terça-feira, 11 de setembro de 2012

Acontecimentos adversos: procure a dádiva e a lição

A vida está repleta de bons e maus momentos. A nossa felicidade depende da forma como valorizamos os bons momentos e como superamos os maus.

Para além dos normais sentimentos do momento, as pessoas mais infelizes costumam ficar a ruminar no assunto durante muito tempo (por vezes, são anos de mágoa), a culpar os outros e a queixar-se da situação. Acontece que todas estas formas de reagir conduzem à infelicidade.

Mas o que fazem as pessoas mais felizes, após o sofrimento inicial?
- aceitam que não podem mudar o que aconteceu, pelo que têm de seguir em frente;
- tentam retirar uma lição do que aconteceu (para a próxima estarão mais atentos aos indícios, de modo a prevenir situações parecidas; já não agirão de dada maneira, para não terem resultados semelhantes, etc.);
- procuram a dádiva (essa atitude pode encontrar-se na seguinte expressão: "preferia que isto não tivesse acontecido, mas se não fosse isto nunca tinha mudado o rumo da minha vida e encontrado um sentido para a mesma", ou, perante verdadeiras tragédias, poderão dedicar-se a uma causa, como ajudar outras pessoas que passem pelo mesmo).

Para além disso, como diz o povo "Há males que vêm por bem". Nunca se sabe se isso não poderá mudar a sua vida para melhor. Esforce-se por acreditar que sim. 

Um velho conto chinês ilustra bem esta questão:
"Um velho camponês utilizava um cavalo para lavrar os seus campos. Um dia, o cavalo fugiu e quando os vizinhos acorreram a consolá-lo por tanto azar, o velhote encolhendo os ombros, respondeu: «Sorte? Azar? Nunca se sabe...»

Uma semana depois, o cavalo regressou acompanhado de uma manada de éguas selvagens e, desta vez, os vizinhos deram-lhe os parabéns por tanta sorte. O velhote encolhendo os ombros, respondeu: «Sorte? Azar? Nunca se sabe...»

Depois, quando o filho do camponês tentou montar uma das éguas, caiu e partiu uma perna. Os vizinhos vieram ter com o velhote, para o consolar por tanto azar. O velhote encolhendo os ombros, respondeu: «Sorte? Azar? Nunca se sabe...»

Uma semana depois, o exército chegou à aldeia e recrutou todos os jovens que ali se encontravam. Mas, quando se depararam com o filho do camponês com uma perna partida, deixaram-no para trás. 
Sorte? Azar?"

Mesmo perante as maiores adversidades (e falo por experiência própria), a única forma de sobreviver às mesmas é, procurar a dádiva e a lição, e seguir em frente.

Foto: Google images - Autor não identificado

5 comentários:

  1. Concordo em absoluto! Para mim o problema é quando se sabe de tudo isto racionalmente mas depois as emoções são diferentes e mais negativas e teimosas. Como se faz para dar a volta às emoções? Ou como se faz para quebrar o ciclo de pensar logo tudo em negativo?

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    1. Pois e, infelizmente o negativo tem mais peso que o positivo. São necessários, em media, 5 acontecimentos positivos para equilibrarem os danos provocados por um único acontecimento negativo. Sugiro-te que leias o post 19 formas de pensar que o ajudarão a ultrapassar os momentos difíceis.(Desculpa não colocar o link, faz um pesquisar neste blog. Estou com o iPad do meu marido e não consigo entender-me totalmente com ele) e que realizes o exercício proposto na passada Sexta-feira.
      Lê igualmente o post sobre como ser mais optimista. A verdade e que se fores cultivando emoções positivas, a área do teu cérebro relacionada com estas emoções e fortalecida. Com o passar do tempo conseguiras enfrentar melhor os problemas, com uma atitude mais optimista. Já falei disso no post com o título: use a neuroplasticidade do cérebro a seu favor. Com o tempo vais conseguir controlar melhor as ruminações, não e possível de um dia para o outro.

      Bjs

      P.S. Os acentos ortográficos e o iPad também não são muito amigos. E por isso que a minha resposta contem alguns erros ortográficos. Enfim...

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  2. Adoro ler estes posts, a verdade é que muitas vezes fico mesmo a ruminar sobre os maus acontecimentos, mas temos que ser positivos e acreditar nas coisas boas da vida, e tirar que tudo tem uma lição de vida mesmo, sorte ou azar, adorei, beijinhos

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  3. Adorei Mafalda.

    Um belo conto e um bom exemplo da forma que vejo a vida.

    Nunca se sabe se é por sorte ou azar!
    Nós é que achamos que naquele momento é o pior que podia ter acontecido e fazemos uma tempestade!

    Gostei muito do post.
    Obrigada por partilhares.

    Beijinhos
    Boa semana

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