Dan Buettner, investigador da National Geographic, fez uma série de viagens pelas Blue Zones of Happiness (locais do planeta onde as pessoas se sentem mais felizes).
No seu livro "Thrive", o autor descreve os segredos da felicidade dinamarquesa, um dos povos mais felizes do mundo. Quer conhecê-los? Ei-los:
A felicidade vem em primeiro
1) Investem em actividades que lhes trazem felicidade autêntica, em detrimento de prazeres superficiais (tais como viver das aparências, consumismo exacerbado, etc.);
1) Investem em actividades que lhes trazem felicidade autêntica, em detrimento de prazeres superficiais (tais como viver das aparências, consumismo exacerbado, etc.);
Um ambiente de respeito, confiança e liberdade
2) Vivem num ambiente em que todos podem confiar uns nos outros. Aliás, este clima de confiança, aplicado ao mundo dos negócios, contribuiu para a prosperidade e enriquecimento do país (é considerado o menos corrupto do mundo).
3) Todos têm por hábito cumprir as regras da sociedade, regras essas que fazem sentido para a população (por exemplo se um semáforo está vermelho, nem que seja às 3h00 da manhã, ninguém o ultrapassa).
4) As pessoas são pacíficas, sendo que as taxas de crime são muito baixas. Deste modo, as pessoas sentem-se seguras.
5) Mesmo que uma pessoa seja diferente das restantes (pela sua etnia, estilo de vida, orientação sexual…) é respeitada. (Nota minha: Dan Buettner não o referiu, mas apesar de haver respeito existe algum preconceito relativamente a imigrantes muçulmanos e refugiados. Nem tudo é perfeito…)
6) Existe liberdade de escolha e de expressão, sempre com respeito pelos outros. Por exemplo, as pessoas são livres para escolher uma profissão e mudar de opinião posteriormente, pois têm a certeza que a Segurança Social os apoiará. Por outro lado, as crianças são incentivadas desde cedo a tomar as suas próprias decisões. Esta liberdade responsabiliza as pessoas e ensina-as a tomarem boas decisões. Para além disso, as pessoas sentem que são ouvidas.
Igualdade social
7) As pessoas não tentam exibir-se com os seus bens materiais, pelo que não há muita comparação social negativa (não há pressão para ter um BMW só porque o vizinho tem).
8) É o país com menos desigualdade social do mundo, o que faz com que as pessoas não se sintam injustiçadas (como em Portugal, por exemplo).
Destino dos impostos
9) A população tolera impostos altíssimos, porque os mesmos estão bem direccionados. É daí que advém um sistema de saúde gratuito, uma ampla variedade de serviços sociais, escolas de excelência, um apoio de qualidade para idosos… As pessoas não têm de se preocupar pois recebem incentivos desde que nascem até à velhice.
10) Quando uma criança nasce a mãe normalmente fica um ano em casa com a criança, sendo que a licença de maternidade é remunerada a 100% nos primeiros 6 meses. Há ainda a possibilidade desse período ser dividido com o pai.
11) As creches são de alta qualidade. Para além disso, de modo a promoverem a saúde das crianças, estão proibidas de fornecer alimentos com açúcar, como o leite achocolatado.
12) A segurança financeira que o emprego ou o estado proporciona, aliada a baixos níveis de pobreza, reduz a sensação de incerteza e permite às pessoas aproveitarem o melhor da vida (experiências que trazem felicidade).
Um trabalho compensatório
13) As pessoas são incentivadas a escolher uma profissão que realmente gostem, que vá ao encontro do seu propósito de vida, independentemente de incentivos financeiros ou posição social. Não há pressão para seguir uma carreira definida pelos pais ou pela própria sociedade.
14) As pessoas têm um sentido de ética no trabalho, que as levam a trabalhar de forma eficiente, independentemente do vencimento ou da posição social.
15) Os dinamarqueses só trabalham o suficiente (máximo de 37 horas semanais) e assim que chega a hora de sair saem mesmo. Consideram que trabalhar excessivamente é uma perda de tempo, porque acaba por não render tanto. Esta saída a horas permite igualmente às pessoas terem tempo para realizarem actividades diárias que lhes dão prazer.
16) Gozam em média 6 semanas de férias, equilibrando o trabalho com o lazer.
A arte de viver
17) Cultivam a arte de viver. As pessoas são incentivadas a desenvolverem-se proactivamente. As escolas estimulam a apreciação pela literatura, música, arte.
18) Como os Invernos são longos e escuros, as pessoas criaram o hábito de criar um ambiente acolhedor em casa. Fazem-no recorrendo a velas, ao calor de uma lareira e desfrutando da companhia da família ou de amigos (é a prática do hygge, como lhe chamam).
As relações sociais
19) As relações sociais são incentivadas. Os dinamarqueses têm o hábito de se juntarem em associações, sendo que 19 em cada 20 pertence a pelo menos uma. Isto contribui para a felicidade deste país com pouca população, prevenindo o isolamento e estimulando a união das pessoas.
20) Mais de 30% dos dinamarqueses voluntariam o seu tempo, em benefício da comunidade. Isto ajuda as pessoas a não estarem tão focadas nos seus problemas e a sentirem-se felizes por ajudarem os outros.
Vida saudável
21) As cidades são desenhadas de modo a permitir andar facilmente a pé ou de bicicleta. Com essa facilidade, as pessoas adquiriram esses hábitos saudáveis. Não é por acaso que os dinamarqueses tendem a estar em forma e com baixos índices de obesidade.
22) A qualidade do ar é muito boa, o que influi positivamente na saúde.
Defesa do meio ambiente
23) Com paisagens lindíssimas, as crianças são incentivadas desde cedo a fazer passeios pela Natureza, ou nos parques da cidade.
24) Os dinamarqueses têm uma grande preocupação com o meio ambiente. Isto traduz-se não só em medidas políticas, mas igualmente nas acções diárias de cada cidadão.
Foto: Mathias Liebing (Aalborg, Dinamarca)
2) Vivem num ambiente em que todos podem confiar uns nos outros. Aliás, este clima de confiança, aplicado ao mundo dos negócios, contribuiu para a prosperidade e enriquecimento do país (é considerado o menos corrupto do mundo).
3) Todos têm por hábito cumprir as regras da sociedade, regras essas que fazem sentido para a população (por exemplo se um semáforo está vermelho, nem que seja às 3h00 da manhã, ninguém o ultrapassa).
4) As pessoas são pacíficas, sendo que as taxas de crime são muito baixas. Deste modo, as pessoas sentem-se seguras.
5) Mesmo que uma pessoa seja diferente das restantes (pela sua etnia, estilo de vida, orientação sexual…) é respeitada. (Nota minha: Dan Buettner não o referiu, mas apesar de haver respeito existe algum preconceito relativamente a imigrantes muçulmanos e refugiados. Nem tudo é perfeito…)
6) Existe liberdade de escolha e de expressão, sempre com respeito pelos outros. Por exemplo, as pessoas são livres para escolher uma profissão e mudar de opinião posteriormente, pois têm a certeza que a Segurança Social os apoiará. Por outro lado, as crianças são incentivadas desde cedo a tomar as suas próprias decisões. Esta liberdade responsabiliza as pessoas e ensina-as a tomarem boas decisões. Para além disso, as pessoas sentem que são ouvidas.
Igualdade social
7) As pessoas não tentam exibir-se com os seus bens materiais, pelo que não há muita comparação social negativa (não há pressão para ter um BMW só porque o vizinho tem).
8) É o país com menos desigualdade social do mundo, o que faz com que as pessoas não se sintam injustiçadas (como em Portugal, por exemplo).
Destino dos impostos
9) A população tolera impostos altíssimos, porque os mesmos estão bem direccionados. É daí que advém um sistema de saúde gratuito, uma ampla variedade de serviços sociais, escolas de excelência, um apoio de qualidade para idosos… As pessoas não têm de se preocupar pois recebem incentivos desde que nascem até à velhice.
10) Quando uma criança nasce a mãe normalmente fica um ano em casa com a criança, sendo que a licença de maternidade é remunerada a 100% nos primeiros 6 meses. Há ainda a possibilidade desse período ser dividido com o pai.
11) As creches são de alta qualidade. Para além disso, de modo a promoverem a saúde das crianças, estão proibidas de fornecer alimentos com açúcar, como o leite achocolatado.
12) A segurança financeira que o emprego ou o estado proporciona, aliada a baixos níveis de pobreza, reduz a sensação de incerteza e permite às pessoas aproveitarem o melhor da vida (experiências que trazem felicidade).
Um trabalho compensatório
13) As pessoas são incentivadas a escolher uma profissão que realmente gostem, que vá ao encontro do seu propósito de vida, independentemente de incentivos financeiros ou posição social. Não há pressão para seguir uma carreira definida pelos pais ou pela própria sociedade.
14) As pessoas têm um sentido de ética no trabalho, que as levam a trabalhar de forma eficiente, independentemente do vencimento ou da posição social.
15) Os dinamarqueses só trabalham o suficiente (máximo de 37 horas semanais) e assim que chega a hora de sair saem mesmo. Consideram que trabalhar excessivamente é uma perda de tempo, porque acaba por não render tanto. Esta saída a horas permite igualmente às pessoas terem tempo para realizarem actividades diárias que lhes dão prazer.
16) Gozam em média 6 semanas de férias, equilibrando o trabalho com o lazer.
A arte de viver
17) Cultivam a arte de viver. As pessoas são incentivadas a desenvolverem-se proactivamente. As escolas estimulam a apreciação pela literatura, música, arte.
18) Como os Invernos são longos e escuros, as pessoas criaram o hábito de criar um ambiente acolhedor em casa. Fazem-no recorrendo a velas, ao calor de uma lareira e desfrutando da companhia da família ou de amigos (é a prática do hygge, como lhe chamam).
As relações sociais
19) As relações sociais são incentivadas. Os dinamarqueses têm o hábito de se juntarem em associações, sendo que 19 em cada 20 pertence a pelo menos uma. Isto contribui para a felicidade deste país com pouca população, prevenindo o isolamento e estimulando a união das pessoas.
20) Mais de 30% dos dinamarqueses voluntariam o seu tempo, em benefício da comunidade. Isto ajuda as pessoas a não estarem tão focadas nos seus problemas e a sentirem-se felizes por ajudarem os outros.
Vida saudável
21) As cidades são desenhadas de modo a permitir andar facilmente a pé ou de bicicleta. Com essa facilidade, as pessoas adquiriram esses hábitos saudáveis. Não é por acaso que os dinamarqueses tendem a estar em forma e com baixos índices de obesidade.
22) A qualidade do ar é muito boa, o que influi positivamente na saúde.
Defesa do meio ambiente
23) Com paisagens lindíssimas, as crianças são incentivadas desde cedo a fazer passeios pela Natureza, ou nos parques da cidade.
24) Os dinamarqueses têm uma grande preocupação com o meio ambiente. Isto traduz-se não só em medidas políticas, mas igualmente nas acções diárias de cada cidadão.
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Estes hábitos também são culturais, é certo. E para além da influência da sociedade, é importante que a pessoa busque a sua própria fórmula da felicidade. Mas não deixam de ser relevantes as excelentes lições que os dinamarqueses têm a transmitir. Não é por mero acaso que são pessoas felizes. Foto: Mathias Liebing (Aalborg, Dinamarca)
Boa partilha :)
ResponderEliminarTemos muito a aprender com eles sem duvida. Sempre achei e continuo a achar que grande parte dos problemas do mundo vem da má educação das pessoas.
ResponderEliminarBeijinhos
Concordo. A educação será fundamental para melhorar os problemas do mundo. Falo da educação das crianças, e também da nossa (devemos ser proactivos e tentar aprender mais, para melhorar).
EliminarBeijinhos
Era num sítio assim que eu gostava de viver... Dinamarca, Suécia, Noruega.. aí por esse lados... Para mim, Portugal tem basicamente 3 coisas boas: a comida, o clima (no Sul, claro, onde vivo), e é um país relativamente pacífico. De resto... é uma vergonha... a comelar pelos nossos governantes, claro...
ResponderEliminarEra bom que aqui também fosse assim :)
ResponderEliminarPor favor tragam uns dinamarqueses para o nosso pais para ver se o põe na ordem e se nos ensinam alguma coisa!!!
ResponderEliminarPuxa vida!! Que bom se nós copiássemos o medelo Dinamarquês!! Claro que isso levaria tempo, pois seria um grande trabalho em conjunto, mas não é impossível. Se lá é possível, pode ser em qualquer lugar!! Aliás, bom mesmo seria se o mundo todo seguisse esse modelo. Aí sim, teríamos um planeta transformado!!
ResponderEliminarTenha um lindo dia de paz!!
Beijinhos!♥
Não precisamos de ir viver para outro país. Não precisamos de trazer dinamarqueses para cá, com sugerem alguns comentários.
ResponderEliminarSerá que cada uma de nós faz aquilo que pode/deve para mudar as "mentalidades"? Será que praticamos aquilo que gostamos nos outros (nos povos felizes)nas nossas famílias? No nosso trabalho? Nas nossas relações sociais?
Nós é que temos de mudar .
Bj
É esse o meu ponto de vista Ana. Nós é que temos de mudar. Os outros poderão servir-nos de inspiração (para mim são um verdadeiro exemplo), mas no fim cada um de nós tem de dar o seu contributo para melhorar.
EliminarAliás, eu não aguentava ir para outro país... que faria sem este sol e a nossa comida fantástica? Mas identifico-me muito com a filosofia dos dinamarqueses. Aliás, o objectivo deste blog é dar o meu próprio contributo(por mais pequeno que seja), para inspirar pessoas a agirem pela sua felicidade e pelo bem comum .
Bj
Mais uma vez obrigada pelo seu blogue que nos ajuda a encontrar dicas para construir a felicidade. Algumas dicas são bem simples de colocar em prática, mas exigiram muito do seu tempo a pesquisá-las, obrigada por partilhar connosco o produto de muito do seu tempo.Certamente que a faz feliz saber que ajuda os outros .
EliminarBj
Olá Mafalda
ResponderEliminarEu concordo com o mesmo! Nós é que temos que mudar! Nas mais pequenas atitudes como dizes que nem que seja as 3 manhã, parar no sinal vermelho.
São pequenas atitudes que vão alterando as coisas.
Eu preocupo-me com essas minhas atitudes e dos meus filhos.
Venham Dinamarqueses para cá...
Mas eles estão bem lá, são felizes, não vêm para aqui! eh eh eh
Beijinhos
Um dia feliz
An@, vc só esqueceu de um detalhe que considero muito importante, parar no semáforo as 3 da manhã nos grandes centros urbanos, é pedir para ser assaltado. Já passei por situação dessa e sei que estou falando. Lá eles respeitam o semáforo as 3 da manhã pq a taxa de criminalidade deles são praticamente nulas.
EliminarEu nao coragem ficar sozinha eu heim!
EliminarMafalda,
ResponderEliminarse o mundo seguisse o exemplo da Dinamarca poderia ser chamado com louvor de Paraíso. Conheço e convivo com dinamarqueses; eles são realmente muito felizes,. Um casal de amigos adora viver no Brasil(mesmo com tudo por aqui sendo tão o oposto) em compensação a irmã dele foi embora e falou que não viveria aqui nem se fosse o último lugar do planeta.
É uma questão cutural e espiritual.
Devemos nos abrir a tudo que é novo, eu aprendo muito com eles.
Gostei do que li e eu própria ando à procura de um novo estilo de vida, mas somos muitos e para que resultasse em algo que realmente se visse teríamos que mudar todos e não me parece que isso seja a vontade de muitos, e a culpa não é dos governantes! Por acaso você vai matar só porque existem assassinos? Claro que não você sabe o que isso significa, portanto o que interessa o que os políticos e governantes fazem, de mim só têm o meu desprezo por não serem exemplo para ninguém.
ResponderEliminarBjs!
Também gostei muito
EliminarQuando existe uma população imensa como no Brasil é impossível ocorrer uma mudança tão intensa de hábitos sem intervenções governamentais. Porem o Estado deve ser constituído (o governo) de pessoas inteligentes, de bom senso , éticas, honesto e ter o apoio da maioria da população. Difícil hein...
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