontra (ao todo são cerca de 700 espécies diferentes, algumas nativas outras oriundas dos quatro cantos do mundo - desde a América, aos Himalaias, passando pela Austrália, etc., etc.). Pelo que sei, as espécies não eram propriamente escolhidas ao acaso. Por exemplo, os cedros e os ciprestes estavam associados ao Líbano e ao Monte Sião, em Jerusalém, tendo por isso uma forte inspiração biblíca.

A Letícia estava com receio que o lobo mau aparecesse, pois pensava que esta era a floresta do Capuchinho Vermelho. Acalmei-a, dizendo que ali não haviam lobos maus, e seguimos caminho (de carro, diga-se) até ao Palácio do Buçaco.

Tinha muita curiosidade em conhecer este palácio, pois sabia que a Quinta da Regaleira em Sintra, um dos meus locais de eleição, havia sido por este inspirada (o arquitecto foi inclusive o mesmo, o italiano Luigi Manini). Pelo que sei, parece que o último rei de Portugal, D. Manuel II (aquele que subiu ao trono depois do seu pai e irmão terem sido assassinados) passou aqui umas românticas férias com a sua amante francesa, a actriz Gaby Deslys (o que fez as delícias da imprensa cor-de-rosa internacional da época). Conta-se ainda (estou numa de teorias de conspiração), que este palácio foi frequentado por espiões durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje está transformado em hotel de luxo e tem um jardim maravilhoso.

Mesmo ao lado do palácio encontra-se o mosteiro, que ainda encerra algumas telas de evocação cristã, uma capelinha e umas interessantes portas de cortiça que davam acesso às celas dos monges. Estão igualmente expostas armas utilizadas na famosa batalha do Buçaco, ocorrida aquando das invasões francesas.

Não cheguei a visitar as capelinhas da via-sacra, mas o que vi já foi marcante. No entanto, tenho pena que uma boa parte da floresta e das suas construções, se encontrem degradadas. Há pormenores que fazem toda a diferença. Talvez por isso, não sei, continuo a preferir Sintra.

Apesar de tudo, gostei de conhecer este lugar mágico. O som das águas a correr, o silêncio da floresta e a densidade da vegetação, dão-nos uma tranquilidade inexplicável. É um daqueles locais propícios à meditação e à paz de espírito. Confesso que perante este clima tão relaxante começámos todos a bocejar e a ficar meio ensonados. Felizmente estava lá a princesa, para nos manter bem despertos!...

Foi um óptimo dia, portanto. Se puderem, não deixem de visitar.

Foto: Mafalda S. - Fonte Fria, Buçaco

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Gracinhas de criança

Eu e a minha princesa estávamos a visitar a casa nova de uma familiar. A anfitriã ía-nos assim apresentando cada divisão.

Quando chegámos à casa-de-banho a Letícia faz um ar comicamente surpreendido e diz: "Uau... isto está fantástico!" Passado um pouco apresentaram-nos a cozinha, ao que a pequena remata: "Ena... Está tão fixe!"

E eu pergunto-me: mas onde é que ela aprende estas coisas, com 2 anos?...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Elimine a tralha da sua vida

"Tinha três pedras calcárias em cima da secretária,
mas fiquei horrorizado ao perceber
que tinha de lhes limpar o pó todos os dias...
e atirei-as pela janela repugnado"
Thoreau

Sempre me disseram que a eliminação da tralha pode ser bastante gratificante e um impulsionador de felicidade; isto pela paz de espírito e calma que nos pode trazer. Fiquei surpreendida quando li que só a eliminação de tralha pode reduzir, em média, 40% do trabalho doméstico. E se despendermos menos tempo neste tipo de tarefas, aliado ao facto de encontrarmos mais rapidamente as coisas de que necessitamos, acabamos por ter mais tempo para as actividades que realmente nos fazem felizes. Por outro lado, fazer uma arrumação geral é um estímulo à poupança: por um lado podemos encontrar algo que realmente necessitamos, poupando uma nova compra; por outro lado, iremos pensar duas vezes na verdadeira utilidade de um objecto, antes de o adquirir.

Entretanto pensei para os meus botões... estou mesmo a precisar disto! Lancei mãos-à-obra e comecei a atacar a imensa colecção de inutilidades que inundam a minha casa (desde roupas que já não uso, a pechinchas que só me fizeram perder dinheiro, a presentes que não aprecio e que não deito fora por sentimento de culpa, a objectos que penso que um dia irão ser úteis - resta saber quando, etc., etc.).

Deixo aqui umas dicas para quem quiser acabar com a sua própria tralha:
- Motive-se para iniciar a tarefa, tendo em mente o objectivo final (ter uma sala mais bonita, ser mais produtivo num escritório bem organizado, ter uma cozinha com um aspecto limpo e funcional);
- Comprometa-se a iniciar a tarefa, planeando com datas precisas e realistas as divisões a organizar;
- Em cada divisão da casa separe os seus objectos de acordo com a seguinte sequência:
1) objectos a manter (os que utiliza habitualmente e aqueles que têm um forte valor sentimental);
2) objectos para doar;
3) objectos para vender;
4) tralha que deve seguir direitinha ao lixo;
5) «caixa das dúvidas»;
- Coloque na «caixa das dúvidas» os objectos sobre os quais tem realmente muitas dúvidas, relativamente a desfazer-se deles (ok... não inclua muitos objectos nesta categoria) e guarde esta caixa numa arrecadação, sótão ou garagem. No ano seguinte, numa data que deve marcar na sua agenda, dê uma espreitadela nesta caixa. Se alguns objectos lhe voltarem a suscitar dúvidas, deve simplesmente desfazer-se deles;
- Quanto aos objectos a manter, coloque-os em locais que façam sentido para si (a partir desta data estes objectos devem manter-se sempre no mesmo local... assim já sabe onde encontrar aquelas chaves que andam sempre perdidas);
- Recorra a organizadores: caixas de plástico ou papelão, organizadores de gavetas, cabides, sistemas de arquivo de documentos, chaveiro, etc.);
- Termine a arrumação de uma divisão da casa, antes de mudar para outra;
- Após ter terminado as suas arrumações, mantenha a sua tralha controlada, gastando pelo menos 10min, a arrumar a bagunça do dia (colocar o casaco no sítio certo, deitar fora a publicidade que lhe chega pelo correio, colocar no lixo os produtos fora de validade - e não voltar a adquiri-los, pois se os usasse não teriam chegado ao limite de prazo de consumo). É melhor fazer um pouco cada dia, do que deixar acumular muita tralha, para que o tempo a dispender com coisas supérfluas seja menor.

Aposto que isto irá mudar a sua (e a minha) vida para melhor, trazendo-lhe calma interior e mais felicidade aos seus dias.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O prazer da escrita

"(...) qualquer pessoa tem sempre uma boa história para contar,
e faz parte da condição humana
dividir um pouco de sua experiência com os outros".
Paulo Coelho

Tenho várias paixões na vida. Uma delas é a escrita. A escrita permite-me ir ao encontro de mim mesma, descobrir quem realmente sou e o que realmente me faz feliz.

A minha mãe ensinou-me a ler e a escrever com 3 anos. Pegou-me o gosto pela leitura. A qualquer lado que ia, pedia-lhe para me comprar um livro. Confesso que a minha primeira referência... bem, foi o Pato Donald. Foram essas as minhas primeiras leituras. Depois, eu própria desenhava os meus personagens (uns rabiscos, para ser honesta) e tentava criar uma história em quadradinhos.

Seguiu-se a fase das histórias de encantar, com muitas princesas, fadas e bruxas más, pelo meio. Pouco depois, as histórias de aventuras (confesso que imaginava ser eu a heroína, só mudava o nome para disfarçar - talvez um pouco egocêntrico da minha parte). Na conturbada fase da adolescência rendi-me à poesia. Pelo meio, escrevi uma série de diários.

Qual o prazer dos diários? Podemos desabafar quando estamos tristes, podemos registar as nossas lembranças felizes, podemos sonhar com um futuro melhor, podemos ser felizes no presente só pelo prazer da escrita. Ao reler um diário, recuamos no tempo. Recordamos os momentos felizes com os que já se foram, parece que viajamos novamente para os locais que nos marcaram, recordamos a primeira vez que o nosso bebé deu uns passinhos...

Confesso que no início estava bastante apreensiva relativamente a escrever num blog. No entanto, e principalmente pelas palavras de carinho e incentivo deixadas através dos comentários, estou a adorar esta minha nova forma de escrita. Não sei o que irá reservar o futuro, pois com o regresso ao trabalho, o meu tempo escasseia. Mas presentemente, confesso que esta fase «bloguista» (suspeito que esta palavra não existe) me está a proporcionar bons momentos de prazer. É a paixão pela escrita a falar mais alto.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A importância das novas experiências para um casamento feliz

Se pensa que as discussões são o pior inimigo do casal, engana-se!

Uma pesquisa publicada no Psychology Science concluiu que é o aborrecimento que determina o futuro da relação.

O grau de monotonia que existe no casal ao sétimo ano de união é um bom indicador da perda de felicidade e intimidade nos nove anos que se seguirem.

Quebrar a rotina é vital. Partilhar novas experiências com o parceiro pode aumentar o nível de dopamina, um neurotransmissor associado à satisfação e à química que surge no início de um romance, dizem os investigadores.

Texto: Saber Viver.

Fonte: http://mulher.sapo.pt/amor-sexo/emocoes/felicidade-conjugal-1009335.html
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