quinta-feira, 21 de abril de 2016

Objectivos - contar com os imprevistos


A semana passada foi uma semana de imprevistos. Tive de realizar tarefas com as quais não contava e ainda resolver uma série de problemas. Apesar dos contratempos, considero que tudo vai bem com a concretização dos meus objectivos. Contudo, é neste ponto que muitas pessoas falham.

Porque falhamos, quando queremos alcançar nossos sonhos?
Quando queremos alcançar objectivos (por exemplo emagrecer, destralhar a casa toda, poupar para amortizar um empréstimo...), por norma, começamos super-entusiasmados. Isto leva-nos a fazer tarefas além do que seria normal e... bem, a fazer previsões erradas quando ao tempo que necessitamos para concretizar os nossos sonhos. 

Com o tempo, deparamo-nos com imprevistos ou mesmo com a rotina do dia-a-dia, o entusiasmo esfuma-se e os nossos objectivos continuarão numa espécie de mundo paralelo: o mundo dos sonhos.

Como podemos saber se vão surgir imprevistos?
Creio que seria um milagre, quando tentamos implementar um plano na prática, se não surgissem imprevistos.  Tudo é muito bonito no papel, mas no dia-a-dia podem surgir muitas interferências: uma doença, problemas familiares, demasiadas interrupções, urgências de última hora, etc. 

Assim, chega-se a uma conclusão: só não sabemos que tipo de imprevistos acontecem, mas estes irão certamente acontecer.

Como alcançar objectivos, mesmo com imprevistos?
Planeando justamente os imprevistos! Eu faço-o de 2 formas:

1) Crio previamente um plano B, que na prática é uma lista de possíveis imprevistos, com soluções para cada um deles. Assim, quando algo inesperado acontece, já estou minimamente preparada.

Ex.a: Um imprevisto poderia ser o de ficar desmotivada e, consequentemente, ter vontade de abandonar os meus objectivos. Nesse caso, a solução, passaria por implementar estratégias de motivação, para voltar a sentir-me entusiasmada;
Ex.b: Outro imprevisto poderia ser o de ficar engripada e não conseguir realizar as tarefas previstas para aquela semana. Neste caso, a solução passaria por ter o trabalho quase sempre adiantado, assim quando não pudesse realizá-lo não fugiria muito à meta temporal prevista (tento pôr sempre isto em prática, nomeadamente no meu "plano para o destralhamento total da casa")
Ex.c: Um último exemplo poderiam ser as constantes interrupções, por exemplo no emprego. Dependendo do tipo de interrupções, pode-se tentar: agendar um horário específico para atendimento, solicitar a passagem somente de chamadas importantes - delegando as restantes, solicitar para que o espaço de trabalho seja mais reservado, etc. Claro que isto depende muito da natureza do nosso emprego.

Em último caso, podemos sempre reajustar o plano que fizemos, à nossa realidade.

2) Super-estimo o tempo que vou necessitar para alcançar os meus objectivos (tanto diários, como de médio e longo prazo).
As pessoas querem resultados muito rápidos e por vezes isso não é viável. Mais vale ir mais devagar e alcançar objectivos, do que fazer previsões irrealistas e falhá-los um a um.

Ex.a: Ainda citando o exemplo de destralhar a totalidade da casa, provavelmente a maioria das pessoas iria prever que o conseguiria fazer num par de semanas ou até em alguns dias. No meu caso, com a minha escassez de tempo, isso não é possível. Na realidade, o meu plano para o fazer dura 1 ano e 2 meses, porque só posso destralhar no máximo umas 4 áreas pequenas por semana. Há semanas em que consigo fazer mais. Contudo, noutras não consigo mesmo ir além disto. Se me visse a falhar este objectivo semanal com demasiada frequência, provavelmente desanimaria e desistira do meu plano.
Ex.b: No que respeita a objectivos diários, também estabeleço um número pequeno de objectivos. Deixo por exemplo 2 a 3h sem qualquer programação. Deste modo, conto com o tempo despendido para os ditos imprevistos diários. Quando não há imprevistos? É justamente nestas alturas que aproveito para ir adiantando tarefas que tenho em mão, mas que não são urgentes.

Penso que contar com os imprevistos é realmente fundamental para sermos bem-sucedidos. Eles irão acontecer, por isso mais vale estarmos preparados.

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"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:

4 comentários:

  1. Concordo plenamente! Eu comecei a fazer as limpezas de Primavera, mas a Primavera nem vê-la, tive de adiar porque não secava nada em condições, nem paredes nem roupa. Como não tinha previsto os imprevistos, senti-me frustrada. Mas agora já recuperei e mentalizei-me que vou fazendo aos poucos quando o tempo melhorar. Não faço em 2 semanas como planeei inicialmente, faço no tempo que for preciso.

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  2. Ótimos conselhos!
    Gosto sobretudo da parte de manter o trabalho adiantado relativamente aos seus prazos e da sugestão para diminuir interrupções.
    Já agora, quais as estratégias de motivação que melhor resultam para ti?
    Obrigada pela partilha!

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    Respostas
    1. Olá Mafalda! Olha, o que funciona melhor comigo, para me sentir motivada é adquirir bastante informação relacionada com o objectivo em questão. Ou seja, leio bastantes livros, artigos de revistas ou blogues, por vezes participo em formações. Tudo é válido, desde que a informação seja credível (baseada em bons resultados e/ou em estudos científicos). Claro que ir obtendo bons resultados ao longo do tempo também é um estímulo. Na maioria das vezes não importa somente o resultado final, mas também as pequenas vitórias diárias.
      Bjs

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    2. Bem visto!
      É sempre bom poder aprender com as experiências de outras pessoas.
      Obrigada.
      Bjs.

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