Muitas vezes temos crenças negativas acerca do dinheiro, que sabotam qualquer tentativa de enriquecer. Para ser sincera, eu própria sou exemplo disso. Estas ideias limitadoras estão profundamente enraizadas na sociedade e aprendem-se sobretudo na infância. Para termos mais dinheiro e simultaneamente sermos felizes, é importante libertarmo-nos das crenças negativas em torno deste.
As crenças negativas podem inclusive prejudicar as pessoas financeiramente. Não dando valor ao dinheiro, as pessoas tendem a encontrar desculpas para não controlarem as suas finanças e para não fazerem esforços para que o seu património aumente. Muitas pessoas acabam por viver ansiosas com as carências que a falta de dinheiro acarreta. Por outro lado, constatou-se que em cerca de 90% dos divórcios as discussões sobre o dinheiro são um factor predominante.
As crenças negativas podem inclusive prejudicar as pessoas financeiramente. Não dando valor ao dinheiro, as pessoas tendem a encontrar desculpas para não controlarem as suas finanças e para não fazerem esforços para que o seu património aumente. Muitas pessoas acabam por viver ansiosas com as carências que a falta de dinheiro acarreta. Por outro lado, constatou-se que em cerca de 90% dos divórcios as discussões sobre o dinheiro são um factor predominante.
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Deixo-lhe algumas dicas para se libertar das crenças negativas em torno do dinheiro:
1 – CRENÇA: “ O dinheiro não traz felicidade”.
- O dinheiro por si só não traz felicidade, pode sim ser um meio para a alcançar. Como refere Tal Ben-Shahar, “A segurança material pode libertar-nos de trabalhos que não achemos significativos e de termos de nos preocupar com o próximo salário. (…) não é o dinheiro por si que tem valor, mas o facto de poder facultar-nos experiências mais positivas”.
- Estudos comprovam que, em geral, quanto mais ricas, mais felizes as pessoas são. No entanto, o dinheiro apenas parece fomentar a felicidade associada a boas relações sociais, saúde, concretização do propósito de vida, etc.
- Também a motivação que está por detrás do enriquecimento é fundamental para determinar se este o fará feliz. Se tiver origem negativa (como medo, raiva ou necessidade de provar algo a si mesmo ou a alguém), o dinheiro nunca lhe trará felicidade. Se tiver uma base positiva (se o dinheiro surgir em consequência da concretização do seu propósito de vida), certamente irá contribuir para a sua felicidade.
- Estatisticamente, existe um maior número de pobres infelizes, do que de pessoas com mais bens materiais.
2 - CRENÇA: “O dinheiro não é importante”.
- O dinheiro é sim importante, não só por permitir adquirir bens que suprem as nossas necessidades básicas, mas por nos permitir a liberdade de escolha (do que fazemos, onde vivemos, o que comemos, como tratamos a nossa saúde, etc.).
3 – CRENÇA: “O dinheiro não cresce nas árvores”.
- Esta frase é normalmente dita pelos pais aos seus filhos. Mas com ela estão a ensinar que é difícil, árduo e penoso obter dinheiro, então nem vale a pena lutar na vida.
- Deve substituir essa mensagem pelas seguintes:
a) O dinheiro cresce como uma árvore. Planta-se uma semente e rega-se (ou seja, poupa-se) e faz-se o dinheiro render (investe-se). Com o tempo, tal como na árvore, poderá colher os seus frutos (ou o resultado de ter poupado);
b) Ao invés de dizer “não posso comprar isto”, pense antes “no que preciso fazer para comprar isto”.
4 – CRENÇA: “O dinheiro obtém-se arduamente, dedicando quase todo o tempo ao trabalho”.
- A maioria das pessoas mais ricas trabalha efectivamente mais do que a média, mas não se matam a trabalhar, investem tempo de qualidade com a família e vão de férias regularmente.
- O facto de trabalharem mais deve-se ao prazer que o trabalho lhes dá, pois na maioria dos casos têm o privilégio de fazer o que gostam.
5 – CRENÇA: “As minhas condições de vida (profissão, não ter estudos, ter origens humildes, etc.), não me permitem ganhar muito dinheiro”.
- A estatística demonstra que existem vários bilionários provieram de meios humildes e nem sequer frequentaram a faculdade (mas foram sempre aprendendo ao longo da vida).
- Qualquer pessoa merece ser próspera e feliz, mas para tal, terá de delinear um plano e realizar acções concretas para alcançar o seu objectivo. O alcance de pequenas realizações vai motivá-lo a seguir em frente.
6 – CRENÇA: “O investimento é para os ricos”.
- Qualquer pessoa pode poupar e investir parte da quantidade de dinheiro que ganha. Aliás, o próprio mercado financeiro está aberto a qualquer pessoa, desde que haja interesse para tal.
7 – CRENÇA: “O dinheiro é sujo/corrupto”.
- O dinheiro é apenas um meio de troca, não sendo por isso sujo ou limpo, corrupto ou honesto. Quanto muito, algumas das pessoas por onde passa o dinheiro, são corruptas e desonestas, mas a maioria não o é.
8 – CRENÇA: “O dinheiro é a «raiz do mal»”.
- O texto bíblico alertou não contra o dinheiro, mas sim contra o amor ao dinheiro, ou seja, quando este é assumido como prioridade acima de tudo, em detrimento de outras coisas fundamentais (como ter tempo para a família, ser honesto ao invés de querer ganhar dinheiro a qualquer custo - inclusive por meios ilícitos, etc.)
9 – CRENÇA: “Os ricos são más pessoas”.
- Tal como com todas as pessoas, existem ricos bons e maus. Mas dizer que todos são maus, é julgar injustamente aqueles que obtiveram dinheiro devido ao seu empenho e trabalho de forma lícita.
- Como dizia um padre da minha terra, pela altura da revolução de Abril “Nós não temos que acabar com os ricos, mas sim com a existência de pobres” (num laivo de luta contra a pobreza).
10 – CRENÇA: “As pessoas ricas são desonestas”.
- As estatísticas demonstram que a maioria das pessoas ricas não são desonestas, no entanto a imagem que passa nos meios de comunicação social é a de ricos desonestos e corruptos. Tal, deve-se ao facto de nos sentirmos atraídos por notícias negativas. Dado isso, poucas vezes a honestidade é motivo de matéria jornalística.
11 – CRENÇA: “Os ricos são egoístas, só pensando no seu próprio bem”.
- A maioria dos ricos estão envolvidos em causas sociais e contribuem significativamente para as mesmas. O mais interessante, é que se verificou que pessoas que enriqueceram, já o faziam antes de serem ricos.
12 – CRENÇA: “É pecado ser rico”.
- Uma pessoa pode ter muito dinheiro e dedicar atenção ao seu desenvolvimento espiritual. Prova disso são os tementes a Deus descritos na Bíblia e simultaneamente bastante ricos (como Abraão, Isaac, Jacob, David, Salomão, etc.). Por exemplo Génesis 13:2 refere “E Abrão [mais tarde mudou o nome para Abraão] era bem abastado de manadas, e de prata e de ouro”.
- Estudos têm comprovado que a espiritualidade contribui para aumentar a prosperidade, mas isto quando não se têm crenças negativas em torno do dinheiro;
- O dinheiro pode ajudar no crescimento espiritual, através do investimento em livros, cursos, retiros espirituais, etc.
- O dinheiro permite fazer o bem, proporcionando mais bem-estar para quem quisermos, contribuindo para causas sociais, apoiando a construção de templos e igrejas (onde todos podemos beneficiar de bênçãos espirituais) e das suas boas obras.
- Não é pecado ganhar dinheiro, aliás, como refere a própria Bíblia em 1 Timóteo 5:8 “Certamente, se alguém não fizer provisões para os membros da sua família, tem repudiado a fé e é pior do que alguém sem fé”.
13 – CRENÇA: “Só se for pobre é que vou para o Céu, pois diz-se que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um homem rico entrar no céu”.
- Para alcançar o paraíso, o que importa é a bondade, a fé, o amor e o cumprimento da palavra de Deus, e não se a pessoa é pobre ou rica. Provavelmente não sabe, mas na época em que a metáfora do camelo e da agulha foi utilizada, a porta em Jerusalém pela qual as pessoas e os camelos entravam depois do pôr-do-sol, chamava-se justamente «agulha». Acontece que para os camelos entrarem tinham que entrar de joelhos (o que é fácil para este animal) e deixar a carga que transportavam cá fora. Isto significa que os homens ricos podem entrar no céu, só que não poderão levar seus bens materiais consigo e apela à humildade (entrar de joelhos), pois nessa altura todos seremos medidos por igual (pela fé, obras e amor) e não pela riqueza ou pobreza.
14 - CRENÇA: “Quanto mais riqueza tiver, menos há para os outros”.
- Na realidade, quando alguém fica mais rico, aumenta a possibilidade de colaborar no aumento da riqueza dos outros. Contributos monetários, por exemplo para campanhas de educação em países pobres, ajudaram milhares de pessoas a melhorar as suas condições de vida.
- Não é por ficar pobre que vai fazer com que alguém pobre veja a sua vida melhorada.
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Em resumo, o segredo, está no equilíbrio. O dinheiro é um dos meios ao seu alcance para alcançar a felicidade, mas não deve ser visto como o objectivo principal da sua vida. Uma pessoa deve ser próspera mas a todos os níveis: espiritualidade, dinheiro, saúde, relações sociais, etc. É deste equilíbrio que emerge a felicidade!
Foto: Google images - Autor não identificado
Interessante o teu post, embora tenha algumas dúvidas e discorde em alguns pontos.
ResponderEliminarNem sempre quem goza de uma vida financeira confortável, tem a capacidade de ajudar ao próximo com campanhas e patrocínios. Por outro lado, muitos o fazem para usufruírem de prestígio, influência e benefícios fiscais.
Como em tudo na vida, o dinheiro faz falta sim, mas na medida certa.
Beijinhos.
Que texto bem escrito, uma verdadeira análise do valor do dinheiro e dos modos de obtê-lo e usufruir dele. Parabéns pelo post!
ResponderEliminarBeijo grande
Adri
Bem... excelente trabalho de pesquisa! Percebi que o dinheiro realmente é um meio de troca que pode ser bem útil (quando destinado aos fins certos) e quando o mesmo se recebe como resultado do nosso propósito de vida.
ResponderEliminarDesculpa Patrícia, mas parece-me que estás a cair na crença de julgar as pessoas endinheiradas todas por igual. Há pessoas boas e más, em todo o lado. Nem sempre fazem as coisas por prestígio. No meu emprego, sei que o meu chefe não é pobrezinho, diga-se, e manda-me fazer donativos anónimos para uma causa social. Se quisesse prestígio acho que se identificava (na empresa só eu o sei, porque sou eu que trato de tudo). Depois tens o exemplo dos que se identificam (como o Bill Gates), que até lançou o desafio a vários milionários para doarem parte da fortuna.
É um tema polémico porque toca o dedo na ferida, especialmente nós, portugueses, temos a mania de pensar que todos os que subiram alto, só chegaram lá por corrupção (verdade seja dita, há muita no nosso país).
Mas depreendi que o dinheiro não é necessariamente bom, nem mau. Os humanos é que o são e em boas mãos pode ajudar muita gente.
(Acho que foi o comentário mais longo que já fiz). Gostei realmente da abordagem que fizeste a este tema polémico.
Beijos
Tenho uma relação fantástica e saudável com o dinheiro.Não me deixei levar pelos seus cantos e encantos, por isso não me tornei sua escrava.
ResponderEliminarUso o dinheiro com pacimônia, sou feliz e sou formiguinha , tenho minhas economias.
Faço bom uso dele em meu conforto e necessidades e uso em prol dos outros quando necessário.
Sou desprendida da ganância e tenho como filosofia que, dinheiro nada mais é que moeda de troca,o que faz a diferença é como cada um lida com isso;como que cada um escolhe as suas trocas.
OI,muito interessante seu blog, to passando aki pq vi vc é seguidora do blog do meu amigo, Mailson, e por isso quero convidar vc para dá uma olhada no meu blog http://otaviomsilva.blogspot.com/
ResponderEliminardesde Já agradeço, Forte abraço
PS; Sigo de volta
Tal como a Remall também tenho uma relação saudável com o dinheiro. Também poupo e invisto, porque acho que isso contribui para ter segurança e obviamente proporciona-me momentos felizes.
ResponderEliminarCreio que o equilíbrio pode ser exemplificado com casos concretos. A Oprah (de que costumas falar), teve dinheiro como resultado do seu propósito de vida e isso tem contribuído para a sua felicidade. Nem acredito que as campanhas de solidariedade em que ela participa sejam só para se exibir, mas sim porque tem prazer em fazer alguém feliz.
Já o Madoff, de todo não deve ter ficado feliz com o dinheiro que obteve ilicitamente. Para além de não ter aguentado a pressão (logo, devia de estar bem infeliz), li algures que o próprio filho se suicidou (logo, fez infelizes os que o rodeavam).
Como tu dizes, é do equilíbrio que surge a FELICIDADE!
Beijinhos,
Marina Reis
E temos de aprender a viver com o que temos,nao pudemos fazer disso um drama ;)
ResponderEliminarBeijocas
Extremamente interessante! Obrigada :)
ResponderEliminarAdorei o post e concordo plenamente!
ResponderEliminarAs crenças sobre o dinheiro estão tão enraizadas que nem nos damos conta disso!
Quando às vezes pensamos: pois aquele tem muito dinheiro andou a roubar! Tem dinheiro porque tira aos pobres!
Então, quem tem dinheiro é mau? Ter dinheiro é mau?
Ter dinheiro não há mal nenhum nisso, o que as pessoas fazem com ele é que é outra história!
Fomos criados para receber tudo de bom, nós que achamos que não!
E digo isto a mim também!
Beijos
O dinheiro traz felicidade sim. A chave está precisamente no que afirmas, no equilíbrio. Mais uma vez obrigada pela partilha...
ResponderEliminarPara ser feliz eu prefiro ter dinheiro para comprar o que preciso e poder ajudar outras pessoas e causas.
ResponderEliminarPara mim o importante é saber gastar o dinheiro e não acumular só para olhar para ele.
Ser generoso é bom, mas é necessário um equilíbrio entre o ter e o ser.
Olá, Mafalda!! Achei genial este texto!!!
ResponderEliminarMuito obrigada pela sua visita ao meu blog! Adorei o seu tb! Achei bem eclético! Serei seguidora!
Voltando ao texto, concordo que não devemos transformar o dinheiro em algo negativo em nossas vidas. Querendo ou não, aceitando ou não, precisamos muito dele aqui na Terra. Podemos chamar de "nossa moeda de sobrevivência". Dinheiro e saúde andam juntos.
Não acho errado querer ganhar muito dinheiro, errado é usar este bem de uma maneira egoísta. Devemos ajudar o próximo também.
Um grande abraço e mais uma vez, muito obrigada pela visita e comentário.
Fique com DEUS :)
Olá Mafalda!
ResponderEliminarConcordo a 100% com o que o Pedro escreveu e gostei muito deste seu texto.
Realmente em Portugal há pessoas muito pequeninas e invejosas, esquecem-se que como a Mafalda disse e muito bem, normalmente quem tem mais dinheiro trabalhou muito mais para isso.
Eu vejo o exemplo do meu pai, não é pessoa rica mas vive bem. Tem um negócio próprio, trabalha todos os dias bem mais de 8 horas, sábados e muitas vezes domingos. Só há cerca de 8 anos começou a tirar uma semana de férias e este ano quando disse que tirava duas até achámos que estava doente.
Na família é visto como tendo obrigação de ajudar os outros e de emprestar dinheiro a toda a gente mas enquanto ele trabalha, os outros estão no café e depois queixam-se da vida.
Não devemos ser escravos do dinheiro mas sem dúvida que dá prazer trabalhar e depois podermos comprar uma roupa boa ou um perfume mais caro, se isso for importante para nós.
Eu trabalho numa escola onde a população é pobre mas revolta-me que todos os dias eu me levante cedo, faça uma data de kms para ir trabalhar e chegue lá já os pais estão todos na conversa ao portão a fumar o seu cigarrinho, já foram tomar o pequeno-almoço ao café e assim que largam os putos na escola voltam para lá outra vez.Por isso as minhas causas sociais, são com pessoas que conheço, que sei que precisam.
Bem, o discurso já vai longo e é melhor terminar. Bjs