Os meus commonplaces books. |
Estou completamente rendida à ideia de criar commonplace books! Tomei conhecimento deste conceito num post do Vida Organizada. De imediato quis criar os meus próprios cadernos, para registo de conhecimento.
Mas o que são os commonplace books? São cadernos pessoais onde é compilado conhecimento, ou seja, onde a pessoa regista citações inspiradoras, ideias interessantes, excertos relevantes de livros... Podemos registar tudo o que considerarmos inspirador vindo de outros autores, mas incluir as nossas observações pessoais.
Para tornar o caderno mais interessante e facilitar a organização, podem ser incluídos desenhos, colagens, mind maps, quadros, etc. Podemos também destacar assuntos com canetas coloridas, sublinhar com marcadores fluorescentes, etc.
Estes cadernos foram usados por grandes mentes como Francis Bacon (fundador da ciência moderna), Henry Thoreau (autor do famoso Walden ou a Vida nos Bosques), Carl Linnaeus (pai da taxonomia moderna), Ralph Waldo Emerson (filósofo), etc. Também foram referidos em obras de Virginia Woolf e de Artur Conon Doyles (o seu Sherlock Holes tinha vários commonplace books). Diferentes de diários (onde relatamos o que nos acontece) ou de bullet journals (usados para nos organizarmos), estes cadernos são apenas para registo de conhecimentos adquiridos e de observações em torno desses conhecimentos.
Rendida à ideia, visitei livrarias e pesquisei na Net, mas nenhum caderno me cativou. Até que me deparei com aqueles caderninhos da primeira foto, numa loja de chineses. Adorei o ar vintage. Decidi que esses seriam os meus commonplaces books (na verdade, de início só comprei um, mas depois de começar o primeiro, resolvi adquirir mais uns - só para dar o ar de colecção).
Se quiseres começar o teu próprio commonplace book é só disso que necessitas. Um caderno, uma caneta e canetas coloridas para destacar algumas informações (ou até desenhar).
A informação que lá colocamos deve de ser organizada, de forma a facilitar futuras consultas.
No meu caso, organizo do seguinte modo:
- no topo das publicações, coloco a data;
- dou um título ao tema sobre o qual vou escrever e coloco-o entre parênteses rectos para o destacar (posso falar de mais do que um tema num único dia, separando-os pelos respectivos títulos);
- destaco informação importante criando listas, sublinhando com outras cores, fazendo desenhos, criando diagramas ou tabelas, etc. (a imaginação é o limite);
- numero as páginas;
- coloco um índice no final do caderno;
- na contracapa coloco a data de início e de fim daquele caderno, que coincide com a primeira e última publicações.
De realçar que, no meu caso, não coloco lá toda e qualquer informação. Acho que dessa forma estaria a criar um livro massudo e desinteressante. Só registo ideias que considero relevantes e que fazem sentido para a minha vida.
Quanto aos benefícios deste tipo de cadernos, considero que os mesmos são:
- um auxílio para nos lembrarmos de conceitos ou factos úteis que vamos aprendendo;
- uma forma de não perdermos preciosa informação, que sem registos, poderia ser esquecida;
- uma maneira de aproveitar ideias inspiradoras, que podem ajudar-nos nos nossos objectivos e a melhorar a nossa vida em geral;
- uma forma de mais tarde podermos rever o que fomos aprendendo ao longo da vida, de observarmos a nossa evolução e os nossos interesses em determinada época;
- um bom legado para deixarmos às gerações mais novas (lembra-te que não é um diário, mas uma fonte de conhecimentos que pode ser partilhada - se quiseres, claro).
Como vês, estou rendida. E tu, já conhecias os commonplace books?Um antigo commonplace book, com uma bonita ilustração (criado por Henry Tiffin, em 1760). |
Rendida à ideia, visitei livrarias e pesquisei na Net, mas nenhum caderno me cativou. Até que me deparei com aqueles caderninhos da primeira foto, numa loja de chineses. Adorei o ar vintage. Decidi que esses seriam os meus commonplaces books (na verdade, de início só comprei um, mas depois de começar o primeiro, resolvi adquirir mais uns - só para dar o ar de colecção).
Exemplo de uma publicação (a primeira que fiz), com a data no início e o título destacado. |
A informação que lá colocamos deve de ser organizada, de forma a facilitar futuras consultas.
No meu caso, organizo do seguinte modo:
- no topo das publicações, coloco a data;
- dou um título ao tema sobre o qual vou escrever e coloco-o entre parênteses rectos para o destacar (posso falar de mais do que um tema num único dia, separando-os pelos respectivos títulos);
- destaco informação importante criando listas, sublinhando com outras cores, fazendo desenhos, criando diagramas ou tabelas, etc. (a imaginação é o limite);
Uso de desenhos e numeração da páginas, para facilitar a consulta de informações. |
- coloco um índice no final do caderno;
- na contracapa coloco a data de início e de fim daquele caderno, que coincide com a primeira e última publicações.
De realçar que, no meu caso, não coloco lá toda e qualquer informação. Acho que dessa forma estaria a criar um livro massudo e desinteressante. Só registo ideias que considero relevantes e que fazem sentido para a minha vida.
Quanto aos benefícios deste tipo de cadernos, considero que os mesmos são:
- um auxílio para nos lembrarmos de conceitos ou factos úteis que vamos aprendendo;
- uma forma de não perdermos preciosa informação, que sem registos, poderia ser esquecida;
- uma maneira de aproveitar ideias inspiradoras, que podem ajudar-nos nos nossos objectivos e a melhorar a nossa vida em geral;
- uma forma de mais tarde podermos rever o que fomos aprendendo ao longo da vida, de observarmos a nossa evolução e os nossos interesses em determinada época;
- um bom legado para deixarmos às gerações mais novas (lembra-te que não é um diário, mas uma fonte de conhecimentos que pode ser partilhada - se quiseres, claro).
Fotos: 1.ª, 3.ª e 4.ª Mafalda S.; 2.ª Peabody Essex Museum (Commonplace book de Henry Tiffin)
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"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:
Que interessante!! Não conhecia o conceito, mas houve uma altura que tive precisamente a ideia de fazer isto, só que na realidade depois nunca cheguei a fazer.
ResponderEliminarEste post serviu para retomar esta ideia e agora levá-la "a sério".
Grata!
É um conceito muito giro! Um tenho um bullet journal e uso também como sketch book e pra registar frases inspiradoras,etc.
ResponderEliminarNa verdade, sem conhecer a designação atribuída ao conceito, ou seja, sem lhe dar um nome, há meses que penso fazer algo semelhante mas… não há tempo!...
ResponderEliminarP.s. Ainda não voltaste ao trabalho, pois não?...
Eu também não escrevo todos os dias, só mesmo quando tomo contacto com algo que valha a pena.
EliminarQuanto ao trabalho, se reparares publico muito menos do que quando estava no meu último trabalho... porque tenho menos tempo.
Não costumo responder a comentários que não estão assinados, mas vou responder-te da mesma forma. De momento, para além do trabalho de casa (não tenho empregada de limpeza ou algo do género) e de estar a cuidar do meu filho, estou a colaborar na empresa do meu marido e estou envolvida num projecto pessoal (que por enquanto não quero divulgar).
Quanto ao trabalho antigo, foi bom na altura. Mas conduzir quase 100 km's por dia e sair de reuniões por vezes às 23h, não estava de todo a ser saudável para mim e muito menos para a minha família.
Abraço.
Antes de mais, quero pedir-te desculpa pela pergunta direta... não o fiz com intenções ofensivas ou críticas... mt pelo contrário, sei que tens 2 filhos e tb eu tenho 2...da mesma idade... costumo ler o teu blog praticamente desde o inicio... perguntei por curiosidade pq desconfiava que não trabalhavas (fora!) e pq tb eu gostava de ter coragem de fazer o mesmo! E, desde já, dou-te os meus Parabéns pela coragem! Cada vez mais acho que as mães fazem mt falta em casa...trabalha-se mto em casa, sem qualquer sombra de dúvida, mas poder estar disponível de outra forma que não se está qd se trabalha fora é uma mais-valia incomparável para o crescimento e desenvolvimento saudável (mental!) dos nossos filhos! Os meu Parabéns são sem dúvida genuínos!
EliminarSou eu praticamente sozinha que giro horários, cuido de tudo, filhos, casa, limpezas, arrumações e trabalho fora.. e há outros senãos, outras questões que estão a pesar...mt cansaço, doenças consequentes de tamanho stress, mtas outras consequencias que já me fizeram ponderar arranjar uma alternativa ou vir mesmo para casa... mas não tenho coragem. Tenho medo.
...e foi por isso que perguntei... às vezes senti-me confortada a ler histórias, opções de outras mães como eu... Só te passei a admirar mais pela tua postura, não o contrário, não penses! Mto obrigada pela tua franca resposta! Um beijinho
Não tens de pedir desculpa. Na verdade nem sempre os anónimos têm boas intenções, daí não costumar responder.
EliminarQuanto ao assunto em questão, tudo depende. No meu caso, eu trabalhava longe. Isso afectava a minha disponibilidade (física e até mental, dado o cansaço) para a família e, financeiramente, acabava por não ser compensatório. Mas preparei caminho primeiro (principalmente no que toca a livrar-me da dívida da casa).
Noutros países isto é super-normal, mas aqui as mães são muito julgadas por esta decisão... grande parte das vezes, por outras mães. Contudo, pessoalmente, não queria voltar a passar por situações como estar em reuniões tardias e chegar a casa já com os filhos a dormir, ou faltar à festa de aniversário da filha na escola, porque estava numa reunião em Fátima (como aconteceu). Daí ter optado por ter colocado a família em primeiro lugar. Para além disso, outras colegas fizeram o mesmo e pude constatar como os filhos beneficiaram.
Quanto a ti, podes ponderar... Faz todas as contas (para verificar se é compensatório, se terias de arranjar uma fonte de renda extra), verifica se o stress e cansaço são excessivos ao ponto de afectarem a tua saúde, pensa se terias capacidade para ficar em casa (no meu caso, as tarefas vão muito além de cuidar da casa e dos filhos, pelo que não corro o risco de me «aborrecer» com a rotina - por vezes até desejava ter menos tarefas). Apesar de ser mais cansativo fisicamente, o stress é bem menor e não há dinheiro que pague a dedicação que consegues ter com os filhos. Mas isso vai de cada mulher. Há quem seja uma mãe excelente em casa e há quem seja melhor a trabalhar fora. Depende da personalidade de cada uma.
Obrigada pelo teu comentário de esclarecimento. Faço votos para que tomes uma decisão ponderando o que te fará mais feliz a ti e à tua família. Qualquer decisão estará certa, desde que vá ao encontro da vossa felicidade.
Beijinhos