A Luciana colocou um comentário no meu post sobre Ajuda para as Tarefas Domésticas que passo a transcrever:
"Gostaria muito que minha filha me ajudasse nas tarefas do lar, mas sinto uma certa má vontade, pra não dizer preguiça ou comodismo. Uma amiga resolveu fazer com a dela uma especie de troca (R$), mas não acho correto. Creio que desta forma estarei criando uma mercenaria, porém não sei como fazer para conseguir que ela entenda meu corre corre, e me ajude. O que vc acha?"
Eis a minha opinião:
Luciana,
Em tempos escrevi um post sobre como ensinar as crianças a arrumarem as suas coisas. Podes consultar em http://manualdafelicidade.blogspot.com/2011/01/20-dicas-para-ensinar-os-seus-filhos.html Contudo, este post foi direccionado para crianças mais novas, e fiquei com a sensação de que a tua filha já é mais velhinha. De qualquer forma, uma boa parte das dicas que dei podem ser adaptadas.
Para além disso penso o seguinte:
- Todos os membros em casa devem ser envolvidos nas tarefas. É complicado exigir algo da tua filha, se o filho rapaz ou o marido não ajuda (ela pode considerar essa situação uma injustiça e, até pode ter razão).
- Evita exaltar-te e ralhar com ela. O importante é ela perceber porque te deve ajudar e não fazê-lo somente por imposição.
- Em casa os pais devem ser um exemplo e ser organizados. Não adianta exigir algo dos filhos que nós próprios não somos.
- Admito que bons comportamentos sejam elogiados ou até premiados e que maus comportamentos sejam penalizados. Ou seja, a tua filha deve saber que para determinado comportamento, existem as respectivas consequências (boas ou más). No entanto, o método de dar dinheiro não é de todo o meu preferido. Isto porque a tua filha poderá não fazer absolutamente nada quando te recusares a «pagar pelo serviço».
De qualquer modo, isto são só indicações gerais, pois o teu comportamento deve adequar-se ao tipo de filha que tens (não é a mesma coisa lidares com uma filha rebelde, uma filha cooperante ou uma filha passiva).
Para esta e para outras situações, há um livro que, entre outras coisas, nos ensina a «negociar» com os nossos filhos, sugere-nos recompensas face a comportamentos positivos e dá-nos dicas para criarmos filhos felizes. Já o referi aqui, noutras ocasiões: “A Família em Primeiro Lugar” do Dr. Phil McGraw, que podes encontrá-lo aqui. Espreita o índice do livro, pois creio que tem temas bastante úteis.
Talvez um dia escreva um post mais aprofundado sobre o assunto. Mas para já, espero ter ajudado!
"Gostaria muito que minha filha me ajudasse nas tarefas do lar, mas sinto uma certa má vontade, pra não dizer preguiça ou comodismo. Uma amiga resolveu fazer com a dela uma especie de troca (R$), mas não acho correto. Creio que desta forma estarei criando uma mercenaria, porém não sei como fazer para conseguir que ela entenda meu corre corre, e me ajude. O que vc acha?"
Eis a minha opinião:
Luciana,
Em tempos escrevi um post sobre como ensinar as crianças a arrumarem as suas coisas. Podes consultar em http://manualdafelicidade.blogspot.com/2011/01/20-dicas-para-ensinar-os-seus-filhos.html Contudo, este post foi direccionado para crianças mais novas, e fiquei com a sensação de que a tua filha já é mais velhinha. De qualquer forma, uma boa parte das dicas que dei podem ser adaptadas.
Para além disso penso o seguinte:
- Todos os membros em casa devem ser envolvidos nas tarefas. É complicado exigir algo da tua filha, se o filho rapaz ou o marido não ajuda (ela pode considerar essa situação uma injustiça e, até pode ter razão).
- Evita exaltar-te e ralhar com ela. O importante é ela perceber porque te deve ajudar e não fazê-lo somente por imposição.
- Em casa os pais devem ser um exemplo e ser organizados. Não adianta exigir algo dos filhos que nós próprios não somos.
- Admito que bons comportamentos sejam elogiados ou até premiados e que maus comportamentos sejam penalizados. Ou seja, a tua filha deve saber que para determinado comportamento, existem as respectivas consequências (boas ou más). No entanto, o método de dar dinheiro não é de todo o meu preferido. Isto porque a tua filha poderá não fazer absolutamente nada quando te recusares a «pagar pelo serviço».
De qualquer modo, isto são só indicações gerais, pois o teu comportamento deve adequar-se ao tipo de filha que tens (não é a mesma coisa lidares com uma filha rebelde, uma filha cooperante ou uma filha passiva).
Para esta e para outras situações, há um livro que, entre outras coisas, nos ensina a «negociar» com os nossos filhos, sugere-nos recompensas face a comportamentos positivos e dá-nos dicas para criarmos filhos felizes. Já o referi aqui, noutras ocasiões: “A Família em Primeiro Lugar” do Dr. Phil McGraw, que podes encontrá-lo aqui. Espreita o índice do livro, pois creio que tem temas bastante úteis.
Talvez um dia escreva um post mais aprofundado sobre o assunto. Mas para já, espero ter ajudado!
Olá querida Mafalda!
ResponderEliminarOs dias andam corridos, não sei o que se passa mas o ano lectivo iniciou conturbado, parece que as horas voam e estou a ter dificuldades em organizar-me, vamos ver se o ritmo começa a abrandar. Agora este calor excessivo e fora de época, dá-me uma moleza horrível e deixa-me chateada por que gosto de ser despachada.
Gostei do teu post, realmente cada vez mais os filhos contribuem menos nas tarefas do lar, que acho muito importantes para a coesão familiar.
Cá em casa não há negociações, cada um tem suas responsabilidades e mais nada, hehehe. Meu Diogo tem 12 anos e é ele quem coloca a mesa para as refeições quando está em casa, é um hábito antigo, quando mais pequenino achava imensa piada, agora tem noção de que é uma ajuda que dá a mãe e fá-lo sempre de boa vontade. Também é ele quem faz sua própria cama, nem que depois eu dê uns retoques. A secretária tem de ficar organizada depois do uso e portátil arrumado na malinha dele.
A minha infância também foi assim e gostava muito de ajudar nas tarefas do lar.
Tens toda a razão quando dizes que não basta mandar é preciso dar o exemplo, este é um dito antigo, que nunca deixará de fazer todo o sentido.
Beijinho grande e boa semaninha.
Patrícia.
tenho este livro lá em casa e agora c este post deu-me vontade de o ler novamente. obrigada :)
ResponderEliminarOlá Mafalda!
ResponderEliminarInteressante este teu post.
Deu-me vontade de partilhar a minha experiência como pai.
Como sabes tenho duas filhotas, uma de 10 e outra de 8 anos!
O meu relacionamento de pai com elas passa pelo seguinte:
Diálogo: Tenho sempre um diálogo aberto com elas, no qual conseguimos falar de todos os seus problemas, duvidas, curiosidades, etc. No final do dia questiono-as sempre como foi o seu dia, e se correu tudo bem. Com isto consigo que elas se abram comigo, sempre que tem algum problema.
Autonomia: Aos poucos vou-lhes dando mais autonomia. Na minha opinião as crianças têm que “ensinadas” a ser autónomas. Com essa autonomia vou-lhes dando mais responsabilidades, e com isto elas sentem-se mais auto confiante. (Ex: vão ás compras á loja perto de casa, pagando elas as mesmas, o pequeno almoço e lanche são elas que o confeccionam, tratam da sua higiene intima, etc). Isto tudo com uma supervisão “camuflada”.
Elogios e repreensões: Os seus actos são sempre por mim elogiados, sendo por vezes recompensados quando são muito bem-feitos, e repreendidos quando “algo corre mal”. Aqui aplico a regra do diálogo e quando lhes aplico algum castigo, explico o porquê e sou firme na sua aplicação.
Ajuda: com o diálogo consigo que elas falam comigo com os seus problemas, e aqui dou-lhes a minha ajuda para que ELAS os consigam superar. Mas aqui a minha ajuda é só a necessária para que elas próprias os consigam superar, para que no final elas sintam que foram elas (apesar de uma ajuda) que o conseguiram.
Convívio Familiar: É essencial que se tenha tempo para passar com os nossos filhos, tanto nas brincadeiras, como em passeios. Praticar algum desporto com elas também é óptimo.
SER Pai e Mãe: Não é uma tarefa fácil, mas também não tem parecer uma tarefa de impossível; conseguir compreender os nossos filhos e fazer com que eles nos compreendem é a base para se conseguir um bom relacionamento com os nossos filhos.
Um abraço
Sérgio
Sérgio: concordo plenamente com a tua forma de educar. Sinceramente, penso que deves ser um excelente pai.
ResponderEliminarAcredita que as tuas filhas irão tornar-se em 2 adultas fantásticas (daquelas que fazem mesmo falta para este mundo seguir em frente).
Beijinho