quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Estudo - o tipo de alimentação que mais contribui para um peso saudável

Presentemente, ando a ler um livro fascinante: o "Mude de Alimentação, Salve o Planeta" de Suzy Amis Cameron. A ideia é que pelo menos uma das nossas refeições diárias seja de origem vegetal. Com isso estaremos a ajudar o planeta e a melhorar a nossa saúde.

O livro está repleto de estudos e houve um que me chamou a atenção. Foi um estudo levado a cabo por N.S. Rizzo, K. Jaceldo-Siegl e J. Sabaté e publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, que envolveu o acompanhamento de mais de 70 mil pessoas, que ingeriam aproximadamente 2000 calorias por dia. A ideia era perceber qual o padrão alimentar que tem mais probabilidade de ajudar a perder peso e a manter um peso saudável (claro que o exercício físico também ajuda, mas aqui, a ideia foi isolar e perceber o efeito da alimentação).

Apesar de todos os participantes ingerirem o mesmo número aproximado de calorias, a proveniência das mesmas divergia. Assim, foram analisados 5 padrões alimentares diferentes:
  1. o dos consumidores de carne;
  2. o dos consumidores ocasionais de carne (o meu padrão atual);
  3. o dos que fazem refeições vegetarianas, mas que também consomem peixe;
  4. os ovolactovegetarianos;
  5. os veganos.
A conclusão é que os veganos tinham o menos IMC (índice de massa corporal) médio e os consumidores de carne, por sua vez, tinham o maior.

Quanto à taxa de obesidade, esta prevalecia em: 
- 33% dos consumidores de carne;
- 24% dos consumidores ocasionais de carne;
- 17,9% dos que fazem refeições vegetarianas, mas também consomem peixe;
- 16, 7% dos ovolactovegetarianos; 
- 9,4% dos veganos.

É um grande contraste, para quem consome as mesmas calorias... de 33% para 9,4%.

Mas há uma explicação para isto. Esta tem que ver com a forma como o organismo reage após o consumo de uma refeição (e basta uma única refeição para se detetarem estes efeitos). Depois de ingerirmos refeições de origem animal, o nosso corpo tende a armazenar as calorias sob a forma de gordura. Já com refeições de origem vegetal, o organismo tende a queimar essas calorias, imediatamente após termos comido. Mistérios do corpo humano...

Pessoalmente, eu tenho um peso normal. Ainda assim, estou cada vez mais voltada para refeições de origem vegetal. Pelo bem-estar animal, pelo planeta e porque quero sentir-me mais saudável (sim, porque são muitos os benefícios para a saúde deste tipo de alimentação).

Para já ando a testar e até a inventar receitas (a da foto, foi uma invenção: schnitzel de curgete com salada). Isto porque quero fazer uma alimentação mais saudável, mas com sabor (as receitas sem graça desanimam-me). Posso substituir queijo normal, por vegano. Em vez de fritar, posso levar ao forno. Posso usar ervas aromáticas, para dar sabor... e posso testar receitas dos meus livros de culinária. Assim já saberei o que me agrada, e aos poucos vou mudando. Ainda ontem, com a ajuda do pequenino cá de casa, fizemos uma pizza vegana. Ficou uma delícia!...

NOTA ADICIONAL: Por sugestão de uma nutricionista, e concordo totalmente com ela, faço a ressalva que, se enveredarem por um padrão alimentar diferente do habitual, como por exemplo uma dieta vegana, esta deve ser bem estruturada para evitar carências de nutrientes.  Assim, nada como se aconselharem previamente com um profissional, para que essa mudança alimentar vos traga efetivamente benefícios e não o contrário. 

Foto: Mafalda S.
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"A Felicidade é o Caminho" também está aqui:

1 comentário:

  1. Este texto interessou-me bastante. Ando a precisar de perder uns 10 kilos pelo menos. Não sei como se, tenho pessoas que não querem dietas!:)
    -
    Não, não me troques por ninguém
    -
    Beijo, e dia feliz!

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