Na hora em que escrevo este post dou uma espreitadela nos jornais do dia. Quais os títulos que fazem as manchetes? "Austeridade esmaga até 2015", "Governo é mau, mas oposição não convence", "País à frente nos mortos nas estradas", "CGD pode perder 500 milhões na Espanha". "Enforcou a namorada na porta do quarto"... Bem, sem comentários!...
Podem-me dizer que isto é realidade, que temos de a conhecer, que ficaremos para trás se andarmos no desconhecimento, etc., etc.
Em primeiro lugar esta é apenas "parte" da realidade, porque também há notícias positivas que deveríamos de conhecer e nem sequer são divulgadas. Isto também não é uma incitação a ficar na ignorância total, mas sim um pedido para "moderar" o consumo de noticiários.
E porquê esta necessidade de moderação?
Porque os noticiários são feitos na maioria de más notícias e estas fazem-nos sentir ameaçados, com medo do futuro, impotentes para agir. As notícias catastróficas ouvidas repetidamente fazem também aumentar consideravelmente o nosso stress.
Como deveriam ser os noticiários?
Num mundo mais perfeito, deveria de existir um maior equilíbrio entre o que acontece de bom e o que acontece de menos bom. Na hora que escrevo também são notícia (mas não fazem manchete nos grandes noticiários) que "Cientistas vão testar um fármaco para reverter o autismo", que "a Porsche tem 1.000 vagas de emprego na Alemanha", que "O jardim botânico da Madeira foi considerado um dos mais belos do mundo", que "As exportações portuguesas de conservas aumentaram 14,61%" ou ainda que "Dois irmãos se reencontraram após 75 anos separados" (tudo notícias do site Boas Notícias).
Para além deste equilíbrio, justo nesta fase de crise económica, deveriam surgir mais rubricas educativas, que impulsionassem as pessoas a agirem para melhorarem a sua situação e a própria situação do país. Ok., até temos o "minuto verde" que passa na televisão pública para nos incentivar a agir mais ecologicamente (trata-se de 1 só minuto, mas já é um princípio). Mas neste momento, os noticiários deveriam veicular mais histórias de quem se está a superar nesta crise, divulgar mais ideias para as pessoas pouparem, rentabilizarem e partilharem o que têm. Deveriam incentivar ao consumo de produtos nacionais, mostrando o que cá se faz de melhor (por exemplo um dos azeites da minha zona, de uma empresa de pequena dimensão, tem ganho vários prémios a nível mundial e, praticamente só consegue vender para fora do país. Como é que um produto destes não é divulgado em Portugal? Isto não seria ajudar a economia do país?).
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Resumindo, é bom estar informado, mas sem excessos que nos paralisem. De momento, assisto a um noticiário por dia, normalmente pelo rádio. Não deixo de estar informada, mas também não me deixo influenciar em demasia. Esta crise só pode ser superada se não perdermos a esperança no futuro. E eu não perco.
É triste, mas muito gente alimenta-se de drama. Arranjam sempre forma de ver uma parte negativa numa boa pessoa, numa boa noticia.
ResponderEliminarNão vejo muitas noticias, já sei o que para lá vem. O site Boas Noticias é onde eu "perco" o meu tempo. Quero saber de coisas bonitas, mas também não vivo numa redoma onde tudo é perfeito no meu mundo. Mas tento.
E acredito, que isto não vai ser mau para sempre.
Beijinho Mafalda e um bom dia :)
Em alguns dos canais generalistas da nossa Tv, verifica-se um caminho que vai de encontro à tua opinião sobre os noticiários da rádio.
ResponderEliminarEstou plenamente de acordo com o teu ponto de vista, Mafalda !
Um beijo.
Já a algum tempo que evito ver os noticiarios, tento ver programas que me divirtam, que me transmitam algo de bom porque para coisas menos boas já chega o meu momento presente.
ResponderEliminarBeijinhos
Tem dias em que não me apetece mesmo nada ver o noticiário. Certas palavras estão tão batidas e são tão negativas que parece que vira o disco e toca o mesmo. Obrigada por dares a conhecer o "Boas Notícias", sempre é uma lufada de ar fresco e colorido no meio de tanto cinzento.
ResponderEliminarBeijinho
Totalmente de acordo. Há uns tempos vi um documental que dizia que um dos motivos da violência nos EUA é devido as noticias e programas que eles têm, por exemplo Cops. As pessoas sentem-se inseguras e frustadas com tanta violência e isso só faz com que tenha mais violência. Em Portugal com tanta má noticia que não vem de agora, mas é desde sempre só faz com que as pessoas sejam umas pessimistas. Não consigo evitar de me sentir em baixo depois de ver telejornais.
ResponderEliminarConcordo Plenamente...
ResponderEliminarCalamidades atrás de calamidades,os Deuses andam loucos.
ResponderEliminarBeijo.
É verdade. Desde que não tenho televisão, sinto que sou mais feliz, porque me libertei do sensacionalismo e do drama com que as notícias são apresentadas. Hoje em dia, quando calho a ver um noticiário em casa de alguém, percebo o grau de ansiedade com que ficava, mas não me apercebia.
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