Ontem falei de slow cities, e a ideia encantou-me (atenção, que por ser slow, não quer dizer que a cidade seja uma "seca"- aliás, a ideia até passa por dinamizar o Centro Histórico, as tradições da terra, o comércio local... da minha perspectiva, o movimento Slow acaba por trazer vida a cidades pequenas, mas sem entrar em excessos).
Mas não é qualquer cidade que consegue a designação de slow city. Para isso tem de cumprir com pelo menos 50% dos critérios de uma lista com 60 itens. Mas no essencial, tem que ver com 5 áreas principais:
1) política ambiental;
2) política de infraestruturas;
3) tecnologia para a qualidade urbana;
4) valorização dos produtos locais;
5) hospitalidade e convivialidade.
E é aqui que vos quero falar da cidade de Ludlow, a primeira slow city do Reino Unido. Para perceberes bem este conceito, transcrevo um texto citado no site do Slow Movement Portugal adaptado de Publituris.
Lê e sonha...
Foto: Ed Webster |
"Ludlow foi a primeira Cidade Lenta do Reino Unido, assim reconhecida em 2003. Ludlow é uma cidade no sul da região de Shropshire, perto do País de Gales, com cerca de 10.000 habitantes. Situa-se numa colina junto a uma curva do rio Teme.
Foto: Merlin Cooper |
Entrar nesta cidade é ser recebido como residente, como parte integrante. Se percorrer o centro de Ludlow a pé pode encontrar mais de 500 edifícios referenciados. Nesses edifícios antigos moram pessoas e mora comércio, pode entrar e apreciá-los assim vividos. O centro é dinâmico, encontra padarias com fabrico tradicional, talhos com carnes criadas na região, restaurantes recomendados internacionalmente, lojas de artesanato local, lojas de design, livrarias e bancos. Muitas destas lojas têm-se mantido, por muitas gerações, nas mesmas famílias. O atendimento personalizado e conhecedor dos produtos tem sido preservado. Junto ao castelo podemos encontrar um impressionante mercado de produtos cultivados e criados à volta da cidade. Existe também um centro de artes que promove cinema, teatro, música e conferências. Todas as organizações são convidadas a envolver-se nas decisões que envolvem a cidade.
Em 2004 foi criado um Eco-Parque periférico. Todos os edifícios de negócios ali construídos têm de cumprir soluções ecológicas, nomeadamente quanto à emissão de gazes com efeito de estufa (tem de ser 50% inferior à dos edifícios comuns). Pretende-se aplicar uma arquitectura sustentável. Um grande estacionamento, servido por um autocarro, cria uma alternativa ao carro próprio no acesso à cidade.
Em Ludlow, decorrem todos os anos pelo menos quatro festivais: um de carros antigos; outro de artes com peças de Shakespeare, concertos, debates e animação de rua; um festival de gastronomia e um festival medieval.
Todos estes enredos, e muitos outros, se podem descobrir em cidades lentas. Lugares bons para viver e para visitar... lentamente.”
Bom, não é?
Bom dia,
ResponderEliminarMuito interessante este conceito! Beijnhos.
Adoraria viver numa cidade assim.
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