segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Pensamento/Lema da semana #117

Não faz sentido olhar para trás e pensar: 
devia ter feito isso ou aquilo, devia ter estado lá. 
Isso não importa. 
Vamos inventar o amanhã, e parar de nos preocupar com o passado”. 
Steve Jobs

E com esta mensagem de esperança,
desejo-vos um Feliz Ano Novo!
Que 2013 seja um ano de viragem, em que ganhemos coragem e lutemos pela nossa felicidade,
em que possamos fazer as nossas próprias escolhas,
em que voltemos a sonhar e que esses mesmos sonhos se tornem realidade.
Sejamos felizes em 2013, porque é possível!

Foto: Kristian

sábado, 29 de dezembro de 2012

Supere os obstáculos


Obstáculos sempre existiram e vão existir. Não deixe que o impeçam de seguir em frente. Torne-se no comandante da sua vida!
 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sugestão da semana #42: «defina as suas Resoluções de Ano Novo»


É chegada a altura em que muitas pessoas sonham com um ano melhor, desejam perder peso, ter mais saúde ou alcançar sucesso profissional... há uma miríade de sonhos, mas é necessário mais do que sonhar para os concretizar.
 
A minha proposta para esta semana é que defina claramente as suas Resoluções para o próximo ano. Passá-las para o papel é um primeiro passo para a sua concretização, mas até aí é importante saber como fazê-lo para obter bons resultados.
 
Num estudo da Universidade de Melbourne, descobriu-se que as pessoas que tinham definido para si próprias metas claras, eram mais felizes do que aquelas que não o tinham feito. A verdade é que quando não traça planos, corre o risco de não concretizar algo que melhoraria a sua vida.

Eis o que deve fazer, para definir os seus objectivos:
1 - Faça um brain-storming e escreva tudo o que lhe vier à cabeça que gostaria de concretizar, sem qualquer censura;

2 - Escreva frases positivas, ao invés de negativas;
Ex: Escreva "O meu objectivo é perder 12 kg ao longo de 2013", em vez de "Não quero mais ser gordo". Ou então "O meu objectivo é ser mais feliz ao longo de 2013", ao invés de "Quero deixar de ser infeliz".

3 - Assim que a sua lista estiver pronta, deixe-a de lado e releia-a no dia seguinte;

4 - Da sua lista deve selecionar as metas que mais significado têm para si, aquelas que realmente o deixam motivado e que sente que irão melhorar a sua vida. Escolha no máximo 5 objectivos para o ano 2013 (se escolher demasiados objectivos, corre o risco de não os conseguir cumprir);

5 - Se tiver dúvidas em relação à selecção, pondere, respondendo às seguinte questões, relativamente a cada objectivo:
a) Porque é importante concretizar esta meta?
b) O que irá mudar na minha vida se alcançar esta meta?
c) Quais os custos na minha vida, se não alcançar esta meta?

6 - Inclua na sua lista de 5 objectivos, pelo menos 1 que lhe traga resultados rápidos. Com isto pretende-se que mantenha a confiança em si próprio, para alcançar todas as suas metas.

7 - Reescreva os 5 objectivos selecionados utilizando o método SMART (explicado neste post).

Agora que escreveu as suas Resoluções para o Ano Novo, é importante não desistir das mesmas. Neste caso, as suas metas seriam uma fonte de frustração e infelicidade, e não é isso que se pretende.

Então, como concretizar efetivamente estas metas? Releia os seguintes posts:
- Crie rituais em torno dos seus objectivos;
- Siga algumas estratégias para não desistir dos seus novos hábitos;
- Avalie continuamente os resultados alcançados;
- Recorra a estratégias de motivação para não desistir das suas Resoluções.

Concretize os seus sonhos e tenha um final de semana feliz!
 
Foto: Giampaolo Macorig

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Que esperar deste blog em 2013?

No próximo ano, quero ter mais liberdade de escrita aqui no blog.
 
Se em 2012, tinha tudo planeado, em 2013 quero fazer algo diferente. Não quero sentir-me obrigada a falar de determinado tema num dia específico da semana, mas quando me apetecer.
 
Vou manter o pensamento/lema da semana, porque o objectivo destas citações, é dar-lhe inspiração para cada semana do ano.
 
Quanto aos outros temas, serão mantidos, mas sem ordem específica de publicação. Continuará a encontrar por aqui:
- estratégias que poderão tornar a sua vida mais feliz;
- sugestões para tornar este um mundo melhor;
- dicas para educar as crianças (os adultos de amanhã) para serem felizes;
- registos das estratégias que eu própria utilizo;
- estudos científicos sobre a felicidade;
- histórias inspiradoras de pessoas que superaram adversidades e que dão esperança às nossas próprias vidas;
- divulgação de livros, eventos, ideias, que penso que poderão melhorar a sua vida;
etc.
 
Agora resta-me fazer o convite para me acompanhar nesta caminhada. Será que aceita trabalhar alguns aspectos da sua vida, para torná-la mais feliz? Aceita fazer as suas próprias escolhas, dizer não quando necessário e passar a assumir o controlo da sua vida? Aviso desde já que vai requerer esforço da sua parte, mas garanto que vale a pena. Então, está disposto a acompanhar-me?
 
Foto: Google images - Autor não identificado

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Pensamento/Lema da semana #116


Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de Natal 
é a presença de uma família feliz”.
Anónimo

Aproveito para desejar a todos vós um Natal maravilhoso, que vos encha o coração de esperança e amor.

Sejam felizes!

Foto: Chimpr

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sugestão da semana #41: «crie rituais ou como concretizar os seus objectivos de Ano Novo»

O ano novo está aí a chegar e é altura em que muitas pessoas (eu incluída) traçam objectivos para as suas vidas. Após a fase inicial de "lua-de-mel", em que estamos super-entusiasmados por concretizar essas metas, o entusiasmo começa a desvanecer-se e, na maioria das vezes, as pessoas fracassam. 

A verdade é que quebrar velhos hábitos é muito difícil e nem mesmo a auto-disciplina nos leva a bom porto. Então que fazer? Comece a introduzir rituais que levem à mudança. É esta a sugestão que deixo para esta semana.

Se iniciar um ritual é difícil (normalmente são necessários 21 dias para adquirir um novo hábito), a sua manutenção já é mais fácil. Um exemplo de um ritual é lavar as mãos antes da refeição. Provavelmente está tão habituado a fazê-lo, que não necessita de qualquer esforço ou disciplina para o fazer.

Esta tem sido a técnica que tenho utilizado para alcançar resultados e quero estendê-la a todos os meus objectivos.

Vamos passar à prática? Eis o que deve fazer:
1 - Identifique o seu objectivo;
Ex.1: Beber mais água.
Ex.2: Ser mais feliz

2 - Identifique os rituais associados ao seu objectivo e os espaços de tempo em que pensa realizá-los:
Ex.1: Beber água antes de ir para o trabalho, às refeições e no regresso do trabalho;
Ex.2: Meditar 15 min por dia; fazer uma actividade especial em família todos os Domingos; ler por prazer diariamente durante 30 min; etc. (relativamente a este exemplo, pode identificar os rituais que mais probabilidade têm de o fazer feliz, recorrendo a este teste).

3 - Não inicie mais do que 2 rituais de cada vez. Espere até os mesmos estarem interiorizados, até iniciar um novo ritual.

4 - Registe os passos 1 e 2 na sua agenda. 
No meu caso, optei por criar uma tabela no computador, para a criação do hábito de beber mais água. Na folha identificava o ritual e o período do dia em que o deveria cumprir.

Fiz isto durante um mês e depois deixei a tabela de lado. Como o hábito estava interiorizado, já não necessitava da mesma.

Poderá utilizar este tipo de registos, em qualquer ritual que queira adoptar (por ex. para a realização de exercício físico; para passar mais tempo em família; para adoptar uma alimentação mais saudável... são inúmeras as possibilidades).

Acredite que os sonhos são concretizáveis e tenha um final de semana feliz! 

Foto: World Bank Photo Collection

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Como as pessoas à sua volta, influenciam a sua felicidade


Com alguma frequência, eu e o meu marido passeamos de carro à noite, única e exclusivamente para apreciar a beleza da cidade. Colocamos boa música e aí vamos, um pouco sem destino. Ficamos mais relaxados e encantados com o que nos rodeia.

Uma certa noite, levámos uma pessoa connosco para lhe mostrar um sítio fantástico. Meu Deus, não podia ter corrido pior! As mensagens constantes dessa pessoa eram do género: "É bonito, mas não tem nada que as outras cidades não tenham.", "Olhem só aquelas casas velhas, os donos já não querem saber de nada", "Que ruas tão estreitas, deviam era de alargar a estrada", "Estes políticos, não querem saber de nada". Após a enumeração de mil defeitos à cidade, aos políticos e à crise... a cidade parecia ter perdido o encanto. Saímos dali pessimistas e fartos da conversa. Não é que tudo deva ser cor-de-rosa, mas não podemos ver só o lado negativo.

E porque ficámos com um estado de espírito negativo? Porque as emoções são contagiosas. Tendemos a adquirir o estado de espírito das pessoas com quem convivemos. Tal como também influenciamos os outros.

Agora pondere no seguinte: as pessoas que o rodeiam estão a torná-lo mais ou menos feliz?

Existem 2 tipos de pessoas:
a) as castradoras - estas pessoas estão muito centradas no seu ego; tendem a diminuir a sua auto-estima; por vezes incutem-lhe medo para que perca a coragem de seguir em frente; querem, mesmo que subtilmente, escolher por si; costumam desanimá-lo; podem ser demasiado pessimistas (atenção, que isto não significa que sejam más pessoas, podem simplesmente ter aprendido a pensar assim).
b) as potenciadoras - estas pessoas costumam pensar realmente em si; gostam genuinamente de si, independentemente das suas escolhas; incentivam-no a alcançar os seus sonhos, dando-lhe coragem para avançar; são por natureza optimistas realistas.

Que fazer então?
- Analise criticamente o comportamento de quem o rodeia: dos seus amigos, dos seus familiares, dos seus patrões, dos seus líderes religiosos, etc. Estas pessoas fazem-no mais ou menos feliz? São influências castradoras ou potenciadoras?

- Assuma o controlo da sua vida e faça as suas próprias escolhas. Não se iniba de ser feliz, por causa de opiniões alheias.

- Tente influenciar positivamente quem o rodeia. Você também tem o poder de influenciar as emoções das outras pessoas.

- Conviva, rodeie-se de pessoas mais positivas. Quanto mais conviver com pessoas optimistas e felizes, maior é a probabilidade de aumentar a sua própria felicidade.

- Afaste-se de pessoas que assumem constantemente a posição de «castradoras» (não estou a falar de situações ocasionais, mas de quem o está a desanimar frequentemente). No caso de ter de conviver com elas (familiares, por exemplo), pondere encontros mais ocasionais com essas pessoas. Como li algures, existem pessoas que é preferível serem amadas à distância.

Foto: Kalani Odum

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Crie uma tradição familiar

Recordo-me de acordar cedo. Descia da cama, pé ante pé, para ninguém me ouvir. E aí, o meu rosto irradiava alegria e espanto. O menino Jesus tinha mesmo trazido os presentes (na minha infância ainda era Ele que cumpria esta tarefa)! 

Também me lembro da véspera de Natal. Vem-me à ideia eu e a minha avó na velha cozinha, a preparar os doces de Natal. Fazia-me sempre um bolo em forma de boneco, e eu adorava, porque aquele bolinho era especial.

Ainda hoje sorrio quando me lembro destas ocasiões, e é um facto que são marcantes, especialmente quando se é criança. Estas tradições ajudam a construir a felicidade familiar. Ajudam a manter uma família mais unida e permitem reforçar os seus valores e identidade. Sabemos que é isto que fazemos, que é este o «clã a que pertencemos». 

O Natal é uma óptima ocasião para isso. Cá em casa vivemos cada minuto, como se de um momento mágico e precioso se tratasse. São contadas histórias de Natal, participamos em campanhas de solidariedade, decoramos a casa, fazemos comida da época, tiramos fotografias... Mas existem outras sugestões, que ainda não experimentei. Basta ser criativo: pode-se participar em eventos religiosos, pode-se criar um calendário do advento (adoro este) e cumprir a tarefa para cada dia, pode-se viajar para um destino associado a esta tradição (cá em Portugal temos por exemplo, a Vila Natal, em Óbidos)...

O importante é dar continuidade a estas tradições e nos identificarmos com elas. As crianças vão adorar e a felicidade vem por acréscimo.

Foto: TC Davis

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um aniversário especial ou a construção de uma lembrança feliz


O Sábado foi uma correria, ou não tivesse eu cantado quatro vezes os “Parabéns” num só dia. 

Ao cair da noite, fizemos a viagem para o último aniversário do dia, o da madrinha da Letícia. Foi uma ocasião muito especial, daquelas que recordamos para sempre. A madrinha fez 50 anos (apesar de ter cara de 30, juro!) e resolveu evocar toda a história da sua vida… de forma bem divertida. 

Ao chegarmos a Letícia deu-lhe logo o seu presente (uma mala toda gira), acompanhado de uma carta da afilhada (a parte mais importante do presente). A Letícia fez-lhe um desenho, onde as duas observavam um arco-íris gigante, surgido após uma chuva de Verão. Por detrás, escrevi o que a Letícia me disse: “Madrinha, gosto muito de ti, tanto como um ás” (“Um ás?” Perguntei-lhe na altura). “Sim mamã, é que um ás vale logo 11 pontos, é a carta mais valiosa do baralho”. (“Ah!” Como é que miúda se lembrou de uma comparação destas?!). A madrinha ia-se rindo com as palavras engraçadas, mas ternas, da minha filha.

Depois disso, apagaram-se as luzes. A madrinha mostrou-nos um powerpoint com as fotos da história da sua vida. Desde a altura em que os pais casaram, até ao momento em que foram surgindo os afilhados (5 ao todo). As legendas das fotos: ora ternas, ora com imensa piada. 

Houve também o convívio com os outros afilhados. O Pedro, com 8 anos, não “simpatiza” muito com os outros (a quem chama de "rivais"). Tem ciúmes por ter de partilhar a madrinha. Contudo, dá-se muito bem com a Letícia… diz que é a sua namorada. Estava a ver que aquilo ia dar para o torto, quando o afilhado mais novo estava a brincar com a Letícia. O Pedro só dizia: “Assim, tenho de lhe dar com os pés. Até parece que o Tomás ma quer roubar”. Mas a coisa acalmou, e no fim já eram todos amigos. Giro foi saber que o Pedro estava ansioso por ver a Letícia e a sogra (só passado algum tempo é que tive noção, que «a sogra» era eu… credo!). 

O bolo também foi uma surpresa bem gira (foto acima). As malas representavam as lembranças de toda uma vida e os bonecos do bolo representavam algumas das pessoas presentes (identificadas com alguma característica particular). A Letícia disse logo "Aquela sou eu, não sou?". Fácil: quem mais gosta tanto de princesas, fadas e vestidos cor-de-rosa? O cabelo é que na vida real, é muito mais comprido. A madrinha é uma das enfermeiras da foto. Os pais estão no topo, afinal foram eles que deram início a esta história de vida.

No fim, a aniversariante resolveu dar presentes relacionados com alguma característica dos seus afilhados. A Letícia recebeu um Kit de princesas, com coroa, jóias... ah... e uma varinha de condão (que não largou o resto da noite). Também presenteou as senhoras com um cosmético e os homens com um CD. (Ela bem que queria que o aniversário fosse diferente, mas ser ela a presentear também os convidados, é coisa que nunca tinha visto).

O convívio prolongou-se entre gargalhadas, a degustação de alguns petiscos, o Pedro a tentar dividir a cadeira com a Letícia (ai, ai... a filhota ainda é nova para estas coisas!), o Tomás a cair de sono e a conversa a fluir, alegre.

Nesta noite esquecemos a palavra «crise», aliviámos do stress do dia-a-dia, sorrimos ao rever fotos nossas na TV... foi inesquecível.

Quando quiserem construir uma lembrança feliz, já ficam com a sugestão. Da minha parte, adorei!

Foto: Mafalda S. - Via telemóvel.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pensamento/Lema da semana #115

"A felicidade não é um golpe de sorte que temos de aguardar,
como o fim da estação das chuvas. 
Também não é algo que tenhamos de encontrar, 
como uma saída da estrada ou uma carteira perdida (…). 
Prefiro pensar em criação ou construção da felicidade,
 porque os estudos revelam que está nas nossas mãos moldá-la para nós próprios". 
Sonja Lyubomirsky

Foto: Matthew Fang

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ultrapassar problemas

"O segredo é quebrar os problemas em pequenos pedaços administráveis. Se você lidar com eles, termina antes de saber disso."

Li isto na banda desenhada do Calvin & Hobbes (quem diria?). Tão simples e tão verdadeiro. É uma das formas que uso para resolver problemas mais complexos da vida. Vou assim, por etapas.

Conheça outras sugestões para ultrapassar os seus problemas, neste post.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Aprender brincando

Há dias olhavam surpreendidos para a Letícia, por ela saber aos 4 anos, que o Iuri Gagarin foi o primeiro homem a viajar no espaço. Sabem como é que ela sabe estas coisas? Porque aprender não tem de ser uma coisa chata. Podemos ensinar uma criança, simplesmente através da brincadeira.

Após o jantar, já é hábito a Letícia correr entusiasmada na minha direcção e pedir: "Mamã, podemos ir jogar ao «jogo dos queijinhos» (mais conhecido por Trivial Pursuit)? Com esse jogo ela consegue aprender 2 coisas: a cumprir regras (que eu não deixo fazer batota... apesar dela tentar) e cultura geral.

Depois disto, normalmente vai buscar um livro de histórias infantis. Através deles, podem-se ensinar uma série de coisas interessantes: valores como a honestidade, a bondade, a esperança (normalmente a histórias têm sempre um final feliz), a distinção entre o bem e o mal, entre o correcto e o incorrecto, como reagir perante a maldade dos outros, como lidar com alguns problemas da vida, etc.

Mas não fazemos o mesmo todas as noites... senão seria um tédio. 

Durante o banho costumamos brincar às princesas ou com as barbies. Aproveito para lhe ensinar as regras de boa educação (tive a ideia numa revista de princesas): uma princesa diz sempre "Bom dia!", "Obrigada!", etc.

Por vezes pintamos juntas, ou fazemos algum trabalho manual. Para além da aprendizagem intelectual, quando ela faz algo muito bonito, aproveito para a elogiar, de modo a fortalecer a sua auto-estima.

Tenho igualmente alguns livros divertidos para ela se ir familiarizando com o inglês. Certas noites, mostro-lhe o livro "Aprendo Inglês com a Anita". Ela adora as imagens e acaba por aprender palavras em inglês.

De vez em quando levo-a a visitar museus, ou palácios. Para além de lhe mostrar onde viviam as princesas, ela fica a conhecer como era a vida noutros tempos. Tentamos mostrar o lado divertido das coisas. Na Casa dos Patudos em Alpiarça, recordo-me que a senhora até lhe mostrou um fuso de fiar, igual àquele onde a Bela Adormecida se picou.

Aproveito estas e outras situações do dia-a-dia, para a ensinar a ser feliz: tentamos descobrir juntas as actividades que nos fazem felizes (uma é partilhar um serão do riso, vendo vídeos cómicos no youtube), a ver o lado positivo da vida, a saborear o momento presente, a construir lembranças felizes e, sobretudo a nutrir a nossa relação enquanto família.

Mas também lhe dou tempo para ela brincar ao que bem lhe apetecer, que as crianças precisam de brincar. Optei por não a colocar em actividades extra-curriculares, felizmente tenho essa possibilidade. Assim, o meu pai vai buscá-lá à escolinha, e até a ir-mos buscar, brinca como só uma criança sabe fazer.

Em conclusão, existem muitas coisas interessantes para se fazer, basta ser criativo. O importante é que a aprendizagem pode ser divertida! Para além disso, duvido que os nossos filhos se esqueçam destes momentos. É nestas alturas que a Letícia me diz que é feliz!

Foto: Google images - Autor não identificado

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Como organizar a roupa no dia-a-dia

Desde que me lembro, que haviam 3 tipos de objectos que apareciam desarrumados cá em casa: brinquedos (situação resolvida com o que expliquei neste post), livros (ainda por resolver) e roupa (o que vou tratar hoje).

A roupa é realmente das coisas que mais trabalho me dá diariamente. Até parece que tem o dom de se espalhar cá por casa. Para além disso, há sempre roupa para lavar, estender e passar a ferro. Mas quero poupar tempo nesta área, por isso, eis como quero organizar a roupa no dia-a-dia

1. Desfazendo-me da roupa que não uso e organizando o roupeiro (esta parte já está feita);

2. Mudar de roupa ao chegar a casa (normalmente só o fazia ao deitar e acabava por deixar a roupa em cima da cadeira do quarto);

3. Antes de arrumar a roupa, verificar se tem nódoas, ou algo a necessitar de costura (costura descosida, botões mal pregados, etc.). Consoante a necessidade, encaminhar para lavagem, ou costurar o mais rapidamente possível;

4.Sempre que tiver roupa suficiente para encher a máquina, colocar a lavar (de preferência à noite para quem tem tarifa bi-horária, como é o meu caso);

5. Quando estiver a estender, sacudir a roupa, de modo a desenrolá-la um pouco. Para além disso, as molas devem ser colocadas em cima das costuras, evitando deixar marcas na roupa. Com estas medidas pretendo facilitar a passagem a ferro;

6. Quando estender, ir colocando as meias logo junto do seu respectivo par. Assim, quando estiverem secas, de forma rápida, podem logo ser dobradas e guardadas;

7. No Inverno, quando a roupa custa mais a enxugar, colocá-la no lugar onde possa secar mais rapidamente (na rua em dias de sol, e, no meu caso, numa divisão onde haja ar-condicionado - não é muito bonito, mas passo horrores para que ela enxugue. Quem tem secador de roupa, pode aproveitá-lo nestas alturas);

8. Depois de seca, dobrar e guardar de imediato a roupa que não precisa de ser passada a ferro;

9. Quando passar a ferro, separar a roupa em montinhos (as minhas camisolas num montinho, as do meu marido noutro, os panos de cozinha noutro, etc.), para facilitar a posterior arrumação;

10. Fixar atrás das portas cabides com vários ganchos. O objectivo é arranjar espaço a extra para pendurar casacos, mochilas, etc. Quem gosta (o que não é o meu caso) poderá ter algo semelhante, ou então um bengaleiro, no hall de entrada;

12. Manter acessível a roupa que é utilizada com mais frequência. A roupa de outra estação, por exemplo, não necessita de estar nas partes mais centrais e acessíveis do roupeiro;

11. Designar um sítio para cada peça de roupa e, se necessário, recorrer a organizadores que evitem que a roupa se misture;

12. Fazer uma ronda diária pela casa e apanhar toda a roupa que esteja espalhada. Encaminhá-la ou para a lavagem, ou para o local onde deve ser arrumada;

13. Envolver toda a família na tarefa n.º 12;

14. Preparar antecipadamente o vestuário a utilizar no dia seguinte (ok, no meu caso não tenho paciência para fazer isto todos os dias. Prefiro organizar tudo de uma só vez ao fim-de-semana. Costumo fazer como mostro neste post).

E vocês? Conhecem algum outro truque, para poupar tempo com a roupa? 

Foto: Alessandra Elle

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pensamento/Lema da semana #114

"O sucesso parece estar relacionado com a acção. 
Os bem sucedidos são sempre pró-activos. 
Cometem erros, mas não desistem". 
Conrad Hilton

Foto: Joe Penniston

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Sugestão da semana #40: «Perdão»


O perdão é importante para a sua felicidade, na medida em que o liberta de sentimentos negativos e o ajuda a seguir em frente. Contudo, esta é uma das actividades mais difíceis de implementar, por isso, não se preocupe se tiver de ir com calma. O importante é não ficar de braços cruzados e passar à acção, para poder seguir em frente.

Numa primeira fase, deve fazer o exercício sugerido na sugestão da semana #38: «decidir perdoar».

Mas para esta semana, vou indicar-lhe algo diferente. Deve recordar-se de uma ocasião em que esteve na posição de ofensor, em que magoou alguém e foi perdoado por essa pessoa. Assim, deverá responder por escrito às seguintes questões:
- O que aconteceu, que magoou tanto a outra pessoa?
- Quem magoou?
- Como foi perdoado?
- Como soube que foi perdoado?
- Como se sentiu quando foi perdoado?
- O que pensa disso actualmente?

A ideia é conseguir colocar-se na posição do ofensor e perceber 3 coisas fundamentais:
1) Que qualquer Ser Humano pode errar;
2) Que não podemos mudar o que aconteceu, mas podemos fazer algo para não viver em função desse acontecimento negativo;
3) Que podemos perceber e valorizar os benefícios do perdão.

Isto é só o início... o processo pode ser lento, mas o que importa é chegar lá.

Decida seguir em frente e tenha um final de semana feliz!

Foto: Mafalda S. - Nazaré, Portugal

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Coisas que atrapalham o meu bem estar


Eu até tento apreciar o tempo frio, mas definitivamente, não sou fã. Então na semana passada... Jesus! Saía do quarto quentinho para uma cozinha onde rondavam os 9.º C. Pensei seriamente em desligar o frigorífico, ao menos poupava na luz (estou a brincar).

Este é um dos aspectos que quero melhorar cá em casa, porque noto que afecta o meu bem-estar e a minha produtividade. Parte das tarefas que costumo fazer pela manhã, acabam por não ser feitas, por este motivo mesmo: o malvado do frio. Nem consigo apreciar o que a manhã tem de melhor, só consigo puxar as mantas para tapar ainda mais a cabeça.

Cá em casa tenho ar-condicionado (na cozinha, não - devem ter notado!), mas não me parece tão agradável quanto o aquecimento central do trabalho. Andamos a pensar seriamente em investir num (ok... faltam os euritos, mas isso é outra conversa).

A minha questão é: qual a vossa opinião sobre o melhor tipo de aquecimento central (tendo em conta o conforto e a factura ao fim do mês)?  A gás? A lenha? Recorrendo a painéis solares?

Foto: Mafalda S.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O meu diário de alimentação

Na semana passada deu-me para isto. Fiz um diário da minha alimentação.

Muitas pessoas utilizam-no para emagrecer (segundo vários estudos, até resulta). Mas no meu caso, recorri a esta técnica para saber quão saudável anda a minha alimentação

O objectivo é registar tudo o que ingerimos por dia, desde o pequeno-almoço, àquele chocolate a que não conseguimos resistir. Desde o copo de água, ao café... e daí por diante.

O meu diário era bem simples, pois continha os seguintes elementos:
- data;
- hora;
- alimentos ingeridos (no caso de ser uma refeição completa, referia por exemplo: sopa de cenoura, bacalhau à Gomes de Sá, salada de alface, 1 copo de água, pão de mistura e 1 maçã).

Mas para quem está a fazer dieta, pode incluir outros itens, tais como:
- calorias consumidas;
- quantidade de alimentos (por ex.: 100g de bife de vaca, etc.);
- emoções associadas à ingestão destes alimentos.

Depois de tanta trabalheira, eis as conclusões a que cheguei:
a) Aspectos positivos:
- Só consumo leite biológico;
- Não ingeri qualquer refrigerante;
- Reduzi drasticamente o consumo de açúcares simples;
- Consumo sempre pão de mistura.

b) Aspectos a melhorar:
- Este mês, cometi o erro (há algum tempo que não o fazia), de não elaborar ementa. Conclusão: comi comida muito menos saudável, o que incluiu algum fast-food;
- Deveria ingerir mais alimentos bio (mas alguns são tão caros...);
- Fiquei um bocadinho chocada por descobrir, que como poucos legumes. Só como sopa ao jantar, por vezes acompanho o segundo com uma salada e... pouco mais.

Mas agora folheei um livro de receitas portuguesa e, a verdade, é que não encontro muitas receitas com legumes. Acho igualmente a nossa forma de cozinhar legumes, um pouco insípida. Tenho de descobrir umas receitas, de preferência asiáticas (já repararam como eles conseguem transformar um prato de legumes numa delícia? para além disso, os legumes são quase o prato principal, enquanto que a carne, mais parece o acompanhamento).

««»»

Experimentem fazer o vosso próprio diário durante alguns dias. Poderão ficar surpreendidos, pois pensamos que sabemos o que comemos, mas às vezes não é bem assim...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pensamento/Lema da semana #113



"Se começarmos a expor e a erradicar os problemas pela raiz, 
a partir da forma 
como tratamos as crianças, 
podemos começar a sarar 
enquanto nação."
Oprah Winfrey


««»»


Concordo em pleno com o pensamento da Oprah!

Sinceramente, penso que parte dos problemas não de uma, mas de várias nações, dependem mesmo da forma como as crianças são educadas, do afecto que lhes é transmitido, das oportunidades que lhes são dadas.

Em tempos li um estudo, em que se concluía, que bastava uma geração educar as crianças de forma diferente da anterior (por ex. em gerações com ciclos viciosos de maus tratos e outros abusos), para mudar o rumo, para melhor, das gerações seguintes. Temos tanto poder enquanto pais e educadores. Por vezes nem temos noção disso. Não somos perfeitos, mas é importante dar o nosso melhor!

««»»

Deve ser a primeira vez que publico o pensamento da semana à Terça-feira. Não agendei nada. O fim-de-semana, ao contrário do habitual, foi para acordar tarde (para mim 9h00 é tarde!) e passear pela capital.

Agora o insólito! Estava eu a confraternizar em família, quando ouço três raparigas a falar do meu blog. Não percebi muito bem, mas estavam a comentar um post qualquer sobre auto-estima. Que sensação mais estranha... uma coincidência e tanto. De qualquer modo, não me devem ter reconhecido, foi só coincidência.

Uma excelente semana!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sugestão da semana #39: «gestão de tempo»

São vários os livros que contribuíram para ir mudando a minha vida. Este foi um deles. Trata-se de um guia da Deco Protesto, com o título "Tempo para Tudo - Organização e Gestão Pessoal".

A verdade é que o tempo parece escapar-nos pelos dedos. Contudo, se o gerirmos de forma eficiente, temos mais probabilidade de arranjar uns minutinhos (ou umas horas) para o que mais gostamos, para o que nos faz felizes.

Por vezes é uma questão de organização e de simplificação da nossa vida. E este livro está recheado de boas ideias, para concretizar esses objectivos. É por isso a minha sugestão de leitura, para esta semana.


Aborda temas como: 
- planear e organizar o tempo;
- ideias para simplificar a vida;
- como vencer a fadiga;
- gestão de tempo no trabalho;
- gestão de tempo na vida familiar;
- gestão das finanças pessoais;
 etc.

Tenha tempo para tudo e tenha um final de semana feliz!

Foto: Deco Proteste

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Adolescentes felizes, têm probabilidades de ter mais dinheiro em adultos


A eterna questão: o dinheiro traz felicidade?
A resposta que vários estudos demonstraram: sim, até um certo nível. Acima desse nível já não lhe damos tanto valor, deixando de ser um factor relevante para a  felicidade.
Mas há ainda um outro ponto interessante: a própria felicidade pode atrair dinheiro.

Baralhado? Espero que não. O que interessa aqui é que até um certo nível, o dinheiro pode efectivamente trazer mais felicidade às pessoas.

Num estudo que envolveu 10.000 adolescentes e jovens adultos, investigadores do Reino Unido e da Alemanha, descobriram que os jovens mais felizes tendem a ter salários, pelo menos 10% mais elevados que a média. Já os jovens mais infelizes tendem a receber vencimentos 30% mais baixos que a média. Mesmo no seio da própria família, os irmãos mais felizes tendem a ser mais bem-sucedidos financeiramente, do que os mais deprimidos. Para além disso, a felicidade juvenil faz com que se tornem adultos mais optimistas, extrovertidos e menos propensos a sofrer de neuroses.

Enquanto pais, deveria ser sempre nosso objectivo promover a felicidade dos nossos filhos. E, como vê, esta também pode contribuir para um certo conforto financeiro (que hoje em dia tanto desejaríamos).

Mas não devemos ver este estudo como algo determinista. Se foi um adolescente infeliz, não significa que tenha de esperar sempre o pior. É um facto que esses anos nos influenciam e, se podermos ajudar os nossos filhos a passarem por eles da melhor forma possível, tanto melhor.

Foto: Miguel Angel

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Para onde encaminhar a sua «tralha»?

Como sabem, sou adepta de nos desfazermos daquilo que consideramos «tralha», ou seja, de tudo o que não necessitamos efectivamente.

Mas a verdade, é que o que já não necessitamos pode dar muito jeito a algumas pessoas. Falo de coisas em bom estado e não de objectos danificados, que devem ir direitinhos ao lixo.

Proponho assim, que doem aquilo que  já não precisam a uma Loja Solidária. Existem várias espalhadas pelo país e, se se informarem junto das Câmaras Municipais, da Segurança Social ou de Instituições Sociais, certamente vos indicarão uma. A instituição onde trabalho também tem parceria com uma destas lojas, e é para lá que encaminho as minhas coisas.

O que podem doar?
De tudo um pouco. Desde roupa, a brinquedos, a móveis, a utensílios para a casa, a ajudas técnicas para idosos (cadeiras de rodas, andarilhos, etc.), a produtos para bebés (carrinhos, espreguiçadeiras, etc.)...

Quem vão ajudar?
Pessoas ou famílias carenciadas (cuja situação económica e social é sempre avaliada).

Quanto custarão os produtos?
Na loja social à qual a minha Instituição está associada, são gratuitos. Existem muitos casos assim. Naquelas que cobram um valor, o mesmo é simbólico (por exemplo um par de sapatos a 1,00 €).

De que outra forma podem ajudar?
Divulgando esta iniciativa ao maior número de pessoas (por vezes quem mais precisa, tem vergonha de o assumir, mas assim, já fica a saber onde pode recorrer).

««»»

Se todos dermos um contributo (por menor que seja), estaremos a tornar este mundo num local melhor para se viver. Colaborem!

Foto: Bethan

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Em stress? Experimente o programa S.E.L.F.

Ao longo da vida já experimentei (e continuo a experimentar) períodos de stress intenso. Contudo, existem ferramentas que nos ajudam a acalmar e a enfrentar melhor os obstáculos que enfrentamos. O programa S.E.L.F., desenvolvido pela especialista em stress, Dr.ª Kathleen Hall, poderá ajudar-vos... tal como me ajuda a mim.


O programa S.E.L.F. engloba 4 ferramentas para o ajudarem a superar o stress:
1) Serenity (serenidade) - poderá alcançar este estado através de técnicas de relaxamento, ouvindo sons da Natureza (em CD ou ao vivo), imaginando o melhor futuro possível ou uma paisagem deslumbrante, utilizando afirmações positivas sobre si mesmo (por ex.: "Eu sei que sou capaz. Se me esforçar, tenho todas as hipóteses de superar isto");

2) Exercise (exercício) - o exercício físico poderá aumentar a sua auto-estima, a sensação de controle do seu corpo e da sua saúde, poderá abstraí-lo das suas preocupações e estimula a produção de hormonas relaxantes. Escolha, no entanto, um exercício que vá ao encontro do seu gosto pessoal;

3) Love (amor) - partilhe as suas preocupações com alguém que se preocupa consigo, com o(a) seu(sua) companheiro(a) ou com um(a) amigo(a). Poderá igualmente envolver-se em actividades sociais como sair com os amigos, fazer teatro, fazer caminhadas em grupo, fazer voluntariado... O importante é estar rodeado de influências positivas, e ter um ombro amigo que o anime quando está em baixo;

4) Food (comida) - não se esqueça de tomar o pequeno-almoço antes de sair de casa (começará o dia de forma muito mais energética), escolha alimentos ricos em ómega 3 (combatem o stress e a depressão), vitamina B6 (aumenta os níveis de seretonina e dar-lhe-á uma sensação de calma) e reduza o açúcar (leva a estados de ansiedade e depressão).

Foto: Chris Gin

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pensamento/Lema da semana #112

"A crítica injusta é frequentemente um cumprimento disfarçado. 
Muitas vezes quer dizer que você despertou ciúme e inveja. 
Lembre-se de que ninguém dá pontapés num cão morto".
Dale Carnegie

Foto: Jes

domingo, 25 de novembro de 2012

O senhor do eterno sorriso

Eis que chega ao fim uma semana meio atribulada. Muito, muito trabalho. Eleição de nova direcção (estou satisfeita com esta parte) e apresentação de orçamento, para além da já habitual correria. Também tive o aniversário do maridinho, que é um querido e que mereceu uma surpresa minha e da Letícia.

Aparte disto, o falecimento de um dos meus utentes deixou-me particularmente triste. Não esperava. Parecia que vendia saúde. Mas um AVC tirou-lhe a vida.

Uma das situações mais difíceis para quem trabalha em lares é ter de lidar com a morte com alguma frequência. Mas confesso, a do Sr. J. custou-me particularmente.

O Sr. J. era uma pessoa maravilhosa, acho que posso dizer que era genuinamente feliz. Não que tivesse tido uma vida fácil, isenta de problemas. Era a sua forma de ver o mundo que me encantava e, por isso, nunca o esquecerei.

Sabem porque acho que era feliz? Vejam só a sua forma de estar na vida:
- Tinha uma dedicação enorme à família (se pudesse todos os dias ia à casa da irmã, também nossa utente). Falava com carinho nos filhos. Era muito comunicativo, adorava conversar com os amigos. O que mais detestava era passar as noites sozinho, uma vez que já estava viúvo;
- Apesar das dificuldades que teve ao longo da vida, concentrava-se sempre no que tinha de bom. Até o futuro não o preocupava muito. Era sem dúvida optimista;
- Era muito activo. Adorava estar no meio da Natureza, trabalhar na sua hortinha. Não havia passeio em que não participasse. E estava sempre pronto para as aulas de ginástica na Instituição;
- Quando havia algum problema, acalmava sempre os ânimos. Parece que reagia a tudo com uma calma... (quem me dera ser assim!). Motivava também os outros, quando estavam mais desanimados. Era impressionante a sua força;
- Tinha um sentido de humor muito apurado. A última conversa que tive com ele, foi ele a contar-me uma piada;
- E havia aquele eterno sorriso, a sua educação e simpatia. Mesmo que estivéssemos tristes, não podíamos deixar de sorrir ao passar por ele. O seu espírito positivo, contagiava-nos com boas emoções.

Fui à capela, profundamente triste. Perguntava-me porquê ele, logo ele que era tão boa pessoa. Quando de repente reparámos (e isto pode soar um pouco mórbido), mesmo sem vida, o Sr. J. tinha um sorriso nos lábios. Nunca tinha visto algo parecido. Não foi impressão minha. Cada funcionária que passava na capela, me vinha dizer "Já reparou que o Sr. J. estava a sorrir?". Talvez o gesto lhe estivesse tão entranhado, que nem no fim da vida deixou de o fazer. Ficou com o seu eterno sorriso.

Passaram alguns dias e agora, mais conformada, penso que talvez tenha sido o melhor para ele. O Sr. J. iria ficar com sequelas e seria uma injustiça vê-lo a definhar aos poucos, numa cama. Para quem tem fé, quem sabe se não está algures a olhar para nós... sorridente.

Até sempre Sr. J. Jamais o esquecerei!...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Modere o consumo televisivo...

... e quem fala da televisão, fala do computador, do telemóvel e de toda uma série de tecnologias que, por melhor que sejam, nos roubam tempo em família.

Cá em casa, quase todos os dias após o jantar, desligo-me das tecnologias para dedicar tempo à minha filha. Lemos uma história juntas, fazemos jogos, ontem cantámos as músicas de Natal da Barbie... (enquanto o marido se ria dos gestos efusivos que fazíamos).

Eu gosto muito de TV e principalmente da blogosfera. No entanto, acho que não nos devemos dominar pelas novas tecnologias a tal ponto, de não dedicar tempo a conversar, a partilhar serões (bem passados)  em família.

Existem inclusive investigações que indicam que estas tecnologias, são uma das causas pelas quais as crianças hoje em dia têm dificuldades em adiar a satisfação e controlar os seus impulsos consumistas (querem tanto aquele brinquedo da tv, querem já e quando o obtêm, fartam-se depressa...).

Já pensou nisto? Um serão só com vocês... a família?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cantinas sociais... uma pequena ajuda

Nunca como agora (e já estou a trabalhar há uns bons anos na área social), vi tanta pobreza à minha volta. 

Custam-me fazer entrevistas para admissão de pessoal, coisa que fazia com a maior das naturalidades. É que de momento as pessoas trazem uma carga emocional às costas, um rosto de desespero, que até a mim me dói ver. O casal que perdeu a casa, marido e esposa desempregados e, pior, sem subsídios de desemprego. Filhos de meia idade, que são ajudados por pais idosos. Pessoas que nitidamente têm carências alimentares. Há muita gente a tentar manter as aparências e depois... desabam a chorar. Como eu gostava de poder ajudar toda gente, como gostava que a situação fosse diferente...

Mas não é, e temos de agir.

Gostava por isso de vos falar da existência das cantinas sociais. Esta é uma medida transitória, criada neste momento de crise. O seu objectivo é assegurar às famílias que mais necessitam, o acesso a refeições diárias, de modo a combater a fome.

As refeições serão confeccionadas em Instituições de Solidariedade Social e a família ou o beneficiário poderá, consoante a sua situação financeira, adquiri-la gratuitamente ou a um preço simbólico que vai até 1,00 €. Normalmente inclui uma sopa, pão, segundo prato e fruta.

Sei que existe muita pobreza envergonhada, mas se conhecerem algum caso, não deixem de lhes dar informação sobre esta medida. Para salvaguardar a privacidade, as refeições são para consumo no domicílio. Não necessitam de estar a comer na própria Instituição.

As pessoas que poderão beneficiar destas refeições são as seguintes:
a) Situações já sob apoio social, desde que o apoio atribuído não seja no âmbito alimentar;
b) Situações recentes de desemprego múltiplo e com despesas fixas com filhos;
c) Famílias/indivíduos, com baixos salários e encargos habitacionais fixos;
d) Famílias/indivíduos, com doença crónica, baixo rendimento e encargos habitacionais fixos;
e) Famílias/indivíduos, com reformas/pensões ou outro tipo de subsídios sociais baixos;
f) Famílias monoparentais, com salários reduzidos, encargos habitacionais fixos e despesas fixas com filhos;
g) Situações de emergência temporária, tais como incêndio, despejo ou doença, entre outras.

Mas atenção, que não podem beneficiar as seguintes pessoas:
a) Utentes da instituição que já beneficiem de alimentação e/ou refeições, por via da frequência de qualquer outra resposta social em que se encontram inscritos;
b) Pessoas que já sejam apoiadas por qualquer outra via ao nível da alimentação (como por exemplo: banco alimentar, cantina social, distribuição directa de alimentos a sem-abrigo, entre outras).

Mais uma coisa. Para pedir este auxílio, podem dirigir-se directamente às Instituições de Solidariedade Social, à Segurança Social e às Autarquias.

Agora uma palavra de ânimo. Sei o quão difícil está a ser esta crise, mas a história comprova que, mesmo que demore, todas as crises passam. Sinto-o na pele, pois a empresa do meu marido enfrenta grandes dificuldades e vejo-o todos os dias nas pessoas que chegam até mim. Mas temos de ir à luta por nós mesmos e ajudar quem mais precisa. Aproveito para lhe relembrar um post que escrevi em tempos, para o ajudar a ultrapassar os momentos difíceis. E esperança, que melhores dias virão.

Foto: ulterior epicure

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sugestão da semana #38: «decidir perdoar»

"(...) agarrarmo-nos à amargura ou ao ódio
provoca-nos mais danos a nós
do que ao objecto do nosso ódio".
Sonja Lyubomirsky

De todas as sugestões para a felicidade que aqui tenho apresentado, esta é sem dúvida das mais difíceis de implementar. E falo em meu próprio nome.

Em tempos fui muito magoada por algumas pessoas da minha própria família. Não posso mudar o que aconteceu, mas quero ultrapassar essa situação. E se passou por algo semelhante, convido-o a fazer o mesmo.

O objectivo de perdoar, ao contrário do que possa pensar, é para o beneficiar a si e não a pessoa que o feriu. Trata-se de deixar de ser controlado pela miríade de emoções negativas que advêm do acontecimento que o magoou. Trata-se de uma tentativa de reinterpretar o que aconteceu, de aceitar os erros e imperfeições humanas e de modificar os seus sentimentos face ao agressor. Trata-se de se livrar de sentimentos de vingança, de substituir a cólera pela paz mental.

Pode parecer estranho o que vou escrever, mas perdoar não significa necessariamente que tem de esquecer o que aconteceu, que tenha de aceitar tal comportamento, que tenha de desculpar essa acção ou absolver a pessoa, ou que tenha de passar a conviver com o agressor. Perdoar tem mais a ver com aceitar que não pode mudar o que aconteceu, mas que pode superar e ter uma vida mais plena e feliz.

Para já, gostaria que fosse buscar um caderno e que respondesse por escrito, e com toda a sinceridade, às seguintes questões:
- O que aconteceu que o magoou tanto?
- Quem o magoou?
- Como se sentiu?
- Como exprimiu os seus sentimentos (ou será que os guardou para si)?
- Pensa com muita frequência naquilo que se passou?
- A sua raiva afectou a sua vida de alguma forma (na saúde, na produtividade no trabalho, nas relações com a família...)?
- Costuma comparar a sua situação com a da pessoa que o magoou?
- Este acontecimento mudou a sua vida de forma permanente?
- Este acontecimento mudou a forma como vê o mundo e as outras pessoas?
- Sente desejos de vingança?
- Bem lá no íntimo, deseja que essa pessoa sofra e seja infeliz?
- Sente-se descontrolado (mesmo que não o demonstre), quando se cruza com essa pessoa?
- Mantém a maior distância possível dessa pessoa?

A ideia é perceber como este assunto ainda o afecta. E, acredite, pode estar a afectá-lo mais a si, do que a quem o ofendeu.

Para além disso, se se sente mal, este exercício pretende demonstrar-lhe o seguinte:
- o que fez até agora não está a resultar, por isso tem de mudar de estratégia;
- que para seguir em frente, deverá, por sua iniciativa, iniciar um processo de perdão. Estará disposto a isso?

E para já, o objectivo era mesmo incentivá-lo a optar pelo caminho do perdão. Os exercícios para consegui-lo serão descritos noutros posts, pois como disse inicialmente, este não é um tema fácil e leva o seu tempo a alcançar resultados. Mas vale a pena!

Pondere nesta decisão e tenha um final de semana feliz!

Foto: Mafalda S.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Organizando o quarto da minha filha

Os brinquedos da minha filha andavam numa confusão que só visto. Muito culpa minha, diga-se. Comprei umas caixas de organização, mas não tinham qualquer identificação e a Letícia colocava os brinquedos na primeira que encontrava. Conclusão: umas caixas já nem fechavam, e depois não conseguia encontrar o brinquedo que tanto queria.

No Sábado, a Letícia teve a "importante tarefa" (que ela gosta que eu lhe diga estas coisas), de separar todos os brinquedos dela por categorias. Reuniu num montinho as barbies e os seus acessórios, noutro os legos e jogos e daí por diante. Ela ia categorizando, eu ia dando uma ajudinha, tudo no meio de muita brincadeira. Bem... houve um grupo de brinquedos que não sabíamos muito bem onde os guardar e acabamos por colocá-los numa caixa com o simples título de "outros brinquedos".

Depois disto criei umas etiquetas no computador, com as imagens escolhidas pela Letícia. Ao lado está uma foto, com mais detalhe.

Aproveitámos o espaço debaixo da cama para as guardar. Sempre que precisar de um brinquedo destes, basta puxar uma caixinha (que vem munida de rodinhas e tudo).

Quanto aos brinquedos mais infantis (de bebés, como ela lhes chama), foram guardados no sótão (para o caso de um dia voltar a ser mamã...). Já os brinquedos danificados, foram direitinhos ao lixo.

Como já devem ter reparado, não gosto mesmo do excesso de objectos (apesar de por vezes, abundarem cá por casa). Adoro por isso móveis que dão para aproveitar todos os espacinhos para organização. 

Reparem só na secretária da Letícia. Este é o seu aspecto habitual:







Mas se abrirmos a parte central... lá está o espaço onde guardámos as suas canetas, lápis, réguas...

E foi assim o Sábado. Muito divertimento, mas com o intuito de explicar à minha filha que cada objecto deve ter um sítio especial para ser guardado

Se quiser conhecer outras dicas para ensinar os miúdos a organizarem os seus brinquedos, espreite este post.

Fotos: Mafalda S.
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