terça-feira, 11 de agosto de 2015

Ser feliz num apartamento pequeno? É possível!

Adoro a ideia de viver no centro histórico de uma grande cidade, em que casas antigas são reconvertidas e o seu interior é lindo e moderno. Claro que isso significa por vezes sacrificar o espaço, em prol da localização. Mas mesmo pequeno, um apartamento pode ser um refúgio acolhedor, aquele espaço onde chegas ao fim do dia e que te faz feliz.

Aqui fica um exemplo que me agrada. Um apartamento com apenas 33 m2!!! Fica na Suécia.


Em primeiro lugar é importante ter em atenção o ambiente interno da casa. Uma casa pequena, mas com um espaço amplo, cores claras e livre de tralha, dá uma sensação muito mais relaxante do que um apartamento maior, mas atravancado e com excesso de objectos.

Espreita só o espaço que parece existir entre as cadeiras de cozinha e o sofá da sala.



A decoração deve de ser um reflexo da nossa personalidade e não das tendências da moda, pois fará com que nos sintamos verdadeiramente "em casa". Uns objectos de arte (por ex. os quadros da imagem), algo relacionado com um hobbie que nos apaixona (por ex. os livros), objectos que evocam lembranças felizes (por ex. a arca a servir de mesa de centro, que pode ter pertencido a um antepassado, ou as fotos penduradas na parede da cozinha) ou algo que achamos simplesmente bonito (por ex. a almofada colorida ou o relógio de parede)... As possibilidades são inúmeras...



Estas casas pequenas, por norma são habitadas por pessoas que vivem sozinhas ou por jovens casais. De qualquer forma, é importante ter um espaço mais reservado onde possas relaxar: um cantinho de leitura (neste caso pode ser no extremo do sofá), uma mesinha na varanda...

Torna esta área no teu «pequeno santuário» tornando-a mais acolhedora e relaxante. Para isso, podes rodeá-la com umas almofadas, uma mantinha, velas, um incenso, umas plantas... o que importa é incluir elementos que convidem ao relaxamento.


Mesmo a uma casa menor, é possível trazer uma sensação de amplitude. E esta é fundamental, pois promove o bem-estar de quem lá habita. Previne a ansiedade e aquela sensação de sufoco, típica de uma casa muito cheia.

Para isso ser possível, é importante pintar a casa com cores claras, ter bastantes espaços de arrumação (repara só no móvel da TV, no cabide, na "mesa" de centro, na despensa, nos móveis à entrada). A cama está igualmente concebida para ocupar pouco espaço, por cima da área da TV.

Contudo, uma casa para além de ser bonita, deve de ser funcional. Neste caso, tenho algumas dúvidas relativamente à posição da escada para subir para a cama, pois está mesmo em frente à porta da casa-de-banho. O ideal é que tudo o que temos em casa facilite a nossa vida, que seja de fácil utilização e manutenção.


Deixa entrar o máximo de luz natural. Abre as cortinas, ou nem sequer uses cortinas. Para além de dar a tal sensação de amplitude, a luz natural também contribui para o nosso bem estar, pois regula os nossos ciclos biológicos de sono e de vigília. Ou seja, ajuda-nos a manter despertos quando precisamos e a ter um sono reparador.

Adapta também a luz artificial, consoante as áreas da casa. Aqui, por exemplo, existem focos de luz mais intensa direccionados à bancada da cozinha, através de um candeeiro na zona de leitura e por cima do móvel da televisão.


Incorpora elementos da Natureza na decoração: uns vasinhos, umas jarras, um aquário... Estes melhoram o nosso humor e a nossa saúde.

Por outro lado, os seres humanos sentem-se melhor em lugares acolhedores. O uso de velas em pratinhos, castiçais ou em lanternas decorativas, conseguem-nos transmitir essa sensação. Aqui, estão espalhadas pela cozinha, na mesa da sala, junto à porta que dá para a varanda e na própria varanda.



Mais uns elementos naturais (pedra na parede da cozinha), chão a imitar madeira e vasos com plantas.


Detalhes decorativos e elementos relaxantes.


O hall de entrada. Mais uma área onde o espaço é bem aproveitado, permitindo bastante arrumação. O espelho faz com que a entrada pareça maior e é uma ajuda para dar um retoque na imagem, mesmo antes de sair de casa.



A inclusão de elementos naturais e sagrados (o Buda dá um ar meio zen, não dá?), confere um ar acolhedor assim que se entra em casa. Transmite a sensação de refúgio, de que ali se pode relaxar.


Como vês, mesmo numa casa pequena, é possível reorganizares o espaço, de modo a seres mais feliz no teu cantinho. Isto não são meras especulações, são dados já estudados pela Psicologia do Design de Interiores. Como refere o psicólogo James Hillman “Existe uma relação entre os nossos hábitos e as nossas habitações, entre o interior das nossas vidas e o dos lugares onde vivemos”. Que tenhamos assim um bom lugar para viver, um que fomente as emoções positivas... independentemente do seu tamanho.

E este era mesmo pequeno. Espreita só a planta:


Fotos: Skandia Maklarna
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Sabe mais sobre o meu dia-a-dia:

3 comentários:

  1. Meu Deus, que apartamento maravilhoso :o
    Sempre quis viver num sítio assim :D
    http://bloguedacatia.blogspot.pt/

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  2. Fantástico! O design escandinavo agrada-me mesmo muito. Bom gosto, adaptabilidade a vários espaços, sensação de tranquilidade, bem-estar... adoro!
    Belo post!
    Beijinhos

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  3. Gostei muito da cozinha.

    Diferente!

    Concordo, Mafalda! A casa é o nosso refúgio e sabe tão bem regressar a ela!!! :)

    Xi <3

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