terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Como criar um guarda-roupa minimalista

Olhando para o meu roupeiro... até que a coisa não está má. É até bastante minimalista (ui... então se compararmos com há uns anos atrás...). 

O último destralhe que fiz foi a 1 de Julho (diz o meu Instagram) - neste caso, para a roupa de Verão. Contudo, quero fazer uma revisão também da minha roupa de Inverno. Sei que deveria tê-lo feito, logo na mudança de estação. Mas vá, na altura não tive realmente tempo.

Aliás, não quero fazer as coisas ao acaso. Estive até  a estudar sobre o assunto. São essas ideias que partilho hoje contigo.

O que é isto de uma guarda-roupa minimalista?
Pois, convém esclarecer. Segundo Francine Jay, autora do livro "Menos é Mais", trata-se de "(...) um guarda-roupa básico: um pequeno conjunto de peças essenciais que podem ser misturadas e combinadas numa grande variedade de looks".

Mas vamos à parte prática. Como poderemos criar um guarda-roupa minimalista? Eis algumas sugestões:

1 - Descobre qual é o teu estilo


Pessoalmente não tenho dúvidas sobre o meu estilo. Gosto de peças clássicas que depois possam ser combinadas com outras que tenham detalhes incomuns (um corte assimétrico, um entrelaçado, um acessório que destaque - como nas fotos acima). Para ter mais ideias costumo pesquisar no Pinterest. Tenho uma pasta com o título "moda" onde reúno inspirações acerca do meu estilo de roupa preferido. Claro que nem sempre é fácil encontrar estas ideias nas lojas. Mas como já sei o que pretendo, fica mais fácil evitar compras desnecessárias.

Conclusão: não sigo modas, mas sim o meu estilo pessoal. E tu? Já descobriste o teu? Será um estilo mais clássico? Boho? Vintage? Desportivo? Mais formal? Etc., etc... Se necessitares de ideias, como já referi, acho o Pinterest uma boa ferramenta para buscares inspiração.

2 - Define 1 ou 2 cores básicas
Eu escolhi o preto e o castanho, que são cores que me ficam bem e que combinam com cores mais arrojadas. 

Verifica que cores te ficam bem e escolhe os teus básicos. Para além das que referi podes optar pelo branco, creme, cinza, azul clarinho, etc. Se estiveres na dúvida, pesquisa na Net sobre análise cromática ou experimenta mesmo roupas em vários tons (por exemplo numa loja). Isto é importante, porque consoante o tom de pele, cor dos olhos e cabelo, há cores que nos realçam e outras que nos apagam completamente. No meu caso, por exemplo o branco é uma cor a evitar, enquanto que o castanho já me fica bem.

3 - Escolhe algumas cores de destaque
Estas são cores mais arrojadas, que podes combinar com as cores neutras escolhidas anteriormente. A mim, por exemplo, fica bem o bordeaux, o roxo escuro, o verde-musgo e o azul índigo. Claro que podes optar por escolher só 1 ou 2 cores de destaque... 

A ideia é que quando tiveres de escolher roupa, tenhas já em mente aquilo que te fica bem. Assim, evitas entupir o teu roupeiro com roupa que raramente vais usar. Mais vale pouco, de coisas que realmente adoras (sabias que só costumamos usar 20% das nossas roupas na maioria do tempo?).

4 - Selecciona roupa que te favorece
A ideia é que escolhas roupa de acordo com o teu corpo e não com o que está na moda. Por exemplo, se tens algumas gordurinhas na barriga, talvez um top hiper-justo não te fique tão bem. Espreita este post sobre "Como Escolher a Roupa Certa para cada Tipo de Corpo".

Há 2 truques que Francine Jay partilha, aos quais achei piada, mas que fazem sentido. Quando avalias uma roupa, imagina se seria uma boa escolha para o caso de encontrares o/a teu/tua ex casualmente ou para seres fotografado/a sem aviso prévio. Se a resposta for «não», esquece-a, não deve fazer parte do teu guarda-roupa.

5 - Opta pela versatilidade


Para teres menos roupa, opta por peças que possam ser usadas em diferentes ocasiões e combinadas em diferentes conjuntos. Por exemplo na foto acima, umas calças justas pretas fazem parte do primeiro e segundo conjuntos, que são combinações completamente diferentes. Ou então o casaco justinho do meio, também pode ser combinado com um vestido. Aliás, um vestido pode ser usado no dia-a-dia, ou numa ocasião mais especial, bastando adicionar-lhe um acessório mais chique. Ou uma camisa usada informalmente, no caso dos homens, pode ter um ar mais formal usando uma gravata.

6 - Inclui roupa que se adeqúe aos teus vários papéis 
Faz uma lista dos teus diferentes papéis, onde tenhas de usar roupa diferente. Por exemplo: em casa, no escritório, no ginásio, para fazer limpezas, etc. Depois, verifica a quantidade que necessitas para cada uma dessas situações. A ideia é que tenhas roupas para as tuas reais necessidades. Por exemplo, se só vais a um casamento ocasionalmente, para quê ter 10 conjuntos de cerimónia? Mas se frequentas o ginásio, talvez convenha teres 2 pares de ténis (só 1 será provavelmente insuficiente, pois quando uns estiverem a ser lavados, tens  de ter outros que possas usar).

7 - Recorre aos acessórios
Um acessório pode transformar completamente um conjunto. Pode por exemplo transformar um look informal, num look de cerimónia. Pode dar um ar mais interessante a um conjunto absolutamente normal.

Podes usar diferentes gravatas (homens), chapéus, cintos, cachecóis, echarpes, fios, brincos, sapatos. 

Tem cuidado para não adquirires acessórios em excesso. Apesar de eles ocuparem pouco espaço no armário, convém não exagerar.

Por último, recorre a organizadores para os guardares. Assim ficam facilmente visíveis e evitas a sua multiplicação. Na foto mostro como organizo os meus cintos e echarpes. Aqui só incluía 3 cores: preto, castanho e cinza (a foto é antiga). Nos fios é que tenho uma paleta mais colorida, para combinar com as «cores de destaque» (que mencionei no ponto 3).

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Estas são as dicas que encontrei que penso que me vão ajudar - pois quero ter menos roupa, mas roupa que realmente me fique bem. Espero que te ajudem a ti também!

Fotos: 1.ª Free-Photos; 2.ª e 3.ª Pinterest; 4.ª Mafalda S.
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Pensamento/Lema da semana #485


Que ninguém se engane, 
só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.” 
Clarice Lispector

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Pensamento/Lema da semana #484


"Fiz a escalada da montanha da vida 
removendo pedras 
e plantando flores". 
Cora Coralina

Foto: 12019
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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Minimalismo nas revistas

Já tive imensas revistas. Contudo, entre 2015 e 2016, desfiz-me da maioria. Guardei somente os artigos que me interessavam (por questões pessoais, mas também porque são boas fontes para artigos do blog). Depois disso, tenho feito um destralhe anual, para manutenção. 

Mas deste grande destralhe, retirei uma aprendizagem. Percebi o que é importante para mim e o que é acessório. Compro de forma mais consciente. Só adquiro revistas se trouxerem novas informações, ou se forem uma fonte de motivação. Há quem nem sequer já compre revistas, optando por ler artigos na Internet. No meu caso reduzi drasticamente aquilo que compro, mas continuo a fazê-lo ocasionalmente, porque ajuda na minha investigação.

Ainda assim, posso dividir as revistas que compro em 2 grupos:
a) aquelas que quero conservar na totalidade: por ex. nas áreas da Psicologia, Saúde e Culinária;
b) aquelas que comprei só porque tinha 1 ou 2 artigos muito interessantes.

Do primeiro grupo comprei muito pouco. Por exemplo, revistas de culinária foram só 2, que abordavam receitas específicas, que não encontrei noutros locais. Guardo-as numa gaveta da cozinha. 

Os artigos das revistas que pretendo manter
são guardados em micas em dossiers. 

Quanto às revistas das quais só pretendo guardar 1 ou 2 artigos, procedo da seguinte forma:

1 - retiro o artigo da revista; 

2 - escrevo no topo do artigo a fonte bibliográfica (assim, se escrever algum texto em que cite algo deste artigo, consigo fazer a referência bibliográfica);

Cada dossier tem um índice,
de modo a agrupar os artigos em sub-categorias.

3 - coloco o artigo dentro de uma mica;

4 - coloco o artigo junto de artigos que abordam o mesmo tema, num dossier. Tenho 4 dossiers para guardar estes artigos:
  • dossier "Felicidade"; 
  • dossier "Saúde & Bem-Estar I"; 
  • dossier "Saúde & Bem-Estar II"; 
  • dossier "Vida Prática". 

Cada um destes dossiers aborda um tema geral (Ex.: Felicidade), e está dividido, com a ajuda de separadores, em sub-categorias (Ex.: o dossier "Felicidade" está dividido em: Felicidade [em geral]; Optimismo;  Auto-estima/Auto-confiança, Sociedades Felizes; etc.).

Quatro dossiers guardam o melhor
de centenas de revistas, adquiridas ao longo dos anos.

Esta organização facilita imenso quando quero encontrar um artigo específico. Para além disso, o espaço ocupado pelas revistas resume-se a 1 gaveta na cozinha, 1 prateleira do móvel da sala e quatro dossiers. Antigamente guardava todas as revistas que tinha comprado quase desde criança. Ocupavam um espaço considerável... 

Claro que há quem nem precise de guardar revistas ou sequer comprá-las. No meu caso, já expliquei porque o faço. Posso dizer que me sinto muito satisfeita com este tipo de organização. É o que funciona comigo! No teu caso, claro que tens de descobrir o que mais se adequa à tua vida. Mas pelo menos, já ficas com uma sugestão.

Fotos: Mafalda S.
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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Pensamento/Lema da semana #483


"O contacto com a Natureza 
é um atalho para a serenidade." 
Michael Acton

Foto: Enrique Lopez Garre
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Artigo na revista Progredir sobre Altruísmo e Felicidade

O ano começou com uma nova colaboração na revista "Progredir", uma revista de desenvolvimento pessoal, gratuita e online.

A temática deste mês é o «altruísmo», e, como não podia deixar de ser, abordei o que a ciência nos diz sobre a relação entre o altruísmo e a felicidade. Ah! E deixei umas dicas sobre como o altruísmo te pode fazer mais feliz.

Espreita os links para a revista e para o artigo, este com título "Como o altruísmo pode transformar a sua vida." Podes ler ou fazer download gratuito. Espero que gostes!



Link para a revista: 
https://issuu.com/progredir/docs/revista_progredir_096

Link para o artigo:
http://www.revistaprogredir.com/blog-artigos-revista-progredir/como-o-altruismo-pode-transformar-a-sua-vida



Imagens: Revista Progredir
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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Como ser mais feliz em 2020


Um novo ano começa. Com ele novas esperanças, o desejo de concretizar sonhos, de sermos mais felizes.

Vou por isso indicar-te algumas estratégias, que poderão aumentar a tua felicidade ao longo do ano. No entanto, tem em conta, que algumas funcionam melhor com umas pessoas e outras com outras. Para saberes o que pode funcionar melhor contigo, podes realizar previamente este teste.

1 - Começa as manhãs com uma rotina que te encha de energia positiva
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Ainda há dias falei em como ter alterado a minha rotina da manhã, afectou positivamente o meu dia. Passei de me entupir de noticiários, para ler textos inspiradores (regressei à leitura de blogs e mantenho a minha a paixão por livros). Basta ler um pouquinho sobre algo que me apaixone, para notar a diferença. Costumo também espreitar as inspirações no Pinterest (eis a minha página). Isto deixa-me super-motivada para o resto do dia.

A ideia é definires um rotina matinal que te traga paz interior e que te deixe motivado/a para o dia que aí vem. Eu invisto na leitura, mas podes fazer outras coisas: assistir ao nascer do sol, praticar exercício, preparar um pequeno-almoço saudável, escrever num diário ou organizar o dia no Bullet Journal (costumo fazer a esta hora a «reflexão matinal» para o meu Bujo), etc.

2 - Aprende a gerir melhor o teu tempo
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No meu caso, a ferramenta que mais me tem ajudado a este nível, tem sido o meu Bullet Journal. Consigo controlar muito melhor o meu tempo e focar-me no que é prioritário (encontras outras sugestões para gestão de tempo, na etiqueta do blog "Gestão de tempo/organização").

A importância disto, é que se gerires o teu tempo de forma eficaz, reduzirás a tua ansiedade e terás mais disponibilidade para investir em actividades que te façam feliz.

3 - Cultiva o optimismo
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Uma postura optimista perante a vida tende a fazer-nos mais felizes. Sorri mais vezes, utiliza uma linguagem mais positiva (por ex. «estou bem», em vez do típico «vou andando»), mantém uma postura confiante e um tom de voz animado (mesmo que de início isto seja um pouco forçado, irás transmitir essa mensagem ao teu cérebro, e começarás a agir de forma genuinamente mais optimista). Para além disso, as nossas emoções são contagiosas, pelo que o teu optimismo pode melhorar o humor de quem está à tua volta.

Encontra estas e outras sugestões no post "Como ser mais optimista".

4 - Desenvolve hábitos saudáveis
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A saúde não influencia grandemente a felicidade, já a falta dela pode fazer-te muito infeliz. Assim, para que sintas energia para investir na tua felicidade, é importante cuidares de ti.

Foca-te em pequenas alterações, mas graduais. Tu decides por onde começar: podes investir numa alimentação mais saudável e promotora da felicidade, começar a meditar, controlar o stress e a ansiedade, praticar um tipo de exercício físico que adores, ter cuidados de beleza diários e fortalecer a tua auto-estima.

Encontras estas e outras sugestões na série de posts "30 formas de levar uma vida mais saudável a partir de hoje": post 1, post 2 e post 3.

5 - Opta por experiências, em detrimento de objectos
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Imagina que desejas muito um vestido novo. é provável que fiques muito feliz quando o adquirires, mas passado pouco tempo, essa felicidade desvanece-se (é a famosa «adaptação hedonista»).

com as experiências, podes prolongar a tua felicidade (pela alegria da antecipação, porque costumam ser mais emocionantes que os objetos e porque permitem criar memórias felizes).

Assim, opta por experiências como: viajar, fazer um piquenique em família, fazer uma formação do teu agrado, tomar o pequeno-almoço numa explanada solarenga, ver o pôr-do-sol, meditar, etc.

6 - Livra-te do que te dá trabalho desnecessário
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Sim, cheguei à parte da tralha. Mas tenho de incluir aqui, os compromissos que não interessam. Tudo o que te rouba tempo precioso.

Analisa o que é prioritário na tua vida. Aprende a dizer não ao que não te acrescenta nada e ainda complica os teus dias.

Livra-te também dos objectos em excesso. Sugiro-te que destralhes a tua casa e, se possível, o teu espaço de trabalho. (Espreita este plano para destralhares toda a casa).

Isto é importante, porque o que te rodeia, influencia a tua vida emocional. Se te livrares dos excessos, melhorarás o teu humor, sentir-te-ás mais calmo/a e produtivo/a. Para além disso, ganhas tempo para investir no que te faz mais feliz (espreita estes e outros benefícios de eliminares a tralha da tua vida).

7 - Não te compares negativamente com os outros
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Opta por te compares contigo mesmo/a, com o que já evoluíste. Certamente hoje estás mais sábio/a já alcançaste 1 ou outro objectivo. É nisso que te deves focar, porque isso sim ajudará a melhorar a tua vida.

As comparações com os outros não são justas, porque as pessoas costumam mostrar somente o que mais gostam em si e ocultam o que menos as satisfaz. Assim, provavelmente só vez um lado da realidade.

Se ainda assim, não consegues evitar olhar para a vida dos outros, opta por olhar para pessoas inspiradoras. Aquelas que te podem ensinar lições de vida e te inspiram a melhorar. Espreita também este post para te ajudar a pôr fim às comparações com os outros.

8 - Pratica actos de bondade
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Escolhe um dia por semana para praticares um gesto de bondade, diferente do que já praticas na tua rotina (eis algumas sugestões). Deve de ser um acto generoso novo e especial.

Podes oferecer flores a alguém que amas, levar os teus filhos a passear, elogiar alguém que tenha feito um bom trabalho, optar por um produto ecológico e do comércio justo, agradecer a um professor que te tenha inspirado, deixar uma mensagem bonita na secretária do/a teu/tua companheiro/a ou na lancheira dos teus filhos, doar roupas que já não usas, ajudar um vizinho com os sacos das compras...

9 - Dedica uns minutos por dia a algo que te apaixone
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Sabes aquelas actividades que te apaixonam tanto, que quando as realizas até te esqueces do tempo a passar? São as chamadas experiências de fluxo. Tenta dedicar-lhes uns minutinhos do teu dia, pois se as praticares com regularidade, irão fazer-te mais feliz.

No meu caso há várias actividades que se enquadram neste campo: pesquisar sobre felicidade, ler, fotografar, escrever no blog, lutar por objectivos.

Tenta descobrir o que funciona contigo, o importante é que seja algo desafiador e absorvente. Pode estar relacionado com algum hobby e/ou com o teu propósito de vida.

10 - Quando estiveres com quem amas, está verdadeiramente presente
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Silencia o telemóvel, afasta-te das tecnologia e esquece por algum tempo as obrigações e os problemas. Dedica exclusivamente esses minutos a quem mais amas.

Sabias por exemplo que, bastam 10 minutos por dia, dedicados inteiramente aos teus filhos para fazer a diferença nas suas vidas? Segundo o pediatra Mário Cordeiro, eles sentem-se mais amados, com mais auto-estima e fazem menos birras.

Por outro lado, as relações com pessoas que te fazem bem, são das coisas que te podem trazer mais felicidade. Portanto, ganham elas e tu também.

11 - Pratica actividades hygge
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O hygge significa literalmente «aconchego» e tem que ver com a arte de relaxar num ambiente caloroso, acolhedor e livre de stress. Trata-se de alcançar a felicidade através dos prazeres simples da vida. Esta prática, muito comum na cultura dinamarquesa, explica em parte porque este povo é um dos mais felizes do mundo.

O hygge envolve coisas como: ler, aconchegado numa mantinha, ao som da chuva que cai lá fora; deliciarmo-nos com uma refeição, que nos lembra a infância; acender umas velas e ouvir música agradável; jogar jogos de tabuleiro com os filhos; fazer reuniões agradáveis com a família ou amigos…

Posts sobre este tema: "Hygge à portuguesa. É possível?", "Hygge no Outono - 20 sugestões", "Actividades 'hygge' que faço com a minha filha".

Livros sobre o tema: "O livro do Hygge" do Meik Wiking (o meu favorito) e  "Hygge. Ser feliz à dinamarquesa" de Anna Skyggebjerg.

12 - Não faças sempre a mesma coisa. Varia!
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Para uma felicidade mais duradoura, o segredo está na variedade.

Imagina que comes a tua refeição favorita. É normal que aches uma delícia e que te sintas muito bem quando a saboreias. Agora pensa que tens de comê-lo a todas as refeições, vários dias seguidos. O que antes era um prazer, deixa de ter graça. Isto tem a ver com a adaptação hedonista: quando algo de bom ou de mal te acontece, com o passar do tempo acostumas-te e regressas ao teu estado de ânimo habitual.

Assim, mesmo que um certo tipo de actividade tenha mais probabilidade de te fazer feliz, não faças sempre a mesma coisa. Imagina que o que te faz feliz é lutares por um objetivo. Divide-o em tarefas menores, que não sejam sempre iguais. Hoje podes criar um plano para o alcançar, amanhã podes ir comprar o material que necessitas, no outro dia vais realizar uma tarefa que só dura 5 minutos, noutro com mais tempo já despendes meia hora... Outro exemplo: imagina que uma das actividades que te faz feliz é envolveres-te em actividades hygge. Num dia podes fazer uma sessão de cinema em casa, noutro podes assistir ao pôr-do-sol, noutro ler na tua poltrona preferida, etc. Uma das minhas actividades favoritas é a leitura e com esta nunca caio na rotina (ou não lesse eu, todos os dias, sobre novas aventuras e/ou ensinamentos).

13 - Cria estratégias para lidares com os problemas
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Algo que me tem ajudado imenso foi ter passado a fazer reflexões no meu Bullet Journal. Através delas, consigo perceber o que correu mal e faço um exercício consciente de busca de soluções, ou, quando tal não é possível, pelo menos tendo perceber que aprendizagem posso retirar dali.

De qualquer forma, é importante não te perderes em ruminações e fazeres algo te sentires melhor. Estes posts poderão ajudar:
- "Como lidar com os seus problemas";
- "Como evitar pensar demasiado (ou «ruminar»";
- "Estratégias para lidares com o stress": post 1 (o que não resulta), post 2 (o estilo de vida ideal) e post 3 (técnicas de gestão do stress);
- "19 formas de pensar que o ajudarão a ultrapassar os momentos difíceis".

14 - Afasta-te de pessoas que te fazem mal e aproxima-te de quem te traz boa energia
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As relações com os outros pode ser uma das coisas que te trará mais felicidade. Mas no caso de teres à tua volta pessoas tóxicas, o efeito será provavelmente o oposto...  Isto acontece porque as emoções são contagiosas - tendemos a adquirir o estado de espírito das pessoas com quem convivemos e também influenciamos os outros.

Para seres mais feliz, sugiro-te o seguinte:
1. identifica o tipo de pessoas que te rodeiam:
a)  pessoas tóxicas ou castradoras - mesmo que por vezes te pareçam simpáticas, podem assumir duas caras e, acabam por prejudicar-te. Há diferentes tipos de pessoas tóxicas, mas todas elas costumam ser muito centradas em si próprias e tendem a diminuir a tua auto-estima. Por vezes incutem-te medo para que percas a coragem de seguires em frente; querem escolher por ti e costumam desanimar-te; por norma, ficam felizes quando fracassas. Há aquelas que pensam ser juízes, sempre a julgar o comportamento dos outros e colocando-se a si mesmas num pedestal. Há também as super-negativas, que estão sempre à espera que tudo corra mal. Independentemente do tipo de toxicidade, quando estás perto destas pessoas absorves a sua energia negativa. Se a convivência for frequente, pode afectar substancialmente a tua vida.
b) pessoas potenciadoras - estas conseguem sentir empatia e gostam genuinamente de ti. Independentemente das tuas escolhas, respeitam-te e estão lá para te apoiar. Podem advertir-te, mas por real preocupação, porque não te querem ver a sofrer. Apoiam-te nos maus momentos e ficam felizes quando estás bem. São mais positivas e incentivam-te a alcançares os teus objectivos. Quando estás perto delas sentes uma energia muito positiva.

2. opta por conviver com pessoas potenciadoras e optimistas. Quando mais te relacionares com elas, maior a probabilidade de aumentares a tua felicidade.

3. afasta-te das pessoas tóxicas. O ideal é afastares-te fisicamente mesmo. Se tal não for possível, sê sempre educado/a, mas reduz ao mínimo as interacções. Não lhe fales da tua vida, dos teus sonhos, nem da vida alheia. Cinge-te ao essencial. Cria uma espécie de bolha imaginária que limite o teu espaço pessoal.

4. tenta tu influenciar os outros com emoções positivas (se necessário, espreita novamente a estratégia n.º 3, a de cultivar o optimismo).

15 - Pratica o perdão
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Perdoar não significa que irás esquecer ou aceitar o que te fizeram. Significa sim que aceitas que não podes mudar o que aconteceu e que tomas a decisão de seguir em frente. Também não significa que tenhas de ter uma relação próxima com quem te magoou. Significa antes que deves libertar-te da ira e do ressentimento, sentimentos que só te trazem infelicidade. O objectivo do perdão é que deixes de focar a tua atenção no que se passou, para estares mais disponível para o que te faz feliz.

Primeiro tenta «mudar a perspectiva» e perceber as razões que levaram a outra pessoa a magoar-te:
a) pode ter sido um erro - e errar é humano - tu próprio/a erras, mesmo sem querer (pode ajudar lembrares-te de uma situação em que tu próprio/a foste perdoado/a);
b) o/a outro pode reger-se por valores diferentes dos teus, que o/a façam desvalorizar o que te fez;
c) a pessoa pode ter tido carências na sua educação, fazendo com que a sua capacidade de empatia pelos outros seja mínima;
d) ou pode simplesmente ser uma pessoa maldosa, e talvez o que te fez acabe por ser uma boa desculpa para não teres de voltar a conviver com ela.

Podes também escrever uma «carta de perdão» (não precisas de enviá-la, a menos que queiras), descrevendo o que te magoou e como isto afectou a tua vida. Refere o que desejavas que a outra pessoa tivesse feito. Finaliza a carta com uma declaração de perdão (por ex.: "Apercebi-me que fizeste o melhor que sabias, naquele momento. Decidi não me concentrar mais no que me magoou e sim nos sonhos que quero alcançar na vida. Por isso, perdoo-te.").

Por último, se para ti for muito difícil perdoar, lê sobre pessoas famosas que o fizeram: Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Oprah Winfrey, Martin Luther King Jr., etc. Bill Clinton perguntou certa vez a Nelson Mandela, como é que ele tinha conseguido perdoar os seus carcereiros. Ele respondeu: "Quando atravessei os portões [da prisão] apercebi-me de que, se continuasse a odiar aquelas pessoas, continuaria na prisão." É uma visão certeira.

16 - Inclui na tua lista de prioridades diárias, uma tarefa relacionada com um objectivo que queiras alcançar
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Escolhe um objectivo pelo qual queiras lutar. Algo que saibas que irá melhorar a tua vida, que vá ao encontro do teu propósito de vida e/ou que te faça crescer enquanto ser humano. Podes querer livrar-te da tralha, poupar dinheiro, mudar de área profissional, estar mais presente para a tua família, ter uma vida mais saudável...

O importante para te trazer felicidade é que seja uma «meta autoconcordante». Noutras palavras, trata-se de um objetivo que te proporciona uma jornada agradável enquanto tentas alcançá-lo e que tem um significado especial para ti. Neste caso, não é só o objetivo em si que faz a diferença, o caminho até lá chegares também é prazeroso. Por exemplo se o teu desejo é ter uma vida mais saudável, as aprendizagens e os pequenos sucessos que vais tendo, serão uma fonte de satisfação.

Agora foca-te no teu objetivo. Divide-o em tarefas menores e faz um pouco todos os dias para te aproximares dele.

No meu caso, faço uma reflexão matinal e escrevo no meu Bullet Journal a lista de tarefas do dia. Destas assiná-lo as 3 Tarefas Mais Importantes (TMI) do dia com o símbolo «!!!». Uma dessas tarefas está sempre relacionada com o meu objetivo. Não imaginas como isto me tem trazido bons resultados e, consequentemente mais motivação. Fico com a sensação que tenho 366 oportunidades ao longo do ano, para me aproximar da meta.

17 - Desenvolve o teu lado espiritual
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Diversos estudos comprovam que as pessoas com uma vida espiritual activa (e não estou a falar propriamente de ir a uma igreja organizada, mas sim de um sentido profundo e intenso do significado espiritual da vida) são mais felizes.

Podes conversar com Deus, agradecer as tuas bênçãos e desabafar em momentos menos bons. Incluir a oração ou meditação na tua rotina, ou se preferires, envolveres-te nas actividades de uma igreja.

Por incrível que pareça, mesmo que não tenhas qualquer fé no sagrado, a espiritualidade pode trazer-te benefícios. A verdadeira felicidade advém de uma espiritualidade assente no crescimento pessoal, no altruísmo e humanismo, na união constante com o Divino ou no forte comprometimento com aquilo em que se acredita. Não implica seguir determinada religião. Há inclusive pessoas que «santificam» coisas aparentemente comuns. Podem considerar o trabalho uma vocação, a educação dos filhos uma missão, tratar do seu corpo como se fosse sagrado, sentir admiração pelo belo, pela natureza, pela humanidade... E é a dedicação àquilo em que acreditam que as faz felizes.

De qualquer modo, neste post, encontras várias sugestões para que a espiritualidade te faça mais feliz.

18 - Uma vez por semana, pensa pelo menos em 3 coisas pelas quais te sentes grato/a
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Escolhe 1 dia por semana para pensares ou escreveres sobre o que tens de bom ou o que te aconteceu de bom nos últimos tempos. As tuas conquistas, os bons momentos ou algo de bom que está presente na tua vida.  Escolhe pelo menos 3 coisas.

Podes registá-las num diário próprio para o efeito, o chamado «diário de gratidão». No meu caso também uso o Bullet Journal para o efeito. Costumo fazer uma reflexão semanal no Domingo à noite e é nessa ocasião que registo 3 coisas boas (ou mais)  que me aconteceram na semana.

Como refere Sonja Lyubomirsky, "Descobriu-se que as pessoas que praticam gratidão com assiduidade são relativamente mais felizes, mais enérgicas, optimistas e esperançosas, e declaram que experimentam emoções positivas com maior frequência.".

Só te aconselho, a resistires à tentação de escreveres sobre o que te faz sentir grato/a mais do que 1 vez por semana. Constatou-se que com o tempo, fazer esta actividade muitas vezes, deixa de aumentar a felicidade. Deixa de ser novidade e a mente habitua-se. Já se o fizeres só 1 vez por semana, continua a constituir uma novidade, pelo que há mais probabilidade de te encher de emoções positivas.

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Agora umas últimas palavras. Será difícil fazeres tudo isto de uma assentada. Investe numa só estratégia inicialmente e vai introduzindo outras ao longo do tempo (de modo a que estas sugestões se transformem em hábitos). Ah! E foca-te em actividades que tenham mais a ver contigo. O que funciona com umas pessoas, não tem o mesmo resultado com outras.

O importante é que dês o primeiro passo. Quando? Hoje! Escolhe uma destas sugestões e começa a praticá-la. Vais ver como fará a diferença na tua vida.

Feliz 2020! 

Fotos: 1.ª6.ª12.ª e 18.ª  Free Photos; 2.ª3.ª,  5.ª13.ª e 17.ª Pexels; 4.ª Mouse Driver; 7.ª e 11.ª Stock Snap; 8.ª Aliceabc0; 9.ª Engin Akyurt; 10.ª The Virtual Denise; 14.ª Public Domain Archiv; 15.ª Tawnyowl; 16.ª Shad0wfall.
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Pensamento/Lema da semana #482


"Nas grandes batalhas da vida, 
o primeiro passo para a vitória 
é o desejo de vencer." 
Ghandi

Foto: geralt
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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O (meu) FOCO do ano

Quando o ano começa gosto de definir uma área em que me vou focar. 

Em 2019, foquei-me na gestão de tempo. Pesquisei bastante, mas posso dizer que a grande melhoria foi passar a usar diariamente o Bullet JournalEm 2018 também tive uma área de foco: a de levar uma vida mais ecológica e muitos foram os hábitos que alterei na altura. 

A verdade é que sempre que me foco numa área, consigo de alguma forma melhorar. Então, este ano, quero focar-me no «Minimalismo». 

Na realidade, nos últimos meses do ano já havia começado a destralhar e a organizar os espaços. Fiz um grande destralhe em 2015, o ano de nascimento do meu filho mais novo. Mas acho que não fui longe o suficiente e com uma criança, uma pré-adolescente e um marido nada minimalistas, os objectos começaram a multiplicar-se.

No meu Bujo, criei a página para o ano 2020 e registei o meu foco: o minimalismo (vê na foto).

Entretanto, para me manter motivada, quero: 
- ler mais sobre o minimalismo (nem que seja só um pouquinho por dia, mas quero fazê-lo com bastante frequência);
- ir partilhando alguns textos no blog sobre o tema;
- destralhar/organizar pelo menos 4 vezes por semana.

Por último, quero também partilhar os motivos para escolher o minimalismo como foco do ano:
- quero uma casa livre de tralha e organizada, pois faz-me sentir mais calma;
- quero que o ambiente em casa fique mais bonito;
- quero que a casa fique mais funcional;
- quero perder menos tempo em tarefas domésticas, para me sobrar tempo para actividades que me fazem feliz;
- não quero perder tempo à procura de objectos;
- quero ser MAIS FELIZ na minha casa.

É isto que me move. Acho que 2020 pomete...
E tu? Vais concentrar-te em algum objectivo em especial? 

Fotos: 1.ª Akti Home; 2.ª Mafalda S.
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"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:
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