segunda-feira, 28 de julho de 2014

Pensamento/Lema da semana #199


"Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz." 
Autor desconhecido

Esta semana é a primeira de 3 semanas de férias e vai ser dedicada a implementar o meu Plano de Limpezas de Verão. Não vou escrever, mas conto espreitar o que se vai passando na blogosfera.

Quanto a ti fica bem. Sê feliz!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

34 anos... e gosto!

Eu, com 6 meses,
acabadinha de acordar


Nem acredito como o tempo passou tão rápido (principalmente desde que a minha filha nasceu). Hoje já faço 34 anos!... 

Na verdade sinto-me bem com isso. Sinto que têm sido anos de crescimento interior. Sinto-me entusiasmada com a vida, tenho uma vontade enorme de aprender, de melhorar enquanto pessoa, e de influenciar positivamente quem está à minha volta. Sou mais feliz, sem dúvida!

Hoje também faço 10 anos de casamento. Sinto-me grata por viver com o homem que amo e... bem, que me enche de mimos. 

De qualquer modo... como é que o tempo passou tão rápido?!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Trabalhar de forma eficiente e sair a horas do emprego

Em tempos li um livro da National Geographic sobre alguns dos lugares mais felizes do mundo (o Blue Zones of Happiness do Dan Buettner). Este livro fala da Dinamarca, uma nação simultaneamente produtiva e feliz (aliás, considerada a mais feliz do mundo). Fiquei muito surpreendida com a mentalidade e estilo de vida deste povo.

O que os dinamarqueses fazem de diferente a nível laboral?
As pessoas têm um sentido de ética no trabalho, que as levam a trabalhar de forma eficiente, independentemente do vencimento ou da posição social. Por outras palavras, fazem render as horas em que estão no trabalho.
- Só trabalham o suficiente (máximo de 37 horas semanais) e assim que chega a hora de sair saem mesmo. Consideram que trabalhar excessivamente é uma perda de tempo, porque acaba por não render tanto. Esta saída a horas permite igualmente às pessoas terem tempo para realizarem actividades diárias que lhes dão prazer.
- Têm em mente que é fundamental para a sua saúde e produtividade, o equilíbrio entre a vida laboral e a sua vida pessoal.
- Por último, sempre que possível, no seu horário de trabalho costumam entrar cedo, mas também sair cedo.

Posso ter uma visão enviesada pelas minhas experiências pessoais, mas penso que em Portugal, no geral, não se passa assim (mas não devemos generalizar, obviamente).

A verdade é que grande parte das pessoas entram mais tarde no trabalho, isto quando não se atrasam por causa do trânsito ou outros motivos (enquanto que em alguns países é normal entrar-se às 7h30 ou às 8h, cá pode soar estranho).

Apesar de trabalharem muitas horas, nem todos as rentabilizam da melhor forma. Por vezes há falta de organização nas tarefas a realizar (listagem e priorização de tarefas), perde-se tempo demais nas conversas com os colegas, na pausa para o café e para o almoço, as reuniões demoram tempo excessivo, por se levar a conversa para assuntos que nada têm a ver com a ordem de trabalhos...

Ao fim do dia, é o stress geral porque não se cumpriram todos os objectivos e, em alguns lugares, também "parece bem" ficar depois da hora. Alguns chefes são os próprios que pensam (em grande parte das situações erroneamente), que por um trabalhador sair mais tarde é porque trabalhou mais. Mas o trabalhar mais, não significa que trabalhou melhor, que foi mais produtivo. O resultado disto é que se chega a casa esgotado, sem vontade de cozinhar ou até sem grande paciência para fazer actividades em família, que não sejam sentar no sofá a ver TV. A pessoa acaba por se deitar tarde e, esperemos que não acorde cansada no dia seguinte.

Claro que não podemos generalizar, volto a frisar. Mas acho que esta mentalidade não favorece nem a nossa saúde, nem a vida familiar e muito menos a produtividade (está provado que após um certo número de horas, deixamos de ser produtivos). Isto também não significa que, em situações de emergência, não devamos fazer mais horas, para resolver algum problema (eu própria o faço, sempre que necessário). Já fazê-lo todos os dias, é que acaba por não ser benéfico para ninguém.

Mas para ser possível sair a horas e ter tempo para nós mesmos e para a nossa família, considero que temos de ser o mais eficientes possíveis nas horas que temos para trabalhar. Se nos dão trabalho, é nosso dever zelar pela empresa, dar o nosso melhor e isso significa ser produtivo.

Já escrevi diversos posts sobre aproveitar as horas de trabalho de forma eficiente. Deixo-te algumas sugestões:

- Como evitar manhãs stressantes - algumas medidas simples, a tomar em casa, para prevenir manhãs caóticas e atrasos desnecessários;
- O que te faz perder tempo precioso - post para identificares o que poderá estar a fazer-te perder tempo desnecessariamente, na tua vida profissional;
- A falta de tempo no trabalho - possíveis soluções - algumas dicas de gestão de tempo, que te poderão ajudar a prevenir o stress laboral e a rentabilizares o teu tempo;
- Como parar de adiar tarefas e projectos ou o fim à procrastinação - um post para te motivar a agir sobre as tarefas e projectos que vais adiando e assim, evitar que se acumulem;
- Treina o cérebro para manteres o foco/concentração - por vezes é difícil concentrarmo-nos numa tarefa, quando há tantas solicitações em simultâneo. Este é um post com sugestões para treinares os percursos neuronais do teu cérebro, de modo a ser mais fácil concentrares-te;
- Simplificando a agenda do trabalho - esta é uma ferramenta essencial para te organizares no meio laboral. Claro que a deves adaptar às tuas necessidades e, sobretudo, não complicar demasiado;
- Elimine a tralha do seu escritório - apesar de neste post falar do escritório de casa, também pode ser útil no emprego. Considero fundamental livrarmo-nos da tralha, para evitar perdas de tempo desnecessárias à procura de documentos. Para além disso, um espaço livre de tralha ou distracções, comprovadamente, é mais relaxante e produtivo. 

Tenho esperança que um dia seja possível um maior equilíbrio entre vida pessoal e vida laboral. Todos ganharíamos com trabalhadores mais felizes! Ganhariam os trabalhadores, as suas famílias e a economia do país. Tenho esperança.

Foto: Soho

terça-feira, 22 de julho de 2014

Umas férias diferentes

Este ano vou ter umas férias diferentes. Tenho saudades da minha cidade (o que pode soar estranho), por isso quero ficar por cá.

Costumo viajar para outras paragens. O ano passado fiz uma road trip pela Europa. Este ano estive uma semana no Algarve. Mas e aqui, onde vivo? Tenho saudades da minha cidade. Ultimamente parece que só estou cá para dormir. E é uma cidade tão linda... 

Quando regresso de viagem valorizo muito mais o lugar onde vivo. Ao contrário de algumas zonas do país (desculpem dizer isto), está mesmo muito bem arranjada. Tem parques verdejantes, flores por todo lado (até em cestinhos, debaixo dos candeeiros de rua) e um centro histórico bonito e recuperado. As ruas estão limpas e em cada recanto parece haver algo criativo (esculturas, murais, etc.). É uma cidade calma, muito ao estilo slow city. Mas, ao mesmo tempo, estão continuamente a decorrer actividades culturais e uma boa parte delas até são gratuitas. E a comida então... Adoro pratos internacionais como a moqueca de camarão, os mais tradicionais como um bacalhau com batatas a murro, ou os petiscos como a sapateira... Mas a cidade é mais conhecida pela doçaria, alguma é conhecida em todo o país. Se passearmos de manhã pelo centro da cidade, é bem provável sentir um agradável aroma a bolos.

Por isso, este ano quero matar saudades da minha cidade. Voltar aos locais culturais, conhecer a nova galeria de arte. Fazer um piquenique no parque, passear calmamente junto ao rio.

Talvez a única excepção, seja sair algum fim-de-semana. Talvez a Sintra, vila que nos apaixona e da qual também sentimos saudades. Mas ainda não tenho a certeza. Afinal tenho saudades da minha cidade.

E vocês? Já fizeram férias (voluntárias), na vossa cidade?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Uma semana muito ocupada

Adoro este cantinho. É uma espécie de escape do dia-a-dia, um refúgio do meu verdadeiro «eu».  Aqui aprendo, relaxo e cresço enquanto pessoa. E vou partilhando convosco esta caminhada.

Mas nem sempre a vida permite escrever com a frequência que gostaria (ok, já recebi as vossas «reclamações» por e-mail - reclamações entre aspas, porque são sempre muito simpáticos quando escrevem), mas faço o que consigo, o que está ao meu alcance. Presentemente aconteceu algo de maravilhoso na minha vida, o que me faz ter menos tempo para a escrita do blogue (prometo contar em breve). À parte disso, estou às vésperas de entrar de férias, pelo que ando mais ocupada no trabalho. No último fim-de-semana não tive tempo para escrever (e só o faço por norma nesta altura), pelo que não tenho nada agendado para esta semana. Assim, têm que me desculpar. De qualquer modo, o blogue é algo de positivo, não o sinto como uma obrigação. E as palavras fluem, conforme o fluir dos meus dias.

Esta semana vou dar um tempo e aproveitar para devorar um livro interessante que comecei a ler: o "Coaching para pais" da Cristina Valente. Depois dou-vos a minha opinião.

Voltarei em breve (provavelmente para a semana). Até lá fiquem bem, apreciem o que a vida tem de melhor!


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Pensamento/Lema da semana #197


"Não é a felicidade que nos faz sentir gratos, 
mas sim a gratidão que nos faz sentir felizes
David Steindl-Rast

quarta-feira, 9 de julho de 2014

6 boas razões para começares a meditar


Gosto de meditar. Deixei de o fazer só 5 minutos, agora estendi o tempo para cerca de 20 minutos. Só tenho pena de ainda não praticar diariamente. Apesar de o fazer com mais frequência, sinto que colheria mais benefícios se o fizesse todos os dias.

Ultimamente tenho preferido a meditação guiada, onde uma voz calma me vai indicando o que fazer. Não sei é o que se passa comigo... das últimas vezes que o fiz, acalmei de tal forma, que... bem... adormeci. Apesar de não ser propriamente esse o objectivo da meditação, até fico satisfeita. A minha meta pessoal é conseguir através da meditação gerir melhor as minhas emoções, acalmar, dormir melhor e, se possível, tornar mais activas as áreas cerebrais relacionadas com o optimismo e a felicidade.

A verdade é que existem uma série de boas razões, comprovadas pela ciência, que indicam que meditar nos faz bem ao corpo e à mente. Daí o meu objectivo, de pretender meditar numa base diária. Eis 6 boas razões para também tu começares a meditar:

1 - A meditação ajuda-te a dormir melhor
Investigadores da Universidade do Minnesota analisaram a relação entre a meditação mindfulness e o sono, em sete estudos diferentes. E a verdade, é que concluíram que esta prática ajuda algumas pessoas a dormir melhor. Uma explicação é o facto da meditação reduzir hormonas do stress, como o cortisol, que interferem com o sono. Por outro lado, rompe ainda com o ciclo obsessivo de temer não ser capaz de adormecer. Pessoalmente, comprovo que tenho dormido melhor.

2 - A meditação reduz o stress e a ansiedade
Como referi acima, estudos recentes comprovaram que a meditação pode baixar os níveis de cortisol, uma hormona do stress, no nosso organismo. Um outro estudo de Fadel Zeidan, um neurocientista cognitivo da Wake Forest School of Medicine, comprovou que os níveis de ansiedade diária diminuíam cerca 39%, após apenas 20 minutos de meditação mindfulness. Isto é possível, pelo facto da meditação nos ajudar a estar mais conscientes das nossas experiências imediatas, como se fôssemos simples observadores, ao invés dos pensamentos nos comandarem e de estarmos a ruminar sobre preocupações passadas ou futuras.

3 - A meditação melhora a tua capacidade de concentração
De acordo com Fadel Zeiden "A meditação mindfulness melhora a tua capacidade para manteres a atenção e regulares as distracções emocionais". Num estudo conduzido por este neurocientista, pessoas que fizeram sessões de meditação de 20 minutos em apenas 4 dias, conseguiram sair-se significativamente melhor em testes cognitivos cronometrados, comparativamente a um grupo de controle. Isto foi possível, porque as pessoas que meditaram, ao contrário das outras, foram capazes de ignorar o temporizador e simplesmente concentraram-se na tarefa que tinham em mãos.

4 - A meditação torna mais activas as áreas cerebrais relacionadas com o optimismo e a felicidade
Muitos de nós interpretam de forma automaticamente negativa, os acontecimentos do dia-a-dia. Assumem que o pior vai acontecer, pensam o pior de si mesmos, dos outros e do mundo. Esta forma de pensar é meio caminho andado para a depressão. Contudo, a meditação pode reverter esse quadro. Foi comprovado que bastam 5 minutos de meditação por dia, para ao fim de 4 ou 5 meses, ocorrerem mudanças significativas na actividade eléctrica do nosso cérebro. Com o recurso a equipamento próprio, é possível observar mudanças na estrutura cerebral, ou seja, as áreas  cerebrais relacionadas com o optimismo e a felicidade ficam claramente mais activas. Desta forma, o pensamento positivo torna-se mais automático e os sintomas de depressão diminuem.

5 - A meditação melhora a tua vida sexual
A tua vida sexual pode melhorar com a meditação, uma vez que esta aumenta as conexões e o tamanho de uma área cerebral chamada ínsula, responsável pela coordenação das emoções e importante para a consciência. Mas a relevância disto é que o reforço da ínsula, após o treino de meditação, ajuda algumas mulheres a prestarem mais atenção à excitação sexual, contribuindo para o aumento em quantidade e qualidade dos orgasmos.

6 - A meditação melhora a tua saúde e ajuda-te a viver mais tempo
A verdade é que a meditação fortalece o sistema imunitário. Num estudo realizado no ano passado, pessoas que que praticaram meditação durante 8 semanas, tinham muito menos gripes e constipações ou outras infecções menos graves, em comparação com o grupo de controle que não meditou. Daniel Muller, um médico da Universidade de Wisconsin-Madison que trabalhou neste estudo, refere que a meditação pode ajudar a restaurar o equilíbrio homeostático do organismo. Pode até ajudar-nos a viver mais tempo, pois de acordo com uma pesquisa recente da Universidade da Califórnia, em San Francisco, previne a degradação do nosso DNA.

Os efeitos benéficos da meditação na saúde são ainda os seguintes:
- aumento da resistência ao cancro e redução do risco de recorrência do cancro da mama;
- alívio na dor (por ex. em dores de cabeça frequentes e dores no pescoço e costas), incluindo a dor crónica  decorrente de artrite e fibromialgia;
- aumento dos efeitos anti-inflamatórios no organismo, reduzindo a inflamação associada ao stress (que por sua vez costuma estar associada a doenças cardíacas, artrite, asma e doenças da pele);
- redução da pressão arterial;
- melhoria dos sintomas do síndrome do intestino irritável;
- aumento da fertilidade.

Bons motivos para começar a meditar já hoje!

Foto: Mitchell Joyce

terça-feira, 8 de julho de 2014

A maternidade vista pelo meu local de trabalho


Ultimamente são muitos os relatos de empresas que discriminam mulheres, pela simples possibilidade de poderem engravidar ou de serem mães. Apesar de serem ILEGAIS, situações como estas continuam a acontecer. São um reflexo de uma mente retrógrada, de quem não consegue olhar para o país a longo prazo (as crianças são fundamentais para o progresso futuro de um país e... para, entre outras coisas, pagarem as reformas dos que hoje são adultos). É igualmente reflexo de quem não percebe que a felicidade dos funcionários gera mais produtividade (basta olharem para o exemplo dos países nórdicos, onde o sistema laboral altamente produtivo é igualmente baseado no equilíbrio entre trabalho e vida familiar). Claro que dá trabalho extra admitir uma mãe que tenha de se ausentar devido a uma licença de maternidade, ou para ir a consultas com os filhos. Mas nada que seja impossível de conciliar. Por outro lado, uma questão chega à minha mente. O que importa realmente? Que a pessoa seja mãe, ou que seja competente? 

Bom, mas desta vez, quero dar um exemplo pela positiva: o exemplo do meu local de trabalho. Como muitos sabem, trabalho numa Instituição de Apoio a Idosos e, pasmem-se, presentemente só temos mulheres ao serviço (nota: não que discriminemos homens, pois ainda há pouco tivemos um... a substituir alguém em licença de maternidade).

Mas vejamos o que fazemos de diferente, porque achamos que o nosso país necessita de crianças.

Na altura da admissão, no momento da entrevista, se a pessoa quiser é livre de falar da sua situação pessoal (ou seja, porque precisa MESMO daquele emprego). E, em igualdade de circunstâncias (habilitações, imagem de competência que transmite, etc.), tentamos seleccionar quem mais necessita daquele emprego. E isto pode significar escolher alguém que tenha mais filhos. Já agora, a idade também não é relevante. Já escolhemos mulheres que optaram por ficar em casa enquanto os filhos eram pequenos e só mais tarde desejaram entrar no mundo laboral. Sinceramente interessa-nos mais a competência, do que o número de filhos, a idade ou o facto de ainda poderem engravidar.

Outra coisa que não entendo da parte de algumas empresas, é o temor que têm se uma funcionária engravidar. No nosso caso, se uma funcionária entra de baixa ou em licença de maternidade, pura e simplesmente contrata-se outra pessoa, que ficará ao serviço até a primeira regressar. Onde está a dificuldade? A lei prevê essas situações.

No nosso país a duração da licença de maternidade é... bem, uma piada. Mas acredito que não haja propriamente dinheiro para investir na natalidade, afinal estamos a descontar para pagar dívidas e subsídios para quem infelizmente fica sem emprego... pois políticas para estimular a economia e o emprego, são uma espécie de miragem.

Bom, mas sarcasmos à parte. Esta é a realidade do país. Mas no meu local de trabalho, há quem queira ficar mais tempo em casa, do que o previsto pela licença de maternidade. Neste caso, a funcionária pede uma licença sem vencimento. Desde que avise previamente a empresa, também não vejo problema. Tivemos uma funcionária que ficou o primeiro ano em casa, com o filho. Eu própria pedi licença sem vencimento quando a minha filha nasceu e fiquei com ela em casa, até ter 9 meses. Volto a frisar, que é importante avisar previamente a Instituição, pois também têm de saber com o que podem contar.

No regresso, a funcionária regressa ao seu antigo posto de trabalho. Quem a substitui ou sai da Instituição ou é encaminhado para outro serviço. E já está a contar com isso, afinal a justificação do seu contrato é justamente a substituição directa da funcionária que se encontrava de baixa ou em licença de maternidade. 

Agora vamos às 2h que a mãe tem para amamentação/aleitação do seu bebé. Na maioria dos casos, esta dispensa é gozada em 2 períodos distintos do dia. Contudo, para facilitar a vida das mães trabalhadoras, é permitido que juntem estas horas. Em vez de saírem do trabalho uma hora durante o primeiro período de trabalho e outra hora no segundo período - o que é complicado para quem mora mais longe - é permitido que a funcionária junte as horas de trabalho e saia, por exemplo, duas horas mais cedo. Isto porque esta junção por vezes é mais útil, para os cuidados com o filho. Claro que tudo isto também é conjugado com as necessidades da Instituição. Em conjunto, Instituição e funcionária, procuram uma solução que favoreça ambas as partes.

Um outro caso, é o trabalho em part-time, para conciliar vida profissional com vida familiar.  Há duas funcionárias, que depois de terem filhos solicitaram uma redução do horário de trabalho semanal. Assim, trabalham 4 dias por semana (esquema semelhante ao que se passa com muitas trabalhadoras na França, o país europeu com a mais elevada taxa de fecundidade). Novamente, não vejo problema para a Instituição. Esse tempo que as funcionárias trabalham a menos, é descontado nos respectivos vencimentos. Logo, o que não é pago a estas funcionárias, pode ser pago a uma outra que faça por exemplo as folgas destas. Quem substitui, pode correr o risco de não ter folgas suficientes para fazer, durante uma semana inteira. Assim é contratada em part-time. Mas vejamos pela positiva, é mais um emprego que se cria. E para a Instituição não há qualquer prejuízo, afinal acaba por pagar o mesmo. Agora, qual a dificuldade em permitir a alguém que passe a trabalhar em part-time? Ou qual a dificuldade em admitir alguém para trabalhar igualmente em part-time

Agora falemos do horário de trabalho. Antigamente o horário era praticamente só constituído por turnos rotativos (manhã, tarde e noite), o que se tornava muito mais cansativo, principalmente para conciliar o sono. Presentemente, a maioria dos turnos passou a fixo. Se algumas funcionárias só querem mesmo trabalhar à noite, a outras dá mais jeito a manhã e a outras a tarde... porque não colocá-las no turno que mais lhes convém? Claro que quando são admitidas, normalmente vão para o turno pior, que é um dos rotativos (existem 3 turnos rotativos, para as funcionárias que fazem as férias ou folgas das colegas). Mas com o tempo, normalmente acaba por haver uma vaga num turno fixo e, se a funcionária quiser mudar para esse turno, tem preferência para o fazer - comparativamente a quem acaba de ser admitido. Assim, por norma, as funcionárias acabam por ir para o turno que mais se adequa à sua vida.

Tentámos igualmente imitar o horário nórdico. Há quem entre por exemplo às 7h e saia às 15h, ou entre às 8h e saia às 16h, etc. Isto implica que a pausa para almoço da maioria das funcionárias seja feita, por norma, em 30 min. Optámos por ter só meia-hora de almoço para rentabilizar o tempo. 

Agora o assunto tabu. As faltas que as mães têm de dar devido a consultas com os filhos, às reuniões e festas na escola, etc. Para nós também não é um bicho de sete cabeças. Há uma espécie de dar e receber entre funcionárias e Instituição. As funcionárias por vezes têm de trabalhar aos feriados (lembrem-se que sendo uma Instituição de Apoio a Idosos, com Lar de Idosos, nunca fecha durante o ano), ou se há uma festa ou alguma situação urgente para resolver, acabam por fazer horas extra. Essas horas, desde que necessárias à Instituição, são registadas. E podem ser gozadas pelas funcionárias, quando estas mais precisam, por exemplo para a mãe ir à escola assistir à festa de final de ano do seu filho. Claro que a funcionária tem de avisar previamente a Instituição, de que pretende faltar a dada hora ou a dado dia. No local de trabalho temos de saber com o que podemos contar, para fazer os necessários ajustamentos para que o serviço funcione na perfeição. Mas com diálogo, tudo se consegue. Dá trabalho ajustar horários? Claro que dá e por vezes não é pouco. Mas também sabemos que é importante para o bem-estar psicológico de uma funcionária que é mãe, poder participar activamente na vida e actividades do filho. Aliás, até as datas das festas que realizamos na Instituição para os idosos (de Natal, por exemplo), são escolhidas numa data diferente, da que sabemos que vai ser a da escola dos filhos das funcionárias (mesmo que andem em escolas diferentes, as festas são realizadas sempre na mesma semana). Para além de ser benéfico para as funcionárias, acaba por ser também para a Instituição. Assim temos funcionárias muito mais interessadas em fazer o seu melhor, para que a própria festa dos idosos seja inesquecível.

Por falar em festas, nestas as crianças, filhos de funcionárias, podem estar presentes (e até tem piada, que quando crescem e se tornam jovens, uma boa parte destes miúdos oferece-se como voluntários para ajudar nas ditas festas que realizamos). No Natal especificamente, fazemos questão de oferecer um brinquedo às crianças, filhos de funcionárias (pode não ser super-caro, pois não temos dinheiro para isso, mas o que é dado, é  dado com o coração).

Mas em suma, não vejo mesmo razão para o preconceito em admitir mulheres com filhos ou que possam engravidar. Se souberem gerir bem as coisas, as empresas acabam por gastar o mesmo dinheiro que gastariam ao admitir um homem ou ao admitir uma mulher sem filhos ou sem desejo de engravidar. E dever-se-iam de lembrar que as mulheres são óptimas a fazer uma série de tarefas (afinal não é fácil equilibrar carreira, com tarefas domésticas e educação dos filhos... mas nós mulheres, conseguimos). Por outro lado, temos de pensar no futuro do país. A ausência de crianças pode ter sérias consequências a longo prazo. Um país com futuro não pode pensar só no agora, tem de pensar no progresso e nas necessidades do amanhã. 

O meu local de trabalho não é perfeito, provavelmente há uma série de coisas que mudaria. Mas também acho importante valorizarmos o que temos de bom. E no incentivo à maternidade, acho que é um bom exemplo.

O que me entristece, é que por incrível que pareça nem todas as funcionárias valorizam estes aspectos positivos. A maioria reconhece o que temos de bom (principalmente quem já passou por outros locais de trabalho), mas não a totalidade. Pessoalmente acho que mesmo no geral, é importante não só falarmos nas empresas que cometem actos discriminatórios, mas também nos bons exemplos. Acho que Portugal precisa disso mesmo, falar das boas-práticas, do que resulta e tentar aplicar esses exemplos a um maior número de locais de trabalho. Uma empresa só tem a lucrar se os seus empregados estiverem felizes. O trabalho até rende mais!

Quanto ao meu local de trabalho, o lema continuará a ser a defesa da natalidade.

Foto: Tips Time Admin

segunda-feira, 7 de julho de 2014

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Hábitos que melhoraram os meus dias


Começar a manhã com o pé direito, esperar o melhor, pode fazer toda a diferença no resto do dia. Evitar pequenos stresses matinais, também pode ser meio caminho andado para um dia em pleno.

Antigamente as minhas manhãs eram diferentes, mais stressantes. Entretanto, por influência das pesquisas que tenho feito, incuti hábitos na minha vida, que fizeram toda a diferença:

1. Passei a deitar-me mais ou menos à mesma hora, todos os dias - O meu sono andava muito desregulado, mas com esta pequena alteração consigo ter um sono mais reparador e assim acordar com mais energia.

2. Preparo de véspera, o que necessito de usar no dia seguinte - Isto engloba a minha roupa e acessórios, a roupa da minha filha, etc.

3. Passei a ter um sítio certo para cada objecto - Isto evita-me o dissabor de andar à procura das chaves, carteira ou óculos de sol, justo de manhã, quando tenho pressa.

4. Tomo sempre o pequeno-almoço - Este gesto dá-me, sem dúvida, mais energia e capacidade para me concentrar nas tarefas que tenho pela frente.

5. Enquanto tomo o pequeno-almoço leio algo inspirador ou assisto ao nascer do sol na minha varanda - Ler algo inspirador dá-me motiva-me a fazer o melhor pelo meu dia e assistir ao nascer do sol faz-me bem à alma, porque aprecio realmente a beleza das pequenas coisas.

6. Bebo um copo de água - É aqui que começo a rotina saudável de beber água, isto para beber o suficiente ao longo do dia.

7. Dou uma vistoria rápida pela casa, para não deixar nada desarrumado - Assim, não corro o risco de ficar stressada, imaginando que deixei tudo «de pernas para o ar». Este ponto inclui também fazer as camas, retirar a loiça da máquina e deixar algo no frigorífico para o jantar.

8. Converso com Deus - A esta hora não medito, mas acabo por agradecer a Deus o que tenho de bom e peço ajuda para que as coisas corram pelo melhor. Isto dá-me força para arregaçar mangas, e fazer o melhor que possa pelo meu dia (de notar que a espiritualidade é importante na minha vida, mas apesar de acreditar em Deus, não acredito propriamente em religiões).

9. Enquanto conduzo para o trabalho, aprecio realmente a viagem - A viagem é longa, por isso resta-me mesmo apreciar a beleza das coisas que vou vendo (a paisagem sob a luz matinal, costuma ser muito bonita). Ter uma boa música ou ouvir um programa de rádio animado também ajuda.

10. Faço um esforço para sorrir - Mesmo que o sorriso seja forçado, o esforço vale a pena. O sorriso reduz as «hormonas do stress» e ainda estimula a produção de uma série de «drogas naturais» como as endorfinas, que induzem uma sensação de felicidade. Para além disso, se olhar para uma pessoa com um sorriso no rosto e se for simpática, é normal que o seu comportamento seja parecido com o meu. Se começasse o dia rabugenta, é provável que obtivesse a mesma reacção da parte das pessoas a quem me dirigisse. O mundo fica melhor se formos mais simpáticos!

E tu, tens algum hábito para melhorares o teu dia?

Foto: Patrick Bouquet        

terça-feira, 1 de julho de 2014

Estudos sobre o stress e estratégias para o superar


A vida nos dias que correm, nem sempre é fácil. Estamos sujeitos a uma série de possíveis fontes de stress. Mas é a forma como lidamos com os problemas, com essas fontes de stress, que determina o quanto a nossa felicidade pode ser afectada. Noto que cada vez mais, surge um grupo de pessoas que não se conforma em viver ao sabor da corrente. Não ficam imersos num stress constante, antes lutam para levar uma vida mais calma e feliz. E tu, estás disposto(a) a arregaçar mangas e a lutar por uma vida melhor?

Afinal, o que nos faz sentir stressados?
Existe uma enorme variedade de possíveis causas, mas estas são as que as pessoas relatam com mais frequência:
1.º preocupações com o dinheiro;
2.º problemas no trabalho;
3.º o estado da economia.

Há muitos stressados por aí?
Na realidade, 7 em cada 10 adultos dizem sentir stress diariamente. Mas as mais afectadas são as mulheres. Cerca de 24% sentia-se extremamente stressadas no último mês (contra 17% dos homens).

Agora um facto animador, no qual deves meditar.
85% das coisas que nos preocupam, não chegam a acontecer. E mesmo quando as nossas preocupações se concretizam, cerca de 80% das pessoas dizem que lidaram melhor com o problema, do que alguma vez haviam imaginado. 

Um sinal de alerta!
Quase metade dos adultos (46%) referiram que, no último mês, perderam a paciência ou gritaram com o(a) seu(sua) esposo(a), companheiro(a) ou filhos, quando se sentiram stressados. Um motivo de sobra para aprender a gerir o stress!

O stress no trabalho
40% dos trabalhadores referem que o seu trabalho é muito ou extremamente stressante.

O que nos stressa no trabalho?
46% das pessoas refere a carga excessiva de trabalho;
28% problemas com outras pessoas;
20% dificuldades em equilibrar o trabalho com a vida pessoal;
6% falta de segurança no trabalho.

Conseguimos desligar-nos do trabalho, quando não estamos a trabalhar?
59% de nós costuma verificar o e-mail do trabalho nos feriados/férias em que se costuma estar em família (Natal, Páscoa, férias grandes,etc.);
41% refere que esses e-mails relacionados com o trabalho e lidos nessas ocasiões especiais, os fazem sentir aborrecidos, frustrados ou ressentidos.

Como combater o stress no trabalho?
1 - Gerindo o tempo de trabalho de forma mais eficaz - isto faz-te sentir menos sobrecarregado(a) e mais produtivo(a);
2 – Organizando o teu espaço de trabalho - o facto de te livrares da tralha no escritório ajuda à tua concentração e produtividade e ainda reduz a sensação de stress;
3 - Faz um passeio pela Natureza – passear no intervalo ou após o dia de trabalho, pelo meio da natureza, reduz a fadiga, frustração e raiva e ainda faz emergir emoções positivas;
4 – Nos momentos mais complicados, telefona a um amigo ou desabafa com um colega de trabalho de confiança – o apoio social previne o “burnout” (esgotamento físico e mental) associado ao trabalho;
5 – Coloca um vasinho com uma planta no teu espaço de trabalho – o simples facto de teres plantas no teu espaço de trabalho pode baixar o teu stress e aumentar a concentração;
6 – Quando não estás no trabalho, desliga-te do mesmo (deixa previamente tudo preparado, para que não tenham de te incomodar e para ficares mais descansado/a) – esta é uma forma de dares a ti mesmo descanso físico e mental, o que acaba por ser benéfico para o teu próprio trabalho, pois este revigoramento aumenta a produtividade. Em países altamente desenvolvidos como a Dinamarca esta é uma atitude comum… e os trabalhadores mantêm a sua produtividade tão ou até mais elevada do que noutros países onde esta prática não é utilizada.

Consequências do stress na saúde
O stress crónico, aquele que se prolonga no tempo, é nefasto para a saúde em geral, podendo causar uma série de problemas, tais como:
1 - enfraquecimento do sistemas imunitário (logo, tens mais probabilidade de adoecer com frequência);
2 - perturbações gastrointestinais;
3 - hipertensão e problemas cardiovasculares;
4 - dores de cabeça;
5 - alergias;
6 - perturbações respiratórias;
7 - dores e tensões musculares;
8 - doenças inflamatórias;
9 - redução do desejo sexual;
10 - oscilações no peso corporal (algumas pessoas ficam com um apetite voraz, enquanto outras se encontram no extremo oposto, perdendo o apetite);
11 - problemas de pele;
12 - insónias ou sono pouco reparador;
13 - maior probabilidade de ocorrências de erros ou acidentes;
14 - envelhecimento mais acelerado;
15 - perturbações psicológicas (ex.: ansiedade, estados depressivos, etc.);
16 - dificuldades de concentração, memória e raciocínio.

Estratégias para superar o stress
O que costumamos fazer para gerir o stress?
1 - ouvir música; 
2 - praticar exercício físico ou simplesmente sair para uma caminhada; 
3 - navegar na Internet (atenção, que a navegação excessiva, pode provocar o efeito adverso); 
4 - ver televisão ou assistir a filmes (atenção, que isto resulta no máximo até 2h, depois disto, pode ter o efeito adverso); 
5 - ler.

Uma estratégia que resulta!
68% das pessoas que visitam um profissional da saúde mental, em busca de ajuda para gerirem melhor o stress, referem que os resultados são extremamente bons ou muito bons!

Estratégias que, segundo a ciência, resultam:

RECEBER UMA MASSAGEM


Receber uma massagem pode reduzir a hormona do stress, o cortisol, em 1/3, e aumenta os químicos do bem-estar no cérebro (serotonina e dopamina) na mesma proporção.

MEDITAR


Foi demonstrado que a meditação mindfulness, ou atenção plena, consegue reduzir os níveis de stress diário em 39%. 

Para além disso, as pessoas que praticam meditação numa base diária, com o passar do tempo, tornam mais activas as áreas cerebrais relacionadas com o optimismo e a felicidade.

SORRIR


Sorrir reduz a intensidade das respostas do teu corpo ao stress. 

RIR


O riso é mesmo o melhor remédio! Ora vejamos:
- aumenta as endorfinas libertadas pelo cérebro;
- suaviza a tensão no teu corpo;
- acalma a tua resposta ao stress.

Assim, adiciona um pouco de humor ao teu dia-a-dia:
- Lê textos com sentido de humor e/ou banda desenhada cómica;
- Assiste a filmes cómicos no youtube ou na TV;
- Assiste a stand-up comedy;
- Ri-te de ti mesmo(a);
- Convive mais com amigos bem humorados.

PRATICAR EXERCÍCIO FÍSICO


O exercício também tem um efeito bastante eficaz na redução do stress:
- reduz os níveis das hormonas do stress;
- estimula a produção dos químicos do bem-estar no cérebro;
- melhora a tua auto-confiança;
- permite que te abstraias das preocupações.

PASSAR TEMPO COM AMIGOS OU FAMILIARES QUE TE APOIAM


As verdadeiras amizades dão-nos o suporte emocional, que nos ajuda a superar mais facilmente os momentos difíceis. Acreditas que esse suporte é fundamental para te manteres saudável? A verdade é que as boas amizades fortalecem o sistema imunitário, o que por sua vez, conduz à melhoria da situação de saúde, recuperação mais rápida pós doença e aumento da longevidade.

PRATICAR A ESPIRITUALIDADE


Acreditar em algo superior a nós, permite-nos encontrar força para enfrentarmos os problemas. Permite-nos ter mais calma na adversidade e fé num futuro melhor.

APRECIAR AS PEQUENAS COISAS


O acto de saborear as pequenas coisas boas da vida ajuda-nos a diminuir o stress. Um estudo recente concluiu que as pessoas que têm esta capacidade para saborear, têm menos dificuldades em equilibrar a vida profissional com a vida familiar.

PRATICAR GESTOS DE BONDADE


78% das pessoas que praticaram voluntariado ou gestos de bondade frequentes, no último ano, referem que sentiram os seus níveis de stress baixar.

Se te sentes numa eterna correria, pode parecer estranho, mas tenta praticar voluntariado. Estudos mostram que doar um pouco do nosso tempo, na verdade, faz-nos sentir que temos mais tempo disponível (e isso equivale a menos stress). Para além disso, fazer bem aos outros, acaba por ser mais benéfico a quem o pratica do que ao receptor desses gestos de bondade. É caso para dizer "há mais alegria em dar do que em receber!".

Fontes: Happify; Rodrigues, Vítor; Tranquila-mente; A Esfera dos Livros, 1.ª edição; Lisboa, 2013. Mellin, Laurel; A Inteligência das Emoções; Matéria-Prima Edições, 1.ª edição; Lisboa, Maio de 2011.
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