terça-feira, 1 de dezembro de 2020

20 Sugestões para enfrentar este momento difícil de pandemia


Como 2020 tem sido desafiante!... Uma pandemia global virou o mundo de pernas para o ar e trouxe consequências nefastas: imensas pessoas doentes, muitas mortes, pessoas com a saúde mental afetada e uma crise económica que se aproxima... Pessoalmente, perdi o meu pai (provavelmente uma consequência indireta da pandemia). Na minha aldeia natal, os funerais sucederam-se. Uma das pessoas que mais amo neste mundo, contraiu a doença (felizmente, com pouquíssimos sintomas).

Ainda assim, não vejo outra opção, que não seja ultrapassar este momento difícil, da melhor forma que se conseguir. Apesar de todo o sofrimento, ser resiliente. Fazer do presente, o melhor possível, dentro das limitações. Ter sobretudo em mente, as lições que a história encerra: outras pandemias passaram e esta, certamente, também passará. Só lamento que nem todos fiquem bem. Mas, pelo menos, tentemos dar o nosso melhor!

Assim, deixo aqui 20 sugestões para enfrentar este momento difícil (nota que é a minha visão pessoal, aquilo que tenho tentado aplicar na minha vida): 

1 - Cumprir as normas de higiene e de distanciamento


Por mais que nos custe, temos de fazer um esforço, para prevenir o alastrar da pandemia. Há quem seja mais fraco, quem tenha outras patologias e nem por isso merece menos viver. 

Não acredito em negacionistas, que dão como exemplo clássico a comparação de mortes por gripe vs covid (a propósito, segundo a OMS, a média mundial anual por gripe são de cerca de 650 mil, mas de Covid-19, mesmo com medidas extra, já fez perecerem 1.459.339 pessoas à data que escrevo). Prefiro acreditar em médicos e cientistas especialistas no assunto, bem como em quem trabalha no terreno diariamente.

2 - Prevenir a doença (em geral)
Isto significa tomar medicação preventiva (de acordo com orientação médica) para as patologias que tivermos. Usar máscara em situações de risco. Desinfetar mãos, superfícies, alimentos... Tentar fazer uma alimentação saudável. E agora as partes que tenho mais dificuldade em cumprir: dormir horas suficientes, praticar exercício e descansar. Tudo isto fortalece o sistema imunitário.

3 - Programar atividades caseiras com a família


Ao invés de ficarmos irritados pela falta de liberdade, porque não aproveitar mais os momentos caseiros? Fazer jogos de cartas ou de tabuleiro ao serão, namorar mais com o/a nosso/a companheiro/a, assistir a um bom filme... enfim, basta ser criativo.

4 - Reinventar os contatos com quem amamos
Claro que há pessoas que amamos, que não vivem connosco. Ainda assim, as tecnologias aproximam-nos. Pessoalmente, quase todos os dias falo com as minhas melhores amigas pelo WhatsApp ou Messenger. Com a minha madrasta, as minhas tias e algumas primas, falamos por telefone. Com outros fazemos vídeo-chamada... Não faço isto todos os dias, mas quando podemos, falamos. E é sempre tão bom! 

5 - Praticar atos de bondade
Mesmo com distanciamento, podemos praticar atos de bondade. Fazer as compras para alguém que não tenha possibilidade, telefonar àquele familiar idoso que se sente só, animar e dar mimo aos nossos entes queridos...

6 - Reinventar as tradições com significado


Este ano, no Dia de Todos os Santos, tivemos de reinventar a tradição. Por esta altura os meus filhos iam pedir os bolinhos (noutras regiões chama-se “pão por Deus”) à minha aldeia Natal. Depois, almoçávamos junto com a família. Este ano foi diferente. Ainda assim, os sorrisinhos nos seus rostos, mostraram que se divertiram imenso.

Contei-lhes a história da origem do “Dia dos Bolinhos” (como chamamos por aqui). Depois fizeram uma caça ao tesouro cá em casa e... encontraram, cada um, uma bolsinha com os típicos “bolinhos”. Tivemos um almoço com uma das suas refeições favoritas e depois seguiu-se uma tarde de cinema a ver Harry Potter. Foi um daqueles dias felizes...

Quanto ao Natal, vamos passá-lo só nós. Mas a imaginação, há-de criar alguma coisa, para o vivermos da melhor maneira.

7 - Aproveitar mais a casa, com momentos Hygge 
Já que temos de ficar mais em casa, porque não programar momentos inspirados no hygge dinamarquês? Podemos apreciar coisas simples como: acender velas ao serão, beber uma bebida quente, apreciar o quentinho enquanto uma tempestade cai lá fora, sentarmos-nos num recanto acolhedor a ler um livro... 

8 - Envolveres-te num hobby caseiro


No meu caso, os meus hobbies favoritos são: ler, escrever neste blog (o que envolve pesquisar sobre felicidade, que também adoro) e tirar fotografias. Mesmo que tenha pouco tempo para o fazer, uns minutos envolvida nesta atividades fazem-me tão bem... relaxam-me e desviam a minha atenção do stress atual e, o melhor, é que todas elas podem ser feitas em casa. 

Pensa nas atividades que gostas ou experimenta coisas novas. Certamente há algo que possas fazer no conforto do teu lar.

9 - Aprender algo novo
Porque não desafiares-te a ti próprio/a, aprendendo sobre algo que melhore a tua vida? Podes ler ou frequentar cursos online. Para além de contribuires para o teu desenvolvimento pessoal e/ou profissional, evitarás estar constantemente a pensar nos problemas atuais.

10 - Variar as atividades que fazes
Por mais que uma atividade nos faça bem, costumamos habituarmo-nos à mesma e com o tempo podemos simplesmente cair na rotina. É como quando adoramos uma refeição. Se a comessemos todos os dias, certamente enjoaríamos. 

Por isso, o truque é variares aquilo que fazes. Num dia poderás assistir à tua série favorita, noutro apreciar o pôr-do-sol, noutro preparar a tua refeição preferida. São pequenos mimos que dás a ti mesmo/a, mas dos quais não irás enjoar.

É curioso, e não sei se existe algum estudo sobre o assunto, mas algo que nunca me faz cair na rotina é a leitura. Talvez porque não lemos sempre o mesmo. Com os livros aprendemos coisas novas, encontramos inspiração, ou passamos momentos de puro prazer (falo por mim).

11 - Ler blogues e assistir a vídeos inspiradores no Youtube


Pela manhã, costumo espreitar o que há de novo nos blogues que sigo e leio algo que me pareça inspirador. Antigamente só lia notícias. Como estas costumam ser negativas, começava o dia de forma pesada e pessimista. Desde que alterei este hábito, e começo o dia a ler algo inspirador, fico cheia de energia positiva logo pela manhã. Isto não significa que não esteja a par do que se passa no mundo. Simplesmente não é a primeira coisa que faço. E isso faz toda a diferença.

Também costumo assistir (é mais ouvir) a vídeos no YouTube. Normalmente, quando estou a realizar tarefas domésticas. Porque há pessoas que com as suas partilhas, têm o dom de nos fazer sentir melhor. Pela sua partilha de experiências, de ideias que poderemos vir a aplicar ou, simplesmente, porque falam de temas que nos apaixonam.

12 - Limitar o número de vezes que acedes a notícias
Como referi no número anterior, este foi um hábito que tive de alterar. 

Não só pela manhã, mas ao longo do dia, espreitava notícias demasiadas vezes - principalmente desde que esta pandemia começou. Só que é importante impor limites. Estar constantemente a assistir a notícias desoladoras, passa do mero desejo de estar informado, para um estado de permanente ansiedade.

No meu caso, não assisto sempre a canais noticiosos, ou sequer me envolvo em discussões nas redes sociais. Por norma, espreito o Google Notícias 2 a 3 vezes por dia. E acho que isso já é suficiente. Para além disso, “seleciono” algumas das notícias que vejo. Para além das notícias principais do dia, sou capaz de ter no meu mural, notícias sobre ciências, bem-estar, livros... e a série “Friends” 😂.

13 - Assistir a filmes ou séries animadoras
No fundo trata-se de usar uma estratégia de distração, para não ficar a ruminar sempre no mesmo assunto. Quando assisto à velhinha “Friends” sinto-me outra. Continuo a achar imensa graça às piadas da série! Mas também gosto de assistir a um Harry Potter com os miúdos, a documentários com o marido e a muito, muito mais...

14 - Dedicar uns minutos do dia ao descanso e relaxamento


Apesar do que tenho aprendido sobre a importância do descanso e relaxamento, por vezes tenho dificuldades em dedicar tempo a algo tão vital para a saúde. Para resolver isto, precisei que colocar uma espécie de “lembrete” no meu Bullet Journal. Trata-se de uma rubrica intitulada de “presente do dia”. Esta    tem por objetivo lembrar-me de descansar, fazendo algo de prazeroso (nem que seja durante alguns minutos). Normalmente, faço-o imediatamente antes de deitar... e quase sempre envolve ler um bocadinho. Mas poderia ser parar para beber uma bebida quente, tomar um banho de imersão, fazer alguma atividade ao estilo hygge ou simplesmente não fazer nada.

Outro aspeto importante (que por vezes também esqueço... [caramba, tenho de melhorar a este nível!]), é fazer pequenas pausas entre tarefas. Não são perdas de tempo, são sim um forma de repor energias e de ficar mais produtivo/a. São uma forma de dar descanso ao corpo e à mente.

15 - Desenvolver o teu lado espiritual
A espiritualidade pode ajudar-nos a enfrentar os momentos de crise e, inclusive, fazer-nos mais felizes. Não falo de uma espiritualidade por obrigação, mas antes assente no crescimento pessoal, no altruísmo, no comprometimento com aquilo que se acredita.

Pessoalmente não acredito em religiões, mas acredito em Deus. Há algo que me ajudam  particularmente: conversar mentalmente com Deus (ou orar, como lhe chamam). Agradeço pelo que tenho de bom (este exercício ajuda-me a identificar coisas positivas, que de outro modo, poderia não valorizar) e peço ajuda, quando me sinto em baixo. 

Outras coisas que podes fazer: ler sobre pessoas espirituais inspiradoras (Jesus, Buda, Madre Teresa...) e aprender sobre como lidavam com os momentos difíceis, ler sobre temas espirituais, partilhar ideias online com pessoas que também buscam a espiritualidade, criares um recanto acolhedor na tua casa onde possas orar ou meditar, sentir a divindade na tua vida quotidiana (encontrando beleza e admiração no que te rodeia, por ex.: num pôr-de-sol, numa flor que desabrocha, no riso dos teus filhos...).

Mesmo que não tenhas fé no sagrado, podes ser feliz com uma vida mais espiritual. Como? “Santificando”  coisas aparentemente comuns. Podes considerar o teu trabalho uma vocação (se for o caso), a educação dos filhos uma missão, tratar do teu corpo como se fosse sagrado, sentir admiração pelo belo, pela natureza, pela humanidade.

16 - Ter uma agenda/diário que te permita desabafar e organizares-te


O Bullet Journal veio mudar significativamente, para melhor, a minha vida. Virei fã! 

Sinto-o como algo que me ajuda a controlar a confusão do dia-a-dia, a acalmar. Por isso, aconselho-te, a criares o teu próprio Bullet Journal (há um livro sobre este método). Claro que é uma escolha pessoal, também podes optar por uma agenda ou diário... Mas sinceramente, penso que nenhum desses recursos é tão eficaz como um Bujo (abreviatura de Bullet Journal) personalizado e adaptado às nossas necessidades.

A ideia é organizares o tens para fazer, focando-te primeiro nas prioridades. Com o Bujo, consegues organizar não só o que desejas fazer no próprio dia, como programar o teu futuro, os teus sonhos (independentemente do prazo).

Para além disso, também pode funcionar como um “diário”. No Bujo, costumo usar as “reflexões” diária, semanal ou mensal para desabafar. É uma espécie de conforto para a alma. Mas vai além do mero desabafo. Nestas reflexões, aprendo sobre o que funciona ou não comigo, como posso melhorar. Escrever é sem dúvida mais eficaz, do que só pensar (ou ruminar) sobre as coisas.

17 - Ter um objetivo passível de ser concretizado
Teres algo porque lutar, pode dar-te um novo alento. Pode ser melhorar a tua formação profissional, através de algum curso; transformar a tua casa num lugar acolhedor, destralhando o que está a mais; melhorar as tuas competências parentais, lendo algo sobre o assunto, etc. Pensa naquilo que transformará a tua vida para melhor.

O primeiro passo é criares um plano, para alcançares o teu sonho. Neste, deverás dividir as tarefas maiores, em pequenas tarefas que possas realizar diária ou semanalmente.

No meu caso, como tenho pouquíssimo tempo, marco 15 minutos no cronómetro do telemóvel e realizo o que posso. Pode parecer pouco, mas as coisas vão aparecendo feitas. E cada pequena vitória, faz-me sentir tão bem!...

18 - Apreciar a beleza das pequenas coisas


Acho que com esta pandemia, vamos aprender a valorizar muitas coisas... A liberdade de passear por onde nos apetecer, a felicidade de poder estar com os nossos entes queridos, poder andar pelas ruas sem máscara...

Ainda assim, há tanta pequena coisa, que continua a ser possível. Já pensaste em ir à varanda/janela apreciar a beleza do pôr-do-sol? O prazer de confeccionares e degustares a tua refeição favorita? O relaxamento que consegues com um banho de imersão? Ou ouvires as tuas músicas favoritas? Até o fato das tecnologias nos permitirem manter em contato com os teus familiares e amigos? (Conheci uma pessoa, que durante a 2.ª Guerra Mundial ficou escondido com a família numa gruta... 2 anos. Só o pai ia ao exterior, buscar mantimentos. Por isso, há que valorizar o conforto que, apesar de tudo, temos).

19 - Trazer a natureza para dentro de casa
Diversos estudos comprovam os efeitos benéficos da Natureza contra o stress. Podes sempre sair para dar uma caminhada na Natureza, em lugares sem movimento. Mas também podes trazer a Natureza para a tua casa. Com plantas, pequenos galhos, ou conchas que tenhas trazido da praia. 

Uma outra forma de relaxares é com sons da Natureza. Podes recorrer ao YouTube, e ouvir sons que te relaxem: as ondas do mar, um riacho e passarinhos, a chuva... Neste post, incluí uma série de sons que sempre me acalmam.

20 - Estimular a gratidão
Tenta descobrir algo de bom em cada dia. Valoriza a presença da tua família, o conforto da tua casa, o crepitar de uma lareira, o cheiro bom que sai da cozinha...

Por vezes damos as coisas por garantidas, e nem reparamos nelas. Mas quando olhamos intencionalmente para o que temos de bom, conseguimos ver muito além do negativo.

Eu tenho duas formas principais de estimular a gratidão. A primeira, já falei aqui. Trata-se das minhas “conversas com Deus”, onde reflito sobre o que tenho de bom e agradeço. Mas também tenho um espaço no meu Bujo para registar as “3 coisas boas da semana”. Por ex., na semana passada, essas coisas boas incluíram: ter falado ao telefone com uma tia muito querida; ter lido, ouvindo sons da Natureza; ter passado um serão divertido em família, a jogar ao Uno.

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Podem parecer pequenas coisas... mas nesta altura, podem fazer toda a diferença!...

Fotos: 1.ª Bruno; 2.ª Photorama; 3.ª s-wloczyk2; 4.ª wal-172619; 5.ª Anrita 1705; 6.ª Kyerimj-che; 7.ª Pexels; 8.ª Mafalda S.; 9.ª    Lars Nissen.
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"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:

2 comentários:

  1. Boa tarde, gostei muito de tudo o que escreveu. Acho que é uma ajuda neste tempo mais difícil, felicidades.

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  2. Numa breve passagem - com mensagem colada - a fim de poder chegar a todos. Desejando que todos se encontrem bem de saúde. Obrigada a todos por não me terem “abandonado” Voltando, conforme o tempo me permitir. :)
    --
    “ Liberdade hipócrita ”
    -
    Beijo e um excelente Fim de Semana;-Prolongado.

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