Ainda há pouco parecia tudo bem com ele. Mas desde há uns dias começou a ter dores aflitivas. Nada que comia ficava lá dentro e emagreceu, emagreceu muito.
Ainda há pouco parecia saudável, mas aquela malvada doença, cujo nome detesto pronunciar - por me ter levado tanta gente querida - entranhou-se nele. E agora, levou-o para sempre. Apenas em alguns dias, sem tempo sequer para cirurgia.
Gostava que não tivesse sofrido. Ou que os sinais tivessem surgido mais cedo, para que tivesse sido feito algo em tempo útil.
Estou triste! Mais um ente querido que se foi para sempre. Restam as lembranças. Não sei porquê, o que mais me vem à cabeça é quando há uns anos jogávamos à bola na praia e, sem querer, ele acertou numa rapariga... duas vezes! Oh sorte... pobrezinha, mas o que nos rimos... e pusemos a bola de lado.
A lição disto? Prestar mais atenção ao que está à nossa volta, e saborear cada momento. Deixarmos de perder tempo a chatear os outros, ou a influenciarmo-nos por quem não nos quer bem. Passar tempo com quem amamos. Ocuparmo-nos da nossa própria evolução e, sobretudo, fazer o bem.
Até sempre, A.
Foto: Randall Billings