Existem uma série de características comuns que as pessoas felizes tendem a reunir. Agora, o mais interessante e que desde logo me fascinou, é que se imitarmos estas pessoas, mesmo que finjamos um pouquinho, com o tempo tendemos a ser mais felizes.
Acredita que não estou a imaginar coisas, existem pelo menos duas teorias que explicam isso:
- a «hipótese do retorno facial» - significa que quando nos exprimimos como as pessoas felizes (por ex.: sorrindo mais, assumindo um postura confiante, tendo uma voz animada...), o nosso corpo emite sinais ao cérebro de que estamos a experimentar determinada emoção e isso faz com que efectivamente a experimentemos. Para além das posturas físicas, imitar as atitudes das pessoas mais felizes também contribui para aumentar a nossa felicidade.
- a «neuroplasticidade do cérebro» - significa que se repetirmos de forma consistente determinados padrões de comportamento/pensamento, com o tempo as áreas cerebrais associadas a essas mesmas actividades ficarão mais desenvolvidas. Isso significa que com o tempo, determinados comportamentos e/ou pensamento sair-te-ão mais naturalmente, sem esforço (tornam-se num hábito). Por exemplo se te concentrares em desenvolver o teu optimismo (sim, é possível!), com o tempo as áreas cerebrais associadas à alegria estarão mais desenvolvidas fisicamente (o que até é observável mediante determinados exames ao cérebro).
Se neste momento não és feliz, um dos passos para a felicidade, passa justamente por conheceres as características das pessoas mais felizes. Espreita então quais são:
1. Conectividade
A característica mais importante e consistente das pessoas felizes é estarem ligadas a outras pessoas por relações afectuosas e de confiança, que lhes dão segurança e sentido de pertença. Estas relações são importantes para passarem bons momentos no dia-a-dia, para se sentirem apoiados nos maus momentos, para cooperarem e para se sentirem úteis quando ajudam os outros.
O que importa não é definitivamente ter 1000 amigos no facebook, mas sim a qualidade das relações. Noutras palavras, uma pessoa pode ser efectivamente mais feliz se tiver uma relação profunda com o/a seu/sua parceiro/a, com o/s seu/s filho/s, com os seus pais e com 1 ou alguns grandes amigos. Claro que faz toda a diferença optares por te rodear de pessoas «potenciadoras», ou seja, aquelas que trazem cá para fora o melhor de ti.
Por isso, se quiseres ser mais feliz, é importante disponibilizares parte do teu tempo para investires nas tuas relações, para as fortaleceres e desfrutares. Que tal dedicares, pelo menos 30 minutos do teu dia inteiramente aos teus filhos (sem outras distracções como a televisão, a Internet, etc.)? Ou então demonstrares ao teu/tua companheiro/a o quanto o/a amas? Ou então marcares um jantar com os teus pais ou com grandes amigos?
2. Inteligência social e emocional
As pessoas felizes também costumam possuir inteligência social e emocional no mínimo moderada, o que lhes permite criar e manter relações sociais mais facilmente. Conseguem interpretar e reagir adequadamente aos seus próprios sentimentos e aos dos outros. Isto significa que estão aptos para perceber se alguém está alegre, triste, com medo, ciumento, inseguro, zangado, a precisar de carinho, de aprovação ou de um incentivo... Por um lado, conseguem colocar-se no lugar do outro, por outro identificam o que se passa consigo próprios e reagem com base nisso.
Assim, no teu dia-a-dia:
a) Trabalha a tua empatia para com os outros, começa a reflectir sobre o que poderá estar na base do seu comportamento e reage em função disso;
b) Começa a perceber os teus próprios sentimentos e pondera sobre a melhor forma de agires;
c) Da próxima vez que entrares em conflito com alguém, pára uns segundos para pensar porque essa pessoa age assim (será que se sente insegura e por isso sente inveja de ti?, será que está com medo de alguma coisa?, será que é reflexo de um dia mau?). Coloca-te no lugar do outro para perceberes os seus sentimentos. Reage depois com calma, procurando uma solução que agrade ambas as partes (é que gritar é muito fácil, mas grande parte das vezes só exalta os ânimos, e não resolve absolutamente nada).
Se queres melhorar ao nível das inteligências social e emocional, aconselho-te duas leituras, ambas do Daniel Goleman: o "
Inteligência Emocional" e o "
Inteligência Social" (não são livros de se ler de uma assentada, mas podem melhorar bastante a tua vida).
3. Capacidade de comunicação
Pessoalmente acho que parte dos problemas da sociedade têm a ver com falhas de comunicação: más interpretações, coisas que ficam por dizer, falas agressivas, ou não saber transmitir o que se pretende. Ora as pessoas felizes tendem a ser boas comunicadoras: fazem-se compreender e também escutam os outros.
Se sentires que tens problemas a comunicar, para a próxima presta mais atenção à mensagem que transmites: o que dizes, as tuas expressões faciais, os teus gestos, a postura corporal.
a) As pessoas mais felizes tendem a falar num tom mais animado, mostram uma postura confiante e sorriem mais vezes. Começa por imitar essas atitudes.
b) Assegura-te que a outra pessoa te percebe, pede-lhe para que repita a tua mensagem.
c) Começa a incluir na tua linguagem expressões mais alegres e entusiastas. Diz “Estou bem” (em vez do tipicamente português “vai-se andando” ou “mais ou menos”), “Vou conseguir”, “Há-de correr bem”.
d) Em momentos de tensão, tenta manter a calma. A recepção de uma mensagem dita aos gritos, ou de forma calma, tem um efeito completamente diferente no outro.
e) Se o teu problema é timidez, nada como te preparares previamente para o que queres dizer. A preparação é uma grande ajuda para te sentires mais calmo/a.
f) Por último, não fales todo o tempo, a capacidade de escuta também é muito importante!
4. Inexistência de ansiedade excessiva
5. Resiliência
Mesmo as pessoas mais felizes, têm a sua quota-parte de stress, de crises e até de tragédias. É possível que nessas circunstâncias se sintam tão aflitas ou se emocionem tanto como todos nós, mas a sua arma secreta é a força e a forma como fazem frente às adversidades. Essa força, a chamada resiliência, é a capacidade de manterem ou recuperarem o bem-estar perante uma adversidade.
Mas uma coisa que se constatou, é que as pessoas mais resilientes possuem algumas características comuns (nas quais podes investir):
- relações sociais significativas que lhes dão apoio (é óptimo ter um ombro amigo para desabafar e até para pedir conselhos!);
- são persistentes, não desistindo à boas (lutarão para superar a situação);
- têm motivação;
- têm capacidade para planear o futuro (sonhos muitos têm, mas capacidade para planear ir à luta é que faz toda a diferença);
- têm ou procuram aumentar os seus conhecimentos práticos, para lidarem melhor com a situação.
Uma outra ajuda podem ser estes posts:
- Como lidares com os teus problemas;
- Estratégias para lidares com o stress;
- As lições de vida da minha tia N., a pessoa mais resiliente que conheço :)
6. Focalização externa
As pessoas felizes não costumam dedicar a maior parte do seu tempo a pensar em si próprias, na sua situação, nos seus sentimentos. Em vez disso, concentram os seus interesses em algo maior, no mundo que as rodeia. Mesmo perante algum problema, não costumam culpar-se, optando por concentrar-se na solução.
Apesar de nas sociedade ocidentais existir um certo culto do «eu», é importante que não passes o tempo todo a pensar nos teus problemas, a
comparar a tua vida com a dos outros ou a culpar-te em vez de agires. A melhor forma de realizares a focalização externa é
descobrires o teu propósito de vida (ou seja, o significado que a tua vida poderá ter, o contributo que poderás trazer a este mundo) e envolveres-te regularmente em actividades absorventes.
7. Focalização no melhor do passado, presente e futuro
As pessoas felizes costumam guardam na memória as lembranças felizes do passado (sem o endeusarem, como se nunca mais pudessem ser felizes assim, ou culpando-o por toda a desgraça do presente - como os mais infelizes fazem). São optimistas a imaginarem o futuro (sem também imaginarem que só poderão ser felizes num futuro longínquo), sonham e fazem as necessárias acções para cumprirem esses sonhos. Saboreiam também o momento presente, desfrutando dos pequenos prazeres da vida. Mesmo que acalentem um sonho futuro, apreciam a jornada, ou seja, cada tarefa que fazem para o alcançar. Lá está, tal como dizia Gandhi, num pensamento que deu origem ao nome deste blog, “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.
Lê assim este post, sobre como apreciares o melhor do passado, presente e futuro.
8. Sensação de controlo
A sensação de que se tem algum controlo sobre a vida - em vez de se estar à mercê do destino ou dos outros - de que podemos fazer escolhas e interferir nos acontecimentos, é mais uma característica dos felizes. Estes sentem igualmente que possuem competências, conhecimentos e motivação para agir, o que é meio caminho andado para controlarem pelo menos parte das suas vidas.
Por isso, da próxima vez que tiveres uma escolha diante de ti, não te deixes ir ao sabor da corrente, nem deixes que os outros escolham por ti. Medita sobre as consequências das várias opções, e toma uma decisão ponderada.
Pessoalmente, acho que nada como alcançar sonhos à nossa própria custa, para termos essa sensação de controlo. Pelo menos comigo funciona assim! (Espreita como com o devido planeamento consegui livrar-me do empréstimo bancário para habitação ou como, neste momento, estou a destralhar a casa inteira).
Para te ajudar a adquires a sensação de controlo da tua vida, não te deixes ficar pelos sonhos, começa a agir! Para tal sugiro-te as seguintes leituras:
- Este post para te ajudar a pôr um fim à procrastinação;
- Mais um post, desta vez com sugestões de motivação para alcançares os teus objectivos;
- O livro "A Força do Hábito" de Charles Duhigg, onde podes aprender como é possível abandonar hábitos negativos e transformá-los/adquirir hábitos positivos (tudo como resultado do teu próprio esforço).
9. Envolvimento em actividades significativas e satisfatórias
O envolvimento em actividades compensadoras, com um significado especial para nós e com um certo grau de exigência, aumenta a nossa felicidade. Não importa propriamente o tipo de actividades (pode ser o próprio trabalho, um hobbie, um trabalho voluntário, um desporto, um novo curso, etc.), têm é de ser actividades em que participes activamente e em que te sintas desafiado/a (por isso estar sentado/a comodamente em frente da TV, não resulta).
Constatou-se justamente que as pessoas felizes passam grande parte do seu tempo envolvidas neste tipo de actividades.
10. Sentido de propósito e significado
Alguém que viva ao sabor da corrente pode ser feliz, mas aquelas pessoas que sabem onde pretendem chegar e porquê, tendem a ser mais felizes. Sentem que a sua existência faz sentido, que podem contribuir para algo maior.
Podes encontrar o propósito e significado da tua vida em coisas como a educação dos teus filhos, o envolvimento numa causa, a tua carreira, uma actividade criativa, uma filosofia de vida, uma religião, um trabalho voluntário, etc. O que estas ocupações têm em comum é que te proporcionam objectivos pessoais a longo prazo, realistas, alcançáveis, mas desafiadores. Como refere Paul Martin "Segundo as investigações, os indivíduos cujos esforços diários estão directamente relacionados com o cumprimento de objectivos a longo prazo tendem a ser mais felizes do que aqueles cujos esforços não estão relacionados com os objectivos de vida".
Se não sabes propriamente qual o teu propósito de vida, podes descobri-lo recorrendo a estas estratégias. Quanto a mim, não tenho quaisquer dúvidas que o meu propósito de vida tem a ver com esta pesquisa sobre felicidade, pois pretendo não só ser mais feliz, mas sobretudo dar o meu contributo para a felicidade dos outros. Isso faz-me tão bem :)
11. Libertação do materialismo excessivo
Ter mais e mais coisas não te fará mais feliz. Aliás, as pessoas demasiado materialistas tendem a ser menos felizes do que aquelas que têm outras prioridades na vida. Efectivamente, o que faz as pessoas mais felizes são as experiências positivas e não os objectos.
A felicidade gerada pela aquisição de objectos faz-nos sentir melhor apenas por um curto período de tempo. Logo nos habituamos e começamos a desejar outra coisa. Por outro lado, o excesso de objectos é um factor de stress: pelo tempo que podes demorar a procurar alguma coisa, pelo trabalho doméstico extra que gera, pela sensação de sufoco que uma casa atulhada traz.
Também o dinheiro, apesar de importante, pode interferir com coisas que realmente têm significado, como as relações pessoais significativas ou o propósito de vida. Isto acontece quando numa busca incessante por mais dinheiro, sacrificas o teu tempo em detrimento daquilo que te faria mais feliz.
Assim, o dinheiro só poderá trazer-te felicidade se te permitir libertar parte do teu tempo para fazeres coisas pessoalmente significativas. Mesmo que tenhas um trabalho exigente (e não há mal nisso), não te esqueças de incluir na tua agenda tempo para actividades significativas: estar em família, desenvolver um hobbie que te apaixona, fazer alguma actividade relaxante ou praticar desporto, etc.
Simplifica também a tua vida, nomeadamente destralhando os objectos que não têm qualquer utilidade ou significado especial. Com menos coisas terás mais tempo para ser feliz!
12. Optimismo realista
O optimismo, ou seja, esperar o melhor, é uma característica comum das pessoas mais felizes. Claro que estou a falar de um optimismo realista e não de atitudes irresponsáveis (se achássemos que a vida é toda cor-de-rosa, poderíamos correr riscos ou sofrer desilusões desnecessárias).
E já que o optimismo realista é tão importante (faz-te mais feliz, mais apto/a para lidar com o stress e com maior probabilidade de seres bem sucedido/a), sugiro-te a leitura deste post, para aprenderes a ser mais optimista.
A auto-estima tem a ver com gostar de si próprio/a, e é também uma característica comum às pessoas felizes. Mas estou a falar de uma auto-estima saudável, pois nem só a baixa auto-estima é prejudicial, o excesso de auto-estima também o é. Em outras palavras, o importante é gostares de ti, sem te sentires superior ou inferior a ninguém.
Se a tua auto-estima é de tal forma elevada a ponto de prejudicares os outros, deves procurar ajuda profissional, pois isso é meio caminho andado para prejudicares as tuas relações (justamente o que poderia trazer mais felicidade à tua vida). Já se a tua auto-estima é baixa, tenta seguir as sugestões descritas neste post, para a aumentares. Atenção que se a tua auto-estima for tão baixa ao ponto de te sentires deprimido/a (sabe se estás deprimido/a, realizando este teste) ou de afectar a tua relação com os outros, também deves procurar ajuda profissional.
14. Sabedoria
As pessoas com mais sabedoria, são também mais felizes. Mas o que significa isto da sabedoria? Uma coisa garanto: não tem que ver com opiniões do «senso comum» ou com aqueles «treinadores de bancada» que se dizem muito sábios mas depois das coisas terem acontecido.
A sabedoria tem que ver com a seguinte combinação: de um arsenal de conhecimentos, com formas eficazes de pensar acerca dos problemas. A pessoa sábia permanece objectiva diante um problema, evitando ir-se abaixo com as próprias emoções. É capaz de identificar o problema e, em seguida resolvê-lo de forma prática. O seu conhecimento permite-lhe fazer maioritariamente escolhas acertadas e, quando erra, passa a considerar o erro como mais uma fonte de aprendizagem. Para além disso, não tem a petulância de considerar que já sabe tudo. Pelo contrário, tem interesse em saber sempre mais.
Então como podes aumentar a tua sabedoria?
- Lendo bastante, sobretudo livros que podem melhorar a tua vida;
- Participando em formações do teu interesse;
- Assistindo a documentários;
- Conhecendo os passos de pessoas que enfrentaram problemas na vida e que conseguiram superá-los (por exemplo, lendo biografias inspiradoras);
- Tentando retirar uma lição das más experiências;
- Adquirindo o hábito de pensar mais eficazmente, nos momentos difíceis;
- Aprendendo a lidar com os problemas;
- Não estabelecendo objectivos irrealistas;
- Aceitando que as coisas más por vezes acontecem, mas mesmo assim, há que seguir em frente.
15. Jovialidade
As pessoas felizes tendem a incluir um pouco de brincadeira e divertimento nas suas vidas, sendo que estas proporcionam os 3 elementos básicos da felicidade: o prazer, a ausência de desprazer e a satisfação. E o melhor é que a jovialidade nos torna mais criativos, mais abertos a novas experiências.
Mas como introduzir esta característica no teu dia-a-dia? Passa a incluir momentos lúdicos na tua agenda, como por exemplo: praticar um desporto, fazer jogos em família ao serão, tocar um instrumento, organizar «serões do riso», ir beber um refresco a uma esplanada com os amigos... Tenta também falar num tom mais animado, sorrir e rir mais.
16. Sentido de humor
Uma pitada de humor na nossa vida, só nos faz bem e esta é mais uma característica das pessoas felizes (estou a falar de humor saudável, não de gozar com os outros).
A verdade é que o humor nos ajuda a ultrapassar as contrariedades, a lidar com o stress e a aliviar a tenção. Faz com que o que é mau, pareça menos ameaçador. Desanuvia também o ambiente no local de trabalho e favorece a conectividade entre pessoas (a característica que mais favorece a felicidade).
Por isso, não leves tudo tão a sério. Como disse no ponto anterior, sorri e ri mais!
17. Estado de fluxo frequente
As actividades que nos permitem atingir o dito «estado de fluxo», são aquelas que nos dão prazer, que não sentimos como uma obrigação e em que ficamos de tal forma absorvidos, que nos esquecemos do tempo a passar. Toda a nossa atenção está dirigida para aquela actividade, quase esquecemos o mundo em redor. O nosso desempenho e satisfação ficam lá nos píncaros.
As pessoas felizes costumam sentir este «estado de fluxo» com bastante regularidade. Felizmente, é uma coisa que eu própria costumo experimentar bastante vezes!
Acredita que é relativamente fácil entrar em «estado de fluxo», pois tanto actividades mais difíceis como escalar uma montanha, como outras absolutamente triviais, como ler um bom livro, o podem proporcionar. Depende um pouco da tua personalidade e gosto pessoal, mas podes entrar em estado de fluxo a praticar um desporto, a meditar, a conviver, a ouvir música, a destralhar e organizar, a tocar um instrumento, a dançar, a estudar, a fazer jardinagem, a pintar, a fotografar, a cozinhar, a escrever num blog ;) - esta é para mim...
Também no teu trabalho, se te empenhares plenamente numa tarefa e se fores construindo desafios pessoais, podes encontrar espaço para atingir o «estado de fluxo».
18. Gratidão
As pessoas felizes são igualmente gratas pelo que têm de bom (aliás, a gratidão pode aumentar a felicidade em cerca de 25%!). Não tomam as coisas boas com garantidas, costumam pois valorizá-las e cuidar delas (por exemplo das suas relações).
Existem formas de praticares a gratidão: dedicando uns minutinhos diários para visualizares o que te aconteceu de bom, escrevendo num diário de gratidão, celebrando as tuas conquistas, agradecendo a Deus pelas coisas boas que te acontecem, transmitindo a tua gratidão e reconhecimento a alguém a quem nunca agradeceste como devias, etc.
É igualmente importante cuidares do que tens de bom, nomeadamente dedicando tempo às tuas relações significativas - com os amigos, o/a companheiro/a, os filhos...
Tenho consciência de que este post ficou bastante extenso. Inicialmente cheguei a pensar em fazer uma série de post's menores, mas apercebi-me de que faria mais sentido reunir toda esta informação num só artigo (se achares entediante, podes sempre ir lendo aos poucos).
A lista de características das pessoas felizes pode também parecer intimadora, especialmente para quem estas características não surgem naturalmente. Mas a minha ideia foi apresentar-te o todo, para depois te concentrares numa parte. Noutras palavras, para começares a ser mais feliz, é preferível trabalhares uma ou duas características de cada vez.
No meu caso, ainda tenho muito a melhorar, mas sinto que desde que comecei a pesquisar sobre "felicidade" já dei grandes passos. Passei a sentir que controlo mais a minha vida (realizando tarefas para alcançar os meus sonhos), sinto que descobri o meu propósito de vida, tenho imensa vontade de aprender mais (de adquirir a dita sabedoria), entro com muito mais facilidade em «estado de fluxo», etc. Apesar de não ser uma pessoa totalmente feliz, garantidamente a minha vida mudou para melhor - sou mais feliz hoje! Por isso, acho que vale realmente a pena inspirarmo-nos neste tipo de pessoas.
Eu comecei a fazer isso há uns anos. E tu, está disposto/a a tentar?
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