Os tempos não têm sido fáceis. Os receios invadem-nos a mente, perante a pandemia que assolou o mundo. Há quem esteja confinado em casa e quem vá trabalhar fora, mas com medo. Há quem esteja assoberbado de tarefas como profissionais de saúde, pais em casa com tarefas domésticas/profissionais a multiplicarem-se, enquanto tentam ajudar no estudo dos filhos. Há quem esteja a ficar ansioso e deprimido com o isolamento... e tantos idosos longe das famílias...
Ainda assim, os pequenos milagres do dia-a-dia continuam a acontecer. Podemos intencionalmente reparar... há tanta beleza à nossa volta. Mesmo naquilo que nos parece corriqueiro.
Valorizar estas pequenas bênçãos, sentir GRATIDÃO, pode aumentar o nosso bem-estar, reduzir a ansiedade e aumentar a felicidade em cerca de 25%.
Em tempos falei do exercício "10 coisas pelas quais sentes gratidão". Que tal arranjares uns minutinhos para realizar este exercício e quem sabe melhorares o teu estado de alma?
Exercício: 10 coisas pelas quais sentes gratidão
Como referi anteriormente, o exercício é feito da seguinte forma:
Material necessário - 1 caneta e um papel (podes inclusive escrever no teu diário ou agenda);
Instruções:
a) Reflecte sobre o que tens ou o que aconteceu de bom da tua vida: podem ser as pessoas que tens à tua volta, aquela viagem que te traz memórias felizes ou o simples cheiro do café pela manhã. Não importa, o que interessa é que seja algo que te ponha um sorriso no rosto.
b) Depois disto, regista as 10 coisas pelas quais sentes gratidão, que te fazem sentir feliz e fazem a tua vida valer a pena.
c) Guarda esta lista.
d) Sempre que te sentires mais em baixo ou simplesmente queiras trazer energia positiva ao teu dia, recorre a esta lista, relendo as 10 coisas que tens de bom.
A minha lista de 10 coisas pelas quais me sinto grata (mesmo em tempo de pandemia)
Como referi anteriormente, o exercício é feito da seguinte forma:
Material necessário - 1 caneta e um papel (podes inclusive escrever no teu diário ou agenda);
Instruções:
a) Reflecte sobre o que tens ou o que aconteceu de bom da tua vida: podem ser as pessoas que tens à tua volta, aquela viagem que te traz memórias felizes ou o simples cheiro do café pela manhã. Não importa, o que interessa é que seja algo que te ponha um sorriso no rosto.
b) Depois disto, regista as 10 coisas pelas quais sentes gratidão, que te fazem sentir feliz e fazem a tua vida valer a pena.
c) Guarda esta lista.
d) Sempre que te sentires mais em baixo ou simplesmente queiras trazer energia positiva ao teu dia, recorre a esta lista, relendo as 10 coisas que tens de bom.
A minha lista de 10 coisas pelas quais me sinto grata (mesmo em tempo de pandemia)
Eis as 10 coisas, que apesar da pandemia, me fazem sentir gratidão.
1 - Ver a casa não como uma prisão, mas como um refúgio.
Vejo a minha casa, como um lugar onde podemos estar mais protegidos. Protegidos contra um inimigo invisível que, apesar de tudo, me incita a limpezas extras e a ter álcool-gel logo à entrada. Ainda assim, a casa é um porto seguro em tempo de incertezas.
2 - Perceber que o nosso isolamento, está cheio de conforto.
Conheci um senhor estrangeiro que, durante a II Guerra Mundial, teve de se esconder com os pais e com o irmão numa gruta. Ele entrou lá com 2 anos e só saiu com 4. Era o pai quem saía dali para ir procurar mantimentos e, nessa altura, tentava sempre ocultar a entrada da gruta. Como eles, estavam muitas famílias.
O meu próprio bisavó, partiu com o Corpo Expedicionário Português para França, durante a I Guerra Mundial. Deixou para traz a minha bisavó, com crianças pequenas, ou seja, a enfrentar grandes dificuldades.
Por isso, sinto que é um privilégio termos casa com electrodomésticos que nos ajudam nas tarefas domésticas. Televisão e canais de youtube, para relaxarmos. Meios para comunicarmos com os outros...
3 - Poder manter o contacto com a minha família (inclusive com quem não falava há anos).
Em primeiro lugar é uma bênção poder estar com o marido e filhos, porque há quem não o possa fazer nesta altura.
Não tenho é estado com o meu pai e a minha madrasta (é o meu marido quem lhes tem feito as compras, por isso não os vejo). Ainda assim, todos os dias falamos e isso permite-nos manter a proximidade.
Tenho falado também com outros familiares e com amigas. Mas um primo surpreendeu-me. Não falávamos há anos e entretanto, reencontrámo-nos no facebook. Num destes dias ele ligou-me e foi um «reencontro» tão bom, tão feliz!...
4 - Os «pequenos milagres» com que a Natureza nos presenteia.
Mesmo a partir de casa podemos assistir ao nascer e pôr-de-sol. Verdadeiros espectáculos com que a Natureza nos presenteia.
Ultimamente tem chovido em várias ocasiões e eu adoro! Sou fã do som da chuva, do cheiro a terra molhada e adoro como a paisagem fica verdejante.
Mas o interessante, é que toda a chuva tem sido intercalada pelo sol. Conclusão: nunca vi tantos arco-íris em dias seguidos (por vezes vários num só dia).
Na minha varanda, tenho esta planta há anos. Não sabia que ela dava flores. Mas durante a quarentena floresceu, enchendo-se com várias flores pequeninas. Este pequeno milagre, encheu-nos de alegria.
Perto de casa há uma cascata de água. Mas com o passar constante dos carros, mal a ouvíamos. No entanto, nos dias em que praticamente não houve trânsito, começámos a ouvir os sons da cascata, acompanhados por um coro de passarinhos.
Isto tem-nos feito apreciar mais as varandas (e há quem tenha a sorte de ter um quintal...). Especialmente ao Domingo, ficamos a ler (ou na brincadeira - no caso dos miúdos) até ao pôr-do-sol, ouvindo estes sons relaxantes.
5 - Os meus livros.
Quem me conhece, sabe que a minha paixão são os livros. É um privilégio ter uma pequena biblioteca e poder continuar não só a relaxar, mas também a aprender com eles e evoluir enquanto pessoa.
Confesso que no início da quarentena estava a sentir-me bastante frustrada com a falta de tempo para ler. As tarefas eram tantas, que simplesmente não conseguia fazê-lo. Isso estava a deixar-me super-ansiosa.
Entretanto, decidi permitir-me a fazer algumas pausas entre tarefas (mesmo que sejam só uns minutinhos). E aproveito esses momentos para fazer as minhas leituras. Vá... de manhã ao pequeno-almoço também o faço (o que me enche de energia positiva) e antes de dormir (o que me permite relaxar).
6 - Os meus momentos hygge.
O hygge significa literalmente «aconchego» e tem que ver com a arte de relaxar num ambiente caloroso, acolhedor e livre de stress. Trata-se de alcançar a felicidade através dos prazeres simples da vida. Envolve coisas como: ler aconchegado numa mantinha ao som da chuva que cai lá fora; deliciarmo-nos com uma refeição, que nos lembra a infância; acender umas velas e ouvir uma música agradável; jogar jogos de tabuleiro com os filhos…
Nesta época de isolamento, podemos incluir o hygge nas nossas vidas e dessa forma, sermos mais felizes.
Eu aproveito para acender uma vela ou inundar-me pela luz dourada do nascer ou pôr-do-sol. Preparo uma bebida quente e a minha mantinha. Depois vou ler um pouco. Sinto-me sempre mais relaxada e feliz, depois destes momentos.
7 - A existência de novas tecnologias.
Têm sido uma ajuda preciosa!!! Têm permitido o tele-trabalho, as aulas das crianças, comunicar com os nossos entes queridos... E, sejamos realistas, também é muito agradável ouvir música ou vídeos do youtube, enquanto realizamos tarefas domésticas.
8 - Ter descoberto novas capacidades em mim e nos meus filhos.
Jamais imaginaria que faria pão em casa, e tenho-o feito diariamente (no forno, mas principalmente na máquina do pão). E não é que fica bom? E assim evitamos saídas extra.
Também nas refeições tenho usado da criatividade e reaproveitado mais as sobras. O desperdício alimentar reduziu consideravelmente.
A minha filha tem realçado a sua veia artística. Tem pintado, desenhado e também decorado os seus cadernos (os meus eram bem feiosos comparando com os dela).
O pequenino farta-se de brincar. Mas também tem feito trabalhos manuais e anda viciado em realizar experiências, incluindo as culinárias. O bolo de laranja da foto, foi feito por ele e pela irmã.
Apesar de por vezes discutirem, noto que fazem muito mais coisas em conjunto. São mais cúmplices. E os abraços e beijinhos multiplicam-se.
Felizmente, como estão sempre entretidos (quando não sabem o que fazer, inventam!), e apesar de terem saudades da escola, têm aproveitado bem os momentos em casa.
9 - Manter a fé
Confesso que não sou das que acredita que "todos vamos ficar bem", mas sei que melhores dias virão. Algo que me têm ajudado é a minha fé em Deus (não acredito propriamente em religiões, mas tenho fé num Ser Superior). E isto não se explica, sente-se.
Costumo agradecer a Deus quando me acontece algo de bom, mas também lhe peço ajuda quando preciso. Tento ser uma pessoa melhor, mas também sinto que podem acontecer milagres nas nossas vidas.
10 - Dar mais valor às pequenas coisas.
1 - Ver a casa não como uma prisão, mas como um refúgio.
Vejo a minha casa, como um lugar onde podemos estar mais protegidos. Protegidos contra um inimigo invisível que, apesar de tudo, me incita a limpezas extras e a ter álcool-gel logo à entrada. Ainda assim, a casa é um porto seguro em tempo de incertezas.
2 - Perceber que o nosso isolamento, está cheio de conforto.
Conheci um senhor estrangeiro que, durante a II Guerra Mundial, teve de se esconder com os pais e com o irmão numa gruta. Ele entrou lá com 2 anos e só saiu com 4. Era o pai quem saía dali para ir procurar mantimentos e, nessa altura, tentava sempre ocultar a entrada da gruta. Como eles, estavam muitas famílias.
O meu próprio bisavó, partiu com o Corpo Expedicionário Português para França, durante a I Guerra Mundial. Deixou para traz a minha bisavó, com crianças pequenas, ou seja, a enfrentar grandes dificuldades.
Por isso, sinto que é um privilégio termos casa com electrodomésticos que nos ajudam nas tarefas domésticas. Televisão e canais de youtube, para relaxarmos. Meios para comunicarmos com os outros...
3 - Poder manter o contacto com a minha família (inclusive com quem não falava há anos).
Em primeiro lugar é uma bênção poder estar com o marido e filhos, porque há quem não o possa fazer nesta altura.
Não tenho é estado com o meu pai e a minha madrasta (é o meu marido quem lhes tem feito as compras, por isso não os vejo). Ainda assim, todos os dias falamos e isso permite-nos manter a proximidade.
Tenho falado também com outros familiares e com amigas. Mas um primo surpreendeu-me. Não falávamos há anos e entretanto, reencontrámo-nos no facebook. Num destes dias ele ligou-me e foi um «reencontro» tão bom, tão feliz!...
4 - Os «pequenos milagres» com que a Natureza nos presenteia.
Mesmo a partir de casa podemos assistir ao nascer e pôr-de-sol. Verdadeiros espectáculos com que a Natureza nos presenteia.
Ultimamente tem chovido em várias ocasiões e eu adoro! Sou fã do som da chuva, do cheiro a terra molhada e adoro como a paisagem fica verdejante.
Mas o interessante, é que toda a chuva tem sido intercalada pelo sol. Conclusão: nunca vi tantos arco-íris em dias seguidos (por vezes vários num só dia).
Na minha varanda, tenho esta planta há anos. Não sabia que ela dava flores. Mas durante a quarentena floresceu, enchendo-se com várias flores pequeninas. Este pequeno milagre, encheu-nos de alegria.
Perto de casa há uma cascata de água. Mas com o passar constante dos carros, mal a ouvíamos. No entanto, nos dias em que praticamente não houve trânsito, começámos a ouvir os sons da cascata, acompanhados por um coro de passarinhos.
Isto tem-nos feito apreciar mais as varandas (e há quem tenha a sorte de ter um quintal...). Especialmente ao Domingo, ficamos a ler (ou na brincadeira - no caso dos miúdos) até ao pôr-do-sol, ouvindo estes sons relaxantes.
Quem me conhece, sabe que a minha paixão são os livros. É um privilégio ter uma pequena biblioteca e poder continuar não só a relaxar, mas também a aprender com eles e evoluir enquanto pessoa.
Confesso que no início da quarentena estava a sentir-me bastante frustrada com a falta de tempo para ler. As tarefas eram tantas, que simplesmente não conseguia fazê-lo. Isso estava a deixar-me super-ansiosa.
Entretanto, decidi permitir-me a fazer algumas pausas entre tarefas (mesmo que sejam só uns minutinhos). E aproveito esses momentos para fazer as minhas leituras. Vá... de manhã ao pequeno-almoço também o faço (o que me enche de energia positiva) e antes de dormir (o que me permite relaxar).
O hygge significa literalmente «aconchego» e tem que ver com a arte de relaxar num ambiente caloroso, acolhedor e livre de stress. Trata-se de alcançar a felicidade através dos prazeres simples da vida. Envolve coisas como: ler aconchegado numa mantinha ao som da chuva que cai lá fora; deliciarmo-nos com uma refeição, que nos lembra a infância; acender umas velas e ouvir uma música agradável; jogar jogos de tabuleiro com os filhos…
Nesta época de isolamento, podemos incluir o hygge nas nossas vidas e dessa forma, sermos mais felizes.
Eu aproveito para acender uma vela ou inundar-me pela luz dourada do nascer ou pôr-do-sol. Preparo uma bebida quente e a minha mantinha. Depois vou ler um pouco. Sinto-me sempre mais relaxada e feliz, depois destes momentos.
7 - A existência de novas tecnologias.
Têm sido uma ajuda preciosa!!! Têm permitido o tele-trabalho, as aulas das crianças, comunicar com os nossos entes queridos... E, sejamos realistas, também é muito agradável ouvir música ou vídeos do youtube, enquanto realizamos tarefas domésticas.
8 - Ter descoberto novas capacidades em mim e nos meus filhos.
Jamais imaginaria que faria pão em casa, e tenho-o feito diariamente (no forno, mas principalmente na máquina do pão). E não é que fica bom? E assim evitamos saídas extra.
Também nas refeições tenho usado da criatividade e reaproveitado mais as sobras. O desperdício alimentar reduziu consideravelmente.
A minha filha tem realçado a sua veia artística. Tem pintado, desenhado e também decorado os seus cadernos (os meus eram bem feiosos comparando com os dela).
O pequenino farta-se de brincar. Mas também tem feito trabalhos manuais e anda viciado em realizar experiências, incluindo as culinárias. O bolo de laranja da foto, foi feito por ele e pela irmã.
Apesar de por vezes discutirem, noto que fazem muito mais coisas em conjunto. São mais cúmplices. E os abraços e beijinhos multiplicam-se.
Felizmente, como estão sempre entretidos (quando não sabem o que fazer, inventam!), e apesar de terem saudades da escola, têm aproveitado bem os momentos em casa.
9 - Manter a fé
Confesso que não sou das que acredita que "todos vamos ficar bem", mas sei que melhores dias virão. Algo que me têm ajudado é a minha fé em Deus (não acredito propriamente em religiões, mas tenho fé num Ser Superior). E isto não se explica, sente-se.
Costumo agradecer a Deus quando me acontece algo de bom, mas também lhe peço ajuda quando preciso. Tento ser uma pessoa melhor, mas também sinto que podem acontecer milagres nas nossas vidas.
10 - Dar mais valor às pequenas coisas.
Esta imagem é antiga. Do parque da cidade. Hoje vejo esta foto e de outros locais por onde passei e fico com um sorriso de nostalgia. Primeiro porque evoco as minhas lembranças felizes e depois, porque sinto que no futuro vou dar valor a coisas que dava por garantidas. A poder abraçar familiares e amigos, viajar, estar sentada numa esplanada solarenga, visitar museus, esquecer do tempo numa livraria, assistir a um pôr-do-sol à beira-mar... Que saudades! E que privilégio será, se podermos apreciar tudo outra vez.
««»»
Como escrevi em tempos...
"O importante é que saibas, que valorizar estas coisas te pode deixar mais feliz.
Muitas vezes, a felicidade
reside nos pequenos milagres que acontecem todos os dias."
Fotos: Mafalda S.
.............................................................
"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:
Amei o seu texto. Muito obrigada. Precisamos de pensar positivo, nem sempre é fácil!
ResponderEliminar-
Ventos forasteiros ...
Beijos e um excelente fim de tarde!
Realmente manter o olhar grato é a melhor forma de enfrentar tudo isso. Graças a Deus, temos o conforto hoje em dia e só de ter um teto para se refugiar já é motivo de grande gratidão.
ResponderEliminarTem post novo no blog - adoraria sua visita!
Bj e fk c Deus.
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com