Há dias ouvia uma youtuber minimalista falar da importância de poupar e, de como é importante estarmos preparados para os imprevistos. É muito bom usufruir dos prazeres da vida, comprar aquilo que nos faz sentir bem, mas ninguém está livre de precisar de dinheiro extra, numa emergência.
Isto fez-me recuar aos tempos em que lia (imenso) sobre poupanças domésticas. Na altura, queria livrar-me da dívida que fiz para comprar casa. E foi graças a isso que aprendi uma série de truques e consegui livrar-me da tal dívida.
Mas agora, com esta pandemia, percebi a importância de ter um fundo de emergência. Quem fala da pandemia, fala de outros imprevistos: alguma avaria no carro ou dentro de casa, um acidente, uma doença, uma situação de desemprego, etc. São situações que alteram completamente a rotina. Por isso, mais vale estar prevenido.
Como criar um fundo de emergência
1) Regista tudo o que ganhas mensalmente (no caso de seres empresário/a ou trabalhador/a independente, podes fazer a média mensal, baseado/a nos teus ganhos anuais).
2) Regista todas as tuas despesas mensais.
3) Analisa agora as tuas despesas. Quais são as essenciais e o que é supérfluo - aquelas despesas que podes cortar? (Ex. compras por impulso, cafés em excesso, demasiados almoços fora de casa, etc.). [No fundo, com isto, estarás a criar um orçamento mensal].
4) Aprende dicas de poupança (ex. como poupar nas compras, evitar o desperdício alimentar, levar uma vida minimalista em que só tens o que realmente amas e/ou é útil, etc.).
5) Inclui nas despesas, uma rubrica mensal relativa à amortização de dívidas. Livrares-te delas é uma prioridade!
6) Com as poupanças que irás fazer, logo que recebas o ordenado, põe um valor de parte (os especialistas costumam sugerir 10% do vencimento - mas se não for possível, coloca o que conseguires, por pouco que seja). Faz isto todos os meses.
7) Por último, mentaliza-te que só deverás utilizar esta poupança, numa situação de real emergência. Não cedas a tentações! Pensa que assim estarás preparado/a se algo inesperado acontecer (e isso, contribuirá para reduzir, e muito, o stress, que essas situações geram).
A ideia não é que passes a fazer uma vida de monge, em que nunca te possas divertir ou comprar nada que gostes. Há formas prazerosas de relaxares, que são gratuitas ou que envolvem muito pouco dinheiro. Podes optar também por comprar menos, mas de mais qualidade e maior durabilidade.
Qual o valor a colocar no fundo de emergência
O ideal é que o teu fundo de emergência inclua pelo menos de seis meses a um ano, o valor das tuas despesas mensais. Dois anos, então, seria perfeito! Mas mesmo que o teu ordenado seja baixo, tenta pôr alguma coisa de parte (por menor que seja o valor). Como diz o povo: "Grão a grão, enche a galinha o papo".
Sugestões de leitura com dicas de poupança
- Podes encontrar algumas sugestões no separador "dinheiro" deste blog.
- Partilho contigo, alguns dos livros que me inspiraram a fazer poupanças há alguns anos atrás:
- "O meu Dinheiro. Finanças pessoais ao alcance de todos" da DECO;
- "A Arte de Ter Tudo e Gastar Quase Nada" de Richard Templar;
- "Gastar Menos, Viver Melhor" da DECO;
- "Faça o Seu Dinheiro Crescer. Poupe 1 euro por dia e ganhe até 200.000" de Teresa Cotrim;
- "Poupar é Ganhar! 225 dicas de poupança doméstica" de Miguel Patrício;
- "A Economia lá de Casa. A melhor estratégia para fazer crescer o seu dinheiro e deixar a crise para trás" de João Martins (este foi o livro que me inspirou a livrar-me da dívida com o crédito habitação).
Fotos: 1.ª nattanan23; 2.ª Mafalda S.
É muito importante conseguir poupar una trocos quem o conseguir fazer. Os negócios é mesmo para quem tem mão prá coisa! :) Muito bom!
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Sentem-se famintos, pelo tempo que se alegra
Beijo, e um excelente dia!
Acho que esta pandemia veio mostrar isso mesmo. Agora resta saber se o português aprendeu alguma coisa ou se vai ser como durante a última crise financeira.
ResponderEliminar:-)