quarta-feira, 5 de abril de 2017

Como estamos de felicidade pelo mundo

A Noruega foi este ano considerado o país mais feliz do mundo,
ultrapassando pela primeira vez a Dinamarca.

Quando comecei a escrever este post, a ideia era dividi-lo em vários - dada a sua extensão. Mas decidi publicá-lo num só, para que em pesquisas futuras toda a informação esta reunida num único lugar. Se preferires, tens a opção de o ir lendo ao longo da semana.

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Há poucos dias foi publicado o Relatório Mundial sobre a Felicidade. Como não podia deixar de ser, é um tema do qual tinha de falar.

O estudo abrangeu 155 países, e a verdade é que há uns bem mais felizes que outros. O nosso particularmente, não ficou bem classificado...

Segundo os autores, três quartos da variação destes resultados entre países, podem ser explicados por 6 factores económicos e sociais:

- o Produto Interno Bruto per capita;
- a esperança de anos de vida saudável;
- a liberdade para tomar decisões na vida;
- o apoio social (ter com quem contar nos momentos difíceis);
- a generosidade (medida por doações);
- a confiança (a percepção de ausência de corrupção no governo e nos negócios).

Foram ainda incluídos os resultados de um questionário em que as próprias pessoas classificavam, numa escala de 0 a 10, a sua qualidade de vida.

Com base neste resultados, foi elaborado um ranking da felicidade mundial.

O ranking da felicidade
Na prática, desde que este estudo é realizado, que os 10 países mais felizes do mundo se têm mantido nos lugares cimeiros, trocando apenas de posição entre eles.

Portugal encontra-se na 89.º posição, sinal de que algo não vai bem connosco.

A felicidade portuguesa tem diminuído nos últimos anos.

No primeiro ano em que o estudo se realizou, em 2012, Portugal estava na 73.ª posição. Desde então, tem vindo a descer. Neste momento, no contexto europeu, só são mais infelizes a Macedónia, a Bósnia-Herzegovina e a Bulgária.

Mas para teres uma ideia, eis a lista de países mais felizes e mais infelizes do mundo:


Coloquei ainda a posição portuguesa, a de alguns países de origem das comunidades de imigrantes em Portugal e a de alguns destinos da emigração portuguesa. Lamento faltarem alguns países, mas o estudo não abrangeu todos. 

Porque alguns países são mais felizes que outros
Os autores do relatório descobriram que grande parte da diferença na felicidade, entre os habitantes dos vários países, são explicadas por factores económicos e sociais (os 6 factores que referi no início do post).

Existem países como os EUA, em que apesar de terem um desenvolvimento económico elevado, as pessoas não são das mais felizes. Isto porque sempre se valorizou o crescimento económico, enquanto que os factores sociais têm sido subestimados. Dando só um exemplo, mesmo que se viva num país rico, se existirem muitas desigualdades na distribuição dessa riqueza, as pessoas tendem a ser menos felizes. O segredo reside algures no equilíbrio entre o social e o económico.

Os países mais felizes do mundo são efectivamente países ricos, mas têm muito apoio social, bons sistemas educativos, os habitantes são generosos, têm altos níveis de confiança (porque na generalidade todos são confiáveis - inclusive o sistema político - e as taxas de criminalidade são baixas). São dos países com mais igualdade social no mundo e a corrupção é mínima.

Já aos países mais infelizes, parece faltar tudo. São países marcados pela guerra, corrupção e por uma enorme desconfiança face às autoridades. A pobreza é elevada e há uma enorme disparidade na distribuição da riqueza. Mesmo em países onde não há guerra, a criminalidade é geralmente elevada e /ou existem bastante discriminações (de género, face a minorias étnicas ou a diferentes classes sociais).

Depois há aquele países que supostamente deveriam ser mais infelizes ou mais felizes, mas não são. Isto tem que ver com a cultura própria dos povos. Essa cultura faz com que desde cedo sejam transmitidos determinados valores, que para o bem ou para o mal, irão influenciar a forma de estar na vida dos seus habitantes. O Brasil é um desses casos. Apesar de tanta desigualdade, corrupção e altas taxas de criminalidade... as pessoas são mais felizes do que o esperado. A sua forma de estar na vida, é a chave da sua felicidade. Já a Dinamarca, tem tudo para ser feliz. Mas os valores que são transmitidos desde a infância acentuam ainda mais essa felicidade. Os dinamarqueses fazem do hygge (de que falei neste post) uma filosofia de vida, ou seja, realizam actividades que aumentam a felicidade, quase que numa base diária.

Outras ilações sobre o que nos faz felizes

A depressão e os transtornos de ansiedade têm mais impacto na felicidade
do que os rendimentos, o trabalho ou as doenças físicas.

Eis 9 descobertas sobre o que inspira a felicidade um pouco por todo o mundo:

1) As pessoas que trabalham por conta própria têm uma avaliação global da vida mais positiva. Apesar de tudo, há os prós e contras, pois este tipo de trabalhadores são mais propensos a experimentar sentimentos negativos como o stress e as preocupações.

2) As pessoas são mais felizes quando mantêm uma vida social activa durante a semana, ao invés de somente ao fim-de-semana.  Há povos que reportam mais felicidade ao fim-de-semana, quando não estão a trabalhar. Isto tem tudo a ver com o ambiente do local de trabalho! Contudo, esse efeito desaparece quando o ambiente é de «alta confiança», o chefe é visto como parceiro e não como um superior, o clima é de colaboração e não de competição, os colegas de trabalho são verdadeiros companheiros e não pessoas traiçoeiras. Neste caso, o próprio trabalho é um lugar de convivência positiva.

Participar noutro género de actividades sociais durante a semana (mas para isso é necessário ter horários que o permitam, de modo a não prejudicar a família), também pode ajudar, tais como: pertencer a um clube, praticar voluntariado, etc.

3) O desemprego afecta bastante a felicidade. Chega a deixar cicatrizes, pois mesmo que a pessoa encontre um emprego, os sentimentos de infelicidade que experimentou, tendem a permanecer. Em tempos li um estudo que referia, que pior que estar desempregado, só mesmo estar num emprego realmente mau.

4) A felicidade depende do tipo de trabalho. Por exemplo, os trabalhos executivos, de administração ou associados ao clero tendem a proporcionar mais felicidade do que trabalhos braçais como: a construção, o trabalho em minas, nas fábricas, nos transportes, na agricultura, na pesca ou na silvicultura.

5) Os rendimentos são mais importantes do que a educação. Algumas das pessoas mais ricas do mundo desistiram da faculdade, como Bill Gates ou Mark Zucherberg. É importante ter uma base monetária, que nos permita fazer actividades que nos façam felizes (viajar, por ex.). No entanto, independentemente do grau académico, estudar ao longo da vida, investir no desenvolvimento pessoal, tende a tornar as pessoas mais felizes.

6) O dinheiro não é tudo. Para sermos felizes no trabalho há outros aspectos a ter em conta: o estatuto social no trabalho, a qualidade das relações entre colegas, a estrutura de trabalho diário e a definição de metas.

7) É importante ter apoio social. Para cada 10% da população de um país que proporciona apoio social, os níveis de felicidade aumentam mais de 20%. Para além disso, pessoas que têm companheiros, relacionamentos sólidos com a família, ou amigos com quem possam contar, são mais felizes.

8) É prioritário cuidar da saúde mental. Segundo pesquisas para descobrir as principais causas da infelicidade e da miséria, receber um diagnóstico de uma doença mental, tem mais influência do que os rendimentos, o emprego ou uma doença física. De acordo com o relatório, a forma mais poderosa de as combater é eliminando a depressão e os transtornos de ansiedade (as formas mais comuns de doença mental).

9) A família, a infância e a escolaridade influenciam a felicidade na vida adulta. Se por um lado, os níveis de felicidade de um adulto são influenciados pela sua situação económica, social e de saúde actual, a verdade é que a bagagem que trouxe da sua infância, influencia fortemente a sua satisfação com a vida.
Entender o caso português: porque não somos tão felizes

Factores socioeconómicos, associados a alguns traços mais pessimistas da nossa cultura,
fazem com que não sejamos tão felizes.
A crise económica teve um efeito directo na felicidade dos portugueses, reduzindo-a. Mas só isso não explica o porquê de mesmo em alturas mais desafogadas, continuemos pouco felizes. Nos estudos do World Database of Happiness (realizados desde 1985), o ano em que fomos mais felizes foi em 1987. Ainda assim, só tivemos uma pontuação de 5,9 numa escala de 0 a 10 pontos (ver post). Vejamos assim, possíveis causas da nossa infelicidade (com links para notícias relacionadas com cada ponto):

- Prevalência de grandes desigualdades sociais. Quando nos comparamos com os outros e percebemos que há uma grande desigualdade salarial, isso deixa-nos mais infelizes. Estudos demonstram que as pessoas chegam a preferir ganhar um pouco menos, se todas as outras (classe política incluída) auferirem valores semelhantes ou inferiores ao seu. Nos países mais felizes este tipo de desigualdade é mínimo.

- Falta de confiança na justiça. Os portugueses sentem que a justiça nem sempre é eficaz e, novamente, percepcionam desigualdades no tratamento judicial.

- Prevalência de corrupção. Portugal encontra-se em 29.º lugar, numa lista de 176 países, o que até pode não parecer tão mau. Mas se repararmos nos países menos corruptos do mundo, por exemplo a Dinamarca está em 1.º, em 2.º a Nova Zelândia, em 3.º a Finlândia, a Noruega está em 6.º... Todos estes países fazem igualmente parte da lista dos 10 mais felizes. A corrupção não anda de mãos dadas com a felicidade. 

- Elevada incidência de problemas de saúde mental (depressão, transtornos de ansiedade...). Os portugueses apresentam uma das maiores taxas de consumos de ansíoliticos da União Europeia e são um dos maiores consumidores de álcool a nível mundial, o que também não ajuda. Há algo na própria cultura, associada aos factores socioeconómicos, que nos torna menos resilientes face aos problemas.

- Poucos anos de vida saudável na velhice. Por norma, com a idade as pessoas tendem a sentir-se mais felizes, mas isso não acontece em Portugal, onde os idosos reportam menos felicidade do que em qualquer outra fase da vida. Uma possível causa tem a ver novamente com a desigual repartição de recursos, que penaliza os mais pobres (afectando a alimentação, os cuidados de saúde, etc.).

- A organização do trabalho em Portugal, prejudica a saúde e a vida familiar. Os portugueses são dos que trabalham mais horas. Enquanto nos países nórdicos, os horários são mais reduzidos e as pessoas saem a horas, por cá sair a horas é frequentemente mal visto. O tempo para o lazer escasseia. As pessoas têm menos tempo para praticar desporto, estar em família, participar em associações... actividades que tendem a fazer-nos mais felizes.


Por outro lado, nem sempre as pessoas mais competentes, são as mais valorizadas. Também não é tão fácil demitir funcionários incompetentes ou que complicam mais do que ajudam (mesmo após lhes terem sido dadas ferramentas necessárias à sua evolução, como formação, por ex.). Apesar de algumas pessoas coleccionarem horas extra, não significa que são horas totalmente produtivas... Todas estas situações minam o ambiente do trabalho, desmotivam e influem negativamente na felicidade dos trabalhadores. Felizmente que há excepções!

- Para lá dos factores socioeconómicos, a educação que recebemos e a cultura portuguesa, não são das mais optimistas. Somos mais infelizes do que povos que vivem em piores condições de vida! Costumamos dizer que andamos "mais ou menos" e temos frequentemente uma visão de desesperança face ao futuro. E com isto, influenciamos desde cedo crianças e jovens, que não são também dos mais felizes. Com este pessimismo acabamos por não investir devidamente em actividades que nos poderiam fazer felizes - sendo que 40% da nossa felicidade, depende unicamente de nós!!!

A importância destes estudos
Estes estudos demonstram que se começa a dar importância à felicidade. Começa-se a perceber que esta é um dos caminhos para o progresso de um país. Chama-se por isso a atenção de legisladores, políticos e população em geral.

Na realidade, desde que estes relatórios existem, a felicidade é mais considerada nas políticas públicas. É um avanço! Apesar de haver um longo caminho a percorrer...

(Se quiseres consultar todo o relatório, clica aqui.)

E nós portugueses? O que podemos fazer para sermos mais felizes?

Uma das formas de transformar o país num lugar mais feliz
é investirmos na nossa própria felicidade.

Da minha perspectiva, podemos fazer o seguinte:

1) fazer valer o nosso ponto de vista e lutar por um país mais justo, que invista mais no bem-estar da população. Cumprindo os nossos deveres, associando-nos a movimentos que promovam este tipo de bem-estar (acções de voluntariado, assinatura de petições, associativismo, etc.).

2) investir na nossa própria felicidade, pois 40% depende unicamente de nós. Isto é possível através da prática diária de actividades que a ciência comprovou que aumentam a felicidade (sabe como dar o primeiro passo, aqui.) Ah! Isto é tão importante para nós, como para quem nos rodeia, pois a felicidade é contagiosa.

3) educando as nossas crianças para serem mais felizes e ter em mente que somos um modelo para elas (então que lhes demos um bom exemplo!). Sugiro que leias o post sobre como educar para a felicidade e ainda, os livros descritos nestes posts: como educar para o optimismo e sobre a educação dinamarquesa.

4) valorizando aquilo que temos de bom. Não falo só a nível pessoal, mas também do nosso país, ao qual por vezes damos mais valor quando estamos fora. Porque... é um facto, temos muita coisa boa!

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Após escrever este texto, recordo o livro Thrive de Dan Buettner. Ele fala-nos de uma cidade, algures nos EUA, que nos anos 50 era como outra qualquer. O bem-estar da população era semelhante ao do resto do país. Entretanto, muitas políticas locais foram tomadas e as próprias pessoas foram mudando aos poucos. E hoje, chega a ser considerada a mais feliz das cidades, num país medianamente feliz. 

Isto faz-me acreditar, que melhorar é possível! (Ah! A cidade é San Luis Obispo.)

Fotos: 1.ª Moyan Brenn; 2.ª Rui Bittencourt; 3.ª Jill111; 4.ªJoão Campos e 5.ª Pexels .
Quadros: Mafalda S.
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"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:

5 comentários:

  1. Na minha opinião, não são só 40% que depende de nós sermos felizes... são 100%. Esta é uma mentalidade que tenho vindo a mudar e a verdade é que cada vez mais concordo com ela...
    Nós somos os unicos responsáveis. Tudo o resto à volta (a crise, a economia, o sistema, etc etc) são tudo desculpas que damos a nós mesmos para ficarmos mais confortáveis com o nosso próprio ego e com o não fazermos nada para melhorar.
    E acredito, até por experiência própra, que o que nos faz feliz são aquelas experiencias que decidimos viver naquele momento... no presente. e porque é que a maioria das pessoas não é feliz? Porque vive atrás de sonhos lá no futuro. Vive preocupada com o TER cada vez mais, em vez de se preocuparem mais com o viver aquele momento, dizer aquelas palavras àquelas pessoas naquele momento. Fazer a diferença na vida de alguem. Viver atrás de um futuro que nem se sabe se existe, deixando para trás todas as oportunidades em fazer as coisas naquele momento.... a pessoa busca atrás de uma felicidade que nunca vai ser plena porque falta sempre alguma coisa.
    Na Holanda por exemplo... as mães andam de bicicleta com os filhos quando saem do trabalho... e portugal??? as maes estão a fazer scroll no facebook ou noutras redes sociais e colocam os flhos com um tablet nas mãos, ah o meu filho é muito inteligente...

    E então, aqui não andam de bicicleta com os filhos porquê? porque o sistema não deixa?, brincar com as folhas do outono, esconder ovos da pascoa, fazer cambalhotas, cocegas...

    Ainda a semana passada, dei conta que na escola da minha filha, miudos de 5 anos quase 6 NUNCA tinham feito guerra de almofadas com os pais. Nunca tinham feito aquele jogo da cambalhota em que se baixam e poem a cabeça entre as nossas pernas, nós seguramos as mãos e viramos... isto é normal??? mas se lhe perguntar se tem tablet, ah isso claro que sim!!!

    Este é apenas um exemplo... simples... mas mostra que só não somos mais felizes porque escolhemos passar essa responsabilidade para os outros...

    Só nós sabemos o que nos faz feliz!

    Alex

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    Respostas
    1. Quanto à percentagem, é mesmo essa. Porque também sofremos influência da nossa genética e das circunstâncias de vida. Se bem que destas últimas são só 10 %.
      Concordo contigo que há muito comodismo!

      Mas ontem, ao fim da tarde, estava a dar uma volta de carro com os meus filhos, e a jogar ao «jogo das coisas bonitas» (é um jogo que inventámos, para enquanto passeamos encontrarmos pormenores bonitos da paisagem, que de outro modo passariam despercebidos). E sabes o que encontrámos? Uma zona da cidade onde actualmente há ciclovias e espaços verdes. E a verdade é que havia dezenas de pessoas a fazer caminhada (isto num dia de semana). Pais com os filhos, idosos, malta mais jovem. Era imensa gente! Uns mais atrás, outros à frente. Neste caso, ajudou terem criado aquele espaço para as pessoas circularem. Parece que foi um estimulo para o exercício físico. Antigamente, não se via isto em lado nenhum da cidade.
      Mas realmente é uma excepção. É uma pena as pessoas não seguirem por exemplo a filosofia do hygge dinamarquês, que com pouco ou nenhum dinheiro, conseguem trazer felicidade para o seu dia-a-dia. Ou então que se concentrem em futilidades, ao invés de saborearem cada momento da sua própria vida. Há também muito foco no que vai mal e pouco foco no agir.

      Há sem dúvida muito por fazer no nosso país! Este resultado não surge por acaso... Mas tenho fé que há também mentes abertas para mudarem o actual sistema de coisas, para lutarem para serem mais felizes e ensinarem a felicidade aos seus filhos. Talvez a mudança e inspiração de toda uma sociedade, comece por aí, aos poucos.

      Beijinhos.

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    2. É verdade sim, que em alguns locais já se começam a povoar os parques e as ciclovias e fico muito contente quando acontece. A mim dá me depois vontade de procurar um novo local menos frequentado heheheh mas ainda assim é mesmo sinal que as pesssoas se vão apercebendo que efectivamente temos que ser nós a fazer essa mudança.

      Os jogos inventados no carro por aqui também da praxe, este fim de semana aproveitei o do silêncio, de olhos fechados, e vamos dizendo barulhos que nos vamos apercebendo... e é surpreendente ver a pulguita de 3 anos a dar conta de barulhos fantasticos <3

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  2. Adorei este artigo! Muito obrigado. Concordo com absolutamente tudo e tento, ao máximo, incluir na minha vida práticas capazes de influenciar positivamente a minha vida e a da minha família e amigos.
    Vou ter que partilhar. Um beijinho

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